REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10113097
Daniele de Oliveira Alexandre;
Orientadora: Profª. Esp. Selma Cavalcante Gomes;
Coorientadora: Profª. Esp. Lydia Karoline Martins da Frota.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo geral revisar a literatura e informar sobre os impactos psicológicos causados pela presbiacusia na vida do idoso, a presbiacusia é uma perda auditiva que está associada a idade, ela é caracterizada por alterações no sistema auditivo devido ao processo de envelhecimento, é uma condição que afeta muitos idosos no mundo, e esse acometimento pode levar esses idosos a adquirirem ansiedade que é um estado comum que todos nós experimentamos ao longo da vida, a ansiedade nada mais é do que uma resposta do nosso corpo para situações adversas como situações de perigo, estresse ou desafio, no entanto há casos de ansiedade em que a mesma se torna algo mais grave podendo afetar negativamente a qualidade de vida da pessoa fazendo com que a pessoa precise de ajuda profissional, para pessoas que apresentam a presbiacusia e a ansiedade é necessário o tratamento com multiprofissionais como o otorrinolaringologista, fonoaudióloga, psicólogo, e entre outros profissionais, pois é necessário não apenas cuidar da audição dos idosos acometidos com a presbiacusia como também cuidar da parte psicológica para obter um êxito no tratamento da pessoa.
Palavras-chave: perda auditiva; presbiacusia; ansiedade; tratamento.
ABSTRACT
This work has the general objective of review the literature and report on the psychological impacts caused by presbycusis on the lives of elderly people, presbycusis is a hearing loss that is associated with age, it is characterized by changes in the auditory system due to the aging process, it is a condition that affects many elderly people in the world,and this condition can lead these elderly people to acquire anxiety, which is a condition common that we all experience throughout our lives, anxiety is nothing more than our body`s response to adverse situations such as situations of danger, stress or challenge, however there are cases of anxiety in which it becomes something more serious and can negatively affect the person`s quality of live, causing the person to need Professional help, for people Who have presbycusis and anxiety, treatment with multiprofessionals such as na otorhinolarygologist, speech therapist, psychologist and other professionals is necessary, as it is necessary not to Just taking care of the hearing of elderly people suffering from presbycusis as well as taking care of the psychological aspect to achieve sucesseful treatment for the person.
Keywords: hearing loss; presbycusis; anxiety; treatment.
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho que tem como tema a presbiacusia e a ansiedade irá explicar que a presbiacusia é uma doença que afeta as pessoas mais idosas, que ela é resultante de um processo de envelhecimento natural, e é progressivo, bilateral e simétrica normalmente de tipo neurossensorial (BRAGANÇA; COSTA, 2018) onde as perdas auditivas se iniciam em frequências altas e por consequência acabam afetando a inteligibilidade da fala principalmente em ambientes com muito barulho.
“E que existem quatro tipos de presbiacusia sendo elas sensorial neural, metabólica, e a mecânica podendo ser apresentadas juntas ou separadamente” (NEVES,2022).
A ansiedade é um desenvolvimento emocional que surge quando a pessoa sente tensão ou desconforto que podem surgir antes de uma situação de perigo, todas as pessoas estão sujeitas a passar pela ansiedade, porém há casos mais graves onde são necessárias a intervenção psicológica ou psiquiatra.
Observa-se que algumas pessoas acometidas pela presbiacusia podem apresentar um quadro de ansiedade, começa a ter dificuldades para ouvir as pessoas, se comunicar, por isso as pessoas que apresentam devem ter acompanhamento com o psicólogo além do otorrino e do fonoaudiólogo, pois pode acontecer que esse paciente fique com ansiedade e se não tratada pode acabar virando uma depressão.(BRAGANÇA; COSTA, 2018).
No decorrer deste trabalho iremos ver se a pessoa acometida com presbiacusia pode apresentar ansiedade e o que a pessoa deve fazer, o seu tratamento, os acompanhamentos necessários e várias outras coisas.
O objetivo Geral deste trabalho é: Revisar a literatura e informar sobre os impactos psicológicos causados pela presbiacusia na vida do idoso. E os objetivos específicos: Apresentar a perda auditiva do idoso para quem não conhece. Relatar que a presbiacusia pode desencadear a ansiedade dos pacientes. Informar sobre o tratamento.
O tema deste trabalho de conclusão de curso foi escolhido pois é algo que pessoas que possuem parentes idosos tem passado diariamente, que por causa da idade acaba acarretando que eles vão cada vez ouvindo menos e as pessoas devem saber o que devem fazer que um isolamento pode causar impactos psicológicos.
METODOLOGIA
Neste estudo optou-se por utilizar uma abordagem metodológica qualitativa. Essa escolha visa aprofundar o entendimento dos tópicos relacionados a perda auditiva, presbiacusia e a ansiedade por meio de uma revisão bibliográfica detalhada.
O procedimento metodológico teve como base uma pesquisa bibliográfica. Este método envolveu busca, seleção e análise das literaturas existentes em relação ao tema adotado. A pesquisa bibliográfica é uma estratégia adequada para o aprofundamento teórico e obtenção de informações importantes para a pesquisa.
A literatura cobre todo material que seja relevante sobre o tema sendo livros, dicionários, revistas, artigos, teses e dissertações e outros tipos (MATTOS, 2015).
Esta pesquisa foi conduzida através de diversas plataformas acadêmicas, entre elas podemos citar a Scientific Electronic Library Online (SciELO), e o Google Acadêmico, onde estas plataformas descritas acima obtém grande reconhecimento pois as mesmas obtém vasta oferta de artigos científicos, tanto em língua portuguesa, como em inglês, espanhol e francês.
As palavras-chaves principais que adotamos nas buscas foram “perda auditiva” “presbiacusia”, “ansiedade”, onde foi centralizado o foco da pesquisa. Para filtrar os resultados obtidos optamos por selecionar artigos publicados no período de 2009 a 2023, com ênfase na língua portuguesa.
PERDA AUDITIVA
A perda auditiva é definida como aquela que pode trazer prejuízos, ou seja, limitar a audição do indivíduo seja de forma parcial ou total (RODRIGUES, 2017),é a diminuição da capacidade de percepção dos sons fazendo com que muitas das vezes prejudiquem a comunicação, compreensão e vida social da pessoa acometida.
Podendo ser relacionada a alguma doença ou algo que acaba acontecendo fisiologicamente como é no caso da presbiacusia que acontece devido ao envelhecimento, mas a perda auditiva também pode aparecer devido a ruídos tanto ocupacionais como não ocupacionais, é uma deficiência relativamente comum, que afeta os indivíduos devido às várias causas, entre elas as adversidades dentro do processo laboral ou pelo próprio processo natural do envelhecimento. O diagnóstico tardio e o tratamento inadequado são fatores agravantes (BARBOSA et al.,2018).
Podemos classificar em três tipos de perda auditivas mais comuns:
Condutiva: Esta perda auditiva acomete apenas a via aérea, a via óssea continua íntegra, “é caracterizada pela redução da eficiência da transmissão do som através da orelha externa e média normalmente causa a dificuldade de ouvir sons fracos” (BAYAT et al (2017).
Neurossensorial: A parte acometida é a orelha interna e acontece quando a via óssea apresenta limiares maiores que 15db e limiares de via aérea maiores que 25db, com o gap aéreo-ósseo (a subtração da via aérea pela via óssea) de até 10db, segundo (WHO, 2015) a perda neurossensorial ocorrerá quando houver alterações tanto da orelha interna quanto no nervo auditivo, impossibilitando que as transmissões dos impulsos neurais cheguem ao córtex auditivo.
Mista: Ocorre na orelha média e interna, e acontece quando os limiares de via óssea são maiores que 15db e limiares de via aérea maiores que 25db, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a 15db, e a perda auditiva mista é um pouco parecida com a neurossensorial porém ocorrerá devido a junção da perda condutiva e perda neurossensorial (WHO, 2015).
Para a classificação da perda auditiva quanto ao grau podemos encontrar na literatura diversas recomendações, mas segundo a Organização Mundial de Saúde (2020) que publicou um material cujo nome era Basic Ear and Hearing Care Resource no qual considerou que o limiar a partir de 20db já pode ser considerada uma perda auditiva de grau leve.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2020), o grau de perda auditiva pode ser classificado em:
Tabela 1: configuração de grau de perda auditiva
PRESBIACUSIA
“A Presbiacusia é uma doença associada à idade, que é caracterizada por ser progressiva simétrica e bilateral” além de ser de tipo neurossensorial (ela acomete tanto a via aérea como a via óssea) (BRAGANÇA; COSTA, 2018), ou seja, acomete a orelha interna.
Ocorre devido a um desgaste podendo ser tanto da célula como das estruturas que fazem parte do sistema auditivo e infelizmente este acometimento pode fazer com que as outras pessoas que convivem com a pessoa acometida com essa doença se afaste dela, levando a pessoa acometida a ser isolado, “e essa incapacidade auditiva acaba com o decorrer do tempo atingindo a incapacidade comunicativa, e isto é claramente percebida com o isolamento do idoso” (ARAÚJO et al., 2015).
A primeira forma de percepção dessa doença é a dificuldade na discriminação de discursos, em outras palavras, a pessoa consegue entender pouco do que as outras pessoas estão falando, principalmente quando quem estiver falando for mulher, devemos destacar que o sexo mais acometido com essa doença é o masculino (PORTO et al., 2021), e que é resultado de uma combinação de diversos fatores.
As frequências mais altas são as mais afetadas, que são as frequências acima de 2.000Hz, no entanto com o passar do tempo e avanço da idade as frequências médias e baixas começam a ser afetadas onde acabam fazendo com que as pessoas acometidas com essa doença tenham mais dificuldade de compreender a fala humana é uma forma que os pacientes acabam utilizando para entender o que as pessoas estão falando é através da leitura orofacial, que querendo ou não acabam proporcionando uma comunicação mais eficaz, o início da evolução e o grau da presbiacusia varia de paciente para paciente podendo também contar com o envolvimento de fatores tanto ambientais como genéticos. (BARATA, 2019)
Destaca-se que caso algum paciente acometido com presbiacusia inicial vá realizar um exame de timpanometria o tipo da curva será curva timpanometrica de tipo A ou seja, normal (PORTO et al., 2021) pois o exame de timpanometria observa apenas a orelha média e a orelha acometida pela presbiacusia como citada acima é a orelha interna, por isso não apresentaria alterações neste exame.
(GURGEL et al.,2023) Embora diversos fatores sejam apresentados na literatura como sendo predisponentes para PA(perda auditiva) em idosos, “o presente estudo conclui que, além da idade avançada e gênero masculino, que se confirmaram como tal, nenhum hábito ou doença, apontado nas últimas duas décadas, evidencia-se como fator de risco para a PA na maturidade. Assim sendo, não se têm fatores de risco cientificamente consistentes, aplicáveis à prática clínica audiológica e a programas de cuidados com a população idosa.”
Segundo Neves,Filipe Daniel Magalhães,(2022) existem quatro tipos de presbiacusia, sendo elas a sensorial, a neural, metabólica, e a mecânica, podendo eles se apresentarem juntos ou separados.
Sendo a Presbiacusia Sensorial como o nome já diz é uma perda auditiva neurossensorial simétrica, bilateral,determinando perda auditiva em sons agudos (NORONHA et al.,2019) esse tipo de presbiacusia é o mais comum, podendo iniciar como já citado acima quando a pessoa tem por volta de cinquenta anos, onde as pessoas acometidas apresentam dificuldade para ouvir sons mais agudos e também apresentam dificuldade na compreensão da fala, ou seja a pessoa ouve mas não consegue entender o que a outra pessoa está falando, ela é o resultado de uma atrofia, que possui uma lenta evolução, ela se caracteriza como uma perda abrupta( perda moderada a grave da audição).
A Presbiacusia Neural é um tipo mais rápido e progressivo, fazendo com que os idosos tenham altas dificuldades de compreensão da fala, isso é resultado de lesão degenerativa dos neurônios cocleares, sendo mais destacada na área de espiral basal, podendo estar ligados aos déficits cognitivos e problemas de coordenação motora, (NORONHA et al.,2019) e para esse tipo de presbiacusia o uso do AASI(aparelho de amplificação sonora individual) tem o potencial limitado.
A Presbiacusia Metabólica também é uma perda neurossensorial e apresenta uma excelente discriminação da fala e uma curva plana se desenvolve, a presbiacusia metabólica pode ser caracterizada através de manchas atróficas, os pacientes acometidos com a metabólica podem obter um bom beneficio com a adaptação do AASI( aparelho de amplificação sonora individual). (NORONHA et aL2019)
A Presbiacusia mecânica ocorre quando a membrana basilar fica rígida e as características de ressonância do duto da cóclea sofrem alterações. (NORONHA et al.,2019) No audiograma irá mostrar uma linha descendente de condução óssea e a discriminação da fala se mantém boa. Sendo assim, possivelmente o uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) pode trazer um resultado satisfatório.
Segundo (Dendasck,2019) os principais sintomas são:
- Vertigem
- Hipersensibilidade a sons normais
- Dificuldades para entender conversas em ambientes com barulho.
- Zumbido
Ela resulta em efeitos negativos não só social como emocional, como também ela acaba afetando a qualidade de vida da pessoa idosa (RIBAS et al.,2014) impedindo-a de desempenhar o seu papel na sociedade fazendo com que a pessoa se isole, ou seja, isolada por outras pessoas por que por consequência da doença a pessoa acometida, não vai entender muito bem o que as outras pessoas estão falando e vai ficar pedindo para a pessoa repetir e vai chegar um momento que a pessoa vai se irritar de ficar repetindo e vai acabar se afastando, fazendo com que a pessoa fique isolada.
Segundo (SOUSA; RUSSO 2009) “nos Estados Unidos, a presbiacusia já é considerada um problema de saúde pública, pois cerca de 30% da população com mais de 65 anos admitem ter perda auditiva, o que corresponde a basicamente nove milhões de pessoas.”
Segundo (SAMELLI et al.,2011) “deve ser sempre considerada, quando a pessoa que está sendo testada, não apresentar outras etiologias, a perda for bilateral, simétrica, e lentamente progressiva, onde as perdas predominantes são nas frequências altas, mas podendo acometer outras frequências em uma população com a faixa etária superior a cinquenta anos.”
Segundo(VENEGA;SANTOS;RUBERTI,2022) “É uma patologia associada à perda auditiva relacionada ao processo de envelhecimento por alterações degenerativas, as quais ocorrem quando as células ou estruturas de qualquer parte que compõem a audição e ocasionando uma perda de função.”
ANSIEDADE
A ansiedade, de acordo com o conceituado dicionário de Cândido a ansiedade pode ser definida como “angústia”, “incerteza aflitiva”, “aperto no coração”, “aflição” e “agonia”, também caracterizado por um desconforto que deriva de uma antecipação de perigo ou de algo desconhecido que vai acontecer, a ansiedade pode prejudicar a vida diária dos indivíduos pois acabam deixando de praticar as atividades rotineiras por medo de crises ou sintomas.
Não há algo específico que vá gerar a ansiedade, as vezes coisas simples do dia a dia como andar de elevador, fazer uma prova, sair para passear, tem pessoas que só de avistar pessoas em determinado local em que ela vai passar já desencadeia a ansiedade e acabam mudando o seu caminho para não precisar passar por onde está aquelas pessoas.Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos objetos ou situações que induzem o medo ou ansiedade, são quadros primários ou seja, não são derivados de outras doenças psiquiátricas.(COSTA et al.,2019)
É algo “normal” ela apenas é um indicador de doença implícita quando os sentimentos se tornam algo excessivo, obsessivo e que interfiram na rotina diária da pessoa. Normalmente com pessoas que se cobram excessivamente e acabam não conseguindo lidar com essa autocobrança, ao ponto de comprometer seu bem estar, podendo ser considerado na atualidade como um problema de saúde pública. (RIBEIRO et al.,2019).
Segundo Deffaveri (2020) os sintomas da ansiedade são:
*alterações respiratórias;
*alterações cardíacas;
*alterações de pressão arterial;
*Mudanças de humor;
*insônia;
*gastrite;
*irritabilidade;
*Hipertensão.
Consequências da ansiedade
A ansiedade acaba acometendo os relacionamentos pessoais e profissionais, a capacidade produtiva e a relação da pessoa consigo e com o mundo, com o passar do tempo e a medida com que o quadro de ansiedade se agrava faz com a maneira como a pessoa encara o ambiente, a si mesma e a outras pessoas, segundo o Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais e acabam resultando em:
*baixa autoestima;
*vícios;
*compulsão;
*emagrecimento;
*obesidade;
*isolamento;
(BRAGANÇA;COSTA,2018) “Sucintamente, os efeitos da presbiacusia resultam em consequências emocionais isolamento, solidão, dependência, insegurança,depressão, ansiedade,stress,vergonha,sentimento de inferioridade, frustração e culpa, comportamentais (evitar, inventar, culpar, exigir) e cognitivas (confusão, dificuldade na comunicação).” Como citado acima, os pacientes que apresentam a presbiacusia podem apresentar ansiedade pelo fato de que as pessoas acabam os isolando, e esse isolamento pode causar consequências emocionais.
3.TRATAMENTO
“Não é possível reverter os danos que são causados pela presbiacusia, mas se houver uma reabilitação adequada, é possível fazer com que os pacientes acometidos pela presbiacusia não tenham complicações psicológicas e ter uma melhoria funcional”.( BRAGANÇA; COSTA 2018)
Segundo (BRAGANÇA;COSTA,2018) “o tratamento da presbiacusia deve ir além da recuperação, ela deve envolver o reconhecimento da doença, a comunicação, qualidade de vida, humor a saúde em geral, o objetivo do tratamento é que o paciente consiga se comunicar em qualquer lugar, além da melhoria do seu bem-estar”.
O tratamento utilizado pelas pessoas que tem a patologia da presbiacusia vai além do tratamento auditivo e envolve outros temas relevantes como a ansiedade, querendo ou não, pessoas que adquirem a presbiacusia podem acabar apresentando a ansiedade e para que essa ansiedade não fique mais grave e acabe virando uma depressão é necessário tratar tanto a parte auditiva como psicológica, e uma das formas de não deixar com que a pessoa acometida pela presbiacusia acabe tendo ansiedade é não deixando a pessoa isolada, quando for falar com a pessoa não falar de costa e sim de frente para que a pessoa faça leitura labial, e não se estressar quando o idoso não entender o que está sendo falado e sim ser paciente.( BRAGANÇA; COSTA 2018)
O paciente com presbiacusia pode usar o aparelho de amplificação sonora individual, pois todo o indivíduo que quiser e apresentar alguma perda auditiva pode usar, basta querer e ter condições para mandar fazer o aparelho ou esperar pelo SUS que também faz o aparelho, normalmente os tratamentos da presbiacusia é focado nos aparelhos auditivos ou implante coclear, mas segundo (RAMALHO, 2018) “outras abordagens devem sempre ser consideradas.”
O uso das próteses auditivas pode fazer com que melhore a qualidade de vida, mas antes de mandar fazer uma prótese é necessário conversar com a pessoa que irá usar para saber se realmente ela usara pois alguns idosos têm o preconceito quando é falado que eles irão usar a prótese auditiva, falam logo que não estão surdos, então por esse motivo é necessário ter todo o cuidado e explicar, há evidências hoje em dia que demonstram que os aparelhos auditivos são capazes de aliviar ou neutralizar as consequências causadas pela presbiacusia.(RAMALHO, 2018)
A reabilitação do paciente é basicamente o esclarecimento e aconselhamento tanto do paciente como da família e também é claro a adaptação da prótese auditiva, destaca-se que é necessário que a indicação do aparelho seja baseada tanto na avaliação audiológica como em uma avaliação com o otorrinolaringologista, o sucesso da terapia depende de diagnóstico específicos e na rapidez em iniciar o tratamento (NEVES, 2022)
(RAMALHO, 2018) “O objetivo do tratamento é garantir que o doente consegue se comunicar eficazmente. Geralmente o tratamento foca-se nos aparelhos auditivos e implantes cocleares, no entanto outras abordagens devem ser consideradas.”
(RAMALHO, 2018) “Os implantes cocleares (pequenos aparelhos eletrônicos que atuam para estimular diretamente o nervo coclear) têm sido extensivamente estudados na população geriátrica. Diversos estudos têm demonstrado que indivíduos com mais de 60 anos beneficiam dessa intervenção.”
O paciente que apresentar a presbiacusia deverá ter um acompanhamento de múltiplos profissionais para fazer com que não desencadeie ansiedade, e isso pode ser evitado com a ajuda de um psicólogo e ajuda familiar, a família poderá ajudar fazendo com que a pessoa não fique isolado devido estar com perda auditiva, interagindo com a pessoa conversando, mesmo que a pessoa não ouça, repita, mas não com raiva, nem reclamando ou gritando, pois eles ficam tristes e querendo ou não desta forma também você poderá estar contribuindo para que ele apresente a ansiedade e se for possível fale olhando para o idoso para que ele possa efetuar a leitura orofacial, a presbiacusia além dela afetar a comunicação ela pode fazer com que o paciente apresente ansiedade ( NEVES, 2022), e o fonoaudiólogo pode ajudar na parte da reabilitação auditiva, e caso a parte da fala também seja afeta o fonoaudiólogo também pode ajudar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho tivemos como objetivo informar sobre a perda auditiva do idoso também conhecida como presbiacusia e informar que ela pode gerar ansiedade e que por mais que a presbiacusia não seja reversível, a pessoa que apresenta esta patologia pode usar o aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e que o tratamento tem que ser feito com multiprofissionais para que ajudem com que a presbiacusia não cause a ansiedade. E também explicar que a presbiacusia é uma patologia que acomete a orelha interna, pois como explicado no trabalho nós temos três orelhas, sendo assim a presbiacusia é uma perda auditiva de tipo neurossensorial e é uma perda auditiva bilateral, pois não é apenas um lado de seu ouvido que fica “desgastado”.
Reflete-se que é importante o acompanhamento da pessoa que possui a presbiacusia tanto acompanhamento psicológico quanto familiar, ambos terão como objetivo fazer com que o paciente não se isole e isto acarrete em uma ansiedade.(NEVES,2022)
Portanto concluímos que a presbiacusia é uma doença que não podemos evitar por ser fisiológica, mas podemos tentar evitar a ansiedade causada pela presbiacusia, e precisamos saber que apesar de ser irreversível a presbiacusia nós podemos usar o AASI e alguns autores citam que o implante coclear também pode ser utilizado.
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