REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7396735
Anderson da Silva Martins
Orientadora: Luciana Santos de Oliveira
RESUMO
Os fitoterápicos, sejam eles com finalidades profiláticas, curativas, paliativas ou para diagnósticos, são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde desde 1978. Sempre foram um recurso muito valioso e muito procurado pelo homem que buscou na natureza fontes para melhorar a sua qualidade de vida. Objetivos gerais, mostrar os princípios ativos isolados que exercem as ações farmacológicas potentes e produzem efeitos rápido sem estudos fotoquímicos abrangendo a utilização de vegetais. Os objetivos específicos: analisar quais vantagens e desvantagens dos medicamentos fitoterápicos; identificar a utilização constantes das populações de baixa renda sem a cogitação do uso das plantas. Este estudo é uma revisão narrativa de literatura. Trata-se de um tipo de investigação científica na qual busca-se captar, reconhecer e sintetizar estudos primários, teóricos e empíricos, possibilitando assim a síntese completa da produção do conhecimento acerca de um assunto ou tema. Como motivação para este trabalho foi trazer como as plantas medicinais e os fitoterápicos têm sido um recurso terapêutico para o tratamento da ansiedade e/ou depressão.
Palavras-chave: Plantas medicinais, fitoterápicos e farmacêutico.
SUMMARY
Phytotherapics, whether for prophylactic, curative, palliative or diagnostic purposes, have been recognized by the World Health Organization since 1978. They have always been a very valuable resource and much sought after by man who sought in nature sources to improve his quality of life. General objectives, to show the isolated active principles that exert potent pharmacological actions and produce rapid effects without photochemical studies covering the use of vegetables. The specific objectives: to analyze the advantages and disadvantages of herbal medicines; identify the constant use of low-income populations without considering the use of plants. This study is a narrative literature review. It is a type of scientific investigation which seeks to capture, recognize and synthesize primary, theoretical and empirical studies, thus enabling the complete synthesis of the production of knowledge about a subject or theme. The motivation for this work was to show how medicinal plants and herbal medicines have been a therapeutic resource for the treatment of anxiety and/or depression.
Keywords: Medicinal plants, herbal and pharmaceutical.
1 INTRODUÇÃO
Os fitoterápicos, sejam eles com finalidades profiláticas, curativas, paliativas ou para diagnósticos, são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde desde 1978. Sempre foram um recurso muito valioso e muito procurado pelo homem que buscou na natureza fontes para melhorar a sua qualidade de vida. A evolução do conhecimento sobre os fitoterápicos e suas moléculas fez com que a própria medicina tradicional evoluísse, pois, novas moléculas foram criadas baseando-se nas moléculas oriundas das plantas (FAGOTTI; RIBEIRO, 2021).
A fitoterapia pode ser considerada parte integral da terapêutica desde o início dos tempos até os dias atuais; sua integração na terapêutica não vem apenas de base histórica, mas também deriva da parte química, radicada na estrutura dos princípios ativos. Grande parte dos fármacos empregados atualmente derivam direta ou indiretamente de princípios ativos que inicialmente foram isolados de plantas. Este trabalho visa analisar a questão da prescrição farmacêutica de fitoterápicos ser mais utilizada pela população, visto que é uma possibilidade acessível e que, aparentemente, é desconhecida pela população, que não está habituada a consultas com o farmacêutico prescritor (MARQUES et al., 2019).
2. PREMISSAS
Este trabalho tem como premissas:
- Mostrar os princípios ativos isolados que exercem as ações farmacológicas potentes e produzem efeitos rápido sem estudos fotoquímicos abrangendo a utilização de vegetais.
- Analisar quais vantagens e desvantagens dos medicamentos fitoterápicos;
- Identificar a utilização constantes das populações de baixa renda sem a cogitação do uso das plantas.
3. METODOLOGIA
Este estudo é uma revisão narrativa de literatura. Trata-se de um tipo de investigação científica na qual busca-se captar, reconhecer e sintetizar estudos primários, teóricos e empíricos, possibilitando assim a síntese completa da produção do conhecimento acerca de um assunto ou tema. A revisão foi realizada em quatro etapas. Na primeira etapa ocorreu a definição do tema e da questão qual a importância do farmacêutico para a prescrição de fitoterápicos ? Na segunda etapa definiram-se os critérios de inclusão e de exclusão. Os critérios de inclusão foram artigos que disponibilizassem o texto completo, na versão online e em bases de dados de acesso gratuito, livros e demais produções nacionais em produções, no espaço temporal delimitado entre o período de 2018 a 2022.
Serão excluídas publicações que, após a leitura minuciosa, não estavam relacionadas ao tema e objetivo e também publicações repetidas. A terceira fase abordou a seleção das referências. Será realizado uma busca bibliográfica criteriosa em artigos científicos disponíveis em bases de dados do Google Acadêmico, Biblioteca Virtual de Saúde e Google Acadêmico, revistas eletrônicas livros e revistas científicas, dentre outras, conhecidas por abordagens de pesquisas baseadas em evidências científicas. Os descritores considerados foram, plantas medicinais, fitoterápicos e farmacêutico. Inicialmente, foram selecionadas quarenta e sete referências. Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram utilizados 4 artigos para construir esta revisão
4. JUSTIFICATIVA
Como motivação para este trabalho foi trazer como as plantas medicinais e os fitoterápicos têm sido um recurso terapêutico para o tratamento da ansiedade e/ou depressão. Eles buscam possibilitar mais opções terapêuticas farmacológicas com acesso às plantas medicinais e fitoterápicas e assim buscar uma maior segurança e eficácia aos pacientes no processo de tratamento da ansiedade e depressão. Portanto, este artigo objetivou avaliar o perfil de produção de fitoterápicos para o tratamento de ansiedade e depressão pelas indústrias farmacêuticas brasileiras.
Art. 6º da resolução 586: O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5.1 Plantas medicinais: Histórico
A fitoterapia é tão antiga quanto a civilização humana, tendo surgido entre povos antigos, que buscavam através de plantas, a cura para enfermidades. Plantas medicinais eram utilizadas muito antes de aparecerem qualquer medicamento, onde civilizações antigas as usavam como alimento e outras como remédio para os enfermos. Como não havia um conhecimento sobre essas plantas, muitas delas acabavam causando fortes efeitos colaterais, e algumas até matando as pessoas que faziam o seu uso, mas outras, por sua vez, serviam de cura, assim apresentado na figura 1 a baixo (MARQUES, 2019).
Figura 1. Plantas Medicinais
Fonte: PLANTEI, 2022
Além disso, há relatos que, bem antigamente na pré história, essas plantas já eram utilizadas como alimento pelo homem pré-histórico. Eles observavam o comportamento de animais silvestres ao ingerirem as plantas, pois, dificilmente eles se enganavam ao diferenciarem plantas tóxicas, das alimentícias. E com isso, o homem notava que algumas eram venenosas e já outras, poderiam servir como alimento (MARQUES, 2019).
As plantas sempre estiveram ligadas ao homem e sempre estarão sendo usadas diariamente tanto para doenças, como para usos estéticos. Entretanto, é comum que o uso destas venha a ocasionar muitas confusões, principalmente na hora da identificação da planta, na forma em que ela está sendo administrada, podendo assim se ter um uso incorreto, que pode acabar levando a uma intoxicação, muitos desses erros podem ocorrer, até mesmo na compra ou venda da planta errada. É importante saber as formas de manipulação, coleta e o uso terapêutico dessas ervas (MARQUES, 2019).
A fitoterapia consiste em uma medicina alternativa, relativa à utilização de plantas para o tratamento de doenças. É importante ressaltar que, plantas medicinais e fitoterápicos, são termos diferentes, mas, muitos costumam confundir. Para serem considerados fitoterápicos, as folhas, flores, sementes ou raízes de plantas, com conhecido efeito farmacológico, passam por um processo de industrialização, e assim transformam-se em cápsulas, pomadas, ampolas ou pó. Então, são vendidos em farmácias e drogarias sob a permissão da ANVISA (MARQUES, 2019).
A fitoterapia é a terapêutica que utiliza plantas medicinais no tratamento de enfermidades menores, seja por meio de plantas medicinais ou fitoterápicos. Os fitoterápicos são caracterizados pela transformação da matéria prima em um produto fitoterápico, seja ele cápsula, comprimido ou xarope (MARQUES, 2016).
As plantas medicinais são utilizadas por meio de processos extrativos como a infusão, decocção e a maceração. Apesar do uso da população baseado na tradicionalidade no tratamento de diversas sintomatologias, a falta de orientação e fiscalização corrobora com o uso irracional podendo causar intoxicações e danos à saúde da população (MARQUES, 2016).
5.2 A história dos fitoterápicos
Nos tempos antigos, no início do século da colonização, a utilização das plantas medicinais era patrimônio somente dos índios. Populações utilizavam medicamentos exportados da Europa e, não havia ainda um conhecimento adequado para o armazenamento correto das ervas. Muitos anos foram necessários para que as plantas medicinais fossem conhecidas mundialmente, mas muitos extratos já eram utilizados desde os primeiros séculos da colonização e os medicamentos mais utilizados eram os fitoterápicos (MARQUES, 2016).
No Brasil o uso de plantas medicinais é promovido também pela crise econômica que afeta o país, o que leva ao difícil acesso da população à assistência médica e farmacêutica. O alto custo dos medicamentos industrializados entra também como um fator responsável por levar a população a questionar sobre o assunto já que, os medicamentos fitoterápicos são mais baratos que os industrializados (MARQUES, 2016).
Entretanto, a maior parte dos fitoterápicos utilizados atualmente por automedicação ou por prescrição médica não tem seu perfil bem comprovado, e a utilização incorreta, pode acarretar em problemas graves, além dos riscos como, contraindicações ou interações com outros medicamentos (GOMES, 2018).
Os medicamentos fitoterápicos são, portanto, frequentemente vistos como uma abordagem equilibrada e moderada para a cura e os indivíduos que os usam como remédios caseiros e medicamentos sem receita gastam uma grande quantia em produtos fitoterápicos. Isso explica em parte o motivo pelo qual as vendas de medicamentos fitoterápicos estão crescendo e representa uma proporção substancial do mercado global de medicamentos (GOMES, 2018).
5.3 Vantagens e Desvantagens
O uso indiscriminado de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de algumas doenças e sua necessidade de estudos que caracterizem os riscos, benefícios, vantagens e desvantagens justificam esta pesquisa, sendo um possível instrumento para os profissionais de saúde e população, contribuindo para o uso racional. Logo, essa pesquisa tem como objetivo geral, caracterizar o uso de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento da obesidade, e como objetivos específicos, discorrer sobre a epidemiologia e fisiopatologia da obesidade; caracterizar o tratamento; descrever o mecanismo de ação das substâncias; avaliar a segurança e eficácia (GOMES, 2018).
A percepção geral de que os remédios ou medicamentos fitoterápicos são muito seguros e desprovidos de efeitos adversos não é apenas falsa, mas também enganosa. As ervas demonstraram ser capazes de produzir uma ampla gama de reações indesejáveis ou adversas, algumas das quais são capazes de causar ferimentos graves, condições de risco de vida e até a morte. Numerosos e irrefutáveis casos de envenenamento foram relatados na literatura (MONTE; GOMIDES, 2021).
Recentemente, MONTE; GOMIDES (2021), relataram uma associação entre o uso de fitoterápicos tradicionais e o desenvolvimento de fibrose hepática entre os participantes do estudo em Uganda. Vários medicamentos fitoterápicos chineses e outros medicamentos fitoterápicos de diferentes partes do mundo também foram implicados em casos de envenenamento. Foi demonstrado que muitos deles contêm compostos tóxicos que são capazes de reagir com macromoléculas celulares, incluindo DNA, causando toxicidade celular e / ou genotoxicidade.
5.4 Legislação de prescrição de fitoterápicos
A Agência de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA) define planta medicinal como aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la, e como prepará-la, que normalmente são utilizadas na forma de chás e infusões. Enquanto que, a definição de medicamento fitoterápico é aquele obtido com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais (SILVA, 2019).
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais, e a definição de produto tradicional fitoterápico é aquele que também usa exclusivamente insumos ativos vegetais, mas com registro com base em informações de longo histórico de uso seguro e efetivo no ser humano, indicados apenas doenças que possam ser tratadas sem acompanhamento de médico, não podendo ser indicadas para uso injetável ou oftálmico (SILVA, 2019).
A ANVISA reconheceu o longo histórico de uso como um período de utilização de pelo menos 30 anos. As principais regulamentações apresentadas pela ANVISA para pesquisa, produção e controle de qualidade, além da regulação da prescrição por profissionais da saúde, de plantas medicinais são RDC N° 26, DE 13 DE MAIO DE 2014 que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos (MARQUES, 2018).
RDC N° 18, DE 03 DE ABRIL DE 2013 que dispõe sobre as boas práticas de processamento e armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (MARQUES, 2018).
5.5 Tipos de fármacos que farmacêutico pode prescrever
A resolução 586/2013⁸ dispõe de todos os recursos necessários para a prática da prescrição, desde os conhecimentos necessários para realizá-la, locais onde a mesma pode ser feita, necessidade de habilitação do profissional, descrição do processo de prescrição e medicamentos permitidos (SILVA, 2018).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fitoterapia é bem conhecida desde o início e muitas pessoas insistem em usar esse recurso porque, com o tempo, os produtos naturais ganharam reputação por supostamente não causarem danos
Porém, mesmo quando se trata de produtos naturais, o excesso e a deficiência podem causar desequilíbrio no organismo, por isso deve ser usado com cautela. O uso irracional de drogas é um dos problemas de saúde global mais importantes e a situação é pior no domínio dos medicamentos fitoterápicos. As intervenções para combater o uso irracional de medicamentos fitoterápicos e a promoção de uma abordagem mais racional requerem motivação e adesão a diretrizes clínicas rígidas por parte dos profissionais e conscientização do público em geral.
7. REFERÊNCIAS
FAGOTTI, R. L. V.; RIBEIRO, J. C. Uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos em insônia: uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 35–48, 2021. Disponível em: https://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/130. Acesso em: 24 ago. 2022.
GOMES, Jéssica Schmitz. O uso irracional de medicamentos fitoterápicos no emagrecimento: uma revisão de literatura. Monografia apresentada ao curso de Graduação em Farmácia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA, como requisito parcial à obtenção do grau de bacharel em: Farmácia. Prof. Orientador: Ms. Nelson Pereira da Silva Junior, 2018.
MARQUES, P. A.; SIMÃO, T. A.; MORIYA, M. M.; DIAS, G.; ANTUNES, V. M. de S.; OLIVEIRA, C. R. Prescrição farmacêutica de medicamentos fitoterápicos. Brazilian Journal of Natural Sciences, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 15, 2019. DOI: 10.31415/bjns.v2i1.47. Disponível em: https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/47. Acesso em: 24 ago. 2022.
MARQUES, L. C.; SOUZA, C. M. Pesquisa e Desenvolvimento de Fitoterápicos: Relatos de Experiência em Indústria Farmacêutica Nacional. Revista Fitos, [S.l.], v. 7, n. 01, out. 2018.
MONTE , L. C. do .; GOMIDES , R. R. . USO IRRACIONAL DOS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 10, p. 764–785, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i10.2615. Disponível em: https://www.periodicorease.pro.br/rease/article/view/2615. Acesso em: 11 nov. 2022.
SILVA, Oliveira. Thiago. Prescrição farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos. Universidade federal de campina grande centro de educação e saúde unidade acadêmica de saúde bacharelado em farmácia. Cuité, 2019.