PREVALENCE OF INTESTINAL DYSBIOSIS IN OLYMPIC WEIGHTLIFTING ATHLETES FROM MARANHÃO
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505271542
Amanda Campos Marques1
Gilberth Silva Nunes2
Eliakim do Nascimento Mendes3
Ananda da Silva Araujo4
Adriana Soraya Araújo5
Adrianne Alves Sousa6
Isabel Cristina de Oliveira Almeida7
Júlio César da Costa Machado8
Resumo
O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) é um esporte de força no qual atletas de alto rendimento treinam entre 2h e 5h por dia, o que gera desgaste fisiológico significativo. A alta intensidade do exercício desvia o fluxo sanguíneo dos órgãos intestinais para os músculos, com potencial de lesão intestinal. Como consequência, o desconforto gastrointestinal configura-se como um fator limitante ao desempenho e pode alterar a microbiota, o que pode culminar em disbiose. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo investigar a prevalência de disbiose entre praticantes maranhenses de LPO de 14 a 50 anos. Este estudo trata-se de uma pesquisa transversal realizado em setembro de 2024 com praticantes de LPO do CT LPO – MA sendo aplicados a 36 indivíduos, presencialmente, os seguintes questionários: questionário internacional de atividade física (IPAQ) adaptado, questionário de rastreamento metabólico (QRM) voltado à disbiose intestinal e questionário de frequência alimentar adulto (QFA). Além disso, suplementos de macronutrientes e de micronutrientes foram registrados. Dos 36 participantes, 55,6% (n=20) eram mulheres e 44,4% (n=16) eram homens, na faixa etária de 14 a 50 anos. Destes, 72,2% (n=26) apresentaram risco para disbiose, mesmo quando 66,7% (n=24) avaliaram sua saúde como “excelente” ou “muito boa”. O baixo consumo de frutas, legumes e verduras foi visto em 61,1% (n=22) da amostra. Conclui-se que houve prevalência para uma possível disbiose entre os participantes do estudo, tanto pelos sinais e sintomas quanto pelos hábitos alimentares, indicando uma tendência a deficiências nutricionais. Observou-se, ainda, uma desconexão entre a autopercepção de saúde e os indicadores clínicos de bem-estar intestinal.
Palavras-chave: Levantamento de peso. Disbiose. Atletas. Desempenho atlético.
1. INTRODUÇÃO
O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) é uma modalidade que se faz presente desde as primeiras Olimpíadas, com registros que datam 1896, em Atenas (COB, 2023). Um atleta de alto rendimento treina entre 2h e 5h por dia, em treinos distribuídos em uma ou mais sessões diárias (Stãnicã, 2007), o que causa um desgaste fisiológico exacerbado.
O exercício de alta intensidade faz com que o fluxo sanguíneo se desloque dos órgãos intestinais para os músculos ativos, podendo ocasionar algum nível de lesão no intestino. Como resultado, o desconforto gastrointestinal se torna um fator limitante comum ao desempenho durante a competição e pode acarretar efeitos prolongados, devido à ativação inflamatória no intestino sem intervenção dietética restauradora (Crowson; Mcclave, 2020).
Um exemplo de consequência é a disbiose, uma alteração composicional e funcional na microbiota, que pode desencadear várias manifestações no organismo (Levy et al, 2017). Nos esportes de alto rendimento há uma alta prevalência de queixas gastrointestinais, especialmente entre atletas de resistência como corredores e triatletas, onde 60–90% relatam sintomas, incluindo diarreia, náuseas, problemas estomacais, inchaço e cólicas intestinais (Zuhl et al, 2014).
Um aumento da permeabilidade da parede epitelial do Trato Gastrointestinal (TGI) precede e acompanha estes sintomas, levando a um “vazamento” na via de absorção paracelular, ou seja, ao fenômeno de Leaky Gut Syndrome. Assim, patógenos e toxinas se deslocam do ambiente intestinal para a corrente sanguínea, desafiando o sistema imunológico a produzir ou melhorar uma resposta imunológica, acompanhada por processos inflamatórios e estresse oxidativo (Levy et al, 2017).
Esse mecanismo também acontece na “síndrome gastrointestinal induzida pelo exercício”, termo introduzido recentemente para descrever um conjunto complexo de respostas fisiológicas normais ao exercício que perturba e compromete a integridade e a função gastrointestinal, levando a uma cascata de eventos que podem resultar em sintomas gastrointestinais e/ou complicações de saúde agudas ou crônicas (Costa et al, 2017).
Quanto maior a intensidade e maior a duração do exercício, maiores os distúrbios metabólicos na área da barreira intestinal (Costa et al, 2017), estimulando uma hipoperfusão e diminuição do pH induzida por isquemia, que por sua vez resulta em estresse oxidativo, diminuição da disponibilidade de água (desidratação), alteração da osmolaridade e da motilidade intestinal, contribuindo para uma diminuição da integridade da barreira intestinal (Levy et al, 2017).
Dessa forma, um sistema gastrointestinal comprometido prejudicará o desempenho e a recuperação posterior ao exercício e pode desencadear sintomas gastrointestinais, como náusea, vômito, dor abdominal e diarreia, que podem interromper o ciclo de treinamento ou até mesmo de competição (Oliveira et al, 2022). Além disso, a insuficiência de nutrientes no intestino aumenta os níveis de Proteobactérias, que promovem inflamação na parede da mucosa e, eventualmente, causam uma quebra da barreira epitelial (Weiss; Hennet, 2017).
Diante do impacto que os distúrbios gastrointestinais podem ter no desempenho esportivo, torna-se necessário investigar se praticantes de LPO também enfrentam alterações na microbiota intestinal. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa consiste em investigar a prevalência de disbiose entre praticantes de LPO maranhenses de 14 a 50 anos, e os objetivos específicos são identificar o perfil socioeconômico dos praticantes de LPO, compreender o perfil alimentar dos praticantes e associar o rendimento esportivo no LPO com a presença de disbiose.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) é um esporte contribui para inúmeros benefícios no organismo humano, como o aprimoramento da coordenação motora, melhora do equilíbrio e da concentração, fortalecimento articular e muscular, auxilia na mobilidade corporal e participa da promoção da saúde, no sentido mais amplo da palavra (Ribeiro, 2014).
Porém, mesmo com inúmeros e indiscutíveis benefícios para a saúde de modo geral, a própria natureza do esporte pode comprometer a integridade do epitélio gastrointestinal. Como resultado, o desconforto gastrointestinal se torna um fator limitante comum ao desempenho durante a competição e pode acarretar efeitos prolongados, devido à ativação inflamatória no intestino sem intervenção dietética restauradora (Crowson; Mcclave, 2020). A microbiota intestinal regula a saúde do hospedeiro, uma vez que grande parte do tecido imunológico está compreendido no trato gastrointestinal e influencia mais de 65% dos componentes e mediadores do sistema imunológico. Os microrganismos que vivem no intestino influenciam o metabolismo, a absorção de nutrientes, a homeostase e a função imunológica do hospedeiro, refletindo nas respostas metabólicas, no desenvolvimento e na saúde de sistemas ou de órgãos individuais, incluindo cérebro, ossos, coração e pulmões. A comunidade microbiana intestinal saudável pode ser caracterizada em termos de diversidade; estabilidade e resistência; e resiliência, que são definidos, respectivamente, como a riqueza do ecossistema, a sua receptividade à perturbação e a sua capacidade de regressar ao estado pré-perturbação. Já a disbiose é uma alteração composicional e funcional na microbiota, impulsionada por um conjunto de fatores ambientais e relacionados ao hospedeiro que desregulam o ecossistema microbiano (Levy et al, 2017).
Um número crescente de doenças vem sendo associado à disbiose intestinal, que pode contribuir para o desenvolvimento ou gravidade da doença. A disbiose é uma marca registrada de doenças inflamatórias intestinais (DII) como a colite ulcerativa e a doença de Crohn, assim como de distúrbios metabólicos, neurológicos e doenças autoimunes. A disbiose pode desencadear doenças desde as primeiras semanas de vida, como observado na enterocolite necrosante, durante a idade adulta, através da promoção de câncer colorretal, ou em idosos, como pela diarreia associada ao Clostridium difficile (Weiss; Hennet, 2017).
A dieta é, indiscutivelmente, um elemento importante que afeta a microbiota intestinal. Mudanças no padrão alimentar causam alterações transitórias na composição microbiana, embora componentes predominantes como carne, peixes e fibras têm efeitos duradouros na microbiota e causam alterações em grupos bacterianos específicos. Por exemplo, a insuficiência de nutrientes no intestino aumenta os níveis de Proteobactérias, que promovem inflamação na parede da mucosa e, eventualmente, causam uma quebra da barreira epitelial. Já o excesso de oferta alimentar leva à obesidade, que está associada à disbiose e distúrbios metabólicos inflamatórios (Weiss; Hennet, 2017).
No entanto, devido ao treinamento intenso e ao gasto calórico incorrido pelos atletas, há um grande consenso, desde treinadores e atletas, de que não importa o que o atleta come, desde que a ingestão de alimentos e líquidos esteja caloricamente apropriada para as necessidades de desempenho, uma vez que a ingestão de alimentos e líquidos é apenas um combustível, ou seja, calorias. Expandir as evidências científicas promoverá uma abordagem muito mais profunda do desempenho, destacando o papel do microbioma gastrointestinal na produção, armazenamento e gasto de energia da dieta, bem como na inflamação, hidratação e reações metabólicas (Crowson; Mcclave, 2020).
O exercício físico possui a capacidade de enriquecer a diversidade do microbioma, auxiliando na melhora da proporção de microrganismos dos tipos bacteroides e firmicutes, que influencia na diminuição de patologias relacionadas à obesidade e a distúrbios gastrointestinais. Por outro lado, o treinamento até a exaustão pode estar associado à disbiose do microbioma intestinal, promovendo inflamação e consequências metabólicas negativas (Cavalcante, 2021).
O estresse do calor e do dano oxidativo durante o exercício causa ruptura das Tight Junctons (TJ), resultando em aumento da permeabilidade às endotoxinas luminais, que chegam na corrente sanguínea e provocam uma resposta do sistema imunológico acompanhada por processos inflamatórios e estresse oxidativo. Este evento é denominado endotoxemia e tem significados importantes para o desempenho dos atletas, uma vez que aumenta a suscetibilidade a doenças infecciosas e autoimunes (Levy et al, 2017).
Muitos atletas sofrem com problemas gastrointestinais durante o treino e competição, o que pode afetar a tolerância ao exercício e ao desempenho esportivo. O crescimento da permeabilidade das TJ pode ser o mecanismo crítico que causa desconforto no TGI, mas que pode ser modulado por meio de estratégias dietéticas e de estilo de vida (Zuhl et al, 2014).
Dessa forma, uma dieta saudável, a suplementação com organismos probióticos e a ingestão de fibra solúvel fermentável, estimulam o crescimento de gêneros microbianos específicos, como Bifidobacterium e Lactobacillus, e de metabólitos, como ácidos graxos de cadeia curta; promovem a refaunação de bactérias comensais; restauram a integridade das defesas da barreira intestinal; e apoiam a tolerância imunológica. Esses fatores ajudam o atleta a melhorar a função imunológica, além de otimizar a recuperação de lesões e até melhorar o desempenho na competição (Crowson; Mcclave, 2020).
3. METODOLOGIA
Estudo transversal com adultos entre 14 e 50 anos, de ambos os sexos, com aplicação de questionário qualitativo e quantitativo, realizado em São Luís do Maranhão, com praticantes do CT LPO – MA, presencialmente.
A coleta de dados foi realizada com o uso de questionário presencial, de perfil qualitativo e quantitativo, com praticantes do Centro de Treinamento de Levantamento de Peso Olímpico do Maranhão (CT LPO – MA), envolvendo o questionário internacional de atividade física (IPAQ) adaptado, o questionário de rastreamento metabólico voltado à disbiose intestinal e o questionário de frequência alimentar adulto (QFA) adaptado para entender os hábitos alimentares dos praticantes.
Além disso, suplementos de macronutrientes e de micronutrientes foram registrados. Como critérios de inclusão, têm-se: ter entre 14 e 50 anos; possuir ao menos 2 anos de treinamento de LPO; morar no Maranhão; não praticar nenhum outro esporte com intuito competitivo; treinar LPO, no mínimo, 3x/semana. Como critérios de exclusão, têm-se: ter menos de 14 anos ou mais de 50 anos; ser praticante de LPO a menos de 2 anos; não morar no Maranhão; praticar outro esporte com intuito competitivo em conjunto com o LPO; treinar LPO < 3x/semana.
Os dados obtidos pelos questionários foram tabulados e organizados no Excel, e foi feita uma análise estatística descritiva utilizando medidas de frequência relativa (porcentagem) e absoluta (n =).
Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (CEP/UNDB), conforme as normas da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que concerne sobre a realização de pesquisas em seres humanos, sob o CAAE de nº 82712124.6.0000.8707.
Todos os participantes foram apresentados ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para formalizarem sua participação voluntária na pesquisa e autorizaram a utilização dos dados. Estes foram manuseados somente pelos pesquisadores para fins de pesquisa e mantidos em sigilo, garantindo privacidade e confidencialidade aos participantes.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A amostra total foi composta por 36 voluntários, sendo todos praticantes de LPO de ambos os sexos, residentes em São Luís do Maranhão. A modalidade apresentou 55,6% (n=20) de indivíduos do sexo feminino e 44,4% (n=16) de indivíduos do sexo masculino. A idade variou entre 14 e 48 anos, com uma média de 28 anos. No que diz respeito a autopercepção sobre a saúde, 50% (n=18) dos entrevistados consideram a própria saúde muito boa, 22,2% (n=8) consideram boa, 16,7% (n=6) consideram excelente e 11,1% (n=4) consideram ruim. A frequência de treino relatada pela maioria foi de 6x/semana, representando 50% (n=18) dos entrevistados, enquanto 22,2% (n=8) treinam 5x/semana, 16,7% (n=6) treinam 4x/semana e 11,1% (n=4) treinam 7x/semana. O tempo de treino por dia variou de 1h a 2h, sendo que 50% (n=18) treina por 1h, 38,9% (n=14) treina por 1:30h e 11,1% (n=4) treina por 2h.
Os dados obtidos na pesquisa revelam uma predominância de mulheres entre os participantes, em concordância com o estudo realizado por Martins (2023), no qual 64% (n=64) dos 100 participantes eram do sexo feminino, revelando uma maior participação de mulheres na prática de atividades físicas. No mesmo estudo, em contrapartida, a maioria (44%) da autopercepção sobre a saúde dos indivíduos foi caracterizada como “boa”, enquanto no presente estudo 50% dos participantes a caracterizaram como “muito boa”.
O Quadro 1 apresenta os critérios de inclusão de pontuação em cada seção do QRM (Questionário de Rastreamento Metabólico), em uma escala de 0 a 4, que varia entre “nunca ou quase nunca teve os sintomas” e “frequentemente teve, efeito foi severo”.
Quadro 1 – critérios de inclusão de pontuação em cada seção do QRM.

Fonte: Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.
O Quadro 2 apresenta as pontuações do QRM, indicando os quantitativos que marcam os níveis de sensibilidade intestinal dos voluntários. Não foi encontrado na literatura nenhum estudo com a utilização do questionário em praticantes de LPO. De acordo com Reis (2022), a disbiose se apresenta por uma gama de sintomas que variam de acordo com o seu grau, indo além de desconfortos gastrointestinais como gases, constipação, náuseas e diarreia, e afetando também o sistema nervoso central, o aparelho circulatório e todos os sistemas do organismo. Por isso, pontuações iguais ou maiores que >30 pontos já indicam a existência de hipersensibilidade é possível disbiose no organismo.
Quadro 2 – Interpretação do QRM.

Fonte: Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.
Nos resultados dessa coleta, foi observado o risco para disbiose em 72,2% (n=26) dos sujeitos avaliados, nos quais 38,9% (n=14) obtiveram >30 pontos e 33,3% obtiveram (n=12) >40 pontos. Estes resultados são consistentes com o estudo de Da Silva (2023), onde a maioria dos entrevistados (75,3%) também obteve risco para disbiose, marcando >30 pontos (23,6%) e >40 pontos (51,7%).
Em relação à quantidade de indivíduos com menor chance de apresentarem hipersensibilidades, apenas 27,8% (n=10) foram considerados saudáveis para sensibilidade intestinal, obtendo a pontuação <20 pontos. Os dados referentes à autopercepção sobre a saúde apresentam discrepância em relação aos resultados que indicam a presença de uma possível disbiose em 72,2% (n=26) dos entrevistados, uma vez que 66,7% (n=24) deles avaliou seu estado de saúde como “excelente” ou “muito bom”, mas atingiram pontuações que indicam a existência de hipersensibilidade e/ou disbiose.
Nenhum dos entrevistados pontuou >100 pontos, em contraste com o estudo de Galdino (2016), onde 54,11% dos indivíduos entrevistados pontuaram >100 pontos. No estudo de Galdino (2016), todos os participantes eram sedentários, podendo presumir um impacto negativo do sedentarismo sobre a microbiota intestinal.
Ondina (2024) afirma que a prática de atividades físicas tende a melhorar a diversidade microbiana que causa impactos benéficos no organismo, como melhora da motilidade do TGI, acentuação do peristaltismo, diminuição do tempo de fezes no intestino e, consequentemente, do tempo de contato entre possíveis patógenos e a mucosa intestinal. De acordo com Dalton; Mermier; Zuhl (2019), o exercício físico faz parte do tratamento de desordens intestinais, com relatos que apontam melhora significativa dos sintomas, além de promover melhora na cognição e na saúde mental.
Com relação a frequência da presença dos sintomas no trato digestivo da população estudada, de acordo com o Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF), quando o somatório para sintomas gastrointestinais for maior ou igual a 10, há o indicativo de que o participante tenha maior predisposição a apresentar a disbiose intestinal. A pontuação >=10 pontos foi apresentada por apenas 22,2% (n=8) dos participantes, inferindo que 50% deles possui indicativo de disbiose intestinal devido ao somatório total do QRM, e não à pontuação obtida exclusivamente pelos sintomas do trato gastrointestinal.
Os sintomas que apareceram com maior frequência foram arrotos e gases intestinais 66,7% (n=24) e abdômen distendido 61,1% (n=22), assim como foram os que apresentaram maior prevalência da pontuação de severidade dos sintomas igual a 4. Esses resultados se assemelham aos observados no estudo realizado por Zuhl et al (2014), onde 60-90% dos corredores e triatletas também relatam sintomas estomacais/intestinais e abdômen distendido.
Em relação aos demais sintomas, que envolvem cabeça, olhos, nariz, pele, articulações/músculos, energia/atividade, mente e emoções, obteve-se com mais frequência os seguintes sintomas: dores musculares 83,3% (n=30), dor de cabeça 72,2% (n=26), olhos lacrimejantes/coçando 61,1% (n=22), nariz entupido 61,1% (n=22), corrimento nasal 61,1% (n=22) e sensação de fraqueza, cansaço 61,1% (n=22).
O sintoma mais prevalente foi o de dor muscular, muito comum em praticantes de exercício de força e resistência que impacta diretamente no bem-estar do atleta e, consequentemente, no seu rendimento esportivo. Silva (2020) afirma que esse sintoma pode indicar deficiência de algumas vitaminas, como a tiamina (vitamina B1) e a vitamina D, e de minerais, como o cálcio e o selênio.
Alguns alimentos que podem ser utilizados para suprir as necessidades desses micronutrientes são: carne bovina, peixe, vísceras, ovos, nozes, grãos integrais e legumes, para vitamina B1; leite e derivados e vegetais folhosos verde escuros, para cálcio; e frutos do mar, fígado e castanha do pará, para selênio. Já para a vitamina D, a principal fonte é adquirida pela exposição da pele aos raios solares, entre 15 e 30 minutos, de 2 a 3 vezes na semana.
No quesito Emoções, onde o percentual do sintoma de Irritabilidade foi de 55,6% (n=20), o presente estudo se alinha ao de Ondina (2024), no qual este sintoma também foi o mais prevalente entre a maioria (66,7%) dos entrevistados. Dalton; Mermier; Zuhl (2019) afirmam que a relação entre sintomas emocionais e a disbiose intestinal se explica pela ligação proporcionada pelo eixo intestino-cérebro, a qual, em situações de estresse, desencadeia a liberação de citocinas pró-inflamatórias, que estimulam o fenômeno de permeabilidade intestinal (leaky gut). Levy et al (2017) afirma que o consumo alimentar também é um determinante na discussão sobre o indicativo da presença de disbiose, uma vez que se encontra diretamente relacionado à formação e composição do ecossistema intestinal, atuando, ainda, na modulação do sistema imunológico. Uma dieta saudável, que, de acordo com as características singulares e as necessidades próprias do indivíduo, ofereça uma diversidade positiva de cepas prebióticas, pode promover a refaunação de bactérias comensais, restaurar a integridade das defesas da barreira intestinal e apoiar a tolerância imunológica (Crowson; Mcclave, 2020).
Ao perguntar sobre a realização de dieta para algum motivo específico, 27,8% (n=10) afirmaram estar em perda de peso, 27,8% (n=10) afirmaram estar em ganho de peso, 38,9% (n=14) afirmaram não realizarem nenhuma dieta e 5,6% (n=2) afirmaram estar em dieta por orientação médica.
Diante disso, a maioria dos participantes não têm acompanhamento com nutricionista e não seguem nenhum planejamento alimentar alinhado às suas necessidades esportivas e fisiológicas. Os indivíduos que estavam em dieta para perda ou ganho de peso afirmaram fazer isso de forma temporária e programada, apenas em períodos pré competitivos, onde precisam alcançar o peso estipulado pela categoria em que irão competir. Na Tabela 1, sugere-se um formato de apresentação de parte do QFA, considerando item alimentar por grupos e frequência de consumo.
Tabela 1. Itens alimentares do Questionário de Frequência alimentar quantitativo segundo a frequência de consumo (>2x/semana) dos praticantes de LPO.
Fonte: autora (2024).
Entre os alimentos consumidos >2x/semana por 100% (n=36) dos entrevistados, tem-se: arroz; pão; carne bovina; frango; ovo; leite, iogurtes e queijos. O segundo mais popular foi o cuscuz/tapioca 77,8% (n=28), seguido pelo café sem açúcar 72,2% (n=26). O consumo de alimentos do grupo de frutas, saladas e leguminosas não foi muito expressivo entre os participantes, sendo igualmente de 38,9% (n=14) para frutas, salada crua e salada refogada/cozida. O consumo de feijão se apresentou ainda menor, sendo 33,3% (n=12).
Estes números indicam que 61,1% (n=22) dos participantes consomem frutas, verduras e legumes em uma frequência de apenas 1x/semana ou até mesmo não consomem, ingerindo muito abaixo da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400g/dia. Em contrapartida, apenas 38,9% (n=14) afirmou fazer o consumo regular (=>2x/semana) de alimentos do grupo de processados/ultraprocessados, o que representa uma minoria da amostra. Neste grupo, os alimentos mais consumidos são salgados e chocolate.
Os resultados da pesquisa colaboram com o que foi dito por Crowson e Mcclave (2020), demonstrando que realmente há um grande consenso, desde treinadores até atletas, de que não importa o que o atleta come, desde que a ingestão de alimentos e líquidos esteja caloricamente apropriada para as necessidades de desempenho. Os mesmos autores afirmam, ainda, que a ingestão inadequada de carboidratos e de fibra diminui a diversidade microbiana intestinal, impactando negativamente na saúde intestinal em atletas que realizam uma dieta com poucos carboidratos integrais, baixa fibra alimentar, rica em proteínas e rica em gordura.
O baixo consumo de fibra alimentar foi visto em 61,1% (n=22) da amostra, referente aos indivíduos que não consomem nenhum tipo de salada e de frutas pelo menos 2x/semana. Teve-se, ainda, 100% dos entrevistados afirmando o consumo de carne bovina e arroz branco por mais de 2x/semana e 55,6% dos entrevistados consumindo refrigerante pelo menos 2x/semana, evidenciando que a maioria da amostra não faz o consumo apropriado de carboidratos integrais e fibras alimentares, além de consumirem um alto teor de açúcar e possuírem dietas ricas em proteínas.
Weiss e Hennet (2017) alertam sobre este último fator, uma vez que o excesso de proteínas na dieta causa o aumento da síntese de óxido nítrico e a produção de substâncias potencialmente tóxicas, como sulfeto, amônia e composto N-nitroso, produtos da fermentação bacteriana exacerbada. Além disso, os autores afirmam que a insuficiência de nutrientes no intestino aumenta os níveis de Proteobactérias, que promovem inflamação na parede da mucosa e, eventualmente, causam uma quebra da barreira epitelial.
Em relação ao uso de suplementos, 97,2% (n=35) dos praticantes de LPO entrevistados afirmaram fazer uso de ao menos um suplemento, enquanto apenas 2,8% (n=1) afirmou não utilizar nenhum suplemento. Porém, ao perguntar sobre o motivo pelo qual o suplemento é utilizado, 95% não souberam identificar os benefícios esperados pelo uso, mas afirmaram acreditar que traria aumento e melhora da performance esportiva no LPO. O Gráfico 1 identifica os suplementos relatados com mais frequência entre os indivíduos do estudo.
Gráfico 1. Suplementos mais utilizados entre os participantes da pesquisa.

Fonte: autora (2024).
O suplemento mais popular é a creatina, utilizada por 83,3% (n=30) da amostra, seguida pelo whey 55,6% (n=20). O restante dos suplementos utilizados não compreende um número significativo da amostra (<33%).
A creatina é, atualmente, o suplemento mais utilizado entre os praticantes de atividade física, principalmente entre aqueles do treinamento de força em treinamento resistido. Esse composto orgânico atua de maneira eficaz, promovendo aumento da performance esportiva, força, potência, explosão e desenvolvimento de massa muscular. Seus efeitos positivos já estão bem estabelecidos na literatura científica.
Em relação aos efeitos colaterais, muito se discute sobre os potenciais danos aos rins, mas no estudo feito por Pacheco (2024), não houve alterações bioquímicas relacionadas a lesões renais ou hepáticas relacionadas ao uso de creatina. Gabbay e Lobato (2023) e Silva (2022) também defendem não existir possíveis danos renais e/ou hepáticos associados à suplementação de creatina, seja a curto ou longo prazo, em alta ou baixa dosagem.
O Whey Protein está entre os suplementos mais requisitados do mercado por quem busca o ganho de massa muscular. A proteína oferecida pelo Whey Protein é considerada completa e de excelente qualidade, apresentando alto grau de pureza, alto valor biológico, com a presença de todos os aminoácidos essenciais, e uma boa capacidade de absorção pelo organismo. Diante disso, o suplemento pode oferecer melhora na recuperação muscular dos praticantes de atividade física e deve ser prescrito por nutricionistas, profissionais capazes de calcular as reais demandas de macro e micronutrientes necessárias ao paciente praticante de exercícios.
Da Silva et al (2023) afirmam que a ingestão do Whey Protein após um exercício resistido pode resultar em elevados níveis plasmáticos de aminoácidos essenciais, que serão captados para o ambiente intramuscular, inibindo o catabolismo e, consequentemente, possibilitando o processo de hipertrofia, de forma muito eficiente. Zuhl et al (2014) afirmam que o uso de glutamina, aminoácido mais abundante no corpo humano, fornece proteção a muitos tecidos em situações de estresse, inclusive sobre a barreira mucosa intestinal, que controla o fenômeno de Leaky Gut. Mesmo assim, apenas 22,2% (n=8) dos entrevistados afirmam utilizar este suplemento, dos quais 100% não souberam afirmar sobre os benefícios do uso.
O fato de que 95% dos entrevistados acreditam que os suplementos são essenciais para a performance, sem possuírem a clara compreensão de suas funcionalidades, convida à reflexão sobre a necessidade de uma orientação nutricional mais estruturada para esses atletas e indica uma lacuna que deve ser abordada para promover uma prática saudável e informada. Diante dos dados obtidos pelo presente estudo, entende-se um pouco mais sobre os impactos da atividade física extenuante sobre a microbiota intestinal, considerando o fator alimentação como o mais relevante. Ainda, verifica-se o perfil alimentar e de suplementação dos indivíduos entrevistados, destacando a necessidade de um acompanhamento nutricional e multidisciplinar para os praticantes de LPO, de maneira a constatar sobre a presença ou não de uma disbiose e garantir a modulação da microbiota intestinal, com as reais necessidades dietéticas.
Apesar das importantes contribuições acerca da qualidade da saúde intestinal (desde escores de sensibilidade intestinal até avaliação de padrão alimentar), a amostra é limitada e não reflete a diversidade de hábitos alimentares, presença de sintomas e frequência de treino em outras regiões, e a exclusividade na análise de praticantes de LPO restringe a generalização de resultados a outras modalidades. O desenho do estudo caracterizado como transversal possibilita apenas inferências de associação entre as variáveis, não sendo possível estabelecer relação de causalidade.
Ainda, a utilização de questionários autorrelatados também pode resultar em distorções na estimativa do consumo alimentar e do uso de suplementos. Sugere-se a condução de estudos longitudinais sobre o tema, investigando diferentes parâmetros com padrões metodológicos mais assertivos para o meio científico.
5. CONCLUSÃO
Os resultados do presente trabalho revelam informações cruciais sobre a saúde intestinal deste grupo. Embora 66,7% dos entrevistados avaliaram sua saúde como “excelente” ou “muito boa”, 72,2% apresentaram risco de disbiose, evidenciando uma desconexão entre a autopercepção de saúde e os indicadores clínicos de bem-estar intestinal. Os dados mostram que, mesmo que de forma extenuante, os atletas treinam com frequência e duração adequadas, porém, os hábitos alimentares observados são alarmantes.
A baixa ingestão de frutas, legumes e fibras sugere uma alimentação deficiente, que pode contribuir para os sintomas gastrointestinais relatados, como arrotos e distensão abdominal. Adicionalmente, a alta prevalência de dores musculares, dores de cabeça e outros sintomas extra intestinais podem estar associados a um estado geral de saúde comprometido, possivelmente relacionado à disbiose.
Diante desse cenário, recomenda-se que intervenções nutricionais sejam implementadas para conscientizar sobre a importância de uma dieta equilibrada e rica em alimentos naturais, que será fundamental para proporcionar um equilíbrio microbiano adequado, melhorar a qualidade de vida desses atletas e, consequentemente, a sua performance esportiva. Além disso, futuras pesquisas devem continuar explorando a relação entre a alimentação, a saúde intestinal e o desempenho esportivo em mais detalhes, contribuindo para um entendimento mais abrangente sobre a saúde dos atletas.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, Vinícius Duarte. Relação do exercício físico com a microbiota intestinal: revisão integrativa da literatura The relationship between physical exercise and intestinal microbiota: an integrative literature review. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 10, p. 99773-99787, 2021.
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1Nutricionista. Formada pelo Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. E-mail: amandacamposmarques@hotmail.com
2Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Saúde e Ambiente (PPGSA/UFMA). E-mail: gilberth.nunes@undb.edu.br
3Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Doutor em Biotecnologia (RENORBIO/UFMA). E-mail: eliakim.mendes@undb.edu.br
4Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Especialista em Saúde INDÍGENA (UNIFESP). E-mail: ananda.nascimento@undb.edu.br
5Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Saúde e Ambiente (PPGSA/UFMA). E-mail: adriana.araujo@undb.edu.br
6Nutricionista. Formada pelo Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. E-mail: a.adrianne.sousa@gmail.com
7Nutricionista. Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (PPGSAD/UFMA). E-mail: isabel.nutricionistaesportiva@outlook.com
8Docente do Curso Superior de Nutrição do Centro Universitário UNDB – Unidade de Ensino Superior Dom Bosco. Mestre em Educação Física (PPGEF/UFMA). E-mail: julio.machado@undb.edu.br