PRÁTICAS EDUCATIVAS DE HIGIENE PESSOAL PARA ALUNOS DA APAE EM PORTO NACIONAL, TO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202411301632


Ana Luísa Ferreira Labre; Anne Karoline Patriota Dantas de Oliveira; Clara Antonia Rosa Pimenta; Ellen Carla Gonçalves Arantes; Giovana Manuella Fernandes Barroso; Gustavo Henrique Moraes Oliveira; Laura Mell Santos Lustosa; Mateus Emanuel Segalla Ribeiro; Victor Barretos Cavalcante Parente Lira; Edinaura Rios Cunha


RESUMO

Higiene pessoal é um conjunto de cuidados que tomamos com o nosso corpo para manter a saúde e o bem-estar. Esses cuidados incluem lavar as mãos com água e sabão, escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, tomar banho regularmente e manter as unhas limpas e cortadas. Lavar bem as mãos antes de comer, depois de usar o banheiro e ao chegar em casa ajuda a prevenir doenças e infecções. Ao escovar os dentes, usamos a escova e o creme dental para evitar cáries e manter o hálito fresco. Banho diário e troca de roupas limpas evitam o acúmulo de suor e sujeira na pele, ajudando a proteger o corpo. Esses hábitos fazem com que nos sintamos mais confortáveis e nos ajudam a cuidar da nossa saúde.

Palavras-chave: Higiene pessoal; Educação em saúde; Práticas.

1 INTRODUÇÃO

A higiene pessoal é um elemento essencial para o bem-estar e a inclusão social de indivíduos com necessidades especiais. No contexto educacional, práticas educativas voltadas para a higiene promovem autonomia, saúde e melhor convivência. Este trabalho tem como objetivo analisar a implementação de práticas educativas de higiene pessoal entre alunos da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Porto Nacional-Tocantins, destacando suas contribuições para o desenvolvimento social e cognitivo desses estudantes.

2 METODOLOGIA

O projeto foi proposto por um grupo de alunos do terceiro período do curso de Medicina do ITPAC em Porto Nacional – TO. A ideia foi promover educação em higiene e saúde pessoal para alunos da APAE, com foco nas crianças do fundamental entre 7 e 8 anos, com diferentes graus e tipos de deficiência.

A iniciativa aconteceu na Escola Especial Mãe Tia Eulina Braga, escolhida por ser o espaço adequado para atender o público-alvo, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para as atividades educativas adaptadas.

A realização da ação aconteceu no dia 24 de outubro de 2024. Para o trabalho ter maior efetividade, os alunos contaram com a ajuda de professores e funcionários da APAE, que auxiliaram na dinâmica e acompanhamento das crianças. Essa colaboração foi fundamental para garantir que as atividades fossem inclusivas e acessíveis a todos do público-alvo.

Por se tratar de um projeto de extensão focado exclusivamente na educação em saúde e sem coleta de dados pessoais ou clínicos, não foi necessário a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), mantendo-se um caráter educativo e de promoção à saúde. O ITPAC desempenhou um papel central, conectando o grupo executor com a escola e proporcionando os recursos necessários para a implementação das atividades planejadas, tais como palestras lúdicas e interativas, além da entrega de kits de higiene pessoal.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados do projeto indicam impactos significativos na promoção de práticas de higiene pessoal entre os alunos da APAE de Porto Nacional-TO. Por meio de ações educativas lúdicas, a conscientização sobre a importância da higiene foi ampliada, resultando em maior engajamento dos participantes nas atividades propostas. A abordagem adotada proporcionou um aprendizado inclusivo e acessível, contemplando as necessidades específicas do público-alvo (Morais, 2022; Silva, 2022).

A execução das palestras e dinâmicas reforçou conceitos básicos de higiene, como lavagem das mãos, higiene bucal e cuidados corporais. Estas atividades, aliadas à distribuição de kits de higiene, facilitaram a adoção das práticas aprendidas. Segundo Mantovani (2020), o fortalecimento de hábitos higiênicos desde cedo é essencial para a formação de comportamentos saudáveis, especialmente entre indivíduos com deficiência, que enfrentam barreiras adicionais na adoção de rotinas de autocuidado.

Além disso, os desafios estruturais da APAE, como a escassez de recursos e infraestrutura limitada, foram destacados ao longo do projeto. Essa realidade evidenciou a necessidade de políticas públicas mais efetivas para garantir melhores condições de ensino e suporte às pessoas com deficiência (PPP-APAE PORTO, 2024). A literatura aponta que ambientes adaptados são essenciais para a eficácia das práticas de higiene e inclusão social (Silva, 2022; Garcia, 2021).

Outro ponto relevante foi o impacto do envolvimento familiar, que se mostrou crucial para a consolidação dos hábitos aprendidos. Conforme relatado por Santos et al. (2021), o apoio de cuidadores e familiares contribui significativamente para a manutenção das práticas de higiene e o desenvolvimento de autonomia entre pessoas com deficiência.

Por fim, o projeto reafirmou a importância de metodologias inclusivas e adaptadas, como o uso de recursos visuais e dinâmicas interativas, para garantir o aprendizado e a participação ativa dos alunos (Santos, 2023; Bordignon et al., 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ações realizadas no projeto evidenciaram a relevância de práticas educativas inclusivas para a promoção da higiene pessoal e do bem-estar entre alunos com necessidades especiais da APAE de Porto Nacional-TO. O uso de metodologias lúdicas, a distribuição de kits de higiene e o envolvimento de professores, familiares e colaboradores foram fundamentais para o sucesso das atividades e para o fortalecimento de comportamentos saudáveis.

Apesar dos resultados positivos, os desafios estruturais da instituição reforçam a necessidade de investimentos em infraestrutura e políticas públicas voltadas ao suporte de pessoas com deficiência, garantindo que iniciativas como esta possam ser ampliadas e continuadas.

REFERÊNCIAS

Santos, G. M. V. dos; PícoliI, A.; Salgado, A. L.; Ferreira, A. C. D.; Silveira, C. de P.; Takeshita, I. M. Cuide-se para Cuidar: a promoção do autocuidado entre mães de crianças com deficiência por meio da extensão universitária. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 11, p. e8956, 2021.

Escola Especial Mãe Tia Eulina Braga (APAE). Projeto Político Pedagógico. Porto Nacional, Tocantins, 2024.

Garcia, W. P., & de Pereira, A. P. A. A pessoa com deficiência intelectual e a compreensão de sua existência. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, 27(2), 179-187, 2021.

Silva, L. C. R. da. “Aprendendo sobre Autocuidado”: tecnologia educacional para as adolescentes com deficiência intelectual. Trabalho de Conclusão de Curso (Terapia Ocupacional) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.