REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10825519
Ana Claúdia de Oliveira Leal Rocha1
Juliane Mickely Coelho de Sousa2
Professora: Msc. Maria do Socorro Rodrigues3
RESUMO
Os desvios posturais são problemas frequentemente observados em crianças e adolescentes em fase de crescimento, uma vez que, nesse período ocorre o estirão de crescimento, onde nota-se uma maior predisposição a alterações posturais. A educação postural deve ser repassada no início da infância, isso inclui principalmente as orientações em casa e consequentemente em ambiente escolar. Essa articulação se faz necessária no intuito de incentivar as escolas nas propagandas e atividades que possam exercer uma força maior na prevenção de problemas e desvios posturais. O trabalho fisioterapêutico tem um papel essencial desde a promoção da saúde nesses âmbitos como também nas intervenções por meio das avaliações cinéticas funcionais. Esse estudo tem com intuito verificar a prevalência das principais alterações posturais em estudantes do ensino fundamental, para que seja possível a realização desse objetivo o presente estudo trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com uma abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra para o estudo será de adolescentes compreendidos entre as idades de 13 a 16 anos que estudam em uma escola municipal da cidade de Picos Pi, onde serão convidados a participarem da pesquisa. A pesquisa será realizada na escola Padre Madeira, localização na rua Francisco Prota, 223 – Centro, Picos Pi. A descrição dos dados será expressa por frequência absoluta (n) e relativa (%), onde serão apresentados por meio de gráficos e tabelas com auxílio do programa Microsoft Office Excel 2013, para um melhor entendimento dos achados e em seguida discutidos de acordo com a literatura cientifica. Conclui-se então que foi descoberto uma grande quantidade de população infanto-juvenil que apresentada características da escoliose. Durante as análises perceba-se um número maior do sexo masculino durante os achados, durante a avaliação do posicionamento anterior foi identificado que a maioria dos participantes apresentavam maior número de desalinhamento das clavículas, desalinhamento dos ombros e inclinação e rotação da cabeça, por conseguinte, na visão lateral foi observado uma grande relevância de hipercifose cervical, hiperlordose lombar e anteversão pélvica. Assim, quando observou-se a vista posterior havia uma predominância de escápula alada nos alunos, ainda durante a análise de posturas corretas durante as atividades de vida diária, resultou-se que mais da metade dos participantes possuíam posturas inadequadas para pegar objetos no chão e sentar na cadeira para escrever. Por fim, em relação ao nível dor, apenas metade relatou ter esses sinais que causam desconforto na região de coluna.
Palavras-chaves: Alterações posturais. Âmbito escolar. Fisioterapia. Reabilitação.
1 INTRODUÇÃO
Os desvios posturais são problemas frequentemente observados em crianças e adolescentes em fase de crescimento, uma vez que, nesse período ocorre o estirão de crescimento, onde nota-se uma maior predisposição a alterações posturais. Durante a adolescência, as alterações musculoesqueléticas ainda estão em desenvolvimento, por esse motivo os desvios posturais são assíduos, sendo os mais observados, a hiperlordose, hipercifose e escoliose (Silva et al., 2022).
A hipercifose é o aumento do grau da curvatura da coluna torácica e a hiperlordose é um aumento na curvatura lombar ou cervical, pode ser causada por algum distúrbio na musculatura anterior do abdome ou deformidades congênitas. A escoliose é qualquer desvio na lateral da coluna vertebral, acima de 10 graus, ocorrendo também a rotação do tronco, podendo se desenvolver para formas mais graves, se apresentando em “S” ou “C” ao longo da coluna (Martins et al., 2018).
Sendo assim, a escoliose é conhecida como uma das principais morbidades posturais no público infanto-juvenil, a probabilidade de adquirir essa patologia tem sido frequente, dependendo da análise feita a partir do método de COOB os graus de anormalidade nas curvaturas definem o prognóstico e qual dos tratamentos melhor se qualificará. Existem fatores que influenciam nos agravos dos sintomas e incômodos diários, sendo eles de caráter ambiental, social, econômico e principalmente ergonômico (Freitas et al., 2020).
Existem diversas causas que podem estar associadas às alterações posturais adquiridos na infância e adolescência, a rotina escolar pode favorecer essas más posturas, como ficar sentados em uma postura inadequada por longos períodos de tempo, durante as aulas, o excesso de peso nas mochilas e a forma como as carregam podem ser os principais fatores de risco para os desvios posturais e o aparecimento de dores na coluna (Bezerra et al., 2019). A escola é um ambiente em que os indivíduos passam desde a infância até a vida adulta, longos períodos de tempo dentro de uma sala de aula, por isso deve ser um lugar de conforto para aqueles que o utilizam (Adamatti et al., 2020).
A educação postural deve ser repassada no início da infância, isso inclui principalmente as orientações em casa e consequentemente em ambiente escolar. Essa articulação se faz necessária no intuito de incentivar as escolas nas propagandas e atividades que possam exercer uma força maior na prevenção de problemas e desvios posturais. As instituições são os principais meios de comunicação entre saúde e educação, é um divisor de águas entre os causadores diários de problemas posturais e dos bons hábitos como papel essencial quanto a saúde. Observa-se dessa forma que interações por meio de atividades e brincadeiras estimulam o aprender da criança em relação ao cuidado quanto ao seu corpo e possibilita um bom desenvolvimento intelectual (Mansour et al., 2016). De acordo com o que foi citado acima, questiona-se: quais as principais alterações posturais em estudantes de uma escola municipal de Picos PI?
O trabalho fisioterapêutico tem um papel essencial desde a promoção da saúde nesses âmbitos como também nas intervenções por meio das avaliações cinéticas funcionais. Porém, ao suprir a necessidade de medidas preventivas o profissional deve ter em mente a importância do conhecimento básico em saúde para ser apto a diagnosticar da maneira correta e precocemente. Diversos métodos da fisioterapia têm como objetivo proporcionar o alinhamento correto da curvatura, melhorar flexibilidade, diminuir fatores álgicos e desconfortos, envolver educação ergonômica no ambiente de sala de aula, orientar corretamente sobre o uso de carteiras, mochilas e promover o uso de atividades de baixo impacto que respeitem a anatomia corporal infantil. Sabendo disso, promover ações voltadas a esse público em questão, visando a ênfase maior na educação correta quanto ao posicionamento corporal irá auxiliar o interesse em cuidar da saúde (Ribeiro et al., 2015).
O tema é de grande relevância para os acadêmicos do curso de Fisioterapia ou da área da saúde ou ainda para qualquer pessoa que tenha interesse pela a temática. Uma vez que, a prevalência das alterações posturais, como a má postura, escoliose, cifose e lordose, têm se tornado cada vez mais comuns em crianças e adolescentes, principalmente devido ao estilo de vida sedentário e ao uso excessivo de tecnologias. Essas condições podem levar a problemas musculoesqueléticos crônicos na idade adulta, afetando a qualidade de vida e a capacidade funcional do ser humano. Esse estudo tem com intuito verificar a prevalência das principais alterações posturais em estudantes do ensino fundamental, por meio da aplicação e quantificação de um questionário que identifique as principais alterações posturais; Analisar os principais achados de alterações posturais; Ilustrar as principais características encontradas na coleta.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Aspectos posturais: alterações patológicas
A adolescência é um processo significativo para o desenvolvimento musculoesquelético, durante as transformações o corpo passa algumas vezes pelo o processo de modificações quanto ao alinhamento da coluna vertebral, causando assim os desvios patológicos. O público adolescente compreendido entre as idades de 10 e 18 anos apresentam o aparecimento de alterações posturais de maneira precoce, sendo os principais a hiperlordose e a escoliose, isso é causado muitas vezes por conta das atividades realizadas de maneira incorreta ou de forma rigorosa, o mal posicionamento em ambientes de convívio constante e outros fatores de natureza social, ambiental e até mesmo emocional (Morais et al.,2017).
A hiperlordose é a curvatura excessiva da coluna, no qual dependendo do local se apresenta de maneira acentuada e prejudica tanto a lombar quanto a cervical. Mais conhecida como “bumbum arrebitado” essa alteração posiciona o abdômen para a frente sobrecarregando a lombar e ocasionando uma dor desagradável, um dos sintomas mais frequentes é a dor acentuada no fundo da região mencionada, fraqueza nas musculaturas de abdômen, amenização da mobilidade da coluna e diminuição da circulação necessária na região (Montenegro et al., 2020).
A escoliose se apresenta como uma das doenças mais frequente e prejudicial, sua condição pode surgir de uma ou mais curvaturas, tem caráter progressivo e pode se apresentar de maneira congênita, genética ou adquirida com o tempo devido ao comprimento desigual dos membros. A escoliose idiopática, causada sem um motivo aparente surge principalmente durante a fase de puberdade afetando na autoestima dos adolescentes, ela pode ser identificada por testes como o de Adams e pode ser tratada de maneira precoce quando diagnosticada cedo (Freitas et al., 2020).
2.2 Principais causadores de má postura no ambiente escolar
A transição entre a infância e a vida adulta é o período em que o indivíduo passa por diversas modificações físicas, psíquicas, comportamentais e sociais. É nessa fase em que ocorre o estirão de crescimento, ou seja, ocorre um crescimento mais acelerado na altura e peso. É uma etapa da vida em que o indivíduo precisa se adaptar a novas alterações em seu corpo, onde muitas vezes costumam ter insegurança com o próprio, por esse motivo tentam esconder adotando posturas encolhidas, que possibilita o aparecimento de dores e alterações posturais (Martins et al., 2020).
Silva et al. (2022)A escola é um local onde os estudantes costumar passar muitas horas do dia, dessa maneira, estão vulneráveis a inúmeros fatores de risco causadores de posturas inadequadas. O excesso de peso das mochilas, o erro ao carregá-las, ficar longos períodos sentado, posicionamentos inadequados nas carteiras, a utilização de calçados impróprios, o sedentarismo, obesidade, são alguns dos possíveis fatores que provocam os desconfortos posturais.
A infância é a fase mais importante para o desenvolvimento do sistema musculoesquelético, a atenção na prevenção e reparo dos desconfortos favorece uma postura correta na fase adulta. O excesso de peso nas mochilas, carregar acima de 10% do peso corporal, e a maneira incorreta de transportá-las, muitas vezes à levando com apenas uma alça, fazendo com que sobrecarregue a coluna lombar e os ombros, indicam maiores risco de dores e desvios posturais (Costa et al., 2018).
2.3 Prevenção e atuação da fisioterapia
Ordinariamente, os adolescentes não têm conhecimento sobre os cuidados com a postura, esse conhecimento pode ser obtido por meio de estratégias de aplicação de higiene postural e através de exercícios físicos, para que tenham informações sobre as precauções a serem tomadas, para que haja mudança dos hábitos. A mudança de comportamento durante o período na escola é uma outra forma de promover a prevenção de lesões, compreendendo o uso e o peso correto da mochila escolar, a forma adequada de carregá-la, a postura certa de sentar e ficar em pé, a utilização de calçados corretos (García et al., 2022).
A fisioterapia educativa possui um papel fundamental na aprendizagem das crianças, pois o lúdico se tornou um grande aliado no conhecimento, fazendo com que os alunos brinquem de forma educativa, sendo assim, uma ótima ferramenta para o fisioterapeuta, que poderá utilizá-la de forma criativa para o público infantil. As medidas de intervenção postural promovem aos estudantes mudanças de hábitos e um conhecimento mais aprofundado sobre as posturas corretas (Ribeiro et al., 2015).
Freitas et al. (2020) analisou em seu estudo as técnicas fisioterapêuticas e seus benefícios para a escoliose, e obteve como resultado que os recursos mais utilizados são o Isostretching, o Método Klapp, RPG, Pilates e Cinesioterapia, como benefícios após a realização dos exercícios se destacam, melhora da postura, melhora da flexibilidade, alinhamento da coluna, ombros, cabeça, melhora da assimetria do tronco, diminuição da dor, aumento da força dos músculos flexores e extensores de tronco e redução do ângulo da escoliose.
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com uma abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que busca adquirir informações e respostas sobre determinado problema a ser investigado. Esse tipo de pesquisa fundamenta-se na análise de fatos e fenômenos, a fim de examinar corretamente os dados obtidos na realidade a ser pesquisada (Marconi et al., 2017). A pesquisa do tipo descritiva procura estabelecer analisar e descrever um determinado fato ou fenômeno presente em uma população, observando, registrando e descrevendo as suas características (Fontelles et al., 2009)
A pesquisa qualitativa é subjetiva ao estudo, ela visa analisar, observar, descrever e realizar práticas para interpretar e compreender um determinado fenômeno. Tem como finalidade interpretar o sentido dos fatos e acontecimentos por meio da obtenção de dados descritivos a fim de compreender tal investigação. Enquanto que a pesquisa quantitativa é um modo específico de pesquisa que utiliza variáveis, dados quantificados e registrados em números de forma estatística para determinar se os fatos vistos na teoria são realmente comprovados (Rodrigues et al., 2021).
3.2 Amostra e população
A amostra para o estudo será de adolescentes compreendidos entre as idades de 13 a 16 anos que estudam em uma escola municipal da cidade de Picos Pi, onde serão convidados a participarem da pesquisa.
3.2.1 Critérios de inclusão
– Estudantes da escola Padre Madeira;
– Sexo feminino e masculino;
– Com a Idade entre 13 e 16 anos;
– Que não tenham alguma patologia já diagnosticada.
3.2.2 Critérios de exclusão
– Alunos que não estudam na escola Padre Madeira;
– Alunos que tenham alguma patologia diagnosticada;
– Idade inferior a 14 anos e superior aos 16;
– Estudantes que se negarem a participar da pesquisa.
3.3 Local e período da pesquisa
A pesquisa será realizada na escola Padre Madeira, localização na rua Francisco Prota, 223 – Centro, Picos Pi. O município de Picos-PI está localizado na região centro-sul do Piauí, a 320 quilômetros da capital do seu estado, Teresina. O período da pesquisa será entre setembro a novembro.
3.4 Coleta de dados
A autorização do CEP do projeto será apresentado ao diretor, coordenador e professores da escola selecionada. Na primeira etapa será aplicado um questionário com os dados sociodemográficos e o instrumento de avaliação BackPEI. Na segunda etapa, o exame físico será realizado em uma sala fechada, em cada aluno a fim de analisarmos as principais disfunções posturais.
3.5 Análise dos dados
A descrição dos dados será expressa por frequência absoluta (n) e relativa (%), onde serão apresentados por meio de gráficos e tabelas com auxílio do programa Microsoft Office Excel 2013, para um melhor entendimento dos achados e em seguida discutidos de acordo com a literatura cientifica.
3.6 Instrumentos e técnicas de coleta de dados
Serão utilizados questionários com os dados sócio demográficos (APÊNDICE C), e será aplicado um Instrumento de avaliação BackPEI (Back Pain and Body Posture Evaluation Instrument), adaptado dos estudos de Noll (2013), composto por 21 questões (APÊNDICE D), que avalia à execução das seguintes AVD’s: dormir; sentar na cadeira para escrever, conversar e utilizar o computador; pegar objeto no solo e transportar o material; além de indagar o avaliado em relação a outros fatores, como hábitos comportamentais e dores nas costas. Por último será realizado o exame físico por meio de uma ficha de avaliação adaptada dos estudos de Fernandes et al. (2012), para a detecção das alterações posturais existentes (APÊNDICE E).
3.7 Critérios éticos:
O presente estudo seguirá como base as diretrizes e normas da resolução 466/12 de 10 de dezembro de 2012, do conselho nacional de saúde, que estipula os aspectos éticos que prezam a proteção aos participantes de pesquisas cientificas em seres humanos (BRASIL, 2013).
A seguinte pesquisa será desenvolvida após o envio do projeto à plataforma Brasil e permissão do Comitê de Ética de Pesquisa — CEP. Após a autorização da diretora da referida escola (APÊNDICE A), os estudantes serão convidados a participarem do projeto e todos os que concordarem terão que assinar o TALE (APÊNDICE B), resguardando o direito de liberdade de participar ou desistir a qualquer momento do estudo, sem que em nenhum momento sejam identificados.
3.8 Riscos e benefícios
Riscos: possibilidade de constrangimento dos estudantes ao responder o questionário. Contudo, os participantes não serão identificados e terão a possibilidade de desistir da pesquisa a qualquer momento
Benefícios: os participantes terão a oportunidade de conhecer e ter mais informações sobre as alterações posturais, além de se conscientizarem sobre a prevenção e possíveis tratamento.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS
O presente estudo foi composto por uma amostra de 20 estudantes do ensino público, com idade entre 10 e 16 anos. Os questionários foram entregues na Escola Municipal Padre Madeira, a avaliação foi realizada no mesmo local. Desses 20, foram excluídos quatorze participantes, dos quais oito não compareceram no dia da avaliação e seis não assinaram os termos. Das 6 pessoas restantes, a maioria (75%) era composta por homens com idade de 13 anos, seguido por mulheres de 13 anos (25%), como demonstra o gráfico a seguir (Gráfico 1).
Gráfico 1. Prevalência de idade de acordo com o sexo
Em seu estudo Cerdeira, Salgueiro e Nunes (2018), analisaram 40 alunos, onde comparavam a prevalência de alterações posturais da coluna vertebral em estudantes do ensino fundamental de duas escolas, encontraram uma maior prevalência no sexo feminino (52,50) quando comparado ao sexo masculino (47,50). Em contrapartida o estudo de Santos et al (2020) se assemelha aos achados do presente estudo, tendo como objetivo avaliar índices de desvios posturais específicos da região da coluna, em alunos com faixa etária entre 13 e 16 anos, obtiveram como resultado uma maior prevalência de desvios posturais em estudantes do sexo masculino.
No gráfico a seguir será ilustrado o IMC dos participantes da pesquisa, onde foi observado que de 6 alunos 66,67% dos alunos do sexo masculino e 33, 33% do sexo feminino estavam abaixo do peso; 66, 67% dos alunos do sexo masculino e 33, 33% do sexo feminino estavam com o peso normal. (Gráfico 2).
Gráfico 2. Classificação segundo o IMC
Holanda, Sousa e Cerdeira (2021), ao realizar uma pesquisa com uma amostra geral de 34 participantes, sendo 13 do sexo masculino e 21 do sexo feminino, com idades entre 9 e 11 anos, verificaram a incidência de desvios posturais em alunos com o IMC abaixo do peso, onde entre os participantes, 19 apresentação índice de massa corpórea abaixo do peso, onde os desvios mais evidentes foram hiperlordose lombar, cintura pélvica em anteversão e hipercifose torácica.
O estudo de Santos e Sousa (2018), relacionou a postura em idade escolar de 7 a 10 anos com as variáveis peso da mochila, dor, e índice de massa corporea, onde participaram da pesquisa 115 alunos, foram avaliados ângulo da cabeça e ombro e as distancias intercondilar (DIC) e intermaleolar (DIM), obtendo como resultados que o IMC elevado predispõe o aumento da DIC, DIM e do ângulo do ombro, além disso, favorece também a redução do ângulo da cabeça, contribuindo para o desalinhamento dos joelhos cabeça e ombros.
ESCOLIOSE
O gráfico abaixo mostra a prevalência de suspeita de escoliose, que foi encontrado através do teste de Adams, onde pode-se observar que33,33% dos participantes apresentaram teste positivo (Gráfico 3).
Gráfico 3. Predomínio de achados de escoliose segundo o teste de Adams
Siqueira et al (2020) em seu estudo, rastreou os sinais precoces e prevalência de escoliose em escolares de 10 a 14 anos, onde foi verificado através de uma inspeção postural e do teste de Adams e o escoliômetro, que a prevalência de escoliose foi de 32, 02% entre os 78 avaliados. Acrescenta-se o estudo de Sousa et al (2018), em que analisou a prevalência de escoliose toracolombar funcional, onde todos os 54 estudantes avaliados apresentavam escoliose.
ALTERAÇÃO POSTURAL
Como demonstrado nos gráficos a seguir os achados desse estudo verificaram a presença de algumas alterações posturais nos estudantes. Os itens avaliados foram divididos em: anterior, lateral e posterior. Na postura anterior 83,33 % apresentaram desalinhamento das clavículas, 83,33% apresentaram rotação e inclinação da cabeça, 66, 67% apresentaram ângulo de Talles alinhado, 100% apresentaram ombros elevados(Gráfico 4).
Gráfico 4. Dominância de desvios posturais encontrados na vista anterior
Em seu estudo, Feitosa e Rodrigues (2023), buscou analisar as alterações posturais em estudantes com escoliose do ensino fundamental, onde as mais prevalentes foram a assimetria dos ombros (57,7%) e na visão ântero-posterior, alteração no ângulo de Talles. Já Sampaio et al (2016) em seu estudo que tinha como objetivo verificar as aletações posturais e dor no desempenho acadêmico, percebeu que a maioria dos alunos apresentava anteriorização da cabeça, ombros elevados e hiperlordose torácica.
Gráfico 5. Prevalência de desvios posturais na visão lateral
No gráfico a seguir será ilustrado as principais alterações posturais encontradas na vista lateral. Nessa vista foi possível observar que a maioria dos participantes (66,67%) possuiam hipercifose cervical; seguido de retificação torácica (33,33%), hiperlordose lombar (50%) e anteversão pélvica, (50%), com menor percentual de retificação cervical (33,33%), hipercifose torácica e retificação lombar (ambos com 16,67%) (Gráfico 5).
Na revisão bibliográfica feita por Ribeiro et al (2017) que tinha como objetivo realizar um levantamento bibliográfico sobre a prevalências das alterações posturais na infância e adolescência, as alterações mais encontradas foram a hiperlordose lombar, o desalinhamento dos ombros e hipercifose torácica. Além disso o estudo de Frugeri e Borges (2019) avaliou em crianças de 7 a 12 anos de uma instituição social, a prevalência de alterações posturais, participaram da pesquisa 27 crianças, em relação as curvaturas, a hipercifose torácica foi a mais frequente, seguida de hiperlordose lombar.
Conforme disposto a seguir, na vista posterior foi possível observar uma elevada prevalência de escapula alada (88,33%), fossa poplítea desalinhada (50%), seguido de pé plano (16,67%) (Gráfico 6).
Gráfico 6. Predomínio de desvios posturais na visão posterior
Neves e Leite (2016) em seu estudo descritivo transversal, com uma amostra de 284 crianças, com faixa etária de 10 a 14 anos, realizou a avaliação postural e observou que na vista posterior os desvios mais encontrados foram escápulas aladas em 70% dos alunos, 53,50 apresentaram hiperlordose lombar, 93, 50% anteversão pélvica e 71% pés planos.
ALTERAÇÕES NA POSTURA DURANTE A REALIZAÇÃO DE AVD’S
No próximo gráfico será ilustrado o percentual das principais alterações posturais durante a realização das AVD’s. Os resultados mostraram uma alta prevalência de posturas inadequadas para pegar um objeto no chão e sentar para escrever (ambas 83,33%), seguida de sentar em uma cadeira e sentar para utilizar o computador (ambas 66,67%) e no modo de transportar a mochila escolar (50%) (Gráfico 7).
Gráfico 7. Domínios das principais alterações encontradas durante as AVD’S relacionada a postura
Em seu estudo Nunes, Teixeira e Lara (2017), compararam a percepção postural durante as atividades de vida diárias escolares, o estudo incluiu 2 grupos de estudantes, com idade de 06 a 09 anos, onde avaliou a percepção por meio do questionário BackPEI, e observou-se que a maioria do alunos apresentam posturas inadequadas, principalmente ao sentar para escrever, sentar em um banco e sentar para utilizar o computador.
No estudo de Santos et al (2023), participaram do estudo 286 alunos, sendo 60,5% do sexo feminino e 35,9% do sexo masculino, e tinha como objetivo verificar a prevalência de hábitos e comportamentos inadequados em alunos do ensino fundamental 2, durante as aulas remotas, percebeu-se uma elevada prevalência de hábitos inadequados como postura para dormir (56,3%), posição de sentar em uma cadeira para conversar (83,2%), postura sentada para usar o computador (81,5%), pegar objeto no chão (89,9%) e a forma como se carrega a mochila escolar(99,3%).
PRESENÇA E NÍVEL DE DOR
Em relação ao resultados sobre o nível de dor, verificou-se uma prevalência de dor nas costas de (50%) nos escolares, conforme está disposto no gráfico a seguir (Gráfico 8).
Gráfico 8. Prevalência de dor na região das costas
Fonte: Dados da pesquisa, 2023.
O estudo de Lima e Nascimento (2021) a prevalência de dor nas costas e investigou a relação entre a dor nas costas com o peso da mochila e a pratica de atividade física, e obteve como resultados que a dor nas costas é mais frequente no sexo feminino, e o peso na mochila não foi um fator relevante para a dor, enquanto que a prática de atividade física é um fator protetor da dor nas costas. Faria et al (2021), realizou um estudo transversal e exploratório que tinha como objetivo descrever os hábitos posturais inadequados e a presença de dor em escolares, e foi visto que a presença de dor está possivelmente associada aos maus hábitos posturais, e se não tratadas corretamente, essas posturas poderão se tornar graves complicações futuras.
5 CONCLUSÃO
Conclui-se então que foi descoberto uma grande quantidade de população infanto-juvenil que apresentada características da escoliose. Durante as análises percebe-se um número maior do sexo masculino durante os achados, durante a avaliação do posicionamento anterior foi identificado que a maioria dos participantes apresentavam maior número de desalinhamento das clavículas, desalinhamento dos ombros e inclinação e rotação da cabeça, por conseguinte, na visão lateral foi observado uma grande relevância de hipercifose cervical, hiperlordose lombar e anteversão pélvica. Assim, quando observou-se a vista posterior havia uma predominância de escápula alada nos alunos, ainda durante a análise de posturas corretas durante as atividades de vida diária, resultou-se que mais da metade dos participantes possuíam posturas inadequadas para pegar objetos no chão e sentar na cadeira para escrever. Por fim, em relação ao nível dor, apenas metade relatou ter esses sinais que causam desconforto na região de coluna.
É essencial que seja abordado em ambiente escolar sobre a saúde coletiva com ênfase nas alterações posturais, já que é papel do fisioterapeuta e profissionais da saúde promover a prevenção e informação de forma adequada para que sejam feitas intervenções para amenização de agravos posturais, além disso, esse tipo de estudo torna-se importante para mensurar a quantidade de alterações encontradas em âmbito escolar e servir de preparo e conhecimento aos profissionais e comunidade em geral. Portanto, faz-se necessário mais estudos que abordem o assunto e demonstre resultados eficazes para análise das variáveis a fim de melhorar a comparação em relação ao assunto.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICES
APÊNDICE A — TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Eu ___________________________________, diretora da Escola Municipal Padre Madeira, autorizo a solicitação para a realização do projeto de pesquisa a desenvolver na própria escola, projeto este intitulado como: PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES POSTURAIS ENCONTRADAS EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM AMBIENTE ESCOLAR. Projeto o qual, tem como objetivo Verificar a prevalência das principais alterações posturais em estudantes do ensino fundamental. A ser realizado pelas alunas Ana Cláudia fe Oliveira Leal Rocha e Juliane Mickely Coelho de Sousa, responsável pelo projeto e orientada pela responsável Profº. Maria do Socorro Rodrigues.
PICOS(PI),____________DE___________2023
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ
BR 316 – Km 302.5, s/n – Bairro Altamira – Picos – PI Contato (89)99994-9918 / (89)99405-9609
CNPJ: 05.949.713/0001-10
www.faculdadersa.edu.br
APÊNDICE B — TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do projeto: PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES POSTURAIS ENCONTRADAS EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM AMBIENTE ESCOLAR
Pesquisador responsável: Maria do Socorro Rodrigues
E-MAIL: professorasocorror@gmail.com
TELEFONE: (89)981030704
Pesquisador assistente:Ana Cláudia de Oliveira Leal Rocha e Juliane Mickely Coelho de Sousa
E-MAIL: anaclau.olr@gmail.com; Julianelivros09@gmail.com
TELEFONE: Ana Cláudia: (89)994735176; Juliane: (89)994562054
Instituição/departamento: Faculdade R.Sá/ Fisioterapia
Local da coleta de dados: Escola Municipal Padre Madeira
Prezado (a) Senhor (a)
O(A) seu(sua) filho(a) está sendo convidado a participar como voluntário do projeto de pesquisa:” PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES POSTURAIS ENCONTRADAS EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM AMBIENTE ESCOLAR”, cujo pesquisador responsável é MARIA DO SOCORRO RODRIGUES e as pesquisadora assistentes são ANA CLÁUDIA DE OLIVEIRA LEAL ROCHA E JULIANE MICKELY COELHO DE SOUSA. O objetivo do projeto é: Verificar a prevalência das principais alterações posturais em estudantes do ensino fundamental. Os benefícios desta pesquisa são vastos, todos os voluntários terão um maior conhecimento sobre o assunto abordado, além de uma conscientização sobre os possíveis tratamentos para a problemática. Neste sentido, solicitamos sua colaboração mediante a assinatura desse termo. Este documento, chamado Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), visa assegurar seus direitos do seu(sua) filho(a) como participante. Após seu consentimento, assine todas as páginas e ao final desse documento que está em duas vias. O mesmo, também será assinado pelos pesquisadores em todas as páginas, ficando uma via com você participante da pesquisa e outra com o pesquisador. Por favor, leia com atenção e calma, aproveite para esclarecer todas as suas dúvidas. Se houver perguntas antes ou mesmo depois de indicar sua concordância, você poderá esclarecê-las com o pesquisador responsáveis pela pesquisa. Se mesmo assim, as dúvidas ainda persistirem você pode entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da– UFPI, que acompanha e analisa as pesquisas científicas que envolvem seres humanos, no Campus Universitário Ministro Petrônio Portella, Bairro Ininga, Teresina –PI, telefone (86) 3237-2332, e-mail: cep.ufpi@ufpi.edu.br; no horário de atendimento ao público, segunda a sexta, manhã: 08h00 às 12h00 e a tarde: 14h00 às 18h00. Se preferir, pode levar este Termo para casa e consultar seus familiares ou outras pessoas antes de decidir participar. Esclarecemos mais uma vez que a participação do(a) seu(sua) filho(a) é voluntária, caso o mesmo decida não participar ou retirar seu consentimento a qualquer momento da pesquisa, não haverá nenhum tipo de penalização ou prejuízo e o (os) pesquisador estará a sua disposição para qualquer esclarecimento.
A pesquisa tem como justificativa: As alterações posturais constituem uma série de problemas que podem afetar negativamente a vida dos adolescentes, como baixa autoestima e bullying; ansiedade; problemas musculoesqueléticos. A identificação de alterações posturais é importante, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes, visto que com o crescimento do adolescente o desvio irá progredir cada vez mais. A fisioterapia é fundamental para a prevençãoe tratamento das alterações posturais. Utilizando técnicas que proporcionem o alongamento e fortalecimento das cadeias musculares, além de aumentarem a flexibilidade, mobilidade da coluna e melhorar o padrão postural dos adolescentes acometidos por esses desvios.
Para sua realização serão utilizados os seguintes procedimentos para a coleta de dados: será aplicado um questionário com os dados sócio demográficos e o instrumento de avaliação BackPEI. Na segunda etapa, o exame físico será realizado em uma sala fechada, em cada aluno. Esclareço que esta pesquisa acarreta os seguintes riscos para o (a) seu (sua) filho (a): possibilidade de constrangimento ao responder o questionário. Entretanto, algumas medidas preventivas serão tomadas, como a não identificação dos participantes e a possibilidade de desistir a qualquer momento da pesquisa.
Os resultados obtidos nesta pesquisa serão utilizados para fins acadêmico-científicos (divulgação em revistas e em eventos científicos) e os pesquisadores se comprometem a manter o sigilo e identidade anônima, como estabelecem as Resoluções do Conselho Nacional de Saúde nº. 466/2012 e 510/2016 e a Norma Operacional 01 de 2013 do Conselho Nacional de Saúde, que tratam de normas regulamentadoras de pesquisas que envolvem seres humanos. E você terá livre acesso as todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo, bem como lhe é garantido acesso a seus resultados.
Esclareço ainda que você não terá nenhum custo com a pesquisa, e caso haja por qualquer motivo, asseguramos que você será devidamente ressarcido. Não haverá nenhum tipo de pagamento por sua participação, ela é voluntária. Caso ocorra algum dano comprovadamente decorrente de sua participação neste estudo você poderá ser indenizado conforme determina a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, bem como lhe será garantido a assistência integral.
CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
Declaro que concordo que meu(minha) filho(a) _________________________________________________________ (nome completo do menor de 18 anos) participe desta pesquisa, dando pleno consentimento para uso das informações por meu(minha) filho(a) prestadas. Para tanto, assino este consentimento em duas vias, rubrico todas as páginas e fico com a posse de uma delas.
Local e data: ________________________________________________
_____________________________________________
Assinatura do Participante
_______________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
_______________________________________________
Assinatura do Pesquisador Assistente
APÊNDICE C — QUESTIONÁRIO DOS DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS
Idade
( ) 10 ( ) 11 ( ) 12 ( )13 ( )14 ( )15 ( ) 16
Sexo
( ) F ( ) M
Cor
( ) branco ( ) preto ( ) pardo ( ) indígena
Peso _______
Altura _______
IMC______
APÊNDICE D— INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DA POSTURA CORPORAL NAS COSTAS (BACKPEI)
Responda com cuidado e atenção. Marque apenas uma alternativa para cada pergunta
Caso tenha alguma pergunta, chame o responsável pela aplicação do questionário.
1. Você pratica algum exercício físico ou esporte regularmente (na escola ou fora dela)?
( ) sim, qual?_______________ ( ) não
1. Quantos dias você pratica esse exercício/esporte por semana?
( ) de 1 a 2 dias por semana ( ) 5 ou mais dias por semana
( ) de 3 a 4 dias por semana ( ) não sei responder, depende da semana
2. Você pratica esse exercício físico ou esporte de maneira competitiva?
( ) sim ( ) não
3. Quantas horas por dia você permanece sentado vendo televisão?
( ) de 0 a 1 hora por dia ( ) de 6 a 7 horas por dia
( ) de 2 a 3 horas por dia ( ) 8 horas ou mais por dia
( ) de 4 a 5 horas por dia ( ) não sei responder, depende do dia
4. Quantas horas você permanece sentado utilizando o computador?
( ) de 0 a 1 hora por dia ( ) de 4 a 5 horas por dia
( ) de 2 a 3 horas por dia ( ) 6 horas ou mais por dia
( ) não sei responder, depende do dia
5. Você costuma ler e/ou estudar na cama?
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
6. Qual sua posição preferida para dormir?
( ) de lado ( ) de costas ( barriga para cima)
( ) de bruços ( barriga para baixo) ( )não sei responder, depende do dia
7. Quantas horas você dorme por noite?
( ) de 0 a 6 por dia ( ) de 8 a 9 horas por dia
( ) 7 horas por dia ( ) não sei responder, depende do dia
8. Como você costuma sentar na escola para escrever à mesa?
9. Como você costuma sentar em uma cadeira para conversar com os amigos?
10. Como você costuma sentar para usar o computador?
11. Como você costuma pegar objeto no chão?
12. O que você utiliza para carregar o material escolar?
Se você marcou a alternativa (A) responda a questão 14. Caso contrario pule para a questão 15.
13. Como você leva sua mochila escolar?
14. Até que série sua mãe estudou?
( ) não frequentou a escola ( ) nível superior (faculdade)
( ) nível fundamental (1 a 8 série) ( ) não sei
( ) nível médio ( 1 ano ao 3 ano) ( ) não tenho responsável do sexo feminino
15. Até que série seu pai estudou?
( ) não frequentou a escola ( ) nível superior (faculdade)
( ) nível fundamental (1 a 8 série) ( ) não sei
( ) nível médio ( 1 ano ao 3 ano) ( ) não tenho responsável do sexo masculino
16. Algum de seus pais apresentam dor nas costas?
( ) sim ( ) não
17. Você sente ou já sentiu dor nas costas (nos últimos 3 meses)?
( ) sim ( ) não ( ) não sei responder
Se a resposta for sim, continue o questionário. Caso a resposta seja não, você encerrou o questionário, muito obrigada.
18. Essa dor nas costas ocorre ou ocorreu com frequência?
( ) foi apenas uma vez ( ) de duas a três vezes por semana
( ) uma vez por mês ( ) quatro vezes ou mais por semana
( ) uma vez por semana ( ) não sei responder
19. Essa dor nas costas impede ou impediu de realizar atividades como: brincar, estudar, praticar esportes…
( ) sim ( ) não ( ) não sei
20. Na escala abaixo de 0 a 10, por favor, identifique a intensidade da dor nos últimos 3 meses (faça um “X” sobre a linha abaixo de acordo com a intensidade de sua dor).
APÊNDICE E— FICHA DE AVALIAÇÃO
CERVICAL
Vista frontal: Inclinação: ( ) normal ( ) D ( ) E
Rotação: ( ) normal ( ) D ( ) E
Vista Lateral: Alinhamento: ( ) normal ( ) anteriorização ( ) retificação
ÂNGULO DE THALES: ( ) alinhado ( ) mais aberto a D ( ) mais aberto a E
NIVELAMENTO DOS OMBROS: ( ) normal ( ) D elevado ( ) E elevado
CINTURA ESCAPULAR:
Vista frontal: Posicionamento das clavículas:
( ) alinhadas ( ) D desalinhada ( ) E desalinhada
Vista posterior: Posicionamento das escápulas:
( ) Normal ( ) D alada ( ) E Alada
CINTURA PÉLVICA
Vista lateral: ( ) normal ( ) anteversão ( ) retroversão
Vista frontal: ( ) normal ( ) inclinada a D ( ) inclinada a E
COLUNA VERTEBRAL:
Vista lateral:
Torácica: ( ) normal ( ) hipercifose ( ) retificação
Lombar: ( ) normal ( ) hiperlordose ( ) retificação
FOSSA POPLÍTEA
( ) alinhada ( ) D elevada ( ) E elevada
PÉS
( ) normal ( ) plano ( ) cavo
TESTE DE ADAMS
Região: ( ) torácica ( ) lombar
Gibosidade: ( ) D ( ) E
1Orientanda do PIBIC/2023.2 do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
2Orientanda do PIBIC/2023.2 do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
3Orientadora do PIBIC/2023.2 do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá