REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412090835
Leandro Picanço De Carvalho
Ademilson Garrido Martinez Junior
Antenor Matos De Carvalho Junior
Rodrigo Ruan Costa De Matos
Thayane Picanço De Carvalho
Rayssa Oliveira Moura
Lilía Maria Nobre Mendonça
Nilcilene Sampaio Lima
Giselle Diniz Dos Santos
Maria Elizete Diniz Dos Santos
Jocileia Da Silva Bezerra
Lucas Da Silva Alho Mota
SAMARA JESUS DA CRUZ
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Correa (2020), a palavra ‘síndrome’ origina-se do grego “σύνδρομον”, com o significado de “coexistência”. No contexto médico é usado para descrever um conjunto de sinais e sintomas que de uma forma ou de outra estão relacionados com uma determinada doença. Às vezes, o termo “síndrome” pode estar tão intimamente ligado ao processo fisiopatológico por trás de uma doença que é difícil separar os dois, síndrome e doença, e um exemplo pode ser a síndrome de Down.
No entanto, Diniz e Gonçalves (2020) ressaltam que uma síndrome indica que certos achados clínicos coexistem com mais frequência do que seria esperado se fosse apenas um jogo de sorte e que esse acúmulo é de relevância clínica. Ainda assim, a causa muitas vezes pode ser incerta. A síndrome metabólica representa tal entidade e sua presença sinaliza que uma pessoa com esta síndrome corre um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 (DM2) e doença cardiovascular no futuro e que tal resultado pode ser neutralizado pelo gerenciamento dos componentes da síndrome metabólica por meio de medidas adequadas.
Segundo Lira (2018), em 1988, foi definido por Reaven uma entidade chamada “síndrome X”, caracterizada pela coexistência de diferentes fatores de risco cardiovascular na mesma pessoa, como obesidade, distúrbios de tolerância à glicose, dislipidemia e hipertensão arterial. Ele descreveu “um conjunto de fatores de risco para diabetes e doenças cardiovasculares” e o chamou de “Síndrome X”. Sua principal contribuição foi a introdução do conceito de resistência à insulina. No entanto, ele surpreendentemente perdeu a obesidade ou obesidade visceral da definição que mais tarde foi adicionada como uma anormalidade crucial. Em 1989, Kaplan renomeou a síndrome para a combinação de obesidade da parte superior do corpo, intolerância à glicose, hipertrigliceridemia e hipertensão.
De acordo com Ramires (2018), em 1991 foi descrita a forte relação entre esses distúrbios clínicos e a resistência à ação da insulina (RI), que constitui o substrato fisiopatológico da síndrome metabólica (SM), como é hoje denominada. Em 1992, foi novamente renomeada como a síndrome de resistência à insulina. Vários grupos tentaram desenvolver critérios diagnósticos para o diagnóstico da SM, a primeira tentativa foi feita por um grupo de diabetes da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1998 para fornecer uma definição de SM, em resposta, o Grupo Europeu para o Estudo da Resistência à Insulina (GERI) respondeu com uma modificação da definição da OMS em 1999. Em 2001, o National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel (NCEP/ATP) divulgou sua definição. Posteriormente, a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AAEC) em 2003 ofereceu suas opiniões sobre a definição da síndrome. A proliferação de definições sugeria que uma única definição unificadora era desejável, na esperança de conseguir isso, a Federação Internacional de Diabetes (FID) propôs uma nova definição de SM em abril de 2005.
Sobreira (2018) comenta que a SM, também rotulada como síndrome de resistência à insulina, síndrome X, cintura hipertrigliceridêmica e o quarteto mortal, está sendo cada vez mais reconhecida como um importante fator de risco cardiovascular. A síndrome metabólica é um grande e crescente desafio clínico e de saúde pública em todo o mundo devido à urbanização, excesso de ingestão de energia, aumento da obesidade e hábitos de vida sedentários. Sobreira (2018) considera ainda que a SM é uma condição multifatorial caracterizada por uma combinação de três ou mais dos seguintes fatores de risco: aumento da circunferência da cintura, triglicerídeos elevados, baixo colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C), pressão alta e alta glicemia de jejum.
Nessa direção, é destacado por Zanre (2022) que a SM é um estado de inflamação crônica de baixo grau como consequência de uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais. Resistência à insulina, adiposidade visceral, dislipidemia aterogênica, disfunção endotelial, suscetibilidade genética, pressão arterial elevada, estado de hipercoagulabilidade e estresse crônico são os vários fatores que constituem a síndrome.
Portanto, Costa, Duarte e Andrade (2020) definem a SM como uma constelação de fatores fisiológicos, bioquímicos, clínicos e metabólicos interconectados que aumentam diretamente o risco de doença cardiovascular aterosclerótica e todas as causas de mortalidade. Esta coleção de medidas corporais não saudáveis e resultados de testes laboratoriais anormais incluem dislipidemia aterogênica, hipertensão, intolerância à glicose, estado pró-inflamatório e estado pró-trombótico. Existem várias definições de SM, mas os critérios de definição mais comumente usados atualmente são da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Grupo Europeu para o Estudo da Resistência à Insulina (EGIR), do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III), da American Association of Clinical Endocrinologists (AACE) e da International Diabetes Federation (IDF).
Silva et al. (2021) concordam que embora cada definição possua características comuns, existem vários parâmetros que diferem, o que resulta em dificuldade em termos de aplicabilidade, uniformidade e valor preditivo positivo com todas essas definições. As definições da AACE, OMS e EGIR são amplamente focadas na resistência à insulina, que é determinada por um teste oral de tolerância à glicose e clamp hiperinsulinêmico-euglicêmico. No entanto, este método de trabalho intensivo é usado principalmente em um ambiente de pesquisa. Em contraste, foram desenvolvidas as definições de ATPIII que usam medições e resultados laboratoriais que estão prontamente disponíveis para os médicos, facilitando sua aplicação clínica e epidemiológica e, portanto, permaneceram como uma espinha dorsal para classificações subsequentes, como o critério diagnóstico da IDF.
No entanto, Sobreira (2018) destacam que um grande problema com as definições da OMS e do NCEP ATP III tem sido sua aplicabilidade aos diferentes grupos étnicos, especialmente ao tentar definir pontos de corte para obesidade. Isso é particularmente evidente para o risco de DM2, que é aparente em níveis muito mais baixos de obesidade em asiáticos em comparação com europeus. A IDF, tendo reconhecido as dificuldades em identificar critérios unificados para SM que fossem aplicáveis em todas as etnias, propôs um novo conjunto de critérios com limites étnicos/raciais específicos. Isso explica o fato de que as diferentes populações, etnias e nacionalidades têm diferentes distribuições de normas para peso corporal e circunferência da cintura. Também reconhece que a relação entre esses valores e o risco de DM2 ou DCV difere em diferentes populações.
Desse modo, Ramires (2018) apontam que a síndrome metabólica é um importante impulsionador da atual crise cardiovascular global. Aumenta significativamente o risco de diabetes tipo 2, doença cardiovascular (DCV) e morte prematura. SM é um complexo de distúrbios cardiometabólicos interconectados que inclui obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial, níveis reduzidos de colesterol de alta densidade sérico (HDL-c) e aumento do nível sérico de triglicerídeos. SM resulta principalmente de uma combinação de supernutrição e estilos de vida sedentários que levam ao excesso de adiposidade e, finalmente, a outros distúrbios metabólicos.
Segundo Lira (2018), a prevalência de SM varia entre diferentes populações e depende dos critérios usados em diferentes definições, mesmo entre crianças e adolescentes a real importância do diagnóstico de SM reside na coexistência de diferentes fatores de risco cardiovascular (FRCV), como obesidade, hipertensão arterial (HAS), distúrbios lipídicos ou diabetes mellitus, e no fato de que a presença de SM traz sobre uma maior morbimortalidade e praticamente dobra a morbimortalidade cardiovascular na população geral.
Correa (2020) ressalta que a SM confere um aumento de 5 vezes no risco de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e 2 vezes o risco de desenvolver doença cardiovascular (DCV) nos próximos 5 a 10 anos. Além disso, os pacientes com SM têm um risco 2 a 4 vezes maior de AVC, um risco 3 a 4 vezes maior de infarto do miocárdio (IM) e 2 vezes o risco de morrer de tal evento em comparação com aqueles sem a síndrome independentemente de história prévia de eventos cardiovasculares.
De acordo com Ramires (2018), a carga de doenças não transmissíveis (CDNTs) tem causado impacto substancial nos sistemas de saúde e nas economias em todo o mundo. As DNTs causam maior aumento de morbidades e mortalidades, redução da qualidade de vida e aumento dos gastos com saúde para os governos, particularmente em países de baixa e média renda. Juntamente com essas consequências sem precedentes das DNTs, os sistemas de saúde pública globais estão sendo desafiados com o aumento da incidência da síndrome metabólica.
Para Dutra e Chiachio (2020), a síndrome metabólica é um agrupamento de fatores de risco cardiometabólicos inter-relacionados, que ocorrem mais frequentemente juntos do que individualmente. As anormalidades metabólicas que caracterizam a síndrome metabólica incluem aumento da pressão arterial, elevação da glicose no sangue, excesso de gordura corporal ao redor da cintura e níveis anormais de colesterol ou triglicerídeos.
Segundo Silva et al. (2021), a literatura atual aponta a síndrome metabólica como um fator de vulnerabilidade e um importante problema de saúde pública, cuja prevalência está aumentando em todo o mundo. Indivíduos com síndrome metabólica têm 2,5 vezes mais chances de morrer de doença cardiovascular em comparação com seus pares sem síndrome metabólica. Além disso, esses indivíduos são cinco vezes mais vulneráveis a desenvolver diabetes mellitus tipo 2.
Assim, Diniz e Gonçalves (2020) enfatizam que há um consenso na literatura de que idade avançada, menor escolaridade, baixa atividade física e maior índice de massa corporal aumentam as chances de síndrome metabólica. Primeiro, o aumento relacionado à idade na prevalência da síndrome metabólica é significativamente influenciado pela grande prevalência de fatores de risco metabólico desenvolvidos nas idades mais avançadas, em particular > 65 anos. Em segundo lugar, as pessoas mais desfavorecidas que tinham menor escolaridade, estavam desempregadas e de menor renda tinham mais vulnerabilidade para desenvolver síndrome metabólica.
Em terceiro lugar, Dutra e Chiachio (2020) destacam que o envolvimento em atividade física regular tem sido considerado uma importante intervenção no estilo de vida para prevenir a síndrome metabólica. Alguns estudos têm comprovado que a atividade física regular reduz os fatores de risco relacionados à síndrome metabólica e doenças vasculares associadas. No entanto, as relações entre atividade física e síndrome metabólica parecem ser dependentes de fatores relacionados ao tipo e intensidade da atividade física, bem como variáveis individuais e envolvimento contextual.
De acordo com Zanre (2022), a prevalência mundial de SM varia, dependendo da região, ambiente urbano ou rural, composição (sexo, idade, raça e etnia) da população estudada e a definição da síndrome usada. Em geral, a IDF estima que um quarto da população adulta mundial tem SM. Nível socioeconômico mais elevado, estilo de vida sedentário e alto índice de massa corporal (IMC) foram significativamente associados à SM.
Segundo Silva et al. (2021), a identificação clínica e o manejo de pacientes com SM são importantes para iniciar os esforços para implementar adequadamente os tratamentos para reduzir o risco de doenças subsequentes. Abordagens preventivas eficazes incluem mudanças no estilo de vida, principalmente perda de peso, dieta e exercícios, e o tratamento compreende o uso adequado de agentes farmacológicos para reduzir os fatores de risco específicos. O tratamento farmacológico deve ser considerado para aqueles cujos fatores de risco não são adequadamente reduzidos com as medidas preventivas e mudanças no estilo de vida.
Para Ramires (2018), a manejo clínico da SM é difícil porque não existe um método reconhecido para prevenir ou melhorar toda a síndrome, cujo pano de fundo é essencialmente a resistência à insulina. Assim, a maioria dos médicos trata cada componente da SM separadamente, dando ênfase particular aos componentes que são facilmente passíveis de tratamento medicamentoso. Na verdade, é mais fácil prescrever um medicamento para baixar a pressão arterial, a glicemia ou os triglicerídeos do que iniciar uma estratégia de longo prazo para mudar o estilo de vida das pessoas (exercitar-se mais e comer melhor) na esperança de que elas acabem perdendo peso e tendam a perder peso.
2 JUSTIFICATIVA
A prevalência de SM varia em todo o mundo e geralmente corresponde à prevalência de obesidade. Contudo, existe uma grande variação na prevalência com base na idade, sexo, raça/etnia e nos critérios utilizados para o diagnóstico.
Embora seja uma condição comum e com risco de vida, faltam pesquisas sobre a síndrome metabólica, especificamente sobre sua patogênese e prevalência. Diante do exposto, a quantidade de estudos relacionados à síndrome metabólica principalmente em adultos, ainda se encontra escassa, com isso se faz relevante que seja realizado um levantamento teórico dos estudos na área, a fim de instigar discussões sobre o assunto e apresentar dados referentes a prevalência da síndrome metabólica na população adulta brasileira, isso forneceria aos profissionais de saúde uma maior compreensão da incidência da síndrome metabólica e abriria o caminho para pesquisas futuras.
Pesquisas sobre a prevalência da síndrome metabólica no Brasil contribuem para o avanço do conhecimento científico nessa área. Os dados coletados a partir deste estudo poderão ser utilizados em estudos epidemiológicos e clínicos, permitindo a geração de evidências científicas que embasem a prática clínica, a tomada de decisões políticas e o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Essas informações são essenciais para o enfrentamento da síndrome metabólica, o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento adequadas, e a promoção de uma melhor saúde e qualidade de vida para a população brasileira.
Além o mais, mesmo que a SM possa ser fatal e as taxas de prevalência sejam altas, há uma falta de pesquisa sobre como apoiar efetivamente as pessoas com a síndrome. Este estudo poderá fornecer informações necessárias aos profissionais de saúde e orientar o foco para pesquisas futuras. Desse modo, a referida pesquisa tem como contribuição destacar que a síndrome metabólica.
Leva-se em consideração que com o envelhecimento da população brasileira e o aumento concomitante de outras condições crônicas e comorbidades, poderá haver aumentos na prevalência da síndrome metabólica, o que se mostrariam como dados preocupantes. Portanto, a contribuição social do estudo poderá fomentar os esforços para implementar estratégias de prevenção, incluindo modificação do estilo de vida e uso de medicamentos direcionados a subgrupos de maior risco, podendo assim ajudar a diminuir o risco de desenvolver da síndrome metabólica.
Pelo fato de a síndrome metabólica ser uma condição médica caracterizada pela presença de vários fatores de risco cardiovascular, como obesidade abdominal, hipertensão, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e resistência à insulina. Ao estudar a prevalência da síndrome metabólica em adultos, é possível ter uma compreensão mais clara da extensão desse problema de saúde na população e sua relevância para a saúde pública.
Além disso, justifica-se a relevância da avaliação do impacto nos indivíduos e na sociedade, visto que a síndrome metabólica está associada a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras condições crônicas. Desse modo ao estudar sua prevalência, é possível entender melhor o impacto dessa condição na saúde e qualidade de vida dos indivíduos afetados, além de avaliar sua carga econômica e social sobre a sociedade.
Outra contribuição que este estudo poderá trazer diz respeito a identificação de grupos de risco e medidas preventivas, ao passo que o estudo da prevalência da síndrome metabólica pode ajudar a identificar grupos populacionais com maior probabilidade de desenvolver a condição. Isso permite a implementação de medidas preventivas direcionadas, como intervenções comportamentais, mudanças no estilo de vida, programas de educação em saúde e estratégias de promoção da saúde, com o objetivo de reduzir a incidência da síndrome metabólica e suas complicações associadas.
Destaca-se ainda a possibilidade de monitoramento de tendências ao longo do tempo, pois estudar a prevalência da síndrome metabólica em adultos permite o acompanhamento de mudanças na sua incidência ao longo do tempo. Isso possibilita a avaliação da eficácia de políticas de saúde pública e intervenções implementadas, bem como a identificação de mudanças nas características da população que podem influenciar a prevalência da síndrome metabólica.
Em resumo, o referido estudo sobre a prevalência da síndrome metabólica em adultos no Brasil é fundamental para compreender o impacto dessa condição na saúde pública, identificar grupos de risco, implementar medidas preventivas e monitorar tendências ao longo do tempo. Essas informações são essenciais para o planejamento de políticas de saúde eficazes e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e manejo adequado da síndrome metabólica e suas complicações.
3 QUESTÃO NORTEADORA:
Em se tratando da presente pesquisa, o estudo foi projetado para responder à seguinte questão: quais grupos populacionais representam a maior taxa de síndrome metabólica no Brasil?
4 OBJETIVOS
4.1 GERAL
Apresentar os principais grupos populacionais que representam a maior taxa de síndrome metabólica no Brasil.
4.2 ESPECÍFICOS
- Apresentar os fatores potenciadores para a Síndrome Metabólica;
- Identificar os potenciais fenômenos que podem levar a agravos e que necessitam ter um cuidado direcionado para reduzir os riscos de morbimortalidade e complicações advindas da síndrome metabólica;
- Comparar taxas de prevalência de SM entre regiões brasileiras.
5 METODOLOGIA
5.1 ASPECTOS ÉTICOS
No que se refere aos aspectos éticos, as informações específicas extraídas dos artigos serão acessadas por meio de bancos de dados, não sendo necessária a autorização para sua utilização, por serem de domínio público. Contudo, quando feito uso de obras dos autores, esses serão devidamente citados de acordo com os parâmetros da ABNT para citações. Ademais, o estudo somente terá início após o aceite do orientador (APÊNDICE A) e o aceite da Coordenação do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (APÊNDICE B).
5.2 DESENHO DO ESTUDO
Trata-se de uma revisão de literatura, os dados serão coletados em artigos, dissertações e teses, selecionados em banco de dados eletrônico, tais como: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no período de agosto a setembro de 2023, com as palavras-chave: Síndrome Metabólica; doenças crônicas não transmissíveis.
5.3 POPULAÇÃO E CASUÍSTICA
Os dados serão coletados em artigos científicos, dissertações e teses, incluiu-se estudos publicados no período de 2018 à 2023, no idioma português, inglês e espanhol.
5.4 PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS E ANÁLISE DE DADOS
Primeiramente será realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a temática, após o levantamento bibliográfico e pesquisa, será constituída a sintetização dos dados para ser realizado o referencial teórico, para isso, será realizado a técnica de análise de conteúdo. Os artigos serão selecionados pelos títulos e resumos, e os selecionados serão lidos na íntegra e analisados minuciosamente.
Segundo Teixeira (2005), a análise de conteúdo qualitativa é uma técnica que permite o pesquisador avaliar os elementos lidos e realizar a partir destes uma crítica de seu conteúdo.
Para a extração de informações necessárias, será elaborada uma lista de verificação composta pelos autores, contendo: desenho do estudo, ano de publicação, tamanho da amostra, localização, bem como informações sobre o SM, o período de acompanhamento do paciente, o modelo estatístico e o principal gatilho da cadeia que leva ao SM separado por variáveis demográficas (idade e sexo).
A análise dos estudos encontrados será feita de forma descritiva qualitativa apresentada por meio de tabelas.
5.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Serão considerados os seguintes critérios de inclusão: 1) estudos transversais; 2) estudos relatando a prevalência bruta (ou dados suficientes para computar esta estimativa) de SM; 3) estudos conduzidos em adultos (18 anos ou mais) nas populações em geral, independentemente de sua localização geográfica no Brasil.
Os artigos, dissertações e teses deverão ser relacionados à questão de pesquisa que incluirão uma descrição clara dos “grupos populacionais representam a maior taxa de síndrome metabólica no Brasil” e a prevalência da SM e seus componentes em título ou resumo serão incluídos neste estudo. Serão incluídos ainda somente as publicações que tiverem resumos e textos completos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, que tenham sido publicadas entre os anos de 2018 à 2023, não distinguirem entre os níveis de evidência e estarem disponíveis eletronicamente.
Serão excluídas as publicações que não se tratar de artigos, dissertações ou teses, que tenham sido publicadas antes de 2018, que não estejam disponíveis integralmente, que sejam inelegíveis, pôsteres e conferências e artigos contendo informações inadequadas dobre a SM serão excluídos do processo de revisão.
6 RISCOS E BENEFÍCIOS
Os riscos envolvem a possibilidade de encontrar dados equivocados, ou processados erroneamente. Dessa forma é necessário estar atento para que não sejam incluídas informações erradas no desenvolvimento da pesquisa, por esse motivo foram escolhidas base de dados confiáveis para a pesquisa e serão buscados maiores números de fontes possíveis
Os benefícios advindos deste estudo incluem a produção de conhecimento científico acerca da prevalência da síndrome metabólica na população adulta brasileira, a fim de compilar estudos recentes e impulsionar a discussão acadêmica e científica para proporcionar maior conhecimento dos estudantes de medicina sobre a SM. Por outro lado, os achados também poderão estimular novas ações no campo da educação médica, de modo a sensibilizar alunos e professores para a importância do tema.
7 DESFECHOS
Espera-se que os resultados possam produzir importantes conhecimentos sobre a importância da síndrome metabólica na formação de futuros médicos, em se tratando de um assunto que, apesar de fundamental, não é plenamente explorado nos cursos de Medicina. Como a casuística incluiu artigos científicos, dissertações e teses publicados no período de 2018 à 2023, no idioma português, inglês e espanhol, também é esperado que os resultados demonstrem diferenças ao longo da formação acadêmica, revelando assim eventuais variações que permitam a melhor problematização do tema de estudo, considerando as diferentes etapas do curso.
8 ORÇAMENTO
O projeto será financiado pelos próprios pesquisadores.
9 CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
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