PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA NAS VIAS AÉREAS   (CPAP) NA PREMATURIDADE EM DECORRÊNCIA  DA SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA NEONATAL (NAS)  

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12001365


Ana Vitória Pereira de Oliveira 
Camila da Cunha Silva    
Elizabeth Dias dos Santos
Orientador: Profa. Maria da Penha Laprovita  
Coorientador: Mestre Fábio Augusto D´Alegria Tuza

 


RESUMO 

  Introdução:  As drogas são prejudiciais à gestante, ao feto, e ao neonato, mesmo que seus efeitos não sejam totalmente conhecidos. Devido a imaturidade do sistema respiratório, os recém-nascidos (RNs) prematuros apresentam altos riscos de desenvolver complicações respiratórias. Objetivo: Reunir, identificar e avaliar informações nas consequências clínicas da exposição dos RNs sob efeitos de drogas ilícitas. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de literatura integrativa, no qual utilizou – se estudos independentes, artigos de revisão e artigos científicos, com bases de dados Scielo, PUBmed e Periódicos Caps. Resultados Estudos têm demonstrado que o CPAP pode ser uma intervenção eficaz para melhorar a oxigenação e a função respiratória em bebês prematuros com NAS. Conclusão Em resumo, o uso de CPAP em recém-nascidos prematuros com síndrome de abstinência neonatal (NAS) mostra-se promissor na melhoria da função respiratória e na redução das complicações respiratórias

.   

Palavras-chave: Fisioterapia, Drogas Ilícitas, Abstinência, Neonatal, Síndrome.  

ABSTRACT  

Introduction: Drugs are related to pregnant women, the fetus and the neonate, even if their effects are not fully known. Due to the immaturity of the respiratory system, premature newborns are at high risk of developing respiratory complications. Objective: Gather, identify, and evaluate information on the clinical consequences of exposure of newborns under the effects of illicit drugs. Methods: This is an integrative literature review study, not independent studies, review articles and scientific articles, with Scielo, PUBmed and Periódicos Caps databases. Results Studies have demonstrated that CPAP can be an effective intervention to improve oxygenation and respiratory function in premature infants with NAS.  Conclusion In summary, the use of CPAP in premature newborns with neonatal abstinence syndrome (NAS) shows promise in improving respiratory function and reducing respiratory complications.  

Keywords: Physiotherapy, Illicit Drugs, Abstinence, Neonatal, Syndrome  

1.      INTRODUÇÃO  

O uso de drogas é um grande problema de saúde pública e tem repercussões preocupantes em nossa sociedade, pois seu consumo exerce influência agressiva na vida da pessoa modificando seu estado mental, comportamentos e atitudes, representa um grande problema para a saúde. Esse mesmo problema se torna mais grave nas gestantes, pois a exposição dessas pacientes às drogas psicotrópicas pode resultar em comportamento irreversível do binômio mãe/feto1.  

Atualmente discute-se muito sobre o uso de drogas ilícitas, contudo, iniciar essa discussão durante a gravidez não é fácil. O rastreamento do uso de drogas durante a gestação é de suma importância para identificar possíveis complicações e riscos ao bebê durante seu desenvolvimento e a partir da identificação, planejar intervenções2.  

Nesse contexto destaca-se o crack que é considerado uma das drogas mais baratas atualmente. A história do crack no Brasil surgiu em 1994, seguiu trajetória semelhante à americana, porém com atraso de aproximadamente 10 anos em relação ao hemisfério norte, denotando preocupações dos profissionais da saúde e pesquisadores com o uso desse entorpecente pela população brasileira e suas consequências, o que sensibiliza na expansão do uso do crack é a velocidade do deterioro da vida mental e social do indivíduo, é uma droga mais barata que a cocaína e 6 vezes mais forte3.  

O crescimento do uso de drogas ilícitas entre as mulheres em idade fértil é preocupante, durante a gestação é a causa de mortalidade que pode se apresentar no feto, no neonato ou em qualquer etapa do desenvolvimento infantil4. Mesmo que seus efeitos não sejam totalmente conhecidos, o seu uso pode trazer vários problemas à saúde física e mental da mulher e da

criança, como aborto, prematuridade, baixo peso ao nascer e outros5.  

A identificação do problema deve ser realizada durante o pré-natal, mas muitas vezes é difícil o reconhecimento dessas pacientes, visto que muitas negam a utilização da droga e realizam poucos exames pré-natais. A clínica observada em pacientes usuárias de cocaína/crack mostra sinais e sintomas de exacerbação do sistema simpático, como hipertensão, taquicardia, arritmias e até falência miocárdica6.   

A cocaína (benzoilmetilecgonina) é consumida mais frequentemente em sua forma solúvel (cloridrato de cocaína), e é bem absorvida após o contato com a mucosa oral, nasal, gastrointestinal, retal e vaginal, ou através dos alvéolos pulmonares após a inalação6.  

O crack e a cocaína atravessam a barreira placentária rapidamente sem realizar metabolismo, agindo diretamente na musculatura fetal, determinando vasoconstrição além de má formação urogenitais, cardiovasculares e do sistema nervoso central6. A toxicidade do uso da droga tem seu potencial aumentado devido à metabolização e eliminações mais lentas no período da gestação, conforme traz Rezende (2011). A maior evidência de danos relacionados com a cocaína na gestação é o risco de nascimentos prematuros e o baixo peso ao nascer e aumento do risco de parto prematuro7 .

O crescimento do uso de drogas ilícitas entre as mulheres em idade fértil é preocupante, com o uso dessas substâncias na gravidez, o recém-nascido (RN) pode apresentar a Síndrome de Abstinência Neonatal (NAS), que é caracterizada por irritabilidade, hipertonicidade, tremores, alteração de humor e impossibilidade de consolo. Essas consequências ocorrem por via placentária, levando a graves problemas como: aumento da frequência cardíaca e pressão arterial7.  

A icterícia é mais frequente, assim como a Síndrome da Dificuldade Respiratória (SDR), possivelmente relacionada com prematuridade, febre, redução do sono, irritabilidade, excitação, sudorese, tremores, convulsões, vômitos, diarreia, hiperfagia, escoriações na pele, alteração no tempo de emissão e no timbre do choro, são fatores devidos à ação no sistema nervoso central (SNC) da cocaína, dopamina, serotonina, como também à ação de outras substâncias, constituindo-se em Síndrome de Abstinência, que se inicia no segundo dia7.  

Dificuldades como o início da alimentação por via oral, alterações no reflexo de sucção e no padrão nutritivo dessas crianças foram encontradas. Quando esta criança nasce, vários problemas poderão ser vistos, alguns serão de fácil reversão como baixo peso, irritabilidade, agitação, choroso, outros, são de grande importância como a alteração nos reflexos de sucção do aleitamento, taquipneia, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial e sérios problemas psicomotores7.  

         Além disso, seu risco de nascer dependente do crack é consideravelmente grande apresentando uma abstinência neonatal considerável7. O uso de cocaína e/ou crack durante a gestação está associado a diversos riscos para o desenvolvimento do bebê como: defeitos renais,

descolamento prematuro da placenta, nascimento prematuro e desenvolvimento craniano8.  

O presente trabalho justifica-se através do fato dos recém-nascidos prematuros frequentemente terem dificuldade em manter a respiração espontânea devido à imaturidade dos  pulmões e músculos respiratórios. O CPAP fornece uma pressão contínua nas vias aéreas, o que ajuda a manter as vias aéreas abertas, melhorando a troca gasosa e a oxigenação.  

 O uso de CPAP pode ajudar a prevenir complicações como atelectasia, pneumotórax e síndrome do desconforto respiratório (SDR), proporcionando suporte respiratório adequado.             Além disso, o CPAP pode ser uma alternativa eficaz à ventilação mecânica invasiva em recémnascidos prematuros com NAS, minimizando os riscos associados à intubação traqueal, como lesão pulmonar e infecção.  Sendo uma medida importante para garantir uma adequada função respiratória e prevenir complicações associadas, contribuindo para uma melhor evolução clínica e qualidade de vida desses pacientes.  

2.      OBJETIVOS 

        2.1 – OBJETIVO GERAL  

   Identificar o impacto na incidência da prematuridade em decorrência do uso de drogas pelas mães.  

  2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS  

  1. Conhecer a prevalência da exposição gestacional às drogas.  
  2. Evidenciar as possíveis consequências sobre os recém-nascidos expostos ao uso de drogas.  
  3. Demonstrar a intervenção do Cpap na prematuridade em consequência da NAS.  
3.      MARCO TEÓRICO  

       3.1 A AÇÃO DAS DROGAS NO MUNDO E NO BRASIL  

As drogas podem ser classificadas também de acordo com a sua legalidade, onde drogas lícitas, são aquelas que não há nenhuma proibição na legislação quanto a produção, uso e comercialização, já as drogas ilícitas que são aquelas proibidas por leis específicas e que têm a produção, a comercialização e o consumo considerados como crime 2.   

            Em 1844, a cocaína foi sintetizada na Alemanha sob a forma de pó branco solúvel, a Benzoil metilecgonina (C17H2 NO4), base amino-alcoólica semelhante à atropina. Em 1914, foi colocada fora da lei nos Estados Unidos, porém, até 1970, a literatura médica a considerava não produtora de efeitos nocivos. Até 1980, não era reconhecida como capaz de prejudicar os recém-nascidos3.  

Em 1984, surgiu no Bronx, Estados Unidos (EUA), um derivado químico álcali extraído da pasta de coca, uma espécie de sabão branco, sob a forma de pedra insolúvel, mas inalável quando aquecido, ocasião em que crepita e estala: o “crack”3

A história do crack no Brasil surgiu em 1994, seguiu trajetória semelhante à americana, porém com atraso de aproximadamente 10 anos em relação ao hemisfério norte, denotando preocupações dos profissionais da saúde e pesquisadores com o uso do crack pela população brasileira e suas consequências, o que sensibiliza na expansão do uso do crack é a velocidade do deterioro da vida mental e social do indivíduo é uma droga mais barata que a cocaína e 6 vezes mais forte3.

            O crescimento do uso de drogas ilícitas entre as mulheres em idade fértil é preocupante. O uso durante a gestação é causa de mortalidade que pode se apresentar no feto, no neonato ou em qualquer etapa do desenvolvimento infantil4.Mesmo que seus efeitos não sejam totalmente conhecidos, o seu uso pode trazer vários problemas à saúde física e mental da mulher e da criança, como aborto, prematuridade, baixo peso ao nascer e outros5

Esse crescimento no consumo de drogas entre as mulheres em idade fértil traz preocupação. Há relatos de que aproximadamente 90% das usuárias de drogas nos Estados Unidos estejam em idade fértil. Um levantamento americano mostrou que 5,5% das mães relataram uso de drogas na gravidez4. Há que se pontuar que este dado provavelmente é subestimado, devido ao estigma associado à questão abordada. Outros estudos referentes à população americana revelam taxas de exposição gestacional que variam entre 2% e 40%, um  estudo brasileiro detectou presença de cocaína ou maconha em 6% das pacientes gestantes estudadas4.  

No Brasil, devido as fronteiras e o grande número de favelas existentes no país, a entrada para drogas ilícitas tornou-se de fácil acesso por parte dos usuários dessas substâncias químicas e vários estudos nos mostram que o resultado do uso de drogas é extremamente devastador, podendo afetar também no âmbito social dessas pessoas, tendo em vista que o uso das drogas causa problemas sociais e fisiológicos na vida dos usuários5

     Uma pesquisa quantitativa, realizada em território nacional pelo grupo de pesquisas  Francisco Inácio Bertoni, da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas (SENAD), entre os anos de 2011 e 2013 e divulgadas no dia 19 de setembro de 2013, mostra resultados diferentes do que muitas vezes a mídia divulga. Das 26 capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, 09 regiões e munícipios de médio e pequeno porte, tiveram como resultado estimado que existam aproximadamente 370 mil usuários de crack9.                 O Relatório Mundial sobre drogas 2019, apresentado pelo Escritório das Nações Unidas sobre drogas e crime (UNODC), informou que, em 2017 cerca de 271 milhões de pessoas usavam drogas ilícitas em todo o mundo, o que representa 5,5% da população mundial (UNODC 2019). O mesmo relatório mostra que, de 2010 a 2017, o número de usuários passou de 226 milhões (5% da população mundial) 271 milhões (5,5% da população mundial) (UNODC,2019)10

         Esse crescimento no consumo de drogas entre as mulheres em idade fértil traz preocupação, pois aumenta os riscos de complicações obstétricas e tem graves consequências para o desenvolvimento fetal e para a criança, tanto no período neonatal, quanto em etapas posteriores. Diante da informação de que muitas gestantes não relatam o uso de drogas durante o atendimento hospitalar e de que muitos neonatos não apresentam sintomatologia chamativa4.   

3.2 IMPACTO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS PRINCIPAIS DROGAS NA GESTANTE E NO FETO 

A drogadição na gestante é um grande problema de saúde pública e tem aumentado o crescimento no consumo de drogas entre as mulheres em idade fértil. No que tange às complicações obstétricas, há relatos de aborto, parto prematuro, insuficiência placentária, deslocamento prematuro da placenta, óbito intrauterino4. A cocaína e o crack causam constrição  dos vasos sanguíneos e, em gestantes, pode reduzir o fluxo de oxigênio para a placenta. O consumo excessivo destas drogas pode provocar o descolamento da placenta (a separação da placenta da parede uterina), e isto pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê8

            Para a gestante, a inalação da maconha provoca taquicardia, congestão conjuntival e ansiedade, e o uso frequente provoca letargia, irritabilidade, além de alterações no sistema respiratório, como bronquite crônica e infecções de repetição8. No feto, pode levar ao abortamento espontâneo, trabalho de parto prematuro, deslocamento prematuro da placenta, crescimento intrauterino retardado e sofrimento fetal crônico grave11

          A ativação adrenérgica causa redução do fluxo placentário e acarreta repercussões no crescimento e oxigenação fetais. Em virtude disso, a prematuridade e a restrição do crescimento fetal tornam-se mais frequentes4.  

            A isquemia e a anoxia podem levar a teratogenia por involução de estruturas, geralmente no terceiro trimestre, outras alterações diagnosticadas no período neonatal (malformações congênitas, distúrbios ácido-base, síndrome de abstinência, distúrbios motores4). Pode ocorrer hipoxemia fetal, malformações, abortamento, deslocamento prematuro de placenta1, ruptura hepática, ruptura uterina, infarto e até morte para essa gestante2

           Febre, redução do sono irritabilidade, excitação, sudorese, tremores, convulsões, vômito, diarreia, hiperfagia, escoriações na pele e alterações no tempo de emissão e no timbre do choro são derivados a ação central dos metabolismos do crack, dopamina e serotonina, constituem-se em síndrome da abstinência, que se inicia no segundo dia3.  

No que tange os efeitos deletérios ao bebê provindos do uso de drogas pela mãe, a exposição a maconha pode alterar a estrutura neuronal e sua função através de receptores endocanabinóides, que estão bem distribuídos no cérebro do feto2.  

A exposição pré-natal a cocaína tem sido associada à prematuridade, baixo peso ao nascimento, microcefalia, anomalias congênitas cardiovasculares e urogenitais, deficiências neurais comportamentais neonatais em estado de alerta e autorregulação, prejuízo no desenvolvimento motor, risco de acidente cerebrovascular intrauterino e síndrome de abstinência4.  

O uso da cocaína está associado a alteração no crescimento neuronal e na cito arquitetura, déficits neuropsicológicos em memória, atenção, aprendizado e no desempenho escolar, anomalias neuras comportamentais (orientação diminuída, hiperatividade, irritabilidade), déficit no desenvolvimento cognitivo e motor, anormalidade na estrutura  cerebral (necrose, hemorragia intraventricular e lesões cavitarias), risco para infecção neonatal e parto prematuro2.   

3.3 CONSEQUÊNCIAS SOBRE O RECÉM-NASCIDO DECORRENTES DO USO DE DROGAS MATERNO 

Dentre os principais sintomas estão a má sucção, hipertonia, baixo peso ao nascer, baixo ganho ponderal, vômitos, diarreia, hipertonia, dificuldade de alimentação12, irritabilidade, excitação, tremores, convulsões, microcefalia e problemas neurológicos5.Os agravos incluem baixo peso ao nascer, aumento na incidência de reanimação neonatal, hemorragias. distúrbios ácido-base, distúrbios motores)4

O uso do crack pode causar problemas como hipertensão, taquicardia e hipertermia. Por consequência de tais patologias ou possivelmente pelos efeitos da droga, pode ocorrer hipoxemia fetal, malformações, abortamento, descolamento prematuro de placenta e diminuição do comprimento médio dos RN’s, além de elevar as taxas de internação em Unidades de Tratamentos Intensivos Neonatais (UTIN)1

A exposição pré-natal à cocaína tem sido associada à prematuridade, baixo peso ao nascimento, microcefalia, anomalias congênitas cardiovasculares e urogenitais, deficiências neurocomportamentais neonatais em estado de alerta e autorregulação, prejuízo no desenvolvimento motor, risco de acidente cerebrovascular intraútero e síndrome de abstinência4. Em relação aos comprometimentos respiratórios destaca-se taquidispnéia transitória, apneias, desconforto respiratório e edema agudo de pulmão13.  

Os RN’s podem apresentar perturbações neurológicas observadas através da postura, reflexos e movimento13. O uso de cocaína e/ou crack durante a gestação está associado a diversos riscos para o desenvolvimento do bebê como8

  1. Cardiopatias: associado a anormalidades no desenvolvimento do coração antes e depois do nascimento, a malformações estruturais, subdesenvolvimento de ambos os lados do coração e arritmia devido à morte do tecido cardíaco em bebês ainda não nascidos, causada pela exposição à droga, e à medida que esses bebês amadurecem, eles podem permanecer em maior risco de lesões cardíacas8.  
  2. Defeitos renais: A displasia renal é uma condição de desenvolvimento anormal dos rins do bebê durante a gravidez e isso pode levar à necessidade de diálise ou transplante de rim e, quando ambos os rins são afetados, os bebês raramente sobrevivem8.  
  3. Descolamento prematuro da placenta: A cocaína e/ou crack causam constrição dos vasos sanguíneos e, em gestantes, pode reduzir o fluxo de oxigênio para a placenta8.  
  4. Nascimento prematuro: tem sido associado a uma chance muito maior de parto prematuro, o que pode causar danos aos pulmões, coração, cérebro, sistema gastrointestinal e sistema imunológico do bebê8.  
  5. Desenvolvimento Craniano: tamanho de cabeça desproporcionalmente menor pode estar associado ao comprometimento do desenvolvimento cerebral pré-natal8

A prematuridade, ou nascimento prematuro, é um problema significativo de saúde pública que pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo o uso de drogas durante a gestação14.  Estatísticas recentes indicam que a disponibilidade e o uso de drogas continuam altos em várias regiões, exacerbando problemas de saúde pública e aumentando o risco de complicações na gravidez14.  

Por exemplo, na Europa, a alta disponibilidade de uma ampla gama de substâncias psicoativas e a mistura de drogas tornam as gestantes vulneráveis a riscos adicionais de saúde, incluindo a prematuridade14

Ao analisar os desfechos prematuridade e baixo peso ao nascer, os resultados apresentaram dados estatísticos significativos (p=0,02) e (p=0,01), respectivamente. Corroborando com esta pesquisa, uma meta-análise realizada com publicações de 1966 a 2009 apresentou 31 estudos, em que o uso de cocaína durante a gravidez foi associado ao parto prematuro odds ratio (OR), 3,38; intervalo de confiança (IC) 95%, 2.72-4.21; baixo peso ao nascer (OR, 3,66; IC 95%, 2,90-4,63); e crianças pequenas para a idade gestacional (OR, 3,23; IC 95%, 2.43-4.30); menor idade gestacional no parto (-1,47 semana, IC 95%, -1,97 para -0,98 semana); e peso ao nascer reduzido (- 492 g; IC 95%, -562 a -421 g)15.

3.4 SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA NEONATAL (NAS)  

A síndrome de abstinência Neonatal (NAS) foi descrita pela primeira vez pela doutora

Loretta Finnegans, em 1970 como uma patologia que afeta de forma hiperativa o sistema 

nervoso central, autônomo, respiratório e gastrointestinal, e as manifestações clínicas variam de acordo com o tipo da abstinência16.  

A NAS é uma desordem multissistêmica decorrente da súbita interrupção da exposição de um lactente a uma substância de abuso que vinha sendo utilizada por sua mãe durante o período de gestação ou amamentação12. A escala mais comumente usada para avaliar a NAS é a pontuação de Finnegans (FNAS)10. A FNAS (quadro 1) avalia 21 sintomas clínicos de abstinência do medicamento, o que permite uma avaliação completa10

Quadro 1. Escala de Finnegans ou FNAS 17 

                        Sinais e Sintomas             Pontuação 
Choro:      Excessivo     Contínuo                 2 3
Dormir após a alimentação:  < 1h    < 2h         < 3h 3  2  1 
Reflexo de Moro:  Hiperativo  Marcadamente hiperativo  2    3 
Tremores:  Intensos  Moderados a intensos  Leves  Sem tremor 4  3  2  1 
Aumento do tônus muscular 
Bocejos frequentes 
Escoriação 
Convulsões 
Sudorese 
Febre:  37,8°C – 38,3°C  >38,3°C 1  2 
Pele marmórea 
Espirros frequentes 
Prurido nasal 
Batimento de asa de nariz 
Frequência respiratória:  > 60/min  > 60/min com retrações 1  2 
Sucção excessiva 
Come pouco 
Regurgitação 
Vômitos em jato 
Fezes:  Semipastosas  Líquidas 2  3 
* Pontuação: 0-7 = Sem abstinência; 8-12 = leve a moderada; 13-16 = grave 

Fonte: Carlotti, A.P.C; Carmona, F- Rotinas em Terapia Intensiva Pediátrica – Editora Blücher, 2015, págs. 50-51.     

       A avaliação neonatal concentra-se principalmente no reconhecimento de características clínicas de problemas neonatais como o funcionamento neuro regulatórios e sinais de abstinência18. Os RN’s com NAS podem ter efeitos sobre o sistema metabólico e respiratório como febre, sudorese, taquipneia, baixo ganho de peso; no funcionamento gastrointestinal podem apresentar vômito excessivo, alimentação desorganizada e diarreia; no sistema nervoso central convulsões, tremores e choro excessivo10.  

3.4.1 Manifestações clínicas do recém-nascido na síndrome da abstinência neonatal  

Os sinais e sintomas podem aparecer nas primeiras horas de vida extrauterina e o início da sintomatologia é definida pela substância entorpecente utilizada e o último dia de consumo da droga é feito pela genitora, com isso, os neonatos expostos a essas drogas na fase de vida intrauterina devem ser monitoradas pela equipe multidisciplinar diagnosticando e tratando de forma específica a prevenir possíveis complicações16.  

Sendo os sinais e sintomas como choro incontrolável, irritabilidade e dificuldade de sucção, entretanto, essas manifestações podem aparecer a curto ou longo prazo, e variar conforme a dosagem e tempo de exposição18

Outros sintomas como irritabilidade, excitação, hiperfagia, redução no sono, diarreia, alterações no tempo de emissão e no timbre do choro estão diretamente associados a síndrome de abstinência ao uso de drogas11

         Os prematuros apresentam uma maior vulnerabilidade por não possuírem uma função pulmonar adequada à vida, necessitando frequentemente do uso dá oxigenoterapia, visando assegurar as trocas gasosas necessárias à vida19. Os RNPT internados em UTIN podem apresentar modificações na organização neurocomportamental, já que são expostos à luminosidade, ruídos, manejos e as intervenções dolorosas20.

3.5 DESCONFORTO RESPIRATÓRIO SECUNDÁRIO À PREMATURIDADE EM RN’s FILHOS DE MÃES USUÁRIAS DE DROGAS 

          O desconforto respiratório em recém-nascidos prematuros é uma complicação comum e grave devido à imaturidade dos pulmões, especialmente aqueles cujas mães são usuárias de drogas, é uma complicação crítica e multifacetada21

Pesquisas mostram que mães que usam drogas têm uma incidência significativamente maior de partos prematuros em comparação com aquelas que não usam. Por exemplo, um estudo mostrou que o uso de cocaína durante a gravidez está associado a um risco duas a três vezes maior de parto prematuro22.

 Os fatores Contribuintes são:   

  • Deficiência de Surfactante: Recém-nascidos prematuros têm uma produção insuficiente de surfactante, necessário para manter os alvéolos pulmonares abertos. O uso de drogas pela mãe pode agravar essa condição ao interferir na maturação pulmonar do feto. 
  • Inflamação e Infecção: O uso de drogas está associado a um aumento do risco de infecções intrauterinas e inflamação, que podem desencadear o trabalho de parto prematuro e comprometer ainda mais a função pulmonar do recém-nascido.  
  • Restrição do Crescimento Intrauterino (RCIU): Bebês nascidos de mães que usam drogas muitas vezes apresentam RCIU, o que pode comprometer o desenvolvimento pulmonar e aumentar a suscetibilidade a problemas respiratórios21.  

Os sintomas de desconforto respiratório em recém-nascidos de mães usuárias de drogas incluem: 

  • Respiração rápida e irregular 
  • Gemidos durante a respiração21
  • Retrações costais 
  • Cianose 
  • Apnéia21 

          O diagnóstico é feito com base na observação clínica e confirmado por exames de imagem, como radiografias de tórax, que podem mostrar padrões específicos de síndrome do desconforto respiratório (SDR) e outras anomalias pulmonares21

O tratamento do desconforto respiratório nesses recém-nascidos pode incluir: 

  • Administração de Surfactante: Ajuda a reduzir a tensão superficial nos pulmões e melhorar a respiração. 
  • Ventilação Mecânica e CPAP: Suporte respiratório para manter os pulmões abertos e garantir a troca adequada de gases. 
  • Terapia com Oxigênio: Fornecimento de oxigênio suplementar para manter níveis adequados de oxigenação no sangue.  

           Portanto, o manejo de recém-nascidos prematuros de mães usuárias de drogas requer uma abordagem multidisciplinar e intensiva, com foco na estabilização respiratória imediata e no monitoramento contínuo para prevenir e tratar complicações adicionais21

 3.6 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO 

 A Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), também conhecida como Doença da Membrana Hialina, é uma condição comum e grave em recém-nascidos prematuros. Ela ocorre devido à imaturidade pulmonar e à deficiência de surfactante, uma substância que ajuda a manter os alvéolos abertos para a troca gasosa eficiente23.  

Em bebês prematuros, a produção de surfactante é insuficiente, o que leva ao colapso alveolar e dificulta a troca de oxigênio e dióxido de carbono. Além da deficiência de surfactante, os pulmões dos prematuros são estruturalmente imaturos, o que agrava a dificuldade respiratória23.  

A pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) que é uma terapia amplamente utilizada em recém-nascidos com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) para ajudar a manter os alvéolos pulmonares abertos, melhorando a troca gasosa e reduzindo o esforço respiratório23

        3.7 INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA 

           O fisioterapeuta tem se tornado cada vez mais importante nos processos de assistência e suporte ventilatório. É o principal membro da equipe na instalação e monitorização da ventilação não invasiva e no controle e desmame da ventilação mecânica24. A importância da atuação do fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) será prevenir ou atenuar alterações causadas por patologias respiratórias, pela estabilização dos padrões motores, bem como do tônus e trofismo muscular além de estimular e acompanhar o desenvolvimento neuropsicomotor25.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o recém-nascido pré-termo (RNTP) como sendo aquele nascido antes de trinta e sete semanas de gestação26.  

      Sua função é otimizar as funções respiratória e motora, dependendo da doença de base, os objetivos e manuseios levam em consideração as particularidades anátomo fisiológicas desta população27. A prática fisioterapêutica é parte da assistência multidisciplinar aos RN’s, sob cuidados intensivos e tem como objetivo prevenir e minimizar as complicações respiratórias decorrentes da própria prematuridade, e aperfeiçoar a função pulmonar de modo a facilitar as trocas gasosas28.  

             O desenvolvimento contínuo da fisioterapia respiratória, faz com que os recursos fisioterapêuticos sejam otimizados, respeitando as peculiaridades do RN e levando a um alto padrão de eficácia do tratamento intensivo, com o objetivo de reduzir a morbidade neonatal, o tempo de hospitalização e os custos hospitalares, favorecendo o prognóstico e a qualidade de vida futura destas crianças29 

           Então esses RNs de mães usuárias de drogas podem apresentar desconforto respiratório devido a várias razões, incluindo prematuridade, exposição a substâncias tóxicas e complicações neonatais. A disfunção respiratória  pode ocorrer independentemente de serem prematuros ou a termo, embora a prematuridade aumente o risco devido ao desenvolvimento incompleto dos pulmões30.

     Bebês prematuros têm maior risco de disfunção respiratória devido ao desenvolvimento incompleto dos pulmões e deficiência de surfactante. Isso pode levar à SDR, que é frequentemente tratada com surfactante exógeno e ventilação30.

      Embora tenham menor risco de SDR, ainda podem apresentar disfunção respiratória devido a outros fatores, como infecções neonatais, exposição a drogas durante a gestação ou complicações no parto30.

           E a ventilação não invasiva (VNI) em recém-nascidos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal tem sido uma descoberta importante, pois além de diminuir o índice de mortalidade, previne complicações impostas pela ventilação invasiva prolongada, sendo elas: displasia bronco pulmonar, infecções, lesões nas mucosas31. E sendo um método de ventilação que não necessita de via aérea artificial (traqueostomia ou tubo orotraqueal), dentre os recursos utilizados pelos fisioterapeutas para a população neonatal a VNI tem se destacado, no qual pode ser ofertada pela pressão positiva contínua em vias aéreas nasais (CPAP)32.

         Sendo o uso de dispositivos como CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) para ajudar na respiração sem necessidade de entubação30.

3.8 PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA NAS VIAS AÉREAS – CPAP   

          A Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP, do inglês Continuous Positive Airway Pressure), promove o aumento da capacidade funcional residual pulmonar e a redução da resistência vascular pulmonar, permitindo a manutenção da pressão positiva durante o ciclo expiratório e, dessa forma, a expansão dos alvéolos e a melhora da respiração33

          A CPAP tem sido um artifício para prevenção e redução de lesões pulmonares nos RNPT,

e vem sendo considerada padrão ouro na neonatologia devido os benefícios que são apresentados como aumento dos volumes pulmonares, redução da necessidade e do tempo da VMI e melhora da perfusão-difusão31. Para esse sistema, são utilizadas interfaces como máscara  facial, máscara nasal, cânula orotraqueal e nasotraqueal, pronga nasal única curta, nasofaríngea

e binasal curta, sendo esta última a mais utilizada33. como demonstra a imagem da figura 1. 

            Figura 1(A) pronga binasal e (B)  máscara nasal  durante  terapia de ventilação não invasiva neonatal.

Fonte: Scielo – Rev. Bras. Ter Intensiva. 2022 

            O CPAP funciona ao fornecer uma pressão constante de ar nas vias respiratórias dos recém-nascidos, evitando o colapso dos alvéolos durante a expiração. Isso é particularmente importante em bebês com SDR, que têm deficiência de surfactante e alvéolos imaturos23

             É uma ferramenta essencial no manejo de recém-nascidos com Síndrome do Desconforto   Respiratório Agudo. Sua capacidade de manter os alvéolos abertos e melhorar a oxigenação, contribui na redução de indicação para intubação oro traqueal (IOT) oferecendo benefícios significativos com diminuição de complicações respiratórias e melhoria dos desfechos clínicos para esses bebês vulneráveis. Estudos contínuos e práticas baseadas em evidências são fundamentais para otimizar o uso do CPAP em ambientes neonatais23.

         Os efeitos fisiológicos do CPAP são os seguintes: aumento da pressão transpulmonar, aumento da capacidade e do volume residual funcional, melhora da complacência pulmonar, prevenção de atelectasias, conservação do surfactante endógeno, estabilização das vias aéreas, ajuda a promover a regularidade do ritmo respiratório, entre outros24.

INDICAÇÕES:  

  • Condições clínicas com capacidade residual funcional (CRF) reduzida, tais como: Síndrome do desconforto respiratório (SDR), taquipneia transitória do RN(TTRN),  
  • Edema pulmonar; 
  • Apneia da prematuridade; 
  • Traqueomalácia e outras anormalidades das vias aéreas inferiores; 
  • Atelectasia- prevenção e tratamento; 
  • Doenças neuromusculares com respiração espontânea; 
  • Paralisia do nervo frênico34

 CONTRAINDICAÇÕES:  

  • Hérnia Diafragmática congênita, não tratada; 
  • Atresia de coanas; 
  • Fístula tráqueo-esofágicas; 
  • Instabilidade cardiovasculares grave;32 
  • Relativo: Doenças do trato gastrointestinal não tratadas ou pós-operatório imediato e recente das mesmas (atresia, má rotação ou volvo)32

          Entretanto, sua utilização também pode ocasionar algumas complicações relacionadas ao escape aéreo, resultando na diminuição da pressão ofertada, ao ressecamento das mucosas, a difícil tolerância pelo neonato, além de barotraumas e distensão abdominal33.

       TIPOS DE CPAP:

  • Cpap de bolha (BUBBLE CPAP) 
  • Cpap no respirador34
3.8.1 Cpap de bolha (Bubble cpap)  

           O CPAP selo d’água, também conhecido por CPAP bolha, é um modelo artesanal de baixo custo e fácil adaptação, onde seu sistema de pressão gerada é feito através de um fluxo de gás contínuo e aquecido e o ramo expiratório fica sob uma profundidade de água que irá gerar uma pressão35.  

          Essa terapêutica ventilatória apresenta como benefício a redução da necessidade de suporte invasivo, melhorando parâmetros relacionados a mecânica pulmonar e redução do trabalho respiratório. Com o intuito de evitar e/ou minimizar riscos, faz-se necessário um cuidado especializado e adequada escolha da modalidade de assistência ventilatória que será prestada , entre as  modalidades de oxigenoterapia para neonatos.33

         Tem inúmeros benefícios como, facilitar o aumento da pressão pulmonar, estabilização torácica, complacência pulmonar, relação ventilação/perfusão bem como promover a permeabilidade das vias aéreas, melhora da CRF (capacidade residual funcional) além de diminuir o tempo de internação35.  

        Em recomendações iniciais, o RN deve estar em decúbito dorsal, o tamanho da peça deve ser adequado para as narinas de modo a preencher o espaço nasal, a peça nasal não deve forçar as aletas nasais e nem ficar folgada ocasionando escape de pressão, existem vários números de peças fornecidas pelos fabricantes e a peça jamais poderá ser introduzida completamente no nariz36. Tem como vantagens ser menos invasivo, menor custo, efeitos benéficos da alta

frequência e oscilações de pressão34.  

         Vantagens: Mais simples, menos invasivo, menor custo, efeitos benéficos da alta frequência e oscilações de pressão34

      3.8.2 Cpap no respirador                 

          O CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é uma modalidade de suporte respiratório usada no tratamento de condições respiratórias, como a apneia do sono e a insuficiência respiratória. Quando aplicado em um respirador, o CPAP fornece uma pressão positiva contínua nas vias aéreas do paciente durante todo o ciclo respiratório37

       No contexto de um respirador, o CPAP pode ser utilizado de várias maneiras, dependendo das necessidades do paciente e da condição clínica. Geralmente, o CPAP no respirador é configurado para fornecer uma pressão constante durante a inspiração e a expiração, ajudando a manter as vias aéreas abertas e melhorando a oxigenação37

            O CPAP no respirador é útil em várias situações, incluindo o suporte respiratório de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica, bem como na prevenção da obstrução das vias aéreas durante o sono, especialmente em pacientes com apneia do sono37

          No sistema de bolhas (Bubble CPAP), certifique que o ramo expiratório esteja mergulhado no nível desejado de pressão (5 a 8 cmH2O) observar se o sistema está gerando bolhas no frasco, caso não esteja, procurar escape no sistema.  A melhor maneira de prevenir complicações é fazer com que a equipe multiprofissional trabalhe em conjunto para assegurar que a pronga esteja devidamente posicionada em todos os momentos. Se houver falha no posicionamento poderá ocorrer lesão do septo e/ou mucosa nasal34

       Quadro 2 Tabela de Recomendação da pronga pelo peso 

     Fonte: acsmedical.com.br 

4.    METODOLOGIA  

             Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica como parte de formação do Curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Iguaçu. Sua construção ocorreu para identificar na literatura científica nacional e internacional, o uso do suporte ventilatório não invasivo em recém-nascidos filhos de mães usuárias de drogas. A busca bibliográfica foi realizada entre o período de janeiro de 2023 a maio de 2024, nas bases de dados do (Scientific Electronic Library Online (SciELO), PUBmed e Periódicos Caps.   

          Os idiomas utilizados para seleção os periódicos foram: inglês e português, abrangendo artigos com datas de publicação entre janeiro de 2013, a maio de 2024. Para busca de periódicos foram utilizados os descritores na língua inglesa com os termos: Phsyotherapy, Ilicit abstinense, neonatal, syndrome e para língua portuguesa: fisioterapia, ilícitas, abstinência, neonatal, síndrome, drogas, respiratória.

4.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO   

Como critério de inclusão foi estabelecido artigos originais, relatos de pesquisa de campo, estudos de revisão, cartilhas no idioma português e inglês no período de 2013 a 2024, que incluíssem o tema fisioterapia no recém-nascido com Síndrome de Abstinência Neonatal,

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.  

4.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO  

Artigos com mais de 10 anos de publicação, artigos sem resultados, artigos que não respondem aos critérios de pesquisa. 

5.  RESULTADOS 

           Nas nossas buscas encontramos 37 artigos, foram excluídos 17 artigos de revisão, permanecendo 20 artigos, eliminamos 2 cartilhas, ficaram 18, apagamos 1 livro, ficaram 17 artigos, subtraímos 4 artigos que não especificaram o tipo de estudo, sobrando 13 artigos, eliminamos 2 artigos que ultrapassaram os 10 anos, e 1 relatório europeu, totalizando 10 artigos na tabela de resultados. 

            Após avaliação dos 37 artigos e levantamentos bibliográficos, realizando uma leitura analítica apresentam-se como resultados 10 artigos     que abordam complicações dos RN´s relacionados a NAS e a intervenção da fisioterapia respiratória. O resultado apresentado refere se a estudos de diferentes abordagens cientificas.

                                      Quadro 3. Artigos selecionados para análise                                                  

Autor/A no   Título   CAPES/   Qualis   Desenho de estudo  Metodologia   Resultados   
Kale Pl et al2 (2023)  Restrição do crescimento intrauterino, prematuridade e baixo peso ao nascer: fenótipos de risco de morte neonatal.  Revista caderno de saúde  pública   3.371  Estudo de corte retrospectivo  De nascidos vivos em 2023, no estado do RJ acompanhados do nascimento até 27 dias de vida. O desfecho é morte neonatal especifica por idade (24h, 1- 6 dias, 7-27 dias) ocorrido em 2021 e 2022       A prematuridade de contribuiu mais para a   mortalidade que a condição PIG, sua prevenção é necessária para reduzir a mortalidade neonatal no estado do RJ.     
Souza VB  et            al5 (2023)    Síndrome da abstinência neonatal: as consequências de exposição pré-natal à cocaína.B 2  Estudo descritivo  Foram pesquisados bibliografias e periódicos acadêmicos, utilizando descritores, para a comparação de dados científicos reportados nos casos clínicosOs resultados apontam alterações neurológicas, bem como consequências negativas no desempenho dos recém-nascidos para início de sua alimentação via oral e alterações do reflexo de sucção. Além disso, os recém-nascidos também apresentam alterações de comportamento nos seus primeiros dias de vida.   
Neto EBP   et            al4 (2022)    Lactente em abstinência de    cocaína, relato de caso.         B1    Estudo de caso    Descrever o caso de um lactente exposto à cocaína e as repercussões clínicas da sua ingestão por meio do  leite materno.      Vale ressaltar que o presente estudo se limita a  um relato de caso e sugere-se estudos  adicionais   na área
Maia JA et al4 (2020)    Características clínicas dos recém-nascidos de mães usuárias de drogas.       B3  Estudo transversal de caráter observacional.   Exploratório com abordagem quantitativa, realizada com 68 recém-nascidos, no período de fevereiro a maio de 2019. (14,7%) nasceram cianóticos e (39,7%) com  cianose na extremidade s, (41,1%) agitados, (19,1%) prematuros, (19,2%) de baixo peso e (13,30%) obtiveram Escore 7 no quinto minuto de vida.     
Silva, A. B., &  Santos, C D.   (2020)   Impacto do Uso de Drogas na Ocorrência de Prematuridade:    .        B1      Revista Brasileira        de Saúde Materno                     InfantilAvaliação   do impacto do uso de drogas na prematuridade.    Estudos                indicam que         o                 consumo               de substâncias  psicoativas,      como       cocaína,      heroína, metanfetaminas e até mesmo álcool e tabaco, associado a um aumento do risco de partos prematuros.    
Oliveira   AM et al8 (2019)       Benefícios da inserção do fisioterapeuta sobre o perfil de prematuros de baixo risco internados em unidade de terapia intensiva.        Revista    eletrônica   Estudo de caso controle,   retrospectivo e analítico    Foram incluídos prontuários de RN internados em UTIN de uma maternidade pública em dois períodos:2006/2007 e 2009/2010, compreendendo períodos antes (PREF) e após (POSF) a inserção da fisioterapia em tempo parcial de assistência (6 /8hs diárias em dias uteis) respectivamente.    Houve diferença significativa nas idades gestacionais, menores no período de 2009/2010, e nas frequências de reanimações na sala de parto, IOT, SDR e sepse, maiores no período POSF. Houve diferença significativa entre todas as variáveis ventilatórias com tempos de suporte   , maiores no período POSF. Não houve diferença significativa entre tempo de oxigenoterapia e tempos de internação na UTIN entre os dois grupos.   
Maia et  al1 (2016)    A fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatal.  Revista eletrônica  Pesquisa cientifica  A literatura é categórica ao destacar a importância desta área para redução ou prevenção dos comprometimentos dos neonatos nas UTINs.  Foi possível identificar que a abordagem fisioterapêutica, embora aceita e tratada como essencial no atendimento da UTINs, ainda carece de pesquisas que comprovem sua eficácia, com resultados mais conclusivos.     
Carvalho   RTV et al3 (2015)    Filhos do crack: o efeito da droga ilícita na formação do recém-nascidoRevista eletrônicaEstudo integrativo    Abordagem qualitativa com base na pesquisa de artigos científicos publicados em revista eletrônica.   O presente estudo apontou que gestantes usuárias de crack não costumam realizar acompanhamento de pré-natal.   
     Verificou-se que não existe protocolo de atendimento e que a maioria dos neonatos é pequena para a idade gestacional, prematura e apresenta reflexos anormais dentre outas complicações.   
Reis FT et al2 (2015)    Repercussões        neonatais   decorrentes da exposição ao crack durante a gestação.   Revista Eletrônica  Estudo transversal   Abordagem qualiquantitativa, realizada por meio de entrevista.    
Leão   EVV et al2 (2013)  Perfil da utilização o da CPAP na UTI neonatal e o protagonismo       do fisioterapeuta. B3Análise descritiva24 fisioterapeutas de 9 hospitais responderam ao questionário autoaplicável elaborado para o  sobre o conhecimento do profissional quanto ao presente estudo, abordando questões básicas uso do CPAP nos recémnascidos e como esse tipo de assistência é oferecida em sua unidade de serviço.    As principais indicações foram: taquipneia transitória do recém-nascido, displasia bronco pulmonar e apneia. As principais contraindicações foram: presença de lesão fetal, distensão abdominal, síndrome da aspiração de mecônio, pneumotórax.     

Quadro 4.  Principais sinais e sintomas, objetivos e subjetivos e intervenções na Síndrome da Abstinência Neonatal7 

ÁREA AFETADASINAIS E SINTOMASINTERVENÇÕES
 CHORO ALTO/GRITADOReduzir estímulos ambientais: manipular a criança com firmeza, pegar ao colo gentilmente sempre junto ao corpo, providenciar música.
 
 DIMINUIÇÃO DE HORAS DE SONORespeitar períodos de descanso, aconchegar a criança; promover técnica canguru.
DISTÚRBIOS DO SNC Manipulação mínima; movimentos calmos da manipulação, reduzir luminosidade e ruído, providenciar massagem e banhos relaxantes. Aplicar creme barreira nas áreas afetadas, vestir a criança e proteger as mãos e pés com luvas e meias.
TRÊMULO,MOVIMENTOS MIOCLÓNICOS
ESCORIAÇÕES
DISTÚRBIOS   METABÓLICOS,   VASOMOTORES E   RESPIRATÓRIOSHIPERSUDORESESecar a pele regularmente, providenciar roupa limpa e seca para prevenir infecções.
HIPERTEMIAAssegurar hidratação e temperatura ambiente adequada; providenciar roupa adequada e evitar resguardos de aquecimento.
AADEJO NASAL / TAQUIPNEIAVigiar sinais de dificuldade respiratória; referir a equipe médica, sinais como cianose e desaturação.
OBSTRUÇÃO NASALAspiração de secreções para assegurar uma adequada função respiratória
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAISSUCÇÃO EXCESSIVAProvidenciar chupeta e luvas para promover a sucção não nutritiva e promover conforto e prevenir traumatismo dos dedos e punho.
RECUSA ALIMENTARCumprir esquema alimentar; reduzir estímulos do ambiente durante a alimentação; respeitar períodos de descanso durante a mamada; providenciar hidratação adequada; vigiar coordenação de reflexo de sucção e deglutição.
REGURGITAÇÃO E VÔMITOProvidenciar técnica de eructação durante e no final da mamada.
FEZES MOLES / DIARRÉIAMudar frequentemente de fralda e aplicar creme para prevenir assaduras.

Fonte: Western Centre for Evidence Based Nursingand Midwifery, 2007  

6.  DISCUSSÃO  

       Esse estudo evidenciou que a exposição ao uso de drogas afetou a idade gestacional, ao  nascimento, prevalecendo a ocorrência de nascimentos pré-termo. 

Esses resultados  corroboram os encontrados em outras pesquisas, onde  trabalho de parto prematuro e  ruptura prematura da bolsa amniotica  ocorreu  com mais  frequência em gestantes usuárias de crack.

 Reis et al, relataram que apesar de pesquisas sobre a temática aqui abordada, demonstrarem redução do valor de Apgar, observaram que em  seu estudo  o  uso da droga durante a gestação não apresentou correlação com a redução do indice de apgar em  RNs expostos, havendo maior referência a índices de Apgar igual ou superior a 7 no primeiro e quinto minuto.

         No entanto para Maia et al, 13,30% dos recém-nascidos obtiveram Escore de APGAR no primeiro minuto de vida 7 e no quinto minuto de vida 7, evidenciando que os principais problemas de saúde identificados nos recém-nascidos de mães que continuaram o uso de drogas durante o período gestacional foram cianose nas extremidades, prematuridade, baixo peso ao nascer e escore de APGAR baixo no 1º e no 5º minuto de vida.         

              Renner et al afirma que durante a gestação o uso da cocaína pode provocar malformação do feto, pois a droga diminui a oxigenação cerebral deste RN. Os efeitos podem ser fetos natimortos, microcefalia, retardo mental, alterações ósseas, baixo peso, irritabilidade ainda sob efeito da droga passada através da mãe.   

         Neto et al associou o uso de cocaína pela gestante a um maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer, embora não se relacione com nenhuma malformação específica. Quanto ao perfil do uso do CPAP nas UTIN abordadas no presente estudo, destaca-se que a idade gestacional e o peso ao nascer dos bebês que normalmente necessitam do CPAP foi de 30 a 36 semanas e de 1.000 a 2.500g, respectivamente. Essas intervenções da equipe de fisioterapeutas são coerentes com o apontado em outras pesquisas nas quais foram observados benefícios do CPAP no manejo do comprometimento pulmonar dos recém-nascidos pré-termo e com baixo peso.   

       Morley et al constatou que, apesar do CPAP ser utilizado em prematuros extremos filhos de mães usuárias de drogas (idade gestacional menor que 30 semanas), não reduziu significativamente a modalidade por Displasia Bronco pulmonar (DBP), quando comparado  com a intubação orotraqueal sugerindo consequentemente que a VNI precoce em recémnascidos com prematuridade extrema pode não ser tão vantajosa em relação à VMI, corroborando o relato dos profissionais da presente amostra que afirmaram não utilizar o CPAP em recém-nascidos com menos de 30 semanas de idade gestacional.  

         Em contrapartida, esse mesmo estudo verificou que os recém-nascidos pré-termo extremo que utilizaram o CPAP nasal precoce necessitaram de menos oxigenoterapia após 28 dias e ficaram menos tempo sob ventilação mecânica.  

         Costa et al avaliou o impacto da assistência da fisioterapia sobre a morbidade de RN de baixo peso e verificou que 12 horas diárias de atendimento reduziram as pressões inspiratórias e frações inspiradas de oxigênio sem diferenças entre o tempo de ventilação, oxigenoterapia e internação hospitalar.  

      No que diz respeito a eficácia e segurança do CPAP em neonatos apresentando peso ao nascer (PN) > 1.500g e desconforto respiratório (DR) moderado, utilizando os dispositivos convencionais e selo d’água, Yagui et al ao avaliar, afirma que eles apresentaram resultados semelhantes principalmente quanto à falha, ocorrência de escape de ar, tempo de uso de CPAP e de oxigênio bem como tempo de internação em unidade de terapia intensiva e hospitalar em neonatos com DR moderado.  

           Porém Yadav et al., (2012), afirma que o uso do CPAP selo d’água quando comparado com o CPAP convencional apresentou uma redução de até 50% na falha de extubação em bebês prematuros de baixo peso ao nascer.  

          Já Gupta et al. (2016), ao avaliarem vários dispositivos de CPAP evidenciou que existem diferenças em seus resultados quanto sua eficácia associada a interface nasal e os fatores que afetam a entrega da pressão como a posição da boca e o impulso respiratório, bem como a capacitação da equipe de saúde permitindo assim um monitoramento eficaz. O estudo também aponta que o modo selo d ‘água reduz as falhas de extubação.  

7.    CONCLUSÃO 

Esse estudo apontou que o uso de drogas por gestantes resulta na ocorrência de maior número de partos prematuros. A prematuridade decorrente do uso de drogas pela gestante é uma condição complexa que resulta de vários mecanismos adversos, levando a um aumento

significativo no número de partos prematuros e a sérias complicações para os recém-nascidos.             O uso de substâncias psicoativas durante a gravidez, incluindo cocaína, heroína, metanfetaminas, álcool e tabaco, está fortemente associado a um aumento na incidência de partos prematuros. 

                            As     complicações     mais    frequentes    identificadas     nessa    pesquisa    foram:

prematuridade, desconforto respiratório, evoluindo para síndrome do desconforto respiratório secundário  à imaturidade pulmonar e deficiência de surfactante, com indicação  e uso corrente  de suporte ventilatório nao invasivo na modalidade CPAP nasal.   

Outras complicaçoes evidenciadas nesse estudo relacionam-se as alteraçôes neurológicas com irritabilidade, agitação e maior  risco de hemorragia intraventricular,  e problemas de desenvolvimento a longo prazo. Essa pesquisa demostrou que em  prematuros extremos expostos ao uso prolongado de suporte ventilatório  invasivo e oxigênio, pode ocorrer Displasia Bronco pulmonar (DBP):que é uma condição crônica dos pulmões secundaria a   exposição prolongada a ventilação mecanica e oxigenoterapia.

           O uso de drogas por mulheres no periodo gestacional, representa um serio problema de saude publica, por resultar em complicações relacionadas a maior ocorrencia de partos prematuros, e indicação de cuidados intensivos, com maior complexidade e equipes especializadas.

            A  terapêutica com indicação de  CPAP nasal  (Continuous Positive Airway Pressure) nas complicações respiratórias de recém-nascidos prematuros com Síndrome de Abstinência Neonatal (NAS) se mostrou uma intervenção eficaz por seus efeitos na estabilização da caixa toràcica , incremento da capacidade residual funcional,  prevenção de atelectasias, e redução dos riscos associados à intubação traqueal. 

            Contribui ainda na diminuição do desconforto respiratório, facilitando a transição para a respiração espontânea, favorecendo o bem-estar do recém-nascido prematuro com

NAS,  sua recuperação e desenvolvimento saudável.                                                                                    

REFERÊNCIAS  
  1. Reis, FT, Loureiro, RJ; Repercussões neonatais decorrentes da exposição ao crack durante a gestação SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. 11(4):217-224, doi:10.11606/ISSN.1806-6976, (2015).
  • Machado TO, Souza TCP, Lopes GMN, Silva MLL, Silva Wgr, et al; Uso de drogas ilícitas na gestação: quais são os malefícios à integridade do bebê? Glob Acad Nurs.  2

(1):102, HTTPS//dx.doi.org/10.5935/2675-5602.20200102, (2021).  

  • Alencar, JC; Júnior, CAA; Matos, AMB; “Crack babies”: uma revisão sistemática dos efeitos em recém-nascidos e em crianças do uso de drogas durante a gestação. Revista de Pediatria SOPERJ 12(1):16-21, (2011).   
  • Paula, RSK; Consequências à criança do uso de drogas durante a gestação; uma revisão sistemática. Rev. Med ufc, 58(1):45-52, DOI: 10.20513/2447- 6595, (2018).   
  • Maria, JA; Figueiredo, Almeida, AS; Lopes, ARS; Cruz, JS; Características clínicas dos recém-nascidos de mães usuárias de drogas. Decência. 4(1):45-54, ISSN 2526-5946,

(2020).   

  • Renner FW, Gottfried JA, Walter KC; Repercussões neonatais do uso materno de crack boletim científico pediátrico 1(2):63-6, (2012).   
  • Carvalho, RTV; Farias AIA; Neves, SC; Rodrigues, LM; Filhos do crack: O efeito da droga ilícita na formação do recém-nascido. Revista Souza Marques, 1, (33), (2015).   
  • Ministério Da Cidadania Diretoria de Comunicação – DICOM, Ministério Da Cidadania Brasília-DF. Conhecendo os efeitos do uso de drogas na gestação e as consequências para os bebês, 1° ed. (2021).   
  • Camargo PO, Martins MFS; os efeitos do crack na gestação e nos bebês nascidos de mães usuárias de drogas: ISSN 0104-4931 cada. Ter. Ocup. UFS Car. São Carlos, 22, (Suplemento Especial), 161-169, HTTPS// dx.doi.org/10.4322/, (2014)   
  1. Vogado CS, Figueira, VB; Aspectos relevantes e cuidados na síndrome de abstinência neonatal Saúde & ciência em ação Revista Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde 7, (01), ISSN:24479330, (2021). 
  1. Pardin, EP; Marsura, CL; Souza, IF; Santos, VF; Santos, AM; Pavan, MS; Medeiros, MM; Rotenberg, LZ; Maranhão JCAS; Oliveira, TD; Zambon, GF; Santos, LPG; Consequências do uso de cocaína na gestação: revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Implanto logyand Health Sciences5, (4):850-860, ISSN 2674-8169, (2023).
  1. Neto, EBP; Pilger, VC; Tondo, LP; Zanotto MS; Giongo, MS; Lactentes em abstinência de cocaína relato de caos. Stencia Médica Porto Alegre, 32,1-5, https:// dx.doi.org/10.15544811980-6108-2022-1-42602, (2022) 
  1. Barbosa, SMS; Soares, TS; Oliveira, NR; Carvalho, EM; Amaral, AIA; Amaral, JJF; Medeiros, MQ; Carvalho, FHC. Repercussões anatomofisiológicas em recém-nascidos expostos a droga ilícita no período gestacional. Rev. Med UFC. 58(4):46-51.doi:

10.20513/2447-6595(2018) 

  1. Silva, A. B., & Santos, C. D. Impacto do Uso de Drogas na Ocorrência de Prematuridade:

Uma Revisão Sistemática. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 20(2), 123-

135.(2020)

  1. Gouin K, Murphy K, Prakesh SS. Effect of cocaine use during pregnancy on low birth weight and preterm birth: systematic review and metanalyses. Am J Obstet Gynecol; 204(4):340.e1340.e12.(2011)
  1. Ferreira, JA; Guimarães, JJ; Costa, ISS; Dias, MP; Caracterização dos neonatos acometidos pela síndrome de abstinência neonatal: uma revisão integrativa. Research Society and Developement, 11, (9),30711931768, ISSN: 2525-3409 DOI HTTPS://                   dx.doi.org/10.334488/rsd, (2022).   
  1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro Hospital de Clínicas, Empresa 

Brasileira de Serviços Hospitalares.  Ebserh.gov.br, (2021) http://www.ebserh.gov.b/

  1. Souza, VB; Lima, PHC; Souza, AAS; Silva, KG; Pinto, JMP; Síndrome de abstinência                          neonatal: As consequências da exposição pré-natal à cocaína. Brasília Journal of Health Review, Curitiba, 6, (4), 17324-17329, ISSN:2595-6825 DOI:  10.34119/bjhr, (2023). 
  1. Maia, FES; A fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatal Ver FacCiên Med Sorocaba;  18(1):66-5, doi: 10.5327/z 1984-4840201622134, (2016).   
  • Menger, JL; Malfado, LR; Schiwe, D, Schiwe, CW; Filho, JPH; Efeitos da rede de posicionamento nos parâmetros clínicos de prematuros admitidos em unidade de terapia intensiva neonatal. Ver Paul Pediatr, 39, 2019399, http://dx.doi.org/10.1590/1984 – 0462,

(2021).

  • Oliveira, A. S., & Souza, M. L. Desconforto Materno em Mães de Prematuros: O Impacto do

Uso de Drogas. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde, 8(2), 87-98(2019)

  • Publication/european-drug-report/2023/drug-situation-in-eurpe-up-to-2023 https://wwwemcdda-europa-eu.translate.goog/publications/european-drug-report/(2023) 
  • Avery, M. E., & Fletcher, B. D. Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-nascidos. In: Avery, M. E., & Fletcher, B. D. (Eds.). Fisiologia e Cuidados Neonatais. 6ª edição. Editora Guanabara Koogan.(2016) 
  • Leão, EVE, Vieira, MEB, Pereira, SA; Perfil da utilização do CPAP na UTI neonatal e o

protagonismo do fisioterapeuta, Revista Movimenta 6(1): ISSN:1984-4298, (2013).   

  • Silva, CCV; Atuação da fisioterapia através da estimulação precoce em bebês prematuros.

Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 5, n. 5, p. 29-36, jan./jun. (2017) 

  • Silva, AR; Nunes, RR; Importância da intervenção do fisioterapeuta na unidade de terapia intensiva neonatal para a recuperação de pacientes recém-nascidos pré-termos Centro Universitário Luterano de Palmas; D.O.U n° (198), (2021).   
  • Oliveira, AM; Soares, GAM; Cardoso, TF Monteiro, BS; Peres, RT; Santos, RS, et.al

Benefícios da inserção do fisioterapeuta sobre o perfil prematuro de baixo risco internados em   unidades de terapia intensiva bfisiotpesq 26(1):51-57, Doi:  10.1590/1809-2950/180022, (2019).  

  • Theis, RCSR; Gerzson, LR; Almeida, CS; A atuação do profissional fisioterapeuta em unidades de terapia intensiva neonatal. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul / Unisc >> Ano

17 V, 17 N, 2 – ISSN: 2177-4005/ Doi:http://dx.doi.org/10.17058/cinergis.v17i2.7703(2016) 

  • Assolari, IL; Souza, LP; Souza, AS; Boza, DA; Alvez, AM; Motter, AA; principais técnicas fisioterapêuticas no tratamento de síndrome do desconforto respiratório em uti neonatal fisioterapia e terapia ocupacional: recursos terapêuticos, Capítulo 4, (2023).  
  • Amma, PCC; Souza, ALV; Pereira, RGB; Lacerda, RAMV; O uso da pressão positiva em recém-nascidos prematuros com a doença de membrana hialina. Revista Saúde dos Vales. 1,

(1):258-269, ISSN 2674-8584, (2019).   

  • Pontes, S; Caxias, CC; Silva, ANN; Silva, SMP; Lima, AMF; Repercussões da ventilação não invasiva em recém-nascidos prematuros, com síndrome do desconforto respiratório agudo.

Revista Ciência Plural; 7(2):211-226(2021).

  • Guedes, BLS; Ferreira, MMB; Mascarenhas, MLVC; Ferreira, ALC; Costa, LC, Lúcio, IML; Pressão positiva contínuas vias aéreas em neonatos: cuidados prestados pela equipe de enfermagem. ESC Anna Nery; 23(2), DOI 10.1590/2177-9465- EAN-2018-0122, (2019).  
  • Atenção ao recém-nascido. CPAP Nasal. Instituto Nacional de saúde da mulher, da criança e do adolescente Fernandes de Figueira. FIOCRUZ (2021) 
  • Pereira, DR; Araújo, RMS; Cunha, FVM; Fortaleza, LMM; os efeitos do CPAP selo d; água em recém-nascidos prematuros: Uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review

6(1):491-505, ISSN: 2595-6825 DOI:10.34119/bjhr, (2023).   

  • Atenção ao recém-nascido. Cuidados com o CPAP Nasal. Instituto Nacional de saúde da mulher, da criança e do adolescente Fernandes de Figueira. FIOCRUZ (2021) 
  • Marini, JJ., & Douglas, W.W. (Eds.). Respiratory Care: Principles and Practice. 3rd edition. Jones & Bartlett Learning.(2018)