INTEGRATIVE AND COMPLEMENTARY PRACTICES IN HEALTH OZONE THERAPY IN POST-SURGICAL INTERCURRENCES. : INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12751442
Cíntia Cristina da Fonseca1
Adriano Lopez da Silva2
Resumo:
A ideia do estudo surgiu diante da necessidade de evidências científicas acerca do tema com metodologia rigorosa e maior confiabilidade, em que a ozonioterapia é uma técnica terapêutica que utiliza gás ozônio (O3), O ozônio portador da massa molecular (48 g/mol) funciona através da conversão dos três átomos de oxigênio que sofrem uma descarga elétrica formando ozônio (O3). Quando esta molécula, em forma de gás ou líquido, entra em contato com o tecido sanguíneo, ativa mensageiros químicos que são responsáveis por gerar enzimas antioxidantes, promove atividade imune e o fornecimento de oxigênio para o tecido. Por esse efeito antibacteriano, tem sido implementado pela ciência no tratamento de vários distúrbios sistêmicos. Diante dessa problemática, este estudo visa tornar conhecida a execução dessa técnica em âmbito clínico, trata-se de uma revisão de literatura de pesquisa minuciosa dos anos de 2015 a 2022. As bases de dados utilizadas foram Pubmed, LILACS, BvS e Google acadêmico, nos idiomas inglês e português. Foram usados os seguintes descritores: Ozonioterapia, feridas pós cirúrgicas, Tratamento. Trabalhos que não atendiam aos critérios, não foram selecionados. A ozonioterapia foi mais que provada sua eficácia, em diversos tratamentos. A técnica utilizando o ozônio não causa efeitos colaterais graves, considera-se uma técnica segura. A ozonioterapia trouxe inovações para o tratamento de diversas situações clínicas no pós-cirúrgico, desde a remissão mais rápida de lesões em tecido moles, sejam essas traumáticas ou infecciosas, até lesões ósseas e carcinomas. Foi mostrado que seu efeito se faz por meio de promover uma cicatrização mais rápida e imuno modulação, podendo ser utilizada com sucesso de forma coadjuvante em tratamentos clínicos e estéticos.
Palavras-chave: Ozonioterapia; estética; feridas pós-cirúrgicas.
Abstract:
The idea of the study has come from the need for scientific evidence with rigorous methodology and greater reliability on the ozone therapy, a therapeutic technique utilizing ozone gas (O3). Ozone, with a molecular mass of 48 g/mol, is formed when three oxygen atoms undergo an electrical discharge, producing ozone (O3). When ozone, in gas or liquid form, comes into contact with blood tissue, it activates chemical messengers that are responsible for generating antioxidant enzymes, promoting immune activity and supplying oxygen to the tissue. Due to this antibacterial effect, it has been implemented in the treatment of various systemic disorders. Given those facts, this study aims to make known the application of this technique in a clinical scope, conducting a literature review of research that ranges from 2015 to 2022. The databases PubMed, LILACS, BvS, and Google Scholar were utilized, searching in both English and Portuguese languages. The following descriptors were used: “Ozone Therapy”, “Post-surgical wounds”, “Treatment”. Papers that did not meet the criteria were not selected. Ozone therapy has more than proven its effectiveness in the various kinds of treatments. The use of Ozone Therapy does not cause serious side effects; it is considered a safe technique, and has brought innovations to post-surgical treatments. It accelerates the healing process of soft tissue injuries, whether traumatic or infectious, and is also effective in treating bone lesions and carcinomas. Its effects include promoting faster healing and immunomodulation, making it a valuable adjunct in both clinical and aesthetic treatments.
Keywords: Ozone therapy; aesthetics; post-surgical wounds.
.
1. Introdução:
Atualmente, a medicina moderna dispõe de avançadas e inúmeras tecnologias capazes de promover a modificação e alteração de porções corporais por meio de procedimentos cirúrgicos invasivos e não invasivos.
Por conta disso, o número de intervenções cirúrgicas de cunho reparador ou estético apresentou um aumento exponencial nos últimos anos Acredita-se que os anseios, vontades e sentimentos quanto à percepção e a forma corporal sejam o principal desencadeador da procura por esse tipo de intervenção clínica, contudo, diferentemente de alguns anos atrás, o interesse pela alteração e mudança da aparência do corpo tornou-se objeto de desejo e associação com a obtenção de felicidade e melhora da autoestima. (Medsi; 2002.)
No que tange às intervenções cirúrgicas a importância da Cirurgia Plástica foi concretizada no século XX, após as duas grandes guerras mundiais e o elevado número de soldados desfigurados pelas lesões oriundas dos conflitos. Desde então, os cirurgiões puderam aumentar suas experiências em técnicas de reparação de feridos, divulgando-as em ensaios clínicos e pesquisas disseminadas no meio científico Sante AB.2008
A partir disso, a importância da Cirurgia Plástica se expandiu em diversas esferas do âmbito social e humanista, proporcionando alívio emocional aos indivíduos desfigurados submetidos à cirurgia reconstrutiva (Sarwer DB, Rev. 1998).
A partir desse momento, houve uma mudança do olhar da comunidade médica e órgãos de saúde sobre a realização de cirurgias plásticas também entre indivíduos não deformados. Pelo reconhecimento positivo, a intervenção cirúrgica passou a se tornar um procedimento eletivo, com finalidade primordialmente estética. (A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica [SBCP]. [Acesso 2012).
Considera a cirurgia plástica estética (CPE) como um tipo de procedimento utilizado para remodelar as estruturas normais do corpo, principalmente com intuito de melhorar a aparência e autoestima do paciente. Por outro lado, a cirurgia plástica reparadora (CPR), como o próprio nome sugere, visa reparar estruturas anormais do corpo com o objetivo de melhoria da função orgânica tecidual. Além disso, busca proporcionar ao paciente uma aparência mais próxima do normal. Dessa forma, a própria definição do termo cirurgia plástica explicita sua relação com a avaliação da aparência e autoestima por meio da sua finalidade.
Um levantamento realizado pela International Society of Aeshetic Plastic Surgery (ISAPS) (International Society of Aesthetic Plastic Surgeons [ISAPS]. Acesso 2014) demonstrou que o Brasil se encontra no primeiro lugar no ranking mundial de procedimentos cirúrgicos de caráter estético.
Segundo o estudo, esses números superam as cirurgias plásticas realizadas nos EUA, país que liderou o ranking durante os últimos anos. Dentre os procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados no mundo, encontram-se: implante de prótese de mamas (15,3%), lipoaspiração de abdômen (13,9%), blefaroplastia (11,9%), lipoescultura (9,1%) e rinoplastia (8,2%).
Acredita-se que a primeira colocação do Brasil na classificação mundial de cirurgias plásticas se deva ao clima tropical do país, fator que provocaria uma maior exposição do corpo ao longo do ano. Além disso, existe a associação por parte da sociedade de que corpos magros estão diretamente relacionados à obtenção de saúde e o contrário é fator de risco para o desenvolvimento de diversas afecções.
A insatisfação com a imagem corporal é um autojulgamento negativo que o indivíduo tem para consigo mesmo, insatisfação que pode aumentar devido à pressão social, podendo gerar algumas consequências como distorção de imagem, distúrbios alimentares, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de humor e transtorno dismórfico corporal. Sendo assim os procedimentos estéticos devem prezar pela busca da saúde, beleza e qualidade de vida, aumentando a autoestima do indivíduo sem prejudicar sua saúde (Pinheiro et al. 2020).
Quando falamos de estética é essencial lembrar a importância da autoestima com efeitos positivos no cotidiano das pessoas.
A autoestima consegue proporcionar ao individuo uma sensação de bem-estar com ele mesmo, seguindo para um lugar de satisfação e aceitação da sua autoimagem (Santo et al. 2019)
Existe muitas questões a serem consideradas, direcionadas ao pre operatório, preparação psicológica, intraoperatório, pós operatório, alinhamento de expectativas, os benefícios, e o não menos importante, os riscos, que assim como em todo procedimento deve ser devidamente explanado ao paciente que deseja se submeter a tal procedimento estético, sejam invasivos ou não (Martins et al. 2020)
1.2 A Pele:
O tegumento humano é composto por três camadas: hipoderme (ou tecido subcutâneo), derme e epiderme. A hipoderme, considerada a camada mais profunda de tegumento, representada entre 15% e 30% do peso corporal (MAGALHÃES, s.d.), tem por principais funções: a reserva de energia (a exemplo, pode-se dar os casos de jejuns prolongados, que utilizam de energia acumulada no tecido adiposo) e a defesa contrachoques físicos; além de servir como isolante térmico – contribuindo para a regulagem da temperatura corporal.
A camada intermediária e mais espessa da pele, denominada derme (ou cório), tem por funções principais: garantir a elasticidade e resistência da pele, além da nutrição e oxigenação da epiderme (visto ser ricamente vascularizada). Segundo MAGALHÃES (s.d.), na “derme também existem vasos linfáticos, glândulas, folículos capilares e nervos que proporcionam a sensação do toque, dor, pressão e temperatura”. De mais a mais, esta estrutura possui duas camadas: a papilar, formada pelo tecido conjuntivo frouxo, e a reticular, formada pelo tecido conjuntivo denso.
Adiante, quanto à camada externa, a epiderme, pode-se dizer ser aquela que não detém de vascularização e é composta por várias outras camadas de células. É formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso e queratinizado. Como função, apresenta: a absorção de raios ultravioletas, evita a perda de água, promove a sensação de tato e serve de barreira de proteção do organismo. É de suma importância dizer que esta camada apresenta constante regeneração.
Em razão de ser a primeira linha de defesa contra micro-organismos patógenos, ocorrendo a quebra da integridade da pele, inicia-se, imediatamente, o processo de cicatrização para restaurar o tecido então lesado – ou o processo de regeneração, a depender do caso. Quanto à cicatrização, alvo mais detalhado ao decorrer deste artigo, esta subdivide-se em três fases (a inflamatória, a de proliferação e a de maturação), que podem ocorrer simultaneamente. “A formação da cicatriz tem início cerca de 24 horas após a lesão e, em torno de 3-5 dias já é possível observar a presença de tecido de granulação” (GUIMARÃES, 2020).
1.3 Ozonioterapia:
Em contrapartida ao processo de regeneração/cicatrização, têm-se a formação de feridas, que ocorrem quando “há uma perda de continuidade ou da integridade da pele e/ou do tecido subcutâneo que podem chegar inclusive a camadas mais profundas como músculos, tendões e ossos, dependendo da gravidade do ferimento” (CARVALHO, s.d.).
As feridas podem ser classificadas como “simples, quando o tempo e as fases de cicatrização acontecem de maneira ordenada e de acordo com um tempo previsto para o tipo e extensão da lesão” (SOBEST, s.d.) ou complexas, quando “não respondem ao tratamento adequado de acordo com a etiologia (fator causal) por complicações metabólicas ou fisiológicas” (SOBEST, s.d.).
Atualmente, sabe-se que não somente profissionais da medicina atuam na cura ou amenização dos efeitos causados pelas feridas e/ou na cicatrização/regeneração do tecido. Aprovada a Resolução nº. 321/2020, pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), fora possível a expansão da habilitação aos profissionais da biomedicina, que, especificamente, estão autorizados às atividades que envolvam ozonioterapia.
A Biomedicina Estética teve início em 2006, com o projeto da biomédica Dra. Ana Carolina Puga (PUGA, 2013) e, em outubro de 2010, o Conselho Regulador da categoria aprovou, por unanimidade, esta vertente. “A atuação do biomédico esteta é aplicando e desenvolvendo tratamentos para disfunções estéticas faciais e corporais, envelhecimento fisiológico que estão ligados à pele, metabolismo e tecido adiposo” (SOUZA, et al, 2017, p. 04).
O engajamento estético, na atualidade, apresenta nítido crescimento, estando, o Brasil, em terceiro lugar entre os países que mais consomem produtos estéticos (SENAC, 2016). Nesse sentido, é inadmissível entender a estética apenas como embelezamento. Esta transpassa a denotação para se referir, também, aos tratamentos mais profundos que englobam a pele.
Dada pela Resolução 321/2020, do CFBM, a possibilidade da ozonioterapia, consiste em uma técnica com propriedades terapêuticas dada pela mistura entre oxigênio e ozônio, podendo ser utilizada em diversas vias de administração (HAYASHI; FRIOLANI, 2018). Também, pode ser definida como uma terapia bio-oxidativa, na qual a junção gasosa pode ser injetada diretamente no local de interesse ou dissolvida em soros, óleos e água para a obtenção de resultados benéficos à saúde do paciente (BOCCI, 2004 apud TIWARI et al). A concentração utilizada deste gás, produz efeitos que variam de modulações imunológicas, anti- inflamatórias, bactericidas ou antivirais.
Nesse sentido, o oxigênio-ozônio tem sido usado como método opcional ou complementar para o tratamento de feridas que não cicatrizam com facilidade ou que possuem muita infecção, dada sua propriedade antibactericida; “o gás ozônio é uma molécula com demasiado potencial oxidativo que em contato com células do organismo pode induzir uma série de reações bioquímicas” (SCIORSCI, 2020, p. 240-246).
Imagem1; Fonte; Acervo Pessoal: aparelho ozônio line titaniu-inx14w
O poder oxidante desta substância pode exercer grandes funções frente às diversas patológicas, vez que inativa mediadores que estão associados a diversas doenças; além de ser produzido naturalmente no organismo, o que o torna uma molécula biológica (LUIES, 1997 apud TRALDI, 2019).
2. Metodologia:
Para o desenvolvimento do presente conteúdo, fora realizado uma revisão bibliográfica, traçando metas de busca; explorando bases de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SciELO), United States National Library of Medicine (PUBMED), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico e a identificação de artigos através de palavras chaves.
Extraiu-se e redigiram-se conteúdos de revisão. Os descritores utilizados foram: Cirurgia plástica, Modalidades de Biomedicina, Complicações pós-operatórias, Manipulações musculoesqueléticas e Cicatrização de feridas, contidos nos descritores de ciências da Saúde (DeCS/MeSH) nos idiomas português e inglês, utilizando os operadores booleanos “AND” (E) e “OR” (OU).
Após a seleção dos materiais, foi realizada a leitura e fichamento destas obras, destacando os pontos mais relevantes para a construção do estudo em questão. Foram utilizados como critérios de inclusão, pesquisas publicadas nos anos de 2015 até 2022, artigos publicados que abordassem estratégias e técnicas de ozonioterapia para a melhora das intercorrências pós cirúrgicas, que fossem de estudos experimentais ou estudos de caso e que tivessem os descritores no título e/ou resumo.
Conforme os critérios de inclusão, o organograma a seguir (Quadro 1) refere se ao número de artigos encontrados nas bases de dados SciELO, PUBMED, BVS e Google Acadêmico. Abordando também a quantidade de estudos selecionados para a realização desta revisão e quais os critérios que foram estabelecidos.
Quadro 1: Descrição dos artigos selecionados:
Fonte : Autoria própria – Fluxograma da metodologia
3. Resultados e Discussão
As feridas cirúrgicas são as que cicatrizam por primeira intenção e podem ser denominadas de sítio cirúrgico. No entanto, estas, podem se tornar feridas complexas quando apresentam abertura da sutura (deiscência) decorrente geralmente de complicações locais como seroma, hematoma e infecção, demandando maior tempo para sua cicatrização espontânea (ARAÚJO et. al, 2022). Atualmente dispomos de uma diversidade de terapias para o tratamento de feridas. No entanto, é primordial avaliação global e holística da pessoa; compreende do todo seu processo de vida e viver, além das condições de saúde-doença e aspectos clínicos envolvidos na etiologia e/ou que interferem na lesão
A ozonioterapia é uma modalidade de tratamento que consiste no uso do ozônio (O3) como princípio ativo, na forma de gás ou veiculado em óleo ou água. O ozônio é uma substância gasosa presente na atmosfera terrestre, proveniente da ação das radiações ultravioleta sobre o oxigênio (O2).
Já o ozônio medicinal na prática clínica foi introduzido no século XX por clínicos pioneiros que desenvolveram trabalhos focados principalmente na aplicação local do O3. Assim, já na Primeira Guerra Mundial, há relatos de sucesso no tratamento de feridas gangrenadas supuração de fraturas ósseas, inflamações e abscessos com o gás (PILATTI; DIAS; RODRIGUES; LOTH; PESSOA, 2022).
3.1 Avaliação do biomédico à pessoa com ferida:
Lesões que causam perda da espessura tecidual tegumentar são consideradas lesões de pele. Quando não tratadas adequadamente, estas podem tornar-se feridas, que por sua vez, é caracterizada pela associação ou não a lesões secundárias e perda tecidual mais abrangente (MCCAUGHAN et al., 2018).
Dessa forma, é primordial ao Biomédico reconhecer os processos e mecanismos fisiológicos que influenciam na reparação tecidual e cicatrização. Além disso, é necessário ressaltar que a avaliação da pessoa com ferida deve ser global, de forma a considerar todos os aspectos biopsicossociais que podem interferir neste processo (MCCAUGHAN et al., 2018; ROSENBAUM et al., 2018).
Assim sendo, ao avaliar feridas especificamente, pode-se classificá-las de acordo com sua etiologia, presença de exsudato ou de microrganismos patogênicos, morfologia, características do leito tecidual e tempo de cicatrização (PENG et al., 2020; ZENS et al., 2019).
De acordo com a etiologia, a classificação se dá em:
Traumática: ocorre de maneira imprevista, provocada por objetos perfuro cortantes, contundentes, mordedura, inoculação de veneno, queimadura (que também é subdividida em térmica, química e elétrica), inoculação 16 de veneno, dentre outras, lesões secundárias à doenças de base, como as lesões neoplásicas.
Cirúrgica: realizadas intencionalmente com objetivo terapêutico e estético iatrogênicas decorrentes de situações iatrogênicas, como lesões por extravasamento medicamentoso, lesões relacionadas à fatores externos, provocadas por fatores como a pressão mecânica sob a superfície cutânea, fricção ou cisalhamento (PENG et al., 2020; SHI et al., 2020; ZENS et al., 2019).
No tocante ao tempo de cicatrização, as feridas subdividem-se em agudas, nas quais há ruptura tecidual e desvascularização da área agredida, desencadeando o processo hemostático e cicatricial sem complicações (KOTTNER et al., 2020).
As feridas de difícil cicatrização são caracterizadas pelo tempo prolongado de cicatrização, que perpassa por semanas, ou recorrentes, e ainda, aquelas nas quais há alguma complicação no processo cicatricial.
Geralmente, este tipo de ferida é influenciado por fatores como comorbidades – Diabetes Mellitus (DM), Dislipidemias, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Doença Vasculares Periféricas, dentre outras -, imunossupressão e infecção (REKHA et al., 2018).
Feridas complexas, podendo ser agudas ou crônicas, apresentam difícil resolução e associam-se a perda cutânea extensa, infecções importantes, comprometimento da viabilidade dos tecidos (com isquemia e/ou necrose de tecidos) e/ou associação com doenças sistêmicas que prejudicam os processos normais de cicatrização (COLTRO et al., 2011; PEREIRA, 2018).
O processo de reparo tecidual e a cicatrização englobam mecanismos complexos e demonstram a importância do empoderamento do Biomédico na prática baseada em evidências para compreendê-los e associá-los à prática clínica (KITAMURA et al., 2022; VOWDEN; VOWDEN, 2022).
Assim, ao compreender os fatores que influenciam na cicatrização e seus mecanismos desencadeantes deve ocorrer o manejo clínico de cada paciente de forma individualizada.
Reconhecendo os fatores que influenciam na avaliação é também essencial compreender as fases da cicatrização, que são hemóstase, inflamatória, proliferativa e remodelação que sobrepor-se entre si (GOLD et al., 2020; COSTA et al., 2021).
A fase de hemostasia e inflamação é aquela na qual ocorre a ruptura das paredes de vasos sanguíneos provocando extravasamento. Por meio da liberação de fibrina, que é capaz de reter polemicamente os demais hemocompostos, por meio da cascata de coagulação, fator essencial em todo o processo cicatricial.
Nelas, os sinais e sintomas mais aparentes são o edema, hiperemia, exsudato da ferida, sangramento e a dor (GOLD et al., 2020; COSTA et al., 2021; LEGEMATE et al., 2022).
Durante a fase proliferativa, ocorre a migração de fibroblastos que por meio da ação de citocinas dão início ao processo de síntese de colágeno. Há ainda, a proliferação de células endoteliais, neoangiogênese e infiltração de macrófagos, formando assim o tecido de granulação. É nesta fase que a maioria das feridas complexas estagnam em decorrência muitas vezes, de tratamentos e condutas inadequadas (COLTRO et al., 2011; KOTTNER et al., 2020).
Na fase de remodelação, ocorre a maturação e ordenação das fibras de colágeno, para aumentar a resistência do tecido e diminuição da espessura da cicatriz, além da diminuição da densidade celular e vascular formada. Um dos principais fatores desta fase é a retração/contração das bordas das feridas (SHI et al., 2020; ZENS et al., 2019).
Quando há a presença de tecido não viável, pode haver o retardo da cicatrização da ferida, uma vez que este tipo de tecido se torna um meio de crescimento para microrganismos, hiper estimula a resposta inflamatória e forma uma barreira para o desenvolvimento do tecido de granulação (GOLD et al., 2020; COSTA et al., 2021).
Assim sendo, é necessária a realização de adequada higiene da ferida, que engloba: higiene da pele perilesional, higiene do leito, desbridamento e aplicação de cobertura adequada. Para tanto, é primordial reconhecer os tipos de tecidos que podem ser encontrados no leito tecidual (LEGEMATE et al., 2022).
Para maior compreensão do tema em pauta, optou-se pela busca de literatura pertinente ao assunto nos últimos dez anos.
O ozônio medicinal é obtido a partir do oxigênio puro medicinal, para evitar a presença de subprodutos tóxicos de outros gases. Para isto, a molécula de O2 é convertida em O3 por meio de geradores de ozônio, próximo ao momento do uso, produzindo concentrações específicas e precisas, devido à labilidade do gás. O ozônio utilizado é na verdade a mistura de ozônio e oxigênio (O3 /O2) em que o ozônio atinge no máximo 5% do total do gás aplicado (OLIVEIRA, 2011).
Sua aplicação terapêutica é reconhecida em vários países como Cuba, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Japão, Chile, Peru, Estados Unidos, Rússia, dentre outros (MADRID, 2010). As indicações e o tipo de aplicação determinam a concentração máxima do gás que pode ser utilizada, devendo estar sempre na faixa de 1 e 100 mg/L (0,05-5% O3).
A manipulação do ozônio somente deve ser realizada por um profissional devidamente habilitado por meio de curso certificado. Este profissional, determinará a dose e via de aplicação adequadas de acordo com as individualidades de cada paciente (SEYAM et al, 2018).
Dentre as propriedades do Ozônio estão: ações anti-inflamatórias, modulação do estresse oxidativo e melhora da perfusão periférica. Estes fatores determinam o amplo espectro de doenças em que esta terapia pode ser utilizada de modo isolado ou adjuvante. Uma de suas principais ações é a antimicrobiana, o que faz com que venha sendo cada vez mais explorada como adjuvante no tratamento de feridas de grande porte e feridas crônicas (SEYAM et al, 2018; DIAS et al, 2021).
As diversas vias de administração, incluem: endovenosa, retal, intra-articular, intramuscular, intravesical, entre outras. Ainda pode-se ingerir água ozonizada ou realizada aplicação de óleo ozonizado na pele para tratamento. O ozônio aplicado por via tópica, subcutânea, muscular, venosa e/ou retal age junto aos microrganismos que possuem mecanismo anaeróbios de reprodução (LIU et al, 2021).
A inalação direta do gás (0,1 para 1ppm) pode ser tóxica para o trato respiratório superior, podendo causar irritação das vias aéreas superiores, rinite, dores de cabeça e, ocasionalmente, náusea e êmese, doravante seu uso por essa via de administração é contraindicado (LIU et al, 2021; DIAS et al, 2021).
A via tópica de aplicação é utilizada mediante a exposição da área que irá receber a terapia umedecida com água, solução fisiológica ou óleo pre-ozonizados ou não, com ou não acoplamento a sistemas de sucção. As demais vias são utilizadas por meio da injeção ou insuflação da própria mistura gasosa de O3 e O2.
A Ozonioterapia é considerada um procedimento de baixo risco e é aplicada geralmente como terapia adjuvante, de método ativo ou restaurativo (GARCIA et al, 2021; FERREIRA et al, 2020).
A oxidação é a capacidade que uma substância possui, através de reação química, de doar um elétron para outra substância (reação REDOX).
Algumas substâncias oxidantes são: vitamina C, água oxigenada, permanganato de potássio, e ozônio. É por meio desta propriedade que as terapias oxidativas produzem seus benefícios terapêuticos (DIAS et al., 2021; FARAJI et al., 2021; WEN et al., 2020).
O O3 é aproximadamente 10 vezes mais solúvel que o O2 o que favorece sua perfusão e penetração tecidual. Ao entrar em contato com os tecidos biológicos, o O3 reage imediatamente, gerando moléculas que formam sistemas antioxidantes, desempenhando assim funções anti-inflamatórias e analgésicas (FARAJI et al., 2021; WEN et al., 2020).
Fonte: Acervo pessoal – Divulgação autorizada pelo paciente.
Estes sistemas antioxidantes podem ser divididos em enzimáticos e não enzimáticos. Os enzimáticos incluem as ações das dismutases de superóxidos, das catalases, das peroxidases da glutationa, e o sistema de redox da glutationa. Os não enzimáticos podem ser hídricos ou hidrossolúveis, lipídicos ou lipossolúveis, ou ainda um subgrupo de proteínas quelantes – uma cadeia de aminoácidos ligadas a um íon metálico que formam complexos hidrossolúveis.
Os hídricos incluem as ações do ácido úrico, ácido ascórbico, glicose, cisteína, cisteamina, taurina, triptofano, histidina, metionina, proteínas plasmáticas, e fator estimulante de liberação do hormônio do crescimento.
Os lipídicos concebem as ações da vitamina E, da vitamina A, carotenóides, da coenzima Q, do ácido alfa-lipóico, da bilirrubina, dos flavonóides, da tiorredoxina, e da melatonina. As proteínas quelantes incluem as ações da transferrina, e ferritina, da ceruloplasmina, da lactoferrina, da hemopexina e da albumina (FARAJI et al., 2021; VIDOTTO et al., 2020; WEN et al., 2020).
Assim, o ozônio é rapidamente inativado e resulta, dependendo do sistema antioxidante em ação, na formação de ozonídeos, espécies reativas de oxigênio (do inglês Reactive Ozone Species – ROS) ou dos produtos de oxidação lipídica (Lipidic Oxidation Products – LOPs).
Os ozonídeos hídricos atuam aumentando a flexibilidade dos eritrócitos realizando imuno ativação leucocitária e causando granulação de autóctones e formação de fatores de crescimento pelas plaquetas.
Os lipídicos aumentam a ação enzimática da sintetase de óxido nítrico e consequentemente a oferta endotelial deste gás, induzem a 20 mieloproliferação de eritrócitos mais longevos, com maior capacidade de transporte e liberação de oxigênio aos tecidos periféricos, e regulam o sistema antioxidante de modo difuso (CLAVO et al., 2018; FARAJI et al., 2021; VIDOTTO et al., 2020; WEN et al., 2020).
A ação antimicrobiana direta contra bactérias, vírus e fungos do ozônio é forte pois estes microrganismos não possuem sistemas de tamponamento antioxidante e o estresse oxidativo provocado pelo O3 não pode ser controlado, fazendo com que a parede celular bacteriana se torne frágil.
Os leucócitos atacam os agentes infecciosos por meio de ozônio e/ou de moléculas com propriedades semelhantes como os peróxidos. O aumento da oferta de oxigênio e o acúmulo energético demonstrado pelo aumento da concentração de ATP geram aos tecidos proteção metabólica contra a patógenos anaeróbios, e menor estímulo químico aos receptores nervosos de dor (CLAVO et al., 2018; FARAJI et al., 2021).
No Sistema Único de Saúde (SUS), esse tratamento é considerado uma terapia integrativa complementar desde março de 2019, quando o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da ozonioterapia, e de mais nove tratamentos, chamados de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na rede pública de saúde (BRASIL, 2019).
Cabe destacar, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou em 2019 o uso de ozonioterapia, em caráter experimental e complementar, para tratamentos médicos. Os pacientes que se submetem à técnica aqui no Brasil precisam assinar um Termo de Consentimento Informado e Esclarecido para se beneficiar do tratamento, assumindo todos os eventuais riscos de uma técnica ainda não regulamentada (CFM, 2019).
4. Conclusão:
São encontradas na literatura produções científicas de estudos pilotos com importantes fragilidades metodológicas, uma vez que trazem imbuídas distorções na sua construção e delineamento do estudo. Uma das principais distorções é em relação à associação do tamanho da amostra e a eficácia da intervenção (LEON et al., 2011).
No entanto, deve-se ressaltar que o principal foco dos estudos que é avaliar o processo e viabilidade e eficácia do ozônio em tratamentos de feridas. A conclusão é de que existe provável relação positiva entre o uso das terapias adjuvantes na cicatrização de feridas concluiu que a ozonioterapia mostrou um resultado positivo, pois diminuiu a área da lesão, assim como apresentou melhora nos aspectos de hidratação e coloração da pele.
O estudo sugere que o ozônio desempenha um importante papel na cicatrização de feridas crônicas, a terapia de ozônio no pós-operatório, pode ser utilizada para várias situações clínicas, especialmente para deiscência cirúrgica, hematomas ou equimoses residuais, na reparação de tecidos, infecção pós-operatória etc. Segundo o Ministério da Saúde, a ozonioterapia é uma prática integrativa e complementar de baixo custo, que possui segurança comprovada e reconhecida (BRASIL, 2018).
5. Referências:
ANTONUZZO, Pietro Antônio et al. Fundamentals of the Use of Ozone Therapy in the Treatment of Aesthetic Disorders: A Review. Disponível em: . Acesso em 28 de setembro de 2022.
ARAÚJO, Marielle Flávia do Nascimento et. al. Atuação da enfermagem no perioperatório de cirurgia torácica com foco na ferida cirúrgica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], v. 15, n. 8, p. 10879, 18 ago. 2022. Revista Eletronica Acervo Saude. http://dx.doi.org/10.25248/reas.e10879.2022.
ATKIN L, et al. Implementing TIMERS: the race against hard-to-heal wounds. J Wound Care 2019; 28v.3, n. 3 p. S1–S49
BOCCI, V. Autohemoterapia após tratamento de sangue com ozônio. Uma reavaliação. J Int Med Res, v. 22, n. 3, p. 131-144, 1994. BOCCI, V. Terapia de Oxigênio- Ozônio: Uma Avaliação Crítica. Holanda: Springer; 2002. BOCCI, V. Ozônio: Uma nova droga médica. Holanda: Springer, 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados Paliativos Oncológicos: controle da dor. Rio de Janeiro: INCA, 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_dor.pdf
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 702, de 21 de março de 2018. Disponível em: . Acesso em 09 de outubro de 2022.
BUSANELLO-COSTA, M.et al . Benefits of Epidermal Growth Factor (EGF) associated with LED photobiomodulation therapy in tissue repair of skin wounds. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e9909109369, 2020. DOI: 10.33448/rsd- v9i10.9369. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9369.
CARDOSO, Vinicius Saura et al. Dose-response and efficacy of low-level laser therapy on diabetic foot ulcers healing: protocol of a randomized controlled trial. Contemporary Clinical Trials, [S.L.], v. 110, p. 106561, nov. 2021. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.cct.2021.106561.
CLAVO, Bernardino et al. Ozone Therapy as Adjuvant for Cancer Treatment: is further research warranted?. Evidence-Based Complementary And Alternative Medicine, [S.L.], v. 2018, p. 1-11, 9 set. 2018. Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2018/7931849.
COLTRO, Pedro Soler et al. Atuação da cirurgia plástica no tratamento de feridas complexas. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, [S.L.], v. 38, n. 6, p. 381-386, dez. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0100-69912011000600003.
COSTA, Pollyana Thays Lameira da et al. Subjective Tools for Burn Scar Assessment: an integrative review. Advances In Skin & Wound Care, [S.L.], v. 34, n. 6, p. 1-10, jun. 2021.
Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/01.asw.0000749732.09228.a9.
DAMASCENO, Charliana Aragão; LIMA, Huane Karoline Ferreira; MACEDO, Adriele de Oliveira. Ozonioterapia como aliado em tratamento estético no rejuvenescimento da pele. Research, Society and Development, v. 11, n. 7, e44211730141, 2022. Disponível em: . Acesso em: 02 de outubro de 2022.
DIAS, E. N., et al . A atuação da ozonioterapia em feridas, neuropatias, infecções e inflamações: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Development, (2021) 7(5), 48604- 48629.
Edizioni Minerva Medica. http://dx.doi.org/10.23736/s1973-9087.19.05835-0.
EZZATI, Kamran et al. A comparative study of the dose-dependent effects of low level and high intensity photobiomodulation (laser) therapy on pain and electrophysiological parameters in patients with carpal tunnel syndrome. European Journal Of Physical And Rehabilitation Medicine, [S.L.], v. 56, n. 6, p. 733-740, jan. 2021.
FARAJI N. et al. Ozone therapy as an alternative method for the treatment of diabetic foot ulcer: a case report. J Med Case Reports 15, 234 (2021). https://doi- org.ez46.periodicos.capes.gov.br/10.1186/s13256-021-02829-y
FERREIRA Filho MJS, et al. The use of ozonized oil in the healing process after dental implant surgery -literature review. Journal of Development 2020; 6 (11): 93559-93567.
GARCIA N, et al. Use of ozoniotherapy in dentistry. Brazilian Journal of Development 2021; 7 (1): 8697-8711.
GARCIA, Taysa de Fátima et al. Criteria to evaluate the quality of alginate wound dressings. Revista Brasileira de Enfermagem, [S.L.], v. 74, n. 4, p. 1091, 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1091.
GLASS, Graeme Ewan et al. Photobiomodulation: the clinical applications of low- level light therapy. Aesthetic Surgery Journal, [S.L.], v. 41, n. 6, p. 723-738, 20 jan. 2021. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/asj/sjab025.
GOLD, Michael H. et al. Topical stabilized hypochlorous acid: the future gold standard for wound care and scar management in dermatologic and plastic surgery procedures. Journal Of Cosmetic Dermatology, [S.L.], v. 19, n. 2, p. 270-277, 6 jan. 2020. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/jocd.13280.
GRACER, R. I.; BOCCI, V. A combinação de “terapia proliferativa” localizada com “auto-hemoterapia ozonizada menor” pode restaurar o processo natural de cura? Hipóteses Med. v. 65, n. 4, p. 752–759, 2005.
GUVEN, A.; GUNDOGDU, G.; SADIR, S. et al. A eficácia da terapia com ozônio na queimadura esofágica cáustica experimental. J Pediatr Surg, v. 43, p. 1679-1684, 2008.
HU, B.; ZHENG, J.; LIU, Q.; YANG, Y.; ZHANG, Y. The effect and safety of ozone autohemotherapy combined with pharmacological therapy in postherpetic neuralgia. Journal Of Pain Research, [S.L.], v. 11, p. 1637-1643, 2018.
International Society of Aesthetic Plastic Surgeons [ISAPS]. [Acesso 2014 Fev 20]. Disponível em: http://link.springer.com/search?query=&search-within=Journal&facet-journal- id=266&package=openaccessarticles» http://link.springer.com/search?query=&search-within=Journal&facetjournal- id=266&package=openaccessarticles
IZADI, Morteza et al. Efficacy of comprehensive ozone therapy in diabetic foot ulcer healing. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, [S.L.], v. 13, n. 1, p. 822-825, jan. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.dsx.2018.11.060.
KASHIWAZAKI, J.; NAKAMURA, K.; HARA, Y.; HARADA, R.; WADA, I.; KANEMITSU, K. Avaliação da citotoxicidade de vários desinfetantes para as mãos e água ozonizada para queratinócitos humanos em um modelo epidérmico cultivado. Cuidados Adv Pele Feridas, v. 33, n. 6, p. 313-318, 2020.
KOJIMA K, et al. Effectiveness of negative pressure wound therapy for the wound of ileostomy closure: a multicenter, phase II randomized controlled trial. BMC Surg. 2021 Dec 28;21(1):442. doi: 10.1186/s12893-021-01446-2. PMID: 34963451; PMCID: PMC8713411.
LOEB, T.; LOUBERT, G.; TEMPLIER, F.; PASTEYER, J. Iatrogenic gas embolism following surgical lavage of a wound with hydrogen peroxide. Ann Fr Anesth Reanim, v. 19, n. 2, p. 108-110, 2000.
MARCHESINI, Bruna Fuhr; RIBEIRO, Silene Bazi. Efeito da ozonioterapia na cicatrização de feridas. Revista Fisioterapia Brasil, 2020;21(3):281-288 DOI: https://doi.org/10.33233/fb.v21i3.2931. Disponível em: Acesso em: 21 de setembro de 2022.
Mélega JM. Cirurgia Plástica: Fundamentos e Arte: Princípios Gerais. Rio de Janeiro: Medsi; 2002.
OLIVEIRA et al. Ozone Therapy for Dermatological Conditions: A Systematic Review. J Clin Aesthet Dermatol, v. 15, n. 5, p. 65-73, 2022.
Pinheiro, T.A. et al. (2020). Relação dos procedimentos estéticos com satisfação da autoimagem corporal e autoestima de mulheres. Revista Cathedral.
RL Sciorsci , E Lillo , L Occhiogrosso , Um Rizzo PMID: 32234614 DOI: 10.1016/j.rvsc.2020.03.026
Sante AB. Auto-imagem e características da personalidade na busca da cirurgia plástica estética [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Ciências e letras de Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2008.
Santos, G.R. et al.(2019).Impacto da mamoplastia estética na autoestima de mulheres de uma capital nordestina. Rev. bras. cir. Plást
Sarwer DB, Wadden TA, Pertschuk MJ, Whitaker LA. The psychology of cosmetic surgery: a review and reconceptualization. Clin Psychol Rev. 1998;18(1):1-22. PMID: 9455621 DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S0272-7358(97)00047-0
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica [SBCP]. [Acesso 2012 Fev 02]. Disponível em: http://www2.cirurgiaplastica.org.br/midias/pesquisas/
WADEE, A. N.; FAHMY, S. M.; BAHEY EL-DEEN, H. A. Low-level laser therapy (photobiomodulation) versus hyperbaric oxygen therapy on healing of chronic diabetic foot ulcers: a controlled randomized trial. Physical Therapy Reviews, [s. l.], v. 26, n. 1, p. 73–80, 2021. Disponível em: https://search-ebscohost- com.ez46.periodicos.capes.gov.br/login.aspx?direct=true&db=s3h& AN=149223543&lang=pt-br&site=ehost-live.
1E-mail: salaocintiafonseca@gmail.com https://orcid.org/0002-3925-6025
2 adriano.lopes@una.br https://orcid.org/0000-0002-5412-0134