PRÁTICAS DE AUTOMEDICAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES COMUNITÁRIAS DA POPULAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10570238


Letícia Bastos Ribeiro Carvalho1
João Victor Caminha Lustosa Falcão2
Fabricio Ibiapina Tapety3


RESUMO

A pandemia do vírus Sars-Cov-2, que teve início na cidade de Wuhan, na China, no final do ano de 2019, levou o mundo a um estado de alerta em questão de meses. Até o momento, mais de 6 milhões de mortes já foram registradas mundialmente, e mais de 500 milhões de casos confirmados. Nesse cenário, muito passou a se falar sobre medidas de isolamento para evitar o contágio pelo vírus, bem como sobre meios físicos de proteção contra a doença, tais como máscaras, álcool e a própria lavagem das mãos. Em concomitância, houve o surgimento de uma profusão de defensores da prevenção química da doença. A divulgação pela imprensa de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina, difundidos como drogas profiláticas contra o Covid-19, acabou por gerar uma grande onda de automedicação e consequente exposição aos riscos dessas drogas, já documentados em diversos trabalhos acadêmicos, além da sua ineficácia tanto para a profilaxia como para o tratamento da doença. O objetivo deste estudo foi analisar as práticas de automedicação e de controle de infecções da população de um município do estado do Piauí durante a pandemia da Covid-19, bem como descrever as principais drogas utilizadas, fossem estas medicamentos homeopáticos, alopáticos ou fitoterápicos. Também questionou-se sobre as medidas de biossegurança adotadas pela população em estudo. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa, em que foi utilizado um questionário eletrônico elaborado via Google Docs, que incluiu perguntas objetivas e subjetivas acerca tanto do perfil biopsicossocial dos participantes, como também da sua relação com a automedicação, medidas de prevenção de doenças infectocontagiosas e fontes de informação acerca do vírus Sars-Cov-2. A população do estudo foi composta por 24 indivíduos usuários do Programa de Saúde da Família do município de Oeiras-PI, obtendo-se resposta de 18 do total dos consultados. Houve predomínio do sexo feminino e da população adulta que se encontra entre a terceira e sexta décadas de vida. Diante das respostas obtidas, pôde-se perceber que a maior parte dos entrevistados fazem ou já fizeram uso de medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e alopáticos para a prevenção ou o tratamento da Covid-19. Quanto aos meios de proteção contra infecções, a população entrevistada é ciente destes por meio da divulgação realizada tanto pela OMS como pelo Ministério da Saúde. Já em relação aos meios de comunicação através dos quais os entrevistados recebem informações sobre a pandemia e as formas de combatê-la, a televisão e as redes sociais corresponderam a 55,6% dos meios de comunicação. No que se refere à escolaridade dos entrevistados, mais da metade possui somente ensino médio completo, sem curso superior. Nesse sentido, percebe-se que a mídia e as redes sociais têm forte influência sobre as decisões da população acerca dos cuidados na prevenção e tratamento da Covid-19.

Palavras chave:  Covid-19, automedicação, biossegurança, pandemia, meios de comunicação, fitoterápicos

1 INTRODUÇÃO

A OMS (1998) define automedicação como a seleção e o uso de medicamentos sem prescrição ou supervisão de um médico ou dentista. No Brasil, poucos estudos de base populacional traçaram o padrão de consumo de medicamentos da população brasileira como um todo. Nesse contexto, considerando os poucos estudos publicados com representatividade nacional, a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) possibilita avaliar a situação da automedicação no país como temática relevante. De acordo com estudo publicado por Arrais et al. na Revista de Saúde Pública, a população brasileira é adepta da prática da automedicação, havendo algumas diferenças regionais. A maioria dos medicamentos consumidos são isentos de prescrição, mas não são isentos de risco, e suas possíveis intoxicações e efeitos adversos podem aumentar os gastos com a saúde (ARRAIS et al., 2016).

No contexto brasileiro, a desinformação sobre o Covid-19, aliada à circulação de informações nas inúmeras mídias sociais, impulsionaram a campanha pelo uso da hidroxicloroquina, sendo este um dos principais conteúdos desinformativos que circularam nas plataformas de informação (SOARES et al., 2021).

Durante a pandemia de Covid-19, o padrão de consumo de medicamentos no Brasil chamou a atenção. Estava no centro dessa questão o denominado “tratamento precoce” ou “kit-covid”: uma combinação de medicamentos sem evidências científicas conclusivas para o uso com essa finalidade, que inclui a hidroxicloroquina ou cloroquina, associada à azitromicina, à ivermectina e à nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D. A prescrição e o uso desses medicamentos off label para tratar ou prevenir a doença recebeu contornos de grande credibilidade, quando o “tratamento precoce” e o “kit-covid” foram divulgados e o seu uso incentivado amplamente nas mídias sociais por profissionais médicos, autoridades públicas e nas páginas oficiais de Internet de Secretarias de Saúde, Ministério da Saúde e Governo Federal do Brasil (MELO et al., 2021).

Neste mesmo cenário, o processo de implementação de medidas de controle efetivas se mostrou essencial para combater os novos patógenos, interromper transmissões e salvar pacientes, pois dessa forma os hospitais conseguem ter tempo hábil para realocação de recursos humanos e materiais. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde de abril de 2020, aproximadamente 37% da população adulta refere a realização simultânea de todas as condutas de prevenção da COVID-19. Sabe-se, assim, que nem toda a população tem a adesão dos comportamentos preventivos recomendados. Nesse contexto, o constante posicionamento negacionista do governo federal contra o distanciamento social tem impactado a capacidade de controle da disseminação da doença pelo país, uma vez que a desinformação aumenta as incertezas e diminui a adesão das pessoas em relação às medidas de prevenção (FEDE et al., 2021).

Baseando-se na literatura científica relativa ao assunto e no cenário da pandemia do Covid-19, que afetou a população mundial como um todo, levantou-se como problema de pesquisa: de que maneira as práticas de automedicação e controle de infecções estão impactando a vida e a saúde dos brasileiros?

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Essa pesquisa obedece a Resolução 466/2012, que aborda a pesquisa em seres humanos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário UNINOVAFAPI através da Plataforma Brasil, o qual teve como CAAE: 53869521.5.0000.5210.

 Após a autorizações oficialmente deferidas, foi iniciada a aplicação dos instrumentos para coleta de dados. O estudo compreendeu a população abarcada por 3 Unidades Básicas de Saúde da cidade de Oeiras (PI). O município pesquisado possui 18 UBS, sendo 9 pertencentes à zona urbana e 9 distribuídas pela zona rural. Os pesquisadores trabalharam somente com os estabelecimentos localizados na zona urbana. O número médio de usuários do serviço por Unidade Básica é de 1880, de acordo com a própria Secretaria de Saúde do município.

Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, com características peculiares, não houve cálculo de quantificação do número de participantes. Seguindo a noção de saturação, fundamentada em teoria, seria o momento em que não emergem novas ideias, com uma redundância ou repetição, não sendo considerado relevante persistir na coleta de dados. Seria o momento em se alcança categorias bem estabelecidas que permitam estabelecer uma conclusão (FONTANELLA et al., 2008).

Apesar de não ser possível calcular de forma precisa uma amostra, determinou-se uma estimativa do número de participantes na quantidade de 24 indivíduos (8 participantes por UBS), por se considerar que essa amostra permitirá alcançar a saturação dos dados com a saturação das respostas e consequentemente a obtenção de categorias bem definidas. Segundo Frazer et al. (2004) o número de entrevistas deve ser pensado levando em conta os objetivos da pesquisa, os ambientes e as possibilidades de esgotamento, devendo o número de entrevistas oscilar entre 15 a 25 por pesquisador. Para tanto, selecionou-se os indivíduos cobertos pelas Unidades Básicas de Saúde Dr. Pedro Barbosa, Rodagem de Picos e Jureminha, por concentrarem uma maior quantidade de equipes de Estratégia Saúde da Família e consequentemente, de usuários.

Os participantes da pesquisa foram recrutados por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Seus números foram disponibilizados pela equipe de enfermagem responsável por cada UBS. As equipes de enfermagem foram contatadas através de um ofício elaborado pelos pesquisadores e assinada pelo orientador da pesquisa, com a devida autorização da instituição de ensino.

Os contatos doa participantes foram mantidos de maneira sigilosa, e, por meio deles, foi feito o envio do TCLE e dos questionários eletrônicos utilizando-se a ferramenta Google Docs. O primeiro questionário contém dados de caracterização socioeconômica e demográfica com respostas objetivas, enquanto o segundo apresenta uma entrevista semiestruturada com respostas abertas e subjetivas acerca das práticas de automedicação e controle de infecções realizadas pelo participante em tempos de pandemia de Covid. Todas as respostas enviadas de volta para os pesquisadores ficaram disponíveis apenas para estes, garantindo-se assim o sigilo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Caracterização dos participantes da pesquisa
Perfil sócio demográfico

A amostra foi composta por 24 usuários de diversas Unidades Básicas de Saúde do município de Oeiras, Piauí. Nessa amostra, seis usuários foram excluídos, visto que não houve preenchimento das respostas.

Portanto, a população do estudo foi composta por 18 indivíduos, sendo 77,8% do sexo feminino e 22,2% do sexo masculino. Em relação à faixa etária, 55,6% referem ter entre 30 e 60 anos e 44,4% entre 18 e 30 anos.

Quanto ao estado civil, 61,1% se declararam casados, 22,2% solteiros, 11,1% em união estável e 5,6% divorciado. Em relação à escolaridade, 61,1% tem Ensino Médio completo, 27,8% tem Ensino Superior completo, 5,6% tem Ensino Superior incompleto e 5,6% tem Ensino Fundamental incompleto. Quanto à cidade em que nasceram, 94,5% nasceram em Oeiras – PI e 5,5% em São Bernardo do Campo – SP.

Em relação à faixa de renda mensal, 16,7% referem não ter renda fixa, 22,2% recebem até 1 salário mínimo, 44,4% de 1 a 2 salários mínimos, 11,1% de 3 a 5 salários mínimos, e 5,6% acima de 5 salários mínimos.

Em relação à raça ou etnia, 77,8% considera-se pardo, 11,1% considera-se preto, 5,6% considera-se amarelo e 5,6% considera-se indígena.

Quanto à profissão, 27,8% é dona de casa, 16,7% são enfermeiros, 11,1% são técnicos de saúde bucal, 5,6% é atendente, 5,6% é autônomo, 5,6% é auxiliar de laboratório, 5,6% é designer, 5,6% é técnico de enfermagem e 5,6% é estudante.

As características sócio demográficas dos participantes estão descritas na Tabela 1.

O perfil sociodemográfico dos usuários do Programa de Saúde da Família de Oeiras – PI foi composto predominantemente por mulheres de 30 a 60 anos, casadas, com Ensino Médio completo, nascidas em Oeiras – PI com renda mensal de 1 a 2 salários mínimos.

Categorias construídas a partir dos achados qualitativos – Entrevista semiestruturada

As informações coletadas e analisadas por meio da Análise de Conteúdo de Bardin (2010) possibilitaram a construção de seis categorias analíticas: I: “O uso de medicamentos preventivos para Covid-19”; II: “O uso de medicamentos para tratar a Covid-19”; III: “Medidas de biossegurança adotadas; IV: “Meios de informação sobre a doença”; V: “Quem foram os responsáveis pela recomendação dos medicamentos”; VI: “Como diferenciam as informações verdadeiras das falsas”.

Categoria I: O uso de medicamentos preventivos para Covid-19

Segundo Brito (2020), o cenário crítico imposto pela pandemia do novo coronavírus tem impulsionado a busca por estratégias farmacológicas terapêuticas e/ou profiláticas.  Entretanto, a utilização de medicamentos nesse cenário ocorre de maneira irracional, sendo que na maioria dos casos os compostos apresentam pouca ou nenhuma evidência científica atestando sua eficácia contra o Sars-Cov-2.

Que pode ser percebido, diante da resposta de alguns participantes da pesquisa, que afirmarem ter usado algumas medicações com a finalidade de prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

D9: “Fiz uso de ivermectina e vitamina C para prevenir o contágio do coronavírus”.

Segundo Brito (2020), mesmo   com   as   frágeis   evidências   de   eficácia   da   ivermectina clinicamente contra a COVID-19, a venda desse medicamento explodiu no Brasil.  Só no mês de junho, o mercado farmacêutico vendeu cerca de 8,6 milhões de caixas de ivermectina. Isso representa uma variação percentual de 1222% se comparado as 650 mil unidades vendidas no mesmo mês de 2019. Nessa direção, o volume de junho de 2020 é maior que as vendas somadas de todo ano de 2019, de cerca de 8,2  milhões  de  caixas.

De acordo com o mesmo autor, as vendas de vitamina C ou ácido ascórbico, que teve propagado o seu “efeito preventivo” contra  o  novo  coronavírus  pelas  mídias  sociais, aumentaram quase 180% de Janeiro a Março de  2020,  em  comparação  com  o  mesmo  período  do  ano  passado (BRITO, 2020).

D18: “Fiz uso de azitromicina, dipirona e ivermectina para prevenir a Covid-19”.

Dentro da população do estudo realizado, 50% afirmou ter feito uso de algum remédio para prevenir a contaminação pelo Sars-Cov-2, sejam elas alopáticas, fitoterápicas e/ou homeopáticas. Dentre as que utilizaram uma ou mais medicações, 44% fez uso de azitromicina, 44% fez uso de fitoterápicos, 22% de ivermectina e 11% de corticoides, como a dexametasona.

Segundo Furtado (2020), adicionar azitromicina ao tratamento padrão (que incluía hidroxicloroquina) não melhorou os resultados clínicos em pacientes com COVID-19 grave.

D5: “Sim, fiz uso de Astro® e dexametasona”.

Segundo Brito (2020) A dexametasona reduziu em um terço as mortes de pacientes em estado grave, e cerca de 20% das mortes de pacientes que recebiam apenas oxigênio. Diante desses resultados favoráveis, a OMS apontou a dexametasona como promissora no tratamento da COVID-19. Entre pacientes que não demandam suporte respiratório, a dexametasona foi similar ao placebo no que se refere aos benefícios terapêuticos e desfechos clínicos. Assim, seu uso deve ser limitado para pacientes com quadros graves ou críticos de COVID-19, e sua utilização em casos leves ou como um medicamento profilático não é recomendável.

Categoria II: O uso de medicamentos para tratar a Covid-19

Devido à falta de uma terapia específica e eficaz contra a COVID-19, o seu tratamento atual baseia-se no controle sintomático e na oferta de suporte ventilatório. A busca pela terapia antiviral efetiva movimenta a comunidade científica em busca do tratamento curativo (BRITO, 2020).

D6: “Já tive Covid, e fiz uso de Azitromicina, Ivermectina, prednisona e zinco como tratamento”.

Dentre os que já testaram positivo para covid-19 na população em estudo, 46% afirmou ter feito uso de medicações para tratar a doença. Desta parcela, 50% fez uso de azitromicina, 33,3% fez uso de suplementos vitamínicos e minerais, como zinco e vitamina D, 16,6% fez uso de ivermectina no tratamento, 16,6% fez uso de corticoides, como prednisona, 16,6% fez uso de fitoterápicos, como chás e 16,6% fez uso de sintomáticos, como a dipirona.

D7: “Sim, tive Covid e usei azitromicina e vitamina D no tratamento”.

Um estudo realizado por De Carvalho (2020), analisou que a vitamina D e o zinco são dois micronutrientes que exercem funções imunomoduladoras e anti-inflamatórias com benefícios em infecções virais. No entanto, apesar de algumas hipóteses propostas, a eficácia da suplementação de vitamina D e/ou zinco para a melhora da imunidade na prevenção e tratamento da covid-19 ainda não foi demonstrada, tendo em vista que ensaios clínicos ainda estão em desenvolvimento.

Segundo Wu (2020), o macrolídeo azitromicina (AZ), ainda por mecanismo incerto, demonstrou ser efetivo quando iniciado precocemente em pacientes com infecções respiratórias graves.

Segundo Person (2021), não há evidência científica, até o momento, da efetividade da ivermectina em humanos para a prevenção ou para o tratamento da COVID-19. A indicação clínica atual baseia-se em estudos in vitro e em estudos em animais de experimentação, e os poucos estudos observacionais e experimentais disponíveis na literatura não apresentam boa qualidade que possibilite qualificar a ivermectina como opção terapêutica eficaz.

D10: “Utilizei apenas chás como tratamento de Covid”.

De acordo com Mafra (2020), um dos fatores que contribuíram para a busca por remédios caseiros foi a falta de medicamentos usados para tratar o covid-19 nas drogarias, tais como o Azitromicina, cloroquina e até Vitamina C, e também pelo aumento dos preços de medicamentos suplementares durante o período da pandemia evidenciando a clássica lei da oferta e da demanda.

D9: “Já tive Covid e fiz uso de dipirona no tratamento”.

Vale ressaltar que o Sistema Único de Saúde (SUS) está dando aos pacientes confirmados de caso leves Dipirona 500 mg caso de dor, pois é uma medicação antitérmica e analgésica. Azitromicina 500 mg (05 comprimidos), sendo um antibiótico auxiliando nas células de defesa (JÚNIOR, 2020).

Categoria III: Medidas de biossegurança adotadas

Segundo Silva (2021), faz-se necessário o efetivo emprego das recomendações acerca do uso dos EPIs, a reestruturação de novas rotinas e fluxos operacionais e clínicos na prática dos serviços, bem como a realização de monitoramento dos profissionais de saúde, em especial a testagem, e de treinamentos que permitam capacitar equipes para lidar com patógenos altamente infecciosos e situações de surtos de doenças.

D1: “Como medida de cuidado, utilizo álcool em gel e máscara”.

Considerando a transmissão de pessoa para pessoa da COVID-19 por meio de gotículas, mãos e superfícies contaminadas, a interrupção da cadeia de transmissão pode ser reduzida a partir da higienização frequente das mãos com água e sabão ou com um desinfetante à base de álcool, devendo essa prática ser incentivada e incorporada aos treinamentos organizacionais (SILVA, 2021).

De acordo com Ortelan (2021), sabe-se que a transmissão do novo coronavírus entre humanos ocorre principalmente na interação pessoa-pessoa pelo contato com gotículas produzidas por via oral e nasal (na respiração, fala, tosse ou espirro de indivíduos infectados, sejam doentes ou assintomáticos) e que o vírus permanece em boas condições no ar por até três horas e em superfícies rígidas por até 72 horas.

D7: “Estou sempre lavando as mãos, usando máscaras e álcool em gel para prevenir a contaminação pelo vírus”.

Dentre todas as formas de biossegurança usadas pela população do estudo, o uso rotineiro de máscaras estava presente em 94,4% delas, o uso de álcool na desinfecção em 77,7%), a lavagem frequente das mãos em 66,6% e o distanciamento social em 57%.

Segundo Fernandes (2020), compreende-se a recomendação muitas vezes repetida durante a pandemia: lave frequentemente as mãos com sabão. Com muito sabão, para que a concentração de tensioativos seja elevada, e demoradamente, para permitir que haja tempo para a desagregação das membranas virais o mais extensamente possível. E enquanto não lavar as mãos, não tocar com elas na boca, nariz e olhos, para não oferecer ao vírus uma porta de entrada para o interior do corpo.

D4: “Uso álcool em gel, máscara descartável e distanciamento social, evitando estar em lugares com aglomeração”.

Segundo Dias (2020), É importante destacar que ambos, isolamento social e quarentena, precisam ser aplicados associados ao distanciamento social, medida preventiva em que as pessoas devem passar a manter a distância mínima de um metro e meio entre elas e evitar aglomerações. Isso, normalmente, ocorre sob orientação do poder público que, preocupado com o risco de infecção em massa, lança mão dessa medida preventiva que separa as pessoas e tenta interromper ou dificultar a transmissão do vírus, uma vez que, por ser uma doença transmitida por gotículas respiratórias, requer distanciamento entre as pessoas. Tal medida torna-se bastante útil em locais em que a transmissão comunitária já tenha se instalado, quando não existe clareza das ligações entre os casos e ainda quando as restrições impostas às pessoas comprovadamente expostas são insuficientes para impedir que ocorra a transmissão.

Categoria IV: Meios de informação sobre a doença

Embora já bem conhecido nos círculos de especialistas e suficientemente divulgado no início do século, o termo “coronavírus” é novo no imaginário social e a compreensão científica sobre suas mutações também muda diariamente. Em épocas de crise, os meios de comunicação sempre se colocaram como protagonistas essenciais, servindo tanto à busca reativa como à proativa, seja na qualidade de veículos para alertas, relatórios e recomendações para o coletivo e autoridades, mas também como produtores de versões sobre as informações em que se identifiquem incongruências ou lacunas de sentidos por preencher (VASCONCELLOS-SILVA et al., 2020)

D2: “Obtenho informações por meio da televisão, grupos de mensagens e redes sociais”

55,6% dos entrevistados declararam obter informações sobre o Covid-19 tanto por meio da televisão como por redes sociais. 11,1% relataram utilizar grupos de mensagens como fonte de notícia. Essa mesma porcentagem também declarou receber informações de terceiros, bem como ler jornais e revistas. Uma minoria, 5,6%, utilizava o rádio e artigos científicos como fonte.

Um dos grandes diferenciais em relação às pandemias anteriores se trata do nível de globalização da sociedade, que está cada vez mais conectada pelo uso da internet. Nesse momento, há uma produção incomparável de informações e conteúdos técnicos e científicos sobre a Covid-19, tornando o momento atual um grande marco na sociedade moderna (COELHO et al., 2020).

D8: “Recebo informações a partir da educação permanente na minha área, onde atuo como enfermeira”

O Ministério da Saúde reassume que a Educação Permanente em Saúde (EPS) deve se configurar como uma aprendizagem pelo trabalho de maneira que os processos de ensino e aprendizagem sejam incorporados ao cotidiano dos serviços de saúde por meio da aprendizagem significativa, com vistas na transformação das práticas profissionais. A política de EPS se apresenta como potencial para impulsionar  processos de mudança e consolidação do modelo de assistência à saúde, uma vez que seu objetivo  é direcionado para a incorporação,  por  parte  dos  trabalhadores, de processos de trabalhos condizentes com os princípios e diretrizes do SUS, que reconhece em seu ordenamento jurídico a responsabilidade e a competência para formação dos trabalhadores da saúde como estratégia de consolidação do modelo assistencial do SUS (SANTOS et al., 2021).

Categoria V: Quem foram os responsáveis pela recomendação dos medicamentos utilizados?

Mais de 80% dos pacientes com Covid-19 se recupera sem a ajuda de nenhum tipo de tratamento, mas com frequência essa alta taxa de recuperação tem sido atribuída incorretamente ao uso de medicamentos sem comprovação científica. Um dos grandes problemas da disseminação de informações equivocadas sobre tratamentos sem evidências de benefícios é o aumento desenfreado da procura por alguns medicamentos. Além disso, um “kit covid-19” contendo azitromicina, ivermectina e cloroquina ou hidroxicloroquina, foi distribuído em alguns estados para a prevenção ou tratamento de pessoas com sintomas iniciais da doença, mesmo sem eficácia confirmada (FERREIRA et al., 2020).

D3: “Fiz uso de Astro® para tratar a Covid, e tomei por conta própria”

Durante a pandemia de COVID-19, o padrão de consumo de medicamentos no Brasil chamou a atenção. Estava no centro dessa questão o denominado “tratamento precoce” ou “kit-covid”: uma combinação de medicamentos que incluia a hidroxicloroquina, associada à azitromicina, à ivermectina e à nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D (MELO et al., 2021).

Além disso, a divulgação de  estudos  preliminares  e  o  espalhamento  de  fake news  pelas  mídias  sociais  acabaram  por  incentivar  as  pessoas  a  comprarem  medicamentos  e  usarem  terapias    tradicionais    de    maneira    indiscriminada,  expondo  os  pacientes  a  um  risco  altíssimo (BRITO et al., 2020).

D6: “Tomei azitromicina, ivermectina, prednisona e zinco para tratar a Covid. Quem prescreveu foi o médico”

Os médicos são cotidianamente instigados a apresentar respostas técnicas aos problemas de saúde que lhes são expostos. Nem sempre o aparato farmacológico posto à disposição destes é capaz, pela descrição direta da indicação em cada uma das suas respectivas bulas, de trazer uma resposta exata a um determinado problema de saúde detectado em um paciente. Nesse cenário, a prescrição off-label assume protagonismo. No cenário da pandemia, os médicos foram instados a, figurativamente, “tatearem no escuro”, em busca de meios que, de alguma maneira, possam atenuar, refrear, mitigar ou curar a doença. Porém, admitir essa possibilidade não é o mesmo que franquear amplamente o uso indiscriminado dessa ferramenta (SOARES et al., 2020).

D14: “Pesquisei sobre os medicamentos na internet e em redes sociais”

A partir deste cenário de tempos críticos, percebe-se a difusão de conhecimentos e informações relacionadas à pandemia. A ampliação da conexão via internet e das múltiplas mídias/redes sociais, tem possibilitado que novas ferramentas tecnológicas levem estudos e experiências a qualquer hora e em qualquer lugar para um número significativo de sujeitos. Neste cenário, no Brasil, são colocadas em voga algumas notícias de caráter inverídico, principalmente com relação ao tratamento relacionado ao Coronavírus (ROCHA et al., 2020).

Categoria VI: Como diferenciam as informações verdadeiras das falsas?

A grande questão que permeia a problemática da propagação de notícias falsas consiste no desnorteamento populacional, ocasionado pela incerteza de quais fontes podem ser confiáveis. Desta forma, notícias robustas e verdadeiras adquirem menor impacto em diversos núcleos sociais. Um dos problemas mais notórios dessas notícias falsas, veiculadas em meios de comunicação de fácil acesso, é a banalização do conteúdo que abordam. Este problema se torna ainda mais significativo, uma vez que, frente a pandemia, certas atitudes errôneas podem comprometer amplamente a saúde coletiva. Dessa forma, gera-se perda da eficácia de medidas preventivas (DE MATOS et al., 2020).

D14: “Sigo as orientações fornecidas pelo Ministério da Saúde”

Com o intuito  de  combater  às  notícias  falsas,  o  governo  brasileiro  realizou  em 2018 uma campanha digital para debater e diminuir a circulação de boatos e mentiras sobre vacinação. Na ação, imagens e vídeos trouxeram exemplos de mensagens errôneas que  se  difundiram  na  internet  e  convidavam  os  cidadãos  a  refletirem  sobre  o  conteúdo que compartilham nas redes sociais. Outra iniciativa, realizada, desta vez, de forma contínua, foi a criação do canal de comunicação do Ministério da Saúde chamado Saúde Sem Fake News, no segundo semestre de 2018 (MONARI et al., 2019).

D3: “Existem muitas especulações; queria entender a melhor forma de não pegar Covid”

O excesso de informações, muitas vezes conflitantes, torna difícil encontrar aquelas que são verdadeiramente úteis para orientar as pessoas, e pode dificultar a tomada de decisão por gestores e profissionais da saúde, especialmente quando não há tempo hábil para avaliar as evidências disponíveis. O site do MS traz uma lista de notícias falsas, o que se sabe realmente sobre o assunto em questão, e recomendações para a prevenção da Covid-19. O MS também disponibilizou um número de WhatsApp para envio de mensagens recebidas nas mídias sociais contendo informações duvidosas, cuja veracidade deverá ser apurada pelas áreas técnicas, dando-se retorno oficial, em seguida, a tais mensagens. A principal forma de minimizar a infodemia é orientar as pessoas para que verifiquem a fonte e a veracidade das informações antes de compartilhá-las ou de as utilizarem como orientação. Ou seja, deve ser priorizada a qualidade, em vez da quantidade de informações (GARCIA et al., 2020).

4. CONCLUSÃO

Esse estudo propôs avaliar as práticas de automedicação e controle de infecções comunitárias de uma determinada população em tempos de pandemia de Covid, bem como o consumo de informações que nortearam as decisões tomadas pelos entrevistados.

O perfil sociodemográfico apresentou predominância do sexo feminino, faixa etária adulta entre 30-60 anos, renda mensal de 1 a 2 salários mínimos, pessoas casadas e com ensino médio completo. Quanto à profissão, prevaleceram donas de casa e trabalhadores da área da saúde.

Em relação ao uso de medicamentos preventivos contra a Covid, mais da metade doa entrevistados relatou ter feito uso de algum medicamento, fossem eles homeopáticos, alopáticos ou fitoterápicos. A prevalência se deu entre a azitromicina e medicamentos fitoterápicos, principalmente chás. Isso mostra que, apesar da comprovação científica sobre a ausência de medicamentos profiláticos contra o Covid-19, ainda existe uma grande adesão populacional a esse tipo de medida.

Dentre os que já testaram positivo para a doença, quase metade dos entrevistados relatou ter feito uso de medicações para tratá-la. A azitromicina, mais uma vez, mostrou-se predominante como medicamento alopático, acompanhada de vitaminas e minerais tais como zinco e vitamina D. Mais uma vez, cabe ressaltar que drogas que mudam o curso da doença só possuem relevância em casos graves, visto que a Covid é uma doença autolimitada na maioria das vezes.

No que se refere às medidas de biossegurança e medidas de proteção individual, o uso rotineiro de máscaras foi o mais prevalente, seguido do uso de álcool para desinfecção, bem como a lavagem frequente das mãos. Foi possível observar que essas medidas tiveram alto índice de adesão entre os entrevistados. Logo, recomenda-se que tais métodos sejam associados ao distanciamento social para atingir máxima eficácia.

Quanto ao meio de obtenção de informações, mais da metade dos entrevistados relataram ser por meio da televisão ou por redes sociais, e com uma minoria referindo usar artigos científicos como fonte de pesquisa. Isso ressalta a facilidade da propagação de notícias sem embasamento científico entre a população.

As medicações utilizadas pelos pacientes que contraíram Covid durante o período de pandemia tiveram seu uso recomendado por diversas fontes. A prescrição de medicamentos off-label pelos médicos chamou a atenção, visto que nenhuma das drogas recomendadas possui qualquer efeito benéfico sobre os casos leves da doença. Levando em consideração que o papel do médico consiste em não apenas receitar remédios, mas também orientar a população sobre a fisiopatologia da doença a fim de tranquilizá-la, observa-se que este último não tem sido bem aplicado, visto que foi possível observar a dúvida de muitos dos entrevistados sobre meios de proteção e tratamento do Sars-CoV-2. Além das drogas prescritas por profissionais da área da saúde, pôde-se observar a automedicação nesse quesito também, com alguns dos entrevistados utilizando-se da internet para decidir sobre seu próprio tratamento.

REFERÊNCIAS:

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1, 2Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Uninovafapi

3PhD em Reabilitação oral pela Niigata University/Japan, Especialista em Bioética e Direitos Humanos pelo Instituto Camilo Filho/Anis e professor titular do Centro Universitário Uninovafapi e UESPI