REGISTRO 10.5281/zenodo.7319251
Andresa Barbosa Lima;
Kelvin Estrela Lourenço;
Marisa Pereira de Sousa;
Maytê de Lima Major;
Vitor Lopes Santos;
Orientador: Profª. Ana Maria Gonçalves Carr;
Coorientador: Profº. Igor Phillip dos Santos Gloria.
RESUMO
Introdução: Pouco se sabe sobre a prevalência da incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico. Por isso, estudos epidemiológicos de grande aceitabilidade científica são sugeridos para atestar sua importância. Com base no exposto acima, e com o intuito de gerar mais informações sobre o assunto, visando ampliar os conhecimentos ligados à incontinência urinária e sua relação com as dançarinas de ballet clássico, propomos a realização do presente estudo. Objetivo: Avaliar a presença de incontinência urinária e o autoconhecimento da musculatura do assoalho pélvico em mulheres praticantes de ballet clássico. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, seguindo base as recomendações do STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology), aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa da Universidade Cruzeiro do Sul para avaliar a incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico, através de um questionário online no formato do “Internacional Consultation on Incontinence Questionnaire”, disseminado em redes sociais renomadas, tais como, Facebook, Instagram, Twitter e entre
outras plataformas. O intuito deste trabalho destinou-se apenas para o público feminino, e com isso foram selecionados 106 participantes, mas apenas 105 inclusos, sendo 99,06% participantes do sexo feminino, e 0,94% do sexo masculino. Resultados: O estudo permitiu constatar a prevalência de incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico, onde 50,94% das mulheres perdem urina ao menos 1 vez por semana, sendo que a maioria delas perdem uma pequena quantidade. Também foi possível avaliar que 73,58% apresentam os escapes de urina durante ou após os treinos, e dessas, 17% percebem a perda em saltos e movimentos de impacto durante os treinos. Averiguou-se ainda, que perder urina interfere muito na vida de 18% das participantes. Segundo (FRIGO et al, 2014), em outros esportes como, Jump, Voleibol, Crossfit e esportes de alto impacto, por sobrecarga dos músculos do assoalho pélvico, ocorre a disfunção do mesmo, também levando à incontinência urinária nestes atletas.
Palavras-chave: Incontinência Urinária, Bailarinas, Assoalho Pélvico, Esportes de Alto Impacto.
APRESENTAÇÃO
Esta apresentação tem como objetivo avaliar a prevalência da incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico. Este trabalho é o resultado de uma vasta pesquisa com o objetivo definido, onde visa demonstrar o autoconhecimento da patologia no público de dançarinos e a predominância do mesmo.
Entendemos (orientadores e alunos) que o trabalho deve relatar todo processo desenvolvido na pesquisa e fornecer ao leitor acesso a todos os resultados, o texto aqui apresentado, foi organizado de tal forma que permita acompanhar os desfechos desde o levantamento bibliográfico até os dados que
respondem à pergunta estabelecida como foco principal da pesquisa.
1. INTRODUÇÃO
A incontinência urinária é definida como uma perda involuntária de urina, se tornando um problema que não afeta somente a parte higiênica como a parte psicológica (CARVALHO, et al, 2014). A mulher se restringe às atividades sociais e físicas, com repercussões a nível emocional baixa autoestima, depressão, vergonha e isolamento (FERREIRA, et al, 2011). cerca de 200 milhões de pessoas no mundo apresentam algum tipo de incontinência urinária (REIS, et al, 2011).
Existem três tipos de incontinência urinária, e ela se classifica de acordo com o aspecto que induz a perda sendo: Incontinência urinária de esforço (IUE) caracterizada por aumento da pressão intra-abdominal como tossir, impacto, esforço físico, Incontinência urinária de urgência (IUU) ocorre em momentos de urgência miccional e Incontinência urinária mista (IUM) sendo quando ocorre perda em ambas situações (LOPES, et al, 2020)
Além dessas condições, estudos internacionais encontraram prevalência de 21,3% de diabetes em mulheres com incontinência urinária na pós-menopausa 13 e 17% de diabetes em mulheres entre 20 e 80 anos avaliadas. (OLIVEIRA, et al, 2011). Na cidade de Bergen, na Noruega estudos encontraram prevalência de IU de 31% em sexo feminino, seis meses após o parto, tendo grande risco para parto vaginal e laceração perineal. (SANTOS, et al, 2010)
No Brasil, de 30 a 43% das mulheres sofrem com a IU em algum momento, sendo a IUE o tipo mais prevalente (SANTOS, et al, 2010). O fato da expectativa de vida da população brasileira ter aumentado, junto com esse processo a IU também se torna um fator comum (FREITAS, et al, 2020).
A incontinência é decorrente de um equilíbrio entre as forças de expulsão e as de retenção. Ela decorre ainda da posição Intra pélvica da uretra proximal em relação ao colo vesical, onde o aumento da pressão intra-abdominal, quando presente, deve ser transmitido diretamente à uretra. Um assoalho pélvico hipotónico impede a transmissão ideal dessa pressão, a qual não se propagou, pontualmente, até a junção uretrovesical e propiciará a perda urinária (ALMEIDA, et al, 2012). A IU é mais frequente em mulheres do que em homens e aumenta de acordo com a idade. Essa variabilidade ocorre devido à escolha da amostra, em função da idade, género, nível cultural, gravidade da doença, tipo de IU e sua baixa notificação. (SILVA, et al, 2013).
Apesar de a IU causar um impacto grande na vida das mulheres, essa patologia continua a ser um problema pouco reconhecido e tratado pois de um lado a maioria das doentes não procura ajuda médica por vergonha e pela ideia de que se trata de um problema intratável e que seja causada pela idade ou da história de partos vaginais prévios, e por outro lado, os próprios profissionais da saúde contribuem de forma igual para subdiagnóstico e subtratamento por medo de invadir a privacidade e dignidade dos pacientes ao questionar esse problema (SILVA, et al, 2013) a fisioterapia pélvica tem um papel fundamental no tratamento da IU (SILVA, FILHO et al, 2013) tratando e prevenindo todos os transtornos funcionais da região do abdômen (BERGHMANS, et al, 2006).
Além desses fatores de riscos, estudos comprovam que atividades física de impacto também demonstram um desenvolvimento para a perda de urina, mesmo as mulheres não apresentando outros fatores de risco, só a atividade física pode ser a principal causa de IU, pois, como exemplo os grandes saltos podem gerar uma força máxima de reação do pé contra o solo que aumentam cerca de dezesseis vezes o peso corporal, e a transmissão do choque afeta diretamente o assoalho pélvico levando mulheres a ter a incontinência urinária esforço (CAETANO, et al, 2007).
A prática do ballet clássico necessita de uma grande demanda de esforço e dedicação. Muitos bailarinos realizam performances em vários estilos de dança, porém é o ballet clássico que requer um treinamento mais complexo e maior eficiência do sistema músculo esquelético por parte dos dançantes (STRETANSKI; WEBER, 2002). De acordo com Simões e Anjos (2010), a técnica do ballet engloba essencialmente a amplitude dos movimentos articulares, coordenação, flexibilidade, precisão dos giros sobre ou fora de eixo corporal e o domínio do equilíbrio. (VELOZO, THAYSSA MAGALHÃES, 2020).
Ballet clássico nasceu na França com a renascença do século XVI, realizando movimentos padrão típico da época, sendo uma prática restrita à nobreza (SCHWEICH et al, 2014). O ballet clássico requer um condicionamento músculo esquelético por realizar movimentos muito complexos e de grandes amplitudes articulares, além disso, os movimentos contam com um alto impacto ao solo (COSTA et al, 2013), tem um caráter artístico, demonstrando leveza e suavidade em seus movimentos, os dançarinos não costumam demonstrar a sua dificuldade, força e dor ao realizar o seu movimento (SILVA, et al, 2016).
No dia a dia de treino das bailarinas realizam três etapas de treinamento, o primeiro é realizado na barra, o segundo sem o apoio da barra é chamado de centro e na terceira parte enfatizam grandes saltos como o “Grand Jeté” e “temps Levés”, realizando giros como exemplo o “Chaîne” é nomeado de diagonal (ZUCCOLOTTO et al, 2015).
2. OBJETIVO
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar a presença de incontinência urinária e o autoconhecimento da musculatura do assoalho pélvico em mulheres praticantes de ballet clássico.
2.1.1 OBJETIVO ESPECÍFICO
– Avaliar a prevalência de IU em Bailarinas;
– Avaliar a severidade da perda urinária durante os esforços na dança;
– Relacionar a idade das bailarinas que demonstraram sintomas de IU;
– Correlacionar o tempo de prática do ballet clássico com os sintomas de IU.
2.2 MÉTODO
2.1.2 DELINEAMENTO
Trata-se de um estudo transversal, seguindo base as recomendações do STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology), para avaliar a incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico, através de um questionário online no formato do “International Consultation on Incontinence Questionnaire” (AMANINI, et al, 2004).
2.1.3 PARTICIPANTES
Participaram do presente estudo, mulheres praticantes de ballet clássico, sendo 18 anos a idade mínima e 50 anos a idade máxima.
2.1.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
– Praticantes do sexo feminino;
– > 18 anos;
– Dançarinas praticantes atualmente;
– Preenchimento completo do questionário e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
2.1.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
– Dançarinas que não estão ativas a mais de 10 meses;
– Participante que não assinou o termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
– Participante que não completou todo o questionário.
3. PROCEDIMENTOS
O Projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Cruzeiro do Sul e após sua aprovação foi iniciada a pesquisa (APÊNDICE D). Após a aprovação, buscas por informações referentes ao tema deste estudo foram inicializadas pelos integrantes, logo após, seguiram com objetivos e métodos para análise dos dados. Como método de avaliação foi utilizado o questionário “International Consultation on Incontinence Questionnaire” ((ICIQ-UI SF) com acréscimos de perguntas desenvolvidas pelos integrantes. Deste modo, a divulgação do questionário com inclusão do termo de consentimento livre e esclarecido foram disseminadas através de plataformas renomadas popularmente, tais como, Instagram, Facebook, Twitter, WhatsApp, entre outras redes.
4. ANÁLISE DE DADOS
Os dados do presente estudo foram analisados de forma descritiva e apresentados em média e desvio padrão. Quando necessário, foram aplicados testes estatísticos, levando em consideração o valor de P menor que 0,05.
5. RESULTADOS
5.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
Tabela 1: Características Pessoais dos Participantes e sua Relação com a Dança | ||
Características da Linha da Base dos Participantes | (n =b 106) | Porcentagem |
Idade (anos) | 24 | – |
Sexo feminino | 105 | 99,06% |
Sexo masculino | 1 | 0,94% |
Peso (kg) | 61,6 | – |
Altura (m) | 1,63 | – |
Tempo de Prática do Ballet Clássico | ||
De 0 a 5 anos | 22 | 20,75% |
De 6 a 11 anos | 35 | 33,02% |
De 12 a 16 anos | 24 | 22,64% |
De 17 a 25 anos | 16 | 15,09% |
Mais de 26 anos | 9 | 8,49% |
Frequência de Dança | ||
1 vez por semana | 5 | 4,72% |
2 ou 3 vezes por semana | 46 | 43,40% |
4 ou 5 vezes por semana | 55 | 51,89% |
Nível de Dança | ||
Iniciante | 7 | 6,60% |
Intermédio | 32 | 30,19% |
Avançado | 67 | 63,21% |
Já Teve Outra Lesão Prévia? Se sim, qual lesão? | ||
Não | 77 | 72,64% |
Membros inferiores | 27 | 25,47% |
Tronco | 2 | 1,89% |
IMC | ||
Abaixo do peso (<20) | 9 | 8,49% |
IMC normal (20 a 24,9) | 80 | 75,47% |
Sobrepeso (25 a 29,9) | 12 | 11,32% |
Obesidade (30 a 34,9) | 3 | 2,83% |
Obesidade mórbida (> 35) | 2 | 1,89% |
Os dados da tabela 1, apresentam as características da população estudada, mostrando ser apenas 1 homem entre 105 mulheres, com a média de idade de 24 anos, média da altura de 1,63m e do peso de 61,6 kg, sendo que a maioria, segundo o IMC, apresenta o IMC normal, 11,32% está com obesidade grau 1, e apenas 1,89% com obesidade grau 2 ou IMC indefinido.
Metade dos participantes praticam o ballet clássico entre 6 à 16 anos, 21% de 0 a 5 anos, e a minoria dos participantes já fazem a prática há mais de 17 anos. 95% têm a frequência da atividade acima de duas vezes na semana, e apenas 5 participantes praticam 1 vez na semana, com generalidade dentro do ballet avançado, 30% no nível intermediário e 7 participantes ainda são iniciantes. A minoria deles já sofreu algum tipo de lesão, sendo 25% destes, lesão em membros inferiores, e 2% lesão no tronco.
Tabela 2: Avaliação da Perda Urinária dos Participantes | ||
Com qual frequência você perde urina? | (n = 106) | Porcentagem |
Nunca | 52 | 49.06% |
Uma vez por semana ou menos | 31 | 29.25% |
Duas ou três vezes por semana | 9 | 8.49% |
Uma vez ao dia | 8 | 7.55% |
Diversas vezes ao dia | 5 | 4.72% |
O tempo todo | 1 | 0.94% |
Qual a quantidade de urina que você pensa que perde? | ||
Nenhuma | 50 | 47.17% |
Uma pequena quantidade | 49 | 46.23% |
Uma moderada quantidade | 5 | 4.72% |
Uma grande quantidade | 2 | 1.89% |
Em geral, quanto que perder urina interfere em sua vida diária? Por favor, circule um número entre 0 (Não interfere) e 10 (Interfere muito) | ||
De 0 a 4 | 87 | 82.08% |
De 5 a 10 | 19 | 17.92% |
Quando você perde urina? (Assinale, todas as alternativas que se aplicam a você) | ||
Nunca | 50 | 47.17% |
Perco quando estou dormindo | 4 | 3.77% |
Antes de chegar ao banheiro | 27 | 25.47% |
Perco quando tusso ou espirro | 18 | 16.98% |
Perco quando terminei de urinar e estou me vestindo | 12 | 11.32% |
Perco sem razão óbvia | 6 | 5.66% |
Perco quando estou fazendo atividades físicas | 14 | 13.21% |
Perde urina durante ou após os treinos? | ||
Sim | 78 | 73.58% |
Não | 28 | 26.42% |
Sente Perda de Urina em Algum Movimento Específico? Se Sim, em qual movimento? | ||
Não | 85 | 80.19% |
Sem motivo específico | 3 | 2.83% |
Saltos ou movimentos de impacto | 18 | 16.98% |
A tabela 2, evidencia que, em média, metade dos participantes não apresentam perda de urina, e a outra metade, apresenta uma perda em pequena quantidade, sendo a maioria, apenas uma vez na semana, e 8,49% perdem de duas a três vezes na semana. A minoria dos participantes perde uma vez ao dia, ou diversas vezes ao dia; e apenas 1 participante tem perda de urina, o tempo todo.
Contudo, 73% desses participantes que acusam a perda de urina, relatam que ocorre logo após os treinos, sendo que 25% perdem antes de chegar ao banheiro, 17% ao tossir ou espirrar, e 13% durante as atividades físicas. Em 80% desses casos, não há um movimento específico que cause a perda, e apenas em 17%, ela é causada por saltos ou movimentos de impacto. Em geral, essa perda não interfere nas atividades de vida diárias dos participantes, causando interferência em 18% deles.
5.1.2 FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO AVALIADA.
Figura 1 – Análise da média de idade dos participantes.
De acordo com a figura 1, na análise da média de idade, entendemos que o maior público da pesquisa é de 18 a 25 anos, à vista disso, o menor público está na faixa etária de 45 a 55 anos.
O segundo item do instrumento de pesquisa foi a avaliação do IMC (índice de massa corporal).
5.1.3 RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE DANÇA, O MOMENTO DA PERDA DE URINA E NÍVEL DO IMC.
Figura 2 – Análise da relação entre nível de dança, o momento da perda de urina e IMC calculados.
De acordo com a figura 2, foi avaliado a relação entre nível de dança, o momento da perda de urina e IMC calculados. Dessa forma, o nível de dança modo avançado apresentou maior prevalência na perda de urina após urinar e se vestir, tendo relação com baixo peso corporal.
O quarto item do instrumento de pesquisa foi a avaliação do tempo médio de dança.
5.1.4 RELAÇÃO ENTRE O MOMENTO DA PERDA DE URINA E NÍVEL DO IMC.
Figura 3 – Análise da perda de urina durante ou após os treinos em relação ao momento em si.
De acordo com a figura 3, na análise da perda de urina durante ou após os treinos em relação ao momento em si. Resultando que, a grande maioria, tanto no peso ideal, quanto ao baixo peso, percebe o momento do escape ao espirrar ou tossir.
O sexto item do instrumento de pesquisa foi avaliado a frequência da perda de urina com relação ao nível de dança.
Os dados desta questão estão organizados na figura 4:
5.1.5 RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE DANÇA, A FREQUÊNCIA DA PERDA DE URINA E NÍVEL DO IMC.
Figura 4 – Relação entre o nível de dança, a frequência da perda de urina e nível do IMC;
De acordo com a figura 4, averiguamos maior predominância em perda de urina em todo tempo nos dançarinos acima do peso no nível avançado, tendo um empate no nível intermédio e avançado dentro do peso ideal, com escape de urina diversas vezes ao dia.
O sétimo item do instrumento de pesquisa foi a avaliação da média de idade e o momento da perda ao dia.
Os dados desta questão estão organizados na figura 5:
5.1.6 RELAÇÃO ENTRE A MÉDIA DE IDADE, O MOMENTO DA PERDA DE URINA E NÍVEL DO IMC.
Figura 5 – Análise da média de idade e o momento da perda ao dia.
De acordo com a figura 5, na análise da dá média de idade e o momento da perda ao dia, a média de idade de 18 a 25 anos acima do peso obteve maior predomínio após urinar e se vestir, contudo, na mesma faixa de idade citada, os dançarinos de peso ideal relataram a perda de urina sem razão óbvia.
De acordo com o levantamento bibliográfico relacionado ao nosso estudo e aos critérios de exclusão e inclusão dos nossos objetivos citaremos a tabela abaixo
Autor e ano: | Título do Artigo: | Objetivo do Estudo | População do Estudo | TécnicaEmpregada | Desfecho |
Lobato et al, 2021 | Influência da prática do ballet clássico, na Musculatura do Assoalho Pélvico | Avaliar a funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico e a prevalência de incontinência urinária em praticantes de ballet clássico. | Estudo constituído por 16 integrantes do gênero feminino, dos quais 8 eram mulheres praticantes de ballet clássico (grupo caso) e 8 eram mulheres sedentárias (grupo controle) | Estudo transversal do tipo caso controle | Não existe influência da prática do ballet clássico na funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico e prevalência de incontinência urinária em praticantes de ballet, portanto sendo uma atividade que pode ser indicada como uma prática segura, já que os resultados da pesquisa mostraram que o ballet é uma atividade de baixa sobrecarga para a região pélvica, comparada a outras modalidades de esporte. |
Lislei et al, 2013,2014 | Incontinência urinária em mulheres jovens praticantes de exercício físico | Comparar a prevalência do autorrelato de incontinência urinária em mulheres jovens de acordo com as modalidades de exercício físico. | Participaram deste estudo 108 mulheres as quais foram divididas em três grupos de 36 mulheres de acordo com a prática regular de exercício físico, sendo eles: (G1) exercícios de musculação. (G2) exercícios aeróbios. (G3) natação – modalidade crawl | Estudo transversal quantitativo | Conclui-se que a IU está presente nas mulheres em grande percentual nas diferentes modalidades esportivas, com associação significativa na musculação. |
Dayana el al, 2016,2017 | Impacto dos tipos de incontinência urináriana qualidade de vida de mulheres | Identificar o tipo de IU mais frequente em mulheres atendidas em dois ambulatórios de uroginecologia e comparar a qualidade de vida geral e específica entre os diferentes tipos de incontinência mensurados por meio de questionários validados. | Participaram do estudo 556 mulheres. Dentre as mulheres com queixa de perda involuntária de urina que buscaram atendimento especializado na rede pública terciária de Fortaleza, a idade das participantes variou de 22 a 89 anos. | Estudo transversal | A incontinência urinaria mista foi a mais prevalente (N=348/62,6), seguida Incontinência urinaria de esforço (N=173/31,1) e a incontinência urinaria de urgência (N=35/6,3%) |
Cistina Álvarez-García (2022) | A prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit | Determinar a prevalência global de incontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit. | Foram identificados 282 registros, dos quais 13 foram incluídos nas sínteses qualitativa e quantitativa. | Uma revisão sistemática e metanálise | A prevalência de incontinência urinária entre mulheres praticantes de CrossFit foi de 32,1% e deincontinência urinária de esforço foi de 35,8%. Esses resultados mostram que a prevalência deincontinência urinária em mulheres praticantes de CrossFit foi semelhante à encontrada entre mulheres que praticam esporte. |
Frigo et al, 2015, | Avaliação da frequência de incontinência urinária em jogadoras de voleibol | Avaliar a frequência de incontinência urinária em jogadoras amadoras de voleibol | Estudo composto por 23 mulheres praticantes de voleibol, com faixa etária de 23 a 42 anos. | Pesquisa quantitativa do tipo descritiva | Os resultados mostraram fortes indícios para levantar a hipótese de que a IU em jogadoras de voleibol está relacionada com a atividade e o treinamento de alto impacto, tornando importante a prevenção de tais disfunções para que atletas não venham a desenvolver patologias no futuro. |
Priscilla et al, 2012 | A prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de jump | Identificar a prevalência de IU em um grupo de mulheres praticantes de jump | Estudo composto por 32 mulheres de 18 a 49 anos, residentes no município de Teresina, Piauí, praticantesde jump em três academias. | Estudo transversal quantitativo | Apesar de este estudo apresentar limitações, como a utilização de um questionário geral para avaliar o impacto da IU na vida diária, os resultados revelam que de certa forma, na amostra analisada existe perda urinária considerável. Contudo, reconhece a necessidade de um estudo mais apurado, com aplicação de um questionário específico para a qualidade de vida propriamente dita, que considere implicações nos diversos aspectos da vida diária das mulheres incontinentes. |
Zenilda et al, 2020) | Prevalência da Incontinência Urinária em Mulheres Atletas Praticantes de Esporte de Alto Impacto | Identificar a prevalência de IU em um grupo de mulheres praticantes de jump. | O desenho desse estudo seguiu o método composto por seis etapas diferentes e complementares: a) elaboração da questão (problema) de pesquisa; b) seleção da amostra com os descritores temáticos; c) coleta de dados em bases científicas; d) avaliação dos dados coletados referentes à temática; e) análise e interpretação dos dados encontrados; e, f) publicação dos dados. | Revisão integrativa de literatura | Essa revisão integrativa permitiu um conhecimento sobre a incontinência urinária que pode ser causada pela prática de esportes de alto impacto em mulheres. Porém indicou que nem sempre a IU está diretamente relacionada com a prática esportiva de alto impacto, e que a presença de outros fatores pode fazer emergir a incontinência urinária. |
6. DISCUSSÃO
A pesquisa teve como objetivo avaliar a prevalência de IU em praticantes de ballet clássico, visto que se trata de uma doença com pouco conhecimento por parte dos praticantes, que pode, inclusive, gerar sérias incapacidades e complicações. Para facilitar a compreensão do tema, foi criada uma tabela expondo os principais resultados de estudos que avaliaram IU em diferentes populações (tabela 2).
Os estudos que compõem esse trabalho, e investigam a prevalência da incontinência urinária em mulheres praticantes de ballet clássico, mostraram que a prática dessa modalidade esportiva (e de outras, como Jump, Crossfit, Voleibol e Esportes de Alto Impacto), pode ser causadora da Incontinência Urinária, principalmente em jovens adultas, que se encontram em níveis mais avançados dos esportes (Cistina Álvarez-García et al, 2022)
A prevalência da incontinência urinária em dançarinas de ballet clássico é mais presente do que imaginávamos; a perda de urina é considerada um potencial precursor no ballet. Vale ressaltar que 73.58% das participantes elencou escape de urina durante e após os treinos.
É um assunto considerável, ao olharmos para a Saúde da Mulher, logo que algumas mulheres se restringem em sua vida social, repercutindo em seu emocional, e desencadeando baixa autoestima, depressão, vergonha e até mesmo isolamento; e ainda assim, continua sendo um assunto pouco abordado, e de difícil procura médica, quando vemos que poucas mulheres procuram assistência ao perderem urina, seja por falta de conhecimento ou por timidez.
Primeiro, vamos falar sobre os músculos do assoalho pélvico, que são dispostos em duas camadas: superficial e profunda. Na camada superficial, encontramos os músculos: bulbocavernoso, isquiocavernoso, transverso superficial e profundo, e esfíncter anal externo. Já na camada profunda, são encontrados: músculos levantadores do ânus (pubococcígeo, puborretal, pubovaginal, elevador da próstata e iliococcígeo) e o músculo coccígeo (ou isquiococcígeo). A camada superficial participa do mecanismo de continência urinária e fecal e da esfera sexual, que são os principais músculos para este estudo; e na camada profunda, os músculos circundam a uretra, a vagina e o reto, e participam do controle da postura segundo (Iglesia et al, 2017).
Quando analisamos os componentes anatômicos do assoalho pélvico (músculos, ligamentos e fáscias), observamos o importante papel desenvolvido por essa musculatura, como: suporte para sustentação dos órgãos pélvicos; suporte esfincteriano, controle da saída de urina, fezes e gases; e função sexual na contração durante o ato, aumentando as sensações vaginais. Logo, evidencia-se a afirmação de que as deficiências estruturais e funcionais no assoalho pélvico estão associadas às funções urinárias, sexuais e de defecação (LOBATO, et al, 2021).
Segundo o mesmo autor acima, estudos comprovam que atividades aeróbicas de alto impacto, como ginástica olímpica, voleibol ou dança clássica podem, a longo prazo, causar perda urinária. Em um estudo realizado com atletas e bailarinas, em 2002, presente no artigo (LOBATO, et al, 2021), foi constatado através de um questionário, que 43% das bailarinas participantes já tiveram perda involuntária de urina durante o treino ou apresentação/competição.
Vale salientar que, a prática de exercícios de alta intensidade, quando relacionada a perda de urina, faz emergir a incontinência urinária de esforço (IUE) (BO, K., 2010; ALVES et al., 2017); que ocorre por meio do aumento da pressão intra-abdominal, provocando sobrecarga na musculatura do assoalho pélvico (ALVES et al., 2017; ARAUJO, et al., 2008; BARRETO et al., 2014; BO, K. 2010).
Este estudo objetivou avaliar a perda de urina em mulheres praticantes de ballet clássico, de acordo com a idade, tempo de ballet e nível de dança.
O tempo de prática do ballet em anos prevalente variou entre 5 e 16 anos, a frequência semanal de prática da maioria das bailarinas era entre 3 e 5 dias. Com os resultados da pesquisa, 27 participantes bailarinas relataram perda de urina antes de chegar ao banheiro, 18 participantes quando tossem ou espirram, e 12 quando terminam de urinar e estão se vestindo, e isso pode estar relacionado diretamente com o nível de dança e frequência em dias de semana, já que a maioria pratica a modalidade 5 dias da semana, e se encontram no nível avançado do ballet.
Contudo, apesar da prática de dança trazer benefícios, como ganho de habilidades motoras, flexibilidade, consciência corporal e socialização, é necessária atenção aos praticantes de ballet, tanto profissionais quanto aqueles que o procuram como forma de praticar algum exercício físico no seu dia a dia. As preocupações se voltam à saúde e à segurança na realização dessa prática, principalmente no que diz respeito à integridade do sistema musculoesquelético e também à eficácia e eficiência dos movimentos que requerem muita técnica, e longos e repetitivos treinos (LOBATO, et al, 2021).
7. CONCLUSÃO
Com base nos resultados deste estudo podemos evidenciar que 50.93% das participantes desta pesquisa apresentaram perda de urina, com isso, 46.23% elencaram escapes de urina em pequena quantidade e 25.47% pautaram que esta perda de urina acontece em momentos antes de chegar ao banheiro. Na análise de idade média e a frequência da perda de urina, as bailarinas entre 18 e 25 anos acima do peso relataram a perda de urina ao se vestir, enquanto na mesma faixa etária as participantes com peso ideal listaram esses escapes de urina sem razão óbvia. Portanto, dentre os níveis de dança, no nível avançado verificou-se o predomínio de perda de urina ao se vestir e após urinar correlacionando-se com baixo peso corporal.
Podemos concluir que a IU está presente no Ballet Clássico pois o gestual exige grande esforço na musculatura do assoalho pélvico que são e com relação a isso a população alvo tem acesso a pouca informação sobre esta disfunção. Em prol disso o Fisioterapeuta tem o compromisso de reverter este cenário de falta de informações e de oferta de serviços com áreas de especialização tanto na Fisioterapia da Saúde da mulher como na Área de Fisioterapia Esportiva. É necessário e fundamental o desenvolvimento de estudos longitudinais para melhor compreensão do assunto abordado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.CARVALHO, Maitê Peres de et al . O impacto da incontinência urinária e seus fatores associados em idosas. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 721-730, Dec. 2014.
2.FERREIRA, Margarida; SANTOS, Paula Clara. Impacto dos programas de treino na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária de esforço. Rev. Port. Sau. Pub., Lisboa, v. 30, n. 1, p. 3-10, 2012 Disponível em<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870- 90252012000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 mar. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2011.12.001.
3.REIS, Ariana Oliveira et al. Estudo comparativo da capacidade de contração do assoalho pélvico em atletas de voleibol e basquetebol. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 97-101, Apr. 2011. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86922011000200005&lng=en&nrm=iso>. access on 28 Feb. https://doi.org/10.1590/S1517-86922011000200005.
4.LOPES, Erlon et al. Frequência de incontinência urinária em mulheres praticantes de crossfit: um estudo transversal. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 27, n. 3, p. 287-292, July 2020. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502020000300287&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Mar. 2021. Epub Jan 11,
http://dx.doi.org/10.1590/1809-2950/19028227032020.
5.SANTOS, Claudia Regina de Souza; SANTOS, Vera Lúcia Conceição Gouveia. Prevalência de incontinência urinária em amostra aleatória da população urbana de Pouso Alegre, Minas Gerais, Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 18, n. 5, pág. 903-910, outubro de 2010. Disponível em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 116920100005000 10&lng=en&nrm=iso>. acesso em 15 de dezembro de 2020.
6.Stretanski MF, Weber GJ. Medical and rehabilitation issues in classical ballet. Am J Phys Med Rehabil. 2002 May;81(5):383-91. doi:10.1097/00002060-200205000-00013. PMID: 11964579.
7.FREITAS, Crislainy Vieira et al. Abordagem fisioterapêutica da incontinência urinária em idosos na atenção primária em saúde. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 27, n. 3, p.264-270, July 2020. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502020000300264&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Mar. 2021. Epub Jan 11,
https://doi.org/10.1590/1809-2950/19015527032020
8.ALMEIDA, Priscilla Pereira de; MACHADO, Lívia Raquel Gomes. A prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de jump. Fisioter. mov., Curitiba, v. 25, n. 1, p. 55-65, mar. 2012. Disponível em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 51502012000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 dez.02020. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-51502012000100006
9.SILVA, Ana Isabel et al. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher. Rev Port Med Geral Fam, Lisboa, v. 29, n. 6, p. 364-376, nov. 2013. Disponível em<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182- 51732013000600004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 dez. 2020
10.SILVA FILHO, Agnaldo Lopes et al. Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 20, n. 1, p. 90-96, Mar. 2013. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502013000100015 &lng=en&nrm=iso>. access on 28 Feb. 2021.
11.BERGHMANS, B. El papel del fisioterapeuta pélvico. Actas Urol Esp, v. 30, n. 2, p. 110-122, feb. 2006. Disponible en<http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0210- 480620060002000 02&lng=es&nrm=iso>. accedido en 26 marzo 2021.
12.CAETANO, Aletha Silva; TAVARES, Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Incontinência urinária e a prática de atividades físicas. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n. 4, p. 270-274, Aug. 2007. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86922007000400012&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Mar. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922007000400012.
13.SCHWEICH, Laynna de Carvalho et al. Epidemiologia de lesões musculoesqueléticas em praticantes de ballet clássico. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 21, n. 4, p. 353-358, Dec. 2014. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502014000400353&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Dec. 2020. https://doi.org/10.590/1809-2950/12833321042014.
14.COSTA, Michelle Silva da Silveira; FERREIRA, Arthur de Sá; FELICIO, Lilian Ramiro. Equilíbrio estático e dinâmico em bailarinos: revisão da literatura. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 20, n. 3, p. 299-305, Sept. 2013. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502013000300016&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Feb.2021. https://doi.org/10.1590/S1809-29502013000300016.
15.SILVA, Andressa Melina Becker da; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Dor e lesões em bailarinos adolescentes: revisão sistemática. Rev. dor, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 132-135, June 2016 Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 00132016000200132&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Feb. 2021. https://doi.org/10.5935/1806-0013.20160030.
16.ZUCCOLOTTO, Ana Paula et al. Efeito do treinamento de força com resistência elástica sobre o desempenho da flexão de quadril em bailarinas clássicas. Rev. bras. educ. fís. esporte, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 893-901, Dec. 2016. Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807- 55092016000400893&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Feb. 2021. https://doi.org/10.1590/1807-55092016000400893.
17.Iglesia, C., & Smithling, K. (2017). Pelvic Organ Prolapse. Am Fam Physician, 96(3), 179-185. Retrieved from https://www.aafp.org/afp/2017/0801/p179.pdf
18.Saboia, Dayana Maia et al. Impacto dos tipos de incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2017, v. 51 [Acessado 2 Novembro 2022] , e03266. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1980-220X2016032603266>. Epub 21 Dez 2017. ISSN 1980-220X. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2016032603266.
19.TAMANINI, José Tadeu Nunes et al. Validação para o português do “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ- SF). Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 3, p. 438-444, June 2004. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000300015&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Mar. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000300015.
1Monografia apresentada ao curso de
Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul como exigência parcial para a obtenção do
título de Fisioterapeuta.
Orientado pela Profa. Ana Maria Gonçalves Carr,
Coorientador Profo. Igor Phillip dos Santos Gloria.