PRÁTICAS CLÍNICAS EM NEFROLOGIA PEDIÁTRICA

CLINICAL PRACTICES IN PEDIATRIC NEPHROLOGY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7986380


Gabriella da Silva Ferreira¹ Felipe Zanella Caleffi² Hamanda Almeida Souza³ Isadora Pereira Rezende⁴ Luiz Miguel Carvalho Ribeiro⁵ Isabella Manfrim Garcia⁶ Kadmo Raul Sampaio Amorim⁷ Brenda Rodrigues da Silva Santos⁸ José Trajano Feitoza Neto⁹ Maria de Jesus Fialho Alencar Façanha¹⁰ Maria Laura Nunes Machado de Barros¹¹ Arnaldo Leôncio Dutra da Silva Filho¹² Tarcísia Bezerra de Alencar¹³ Micaela Henriette Gaspar Souza¹⁴ Martha Eliana Waltermann¹⁵


Resumo

O objetivo do estudo trata-se em evidenciar na literatura atualizações recentes acerca das práticas clínicas em nefrologia pediátrica. Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados SCIELO, LILACS e BDENF, utilizando-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Saúde da Criança; Nefrologia, Guia de Prática Clínica, integrando-os por meio dos operadores booleanos AND. A literatura apresenta que os principais cuidados assistenciais envolvem a realização de exames físicos, exames laboratoriais e estudos de imagem. Os nefrologistas pediátricos podem diagnosticar suspeitas de doenças do trato urinário na primeira infância, permitir tratamento imediato e evitar riscos ou maiores complicações à saúde.

Palavras-chave: Nefrologia pediátrica, Práticas Clínicas, Saúde da Criança.

Abstract

 The objective of the study is to highlight recent updates in the literature about clinical practices in pediatric nephrology. Integrative literature review carried out in the SCIELO, LILACS and BDENF databases, using the Health Sciences Descriptors (DeCS): Child health; Pediatric Nephrology and Clinical Practices, integrating them through the Boolean operators AND. The literature shows that the main care involves physical examinations, laboratory tests and imaging studies. Pediatric nephrologists can diagnose suspected urinary tract disorders in early childhood, allow for prompt treatment, and prevent risks or major health complications.

Keywords: Pediatric Nephrology, Clinical Practice, Child Health.

INTRODUÇÃO

A nefrologia pediátrica é o ramo da pediatria responsável pela prevenção, diagnóstico e tratamento das condições que afetam os rins de bebês, crianças e adolescentes. A nefrologia pediátrica também pode tratar condições como enurese noturna, urolitíase, hipercalciúria, síndrome nefrótica, lesão renal aguda, refluxo vesicoureteral, doença renal policística, bem como, outras doenças crônicas ou congênitas (PALMA et al., 2022).

Esta área, é especializada no diagnóstico e tratamento de doenças dos rins e do trato urinário. Este departamento médico especializado está qualificado para atender neonatos, lactentes, crianças e adolescentes, e é prontamente acessível por uma equipe multidisciplinar de atendimento pediátrico quando necessário. Crianças e adolescentes podem sofrer de doença renal aguda ou crônica e doenças congênitas ou adquiridas do sistema urinário  (VILARDOURO et al., 2022).

Os problemas renais mais comuns nesta fase da vida são: Infecções do trato urinário, enurese noturna e distúrbios urológicos (incluindo enurese noturna ou enurese noturna), hipertensão arterial, rins congênitos e anormalidades do trato urinário, urolitíase (cálculos ou cálculos renais), hematúria (sangue na urina), proteinúria (excesso de proteína urinária em) ). anormalidades do trato urinário), glomerulopatias primárias e secundárias (nefrite, síndrome nefrótica, síndrome nefrótica), doenças genéticas, doença renal cística e doença tubular renal (PALMA et al., 2022).

Diante disso, na identificação de quaisquer quadros mencionados, deve-se voltar às práticas clínicas para a assistência e promoção da recuperação do paciente pediátrico.  Para isso, faz-se necessário, uma atuação multiprofissional com profissionais capacitados e dispostos a promover todos os cuidados necessários. Dessa maneira, a realização deste estudo justifica-se pela sua relevância acadêmica, científica e social, pautado em apresentar as principais informações do tema em questão. 

OBJETIVO

Evidenciar na literatura atualizações recentes acerca das práticas clínicas em nefrologia pediátrica.

METODOLOGIA

Este estudo, trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de cunho descritivo-exploratório, cuja finalidade foi reunir informações de diferentes estudos de maneira objetiva, completa e imparcial sobre a temática. Fundamentada pela metodologia proposta por Mendes; Silveira; Galvão, (2008), seguindo as etapas de: escolha do tema e questão de pesquisa, delimitação dos critérios de inclusão e exclusão, extração e limitação das informações dos estudos selecionados, análise dos estudos incluídos na revisão, análise e interpretação dos resultados e apresentação da revisão ou síntese do conhecimento.

O problema de pesquisa, diante de todo esse quadro que se busca descortinar, foi reformulado na seguinte pergunta norteadora: Quais as práticas clínicas em nefrologia pediátrica?

A fim de alcançar as respostas evidentes, esta pesquisa foi realizada a partir de fontes secundárias, por meio do levantamento bibliográfico em bancos e bases de dados científicos: Scientific Eletronic Online Library (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando-se nas buscas os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Saúde da criança; Nefrologia, Guia de Prática Clínica, integrando-os por meio dos operadores booleanos AND.  

Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram: estudos disponíveis de forma gratuita e na íntegra, que abordassem a temática, nos idiomas português e espanhol publicados nos últimos 5 (cinco) anos, indexados nas bases de dados supracitadas. Já os critérios de exclusão definidos incluíram: teses, dissertações, monografias, trabalhos duplicados em mais de uma base de dados e aqueles que não correspondiam ao objetivo proposto.

Após a realização da busca, pelo levantamento bibliográfico foram encontrados 100 artigos sendo distribuídos 44 na SCIELO, 32 na LILACS e 24 na BDENF. Destes, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, esse número reduziu para 36, ficando 22 na SCIELO, 10 na LILACS e 4 na BDENF. Com a realização da leitura dos títulos e resumos ficaram 10 estudos que, com a leitura na íntegra, selecionou-se 6 trabalhos para compor a amostra final.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Crianças e adolescentes ocupam um lugar especial nos cuidados com a saúde renal. Assim, um nefrologista pediátrico é um médico dedicado ao cuidado desses pacientes. Assim, frente ao levantamento de dados, a literatura apresenta que os principais cuidados assistenciais, envolvem a realização de exames físicos, exames laboratoriais e estudos de imagem, os nefrologistas pediátricos podem diagnosticar suspeitas de doenças do trato urinário na primeira infância, permitir tratamento imediato e evitar riscos ou maiores complicações à saúde (FERRARI et al., 2023). 

Constantemente, a prevalência e o diagnóstico de doença renal estão aumentando devido a fatores como aumento da obesidade, falta de exercício, diabetes, hipertensão arterial, descoberta de anomalias congênitas dos rins e do trato urinário, como também, complicações da função renal. aumentar. Sempre na vanguarda dos avanços científicos e inovações em intervenções farmacêuticas, clínicas, cirúrgicas e diagnósticas, o departamento de nefrologia pediátrica dedica-se a identificar alterações da função renal e a presença de anomalias estruturais congênitas dos rins e/ou ductos em estágios iniciais (SILVEIRA et al., 2022).

Frente ao exposto, uma das práticas clínicas essenciais nesta área, envolve a prevenção primária e secundária e no manejo de complicações da doença renal em no setor ambulatorial  e clínicas, bem como nas unidades de terapia intensiva pediátrica e de cardiologia pediátrica. A atuação multiprofissional, torna-se essencial, e deve ser composta de cuidados de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e especialmente de médicos. O acompanhamento, envolve a evolução do quadro clínico do paciente, pois permite avaliar a recuperação ou qualquer agravo clínico que possa surgir (VILARDOURO et al., 2022).

O tratamento de crianças com doenças renais, torna-se um desafio tanto para os familiares, como também para os serviços de saúde, devido ao alto custo que envolve o diagnóstico e tratamento de crianças.  É importante, buscar um especialista, em caso do surgimento de qualquer sintoma com dificuldade de urinar, presença de sangue na urina, alterações na função renal ou inchaço (PALMA et al., 2022).

Quando o paciente pediátrico necessita de tratamento hemodialítico, os cuidados devem ser contínuos. Neste contexto, as intervenções visam diferentes objetivos. O cuidado contínuo da equipe são fatores que podem melhorar a qualidade da assistência e reduzir a frequência de interações durante o tratamento. Considerando as principais complicações que ocorrem durante os procedimentos de diálise, o monitoramento, a detecção de anormalidades e a pronta intervenção da equipe multiprofissional especializada são fundamentais para garantir um tratamento seguro e eficiente aos pacientes (FRANTZESKI et al., 2023).

Crianças com doença renal podem ter problemas físicos como: Correr, caminhar, levantar pesos, subir escadas etc. Portanto, é necessário adaptar-se às novas condições de vida impostas pela doença. Em última análise, isso leva a mudanças radicais no estilo de vida e afeta a qualidade de vida do paciente (ABREU et al., 2020). 

CONCLUSÃO

O objetivo deste estudo foi alcançado, tendo em vista, que se evidenciou as principais práticas clínicas em nefrologia pediátrica. Assim, constata-se:  a solicitação de exames clínicos e de imagem, a realização de exames físicos, solicitação de exames laboratoriais, assistência multiprofissional de enfermagem, fisioterapia, psicologia e especialmente de médicos especializados. 

O cuidado ao paciente pediátrico com complicações renais, torna-se um desafio, especialmente pela falta de recurso e pelo alto custo de diagnóstico e tratamento. Contudo, o cuidado deve ser voltado e integral, para minimizar os riscos e complicações futuras. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor é a intervenção terapêutica.

REFERÊNCIAS 

ABREU, Andrea Pio de; RIELLA, Miguel Carlos; NASCIMENTO, Marcelo Mazza do. A Sociedade Brasileira de Nefrologia e a pandemia pela Covid-19. Brazilian Journal of Nephrology, v. 42, p. 1-3, 2020.

FERRARI, Cassio Rodrigues; LOPES, Carlos Eduardo; BELANGERO, Vera Maria Santoro. Interação nefro-intensivista pediátrica na lesão renal aguda. Brazilian Journal of Nephrology, 2023.

FRANTZESKI, Michelle Hagi et al. Redução da força muscular periférica e respiratória em pacientes pediátricos após transplante renal. Brazilian Journal of Nephrology, 2023.

PALMA, Lilian Monteiro Pereira et al. Diálise peritoneal pediátrica no Brasil: momento de discutir a sustentabilidade. Um documento da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante. Brazilian Journal of Nephrology, 2022.

SILVEIRA, Letícia Santos et al. O papel do enfermeiro na hemodiálise pediátrica. Research, Society and Development, v. 11, n. 2, p. e29411225582-e29411225582, 2022.

VILARDOURO, Ana Sofia et al. Síndrome hemolítico-urêmica: 24 anos de experiência de uma unidade de nefrologia pediátrica. Brazilian Journal of Nephrology, 2022.


¹Medicina pela FAMP – Faculdade Morgana Potrich, Mineiros – GO
E-mail: Gabysilvaferreira@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0009-5914-8257
²Medicina pela FAMP – Faculdade Morgana Potrich, Mineiros – GO
E-mail: felipezanela@hotmail.com
ORCID: 0009-0009-2171-9747
³Medicina pela UniRV – Universidade de Rio Verde – Câmpus Goianésia
E-mail: hamanda.ep@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5190-1499
⁴Médica pela UniRV – Universidade de Rio Verde – Câmpus Rio Verde
E-mail: isa_rezende1@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6017-1790
⁵Medicina pela FAMP – Faculdade Morgana Potrich, Mineiros – GO
E-mail: luizmig.cr@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-2807-0790
⁶Medicina pela FAMP – Faculdade Morgana Potrich, Mineiros – GO
E-mail: isamanfrim@outlook.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0008-6388-6589
⁷Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros – Unifimes – GO
E-mail: kadmoamorim@academico.unifimes.edu.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8708-5016
⁸Odontologia pela Universidade Salgado de Oliveira – Centro Universo Goiânia
E-mail: brendaawell@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0009-3960-1448
⁹Medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos – ITPAC Palmas
E-mail: netofeitozamed@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6281-0955
¹⁰Medicina pela Universidade Ceuma, São Luís, Maranhão
E-mail: maria.fialho14@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0006-4496-548X
¹¹Medicina pela Universidade Ceuma, São Luís, Maranhão
E-mail: laurabarross_@outlook.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8411-5897
¹²Medicina pela ITPAC Santa Inês
E-mail: Arnaldoleoncio@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8533-0110
¹³Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão
E-mail: tarcisiah@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0009-8621-3915
¹⁴Médica, Residente de Clínica Médica, Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, São Paulo
E-mail: mi-gaspar@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3613-3193
¹⁵Mestra em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade, Universidade Luterana do Brasil
E-mail: martha.waltermann@ulbra.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1780-8888