PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS UTILIZADOS POR DISCENTES COMO PRÁTICA COMPLEMENTAR DURANTE O ENFRENTAMENTO DA COVID – 19

MEDICINAL PLANTS AND PHYTOTHERAPEUTIC MEDICINES USED BY STUDENTS AS A COMPLEMENTARY PRACTICE DURING FIGHTING COVID – 19

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249091723


Brunna Emanuelly Guedes de Oliveira1
Yngrid Nathalia Ramos de Queiroz2
Sabrina Félix Silva3
Nalanda Maria Ferreira Cordeiro3
 Ana Raquel Souza dos Santos3
Jayane Ellen Pereira Farias3
Maria Fernanda Ramalho Pereira Lemos3
Luís Felipe Alves Dionísio3
Heloisa Santos Alves3
Maria Catarina do Nascimento Alves3
Laisianne Alves Ferreira3
Laysa Kailanne Pachêco Gomes Pinho3
Layane Rafaelle Almeida Albuquerque3
César Augusto Ferreira Rodrigues3
Maria do Socorro Ramos de Queiroz4


Resumo

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) através da Portaria GM/MS nº 971/2006, com o objetivo de incorporar e implementar as PICs no SUS, especialmente na atenção básica, fortalecendo o cuidado integral em saúde. A PNPIC aprovou 53 tipos de práticas que podem ser usadas de forma complementar, individualizada e ponderada para prevenção, promoção e recuperação da saúde, portanto, essas práticas podem compor estratégicas no enfrentamento da Covid-19, especialmente para impactos na saúde mental e aumento da imunidade. O objetivo da pesquisa foi avaliar o uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos por estudantes de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba durante a pandemia. De março a maio de 2021, 139 estudantes participaram de um questionário online, com idades entre 15 e 24 anos (75,53%). O uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi confirmado por 78,42% dos participantes, com 81% do gênero feminino e 71,79% do masculino. Poucos relataram comorbidades, como hipertensão e diabetes. A pandemia provocou ansiedade em 53 estudantes, estresse em 17, insônia em 9 e aumento da pressão arterial em 1. Apenas 14 (10,07%) testaram positivo para Covid-19, enquanto 43,89% não testaram e 46,04% não realizaram teste. Dentre as plantas usadas para saúde mental e imunidade incluíram Camomila (16,08%), Capim Santo (8,74%), Erva Cidreira (8,51%), Alho (7,33%), Erva Doce (7,09%), Ginko Biloba (4,02%) e Alecrim (2,84%). Um dado preocupante foi que 101 estudantes relataram desconhecimento sobre contraindicações das PICs, algo que deve ser melhor abordado na formação dos futuros farmacêuticos. Em meio à pandemia e isolamento social, as PICs mostraram-se úteis para promover atividade física e autonomia na busca por uma vida saudável.

Palavras-chave: Práticas Integrativas e Complementares; Saúde Mental; Pandemia.

1 INTRODUÇÃO

No ano de 2019, na província Hubei localizada na China, surgiram casos de pneumonia, decorrido por um vírus relativamente grande variando de 80 a 120 nm de diâmetro, constituído de glicoproteínas em sua membrana, foi o responsável por causar doenças respiratórias em animais como também em humanos, infectando mais de 21 milhões de pessoas e causando cerca de 800 mil óbitos no mundo (OMS, 2020).  Este vírus inicialmente chamado de 2019-n-CoV, recebeu o nome oficial de coronavírus (Covid-19), sendo então classificado como uma síndrome clínica causada por um novo vírus coronavírus 2 (“Severe Acute Respiratory Syndrome” SARS-CoV-2), um beta-coronavírus da família Coronaviridae (Dominguez, 2021; Zhu et al., 2020; WHO, 2020). Devido ao crescente número de pessoas infectadas, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia pelo novo estado de Coronavírus (SarsCoV-2) (WHO, 2020).

A Covid-19 afeta as pessoas de diferentes formas. A maioria delas podem apresentar febre, tosse seca, fadiga muscular, produção de escarro, irritação na garganta, cefaleia, náusea ou vômito e diarreia. Além de desenvolver alterações relacionados a outros órgãos e sistemas como o sistema cardíaco, neurológico, sentidos olfativo, gustativo e sistema imunológico. Este vírus pode comprometer o sistema respiratório inferior, levando a quadros de infecção viral pneumonia ou ainda levar a falência de múltiplos órgãos (Liu et al., 2020; Oliveira et al., 2020).

Embora pouco frequente e com baixa complicação entre crianças e adolescentes, a covid-19 apresenta uma pequena fração que pode evoluir para formas graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (LIMA et al., 2020 a; LIMA et al., 2020b). Idosos e pessoas com diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e pulmonares, devem ser monitoradas com maior diligência pelo sistema de saúde porque o risco de complicações é intenso (Chen et al., 2020; Li et al., 2020; Lima et al., 2020b; OMS, 2020; OPAS, 2020).

O tratamento farmacológico como forma de combate ao agente causador não é eficaz para alguns casos da Covid-19, vacinas anti-covid-19 foram desenvolvidas, no entanto a administração em todos os países ainda não atingiu 100% da população. A OMS e governos de todos os países decretaram estado de emergência aconselhando as pessoas a realizarem com mais frequências práticas de higienização, além de medidas rígidas de controle sanitário, como isolamento em suas casas e o distanciamento social, gerando problemas econômicos em todos os países com altos índices de desemprego, fome, aumento das desigualdades sociais e impactos na saúde mental (OMS, 2020).

Devido à falta de novas tecnologias terapêuticas em saúde, faz-se necessário a busca por estratégias de tratamentos alternativos, agentes terapêuticos para a redução da infecção viral e redução dos sintomas clínicos da Covid-19. Investimentos em descobertas de fármacos e vacinas eficazes e seguras ainda são necessidades humanas de extrema urgência no atual cenário mundial (Silva et al., 2020a).

Portanto, o presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento das Plantas Medicinais e dos Fitoterápicos utilizados por discentes como prática complementar durante o enfrentamento da Covid-19.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)

As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) foram implementadas no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), por meio da Portaria GM/MS nº 971 de 3 de maio de 2006, contribuindo para o fortalecimento  do SUS ao  atuar em diversos  campos da prevenção de agravos, desenvolvimento do vínculo terapêutico, promoção, manutenção, recuperação da saúde e integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade, outros pontos compartilhados são a visão sobre saúde-doença, principalmente no autocuidado  (Brasil, 2006).

Desse modo, de acordo com a Portaria nº 849 de 27 de março de 2017 e Portaria nº 702, de 21 de março 2018 no SUS, algumas PICs são reconhecidas, dentre elas pode-se destacar a Homeopatia, Fitoterapia e a Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura (Brasil, 2017; Brasil, 2018). No final da década de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional (Brasil, 2005), objetivando a formulação de políticas na área e, no ano de 2020 mais de 85% dos pacientes infectados com SARS-CoV-2 na China, receberam alguma forma de tratamento da Medicina Tradicional Chinesa (Wu et al., 2020). Assim, as PICs sempre tiveram grande importância na cultura e no cuidado a saúde e a sua inserção na permanência da pandemia foi uma estratégia benéfica, estimulando gestores a ofertar novas opções terapêuticas para o tratamento de algumas doenças (Gouveia, 2020).

Um dos objetivos da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), é a sua inserção no SUS, garantindo segurança, eficácia e qualidade, em conjunto com as diretrizes da PNPIC no SUS (Brasil, 2017).

2.2 Uso das práticas integrativas e complementares no período de isolamento social da Covid-19

Em situações emocionais decorridos durante a pandemia, as PIC’s surgiram como a retomada das emoções, aliviando o estresse e a ansiedade, bem como outros fatores gerados que interferem negativamente na saúde. Além disso, períodos de pandemia fazem emergir sentimentos de angústias e incertezas podendo ocasionar em confusões mentais, além de gerar doenças, conflitos e medos. O termo “coronofobia” tem sido utilizado por psiquiatras e psicólogos para definir transtornos gerados durante a pandemia pelo coronavírus e, segundo Hartmann (2020), este termo é utilizado para designar a preocupação, a ansiedade e o medo de contrair a Covid-19, além de referir-se também aos impactos psicológicos ocasionados pelos indivíduos que contraíram a doença. Nesse sentido, as PIC’s surgiram como uma alternativa de enfrentamento frente ao isolamento social gerado, desse modo, é possível realizar algumas práticas corporais até mesmo em seus domicílios (Oliveira et al., 2020).

2.3 Plantas Medicinais e suas propriedades na saúde mental

Num estudo realizado com alunos de uma universidade de São Paulo, observou-se que as plantas mais utilizadas para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) foram, em primeiro lugar, a Camomila(Matricaria recutita), seguida de Valeriana(Valeriana officinalis), logo após o Maracujá(Passiflora incarnata)  e, por fim, Kawa-Kawa(Piper methysticum), sendo todas com indicação terapêutica para a insônia e a ansiedade, por atuarem no  Sistema Nervoso Central (SNC) (Silva et al., 2020b).

 O benefício do Kawa-Kawapara a saúde está relacionado com a capacidade de acalmar condições nervosas, induzindo ao relaxamento e ao sono; porém o seu uso foi relacionado com hepatotoxicidade e sintomas extrapiramidais. O Maracujáé muito usado por ter ação ansiolítica e agir como um depressor inespecífico do SNC, podendo ser encontrado como constituintes alcalóides, flavonóides, glicosídeos cianogênicos, fração de esteróides e saponinas. A partir do extrato seco da planta, geralmente suas folhas e partes áreas, pode-se ser aplicado como tintura e infusão. Algumas das contra indicações da planta são em pessoas com hipersensibilidade e grávidas no primeiro trimestre (Silva et al., 2019).

 A Valeriana é eficaz contra ansiedade, angústia, leves desequilíbrios do SNC e não tem contraindicações sendo, por isso, uma das primeiras plantas em que se deve pensar para tratar a ansiedade. Ainda não se sabe exatamente quais constituintes são responsáveis por sua ação sedativa, mas sugere-se que ela atue sobre o neurotransmissor GABA, porque o aumento da concentração desse neurotransmissor está associado à diminuição da atividade do SNC (Silva et al., 2019).

Além das plantas citadas no estudo anterior, Diniz et al., (2020), ainda enumeram outras que são facilmente encontradas no Nordeste brasileiro e também apresentam efeito ansiolítico, sendo elas: Capim Santo (Cymbopogon citratus DC.), Erva Cidreira (Melissa officinalis L.), Erva Doce (Pimpinella anisum L.), Mulungu (Erythrina Mulungu) e Tomilho (Thymus vulgaris L.).

Em estudo realizado por Petenatti et al., (2011), foram avaliados os macro e microminerais presentes em drogas brutas e infusões de cinco ervas amplamente utilizadas por seus efeitos sedativos, entre elas a Passiflora caerulea e a Melissa officinalis, onde foram encontradas quantidades de cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (K) e selenio (Se). Esses minerais estão ativamente envolvidos na síntese de neurotransmissores e receptores, bem como na transmissão de impulsos nervosos, sendo úteis no tratamento de algumas doenças nervosas. Com isso, fica claro que, a ingestão de infusões das ervas estudadas (contendo esses minerais em um nível considerável) pode contribuir de forma indireta para os efeitos terapêuticos principalmente psicolépticos.

2.4 Plantas medicinais com propriedades antiviral e anti-SARS-Covid

O uso de Plantas Medicinais faz parte da vida dos indivíduos desde os primórdios e nos dias atuais é crescente o uso para tratamento antiviral, como também para auxiliar o aumento da imunidade dos indivíduos. No mundo a diversidade de plantas é enorme e cada uma com sua especificação, um exemplo é a Punica granatum, conhecida popularmente por Romã, possuindo um composto por nome de Punicalagina, um tanino hidrossolúvel, que tem efeito antiviral, relacionados aos efeito de inibição contra a Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), o que justifica sua utilização da população para doenças do trato respiratório (Hussain et al., 2018).

No gênero Mikania, se destaca duas espécies a Mikania glomerata Sprengel e a Mikania laevigata, conhecidas por Guaco. Seus extratos possuem metabólitos como a cumarina, ácido ocumárico e ácido caurenóico, onde agregam as plantas propriedades anti-inflamatórias, antialérgicas e broncodilatadoras, tais características fazem dessas plantas ótimas aliadas no combate a doenças respiratórias e possíveis aliadas para o combate de complicações causadas pela Covid-19 (Oliveira et al., 2020; Gasparetto et al., 2015).

O alho(Allium sativum L.), se torna uma opção para auxiliar na cura da Covid-19, tendo em vista que sua ação corresponde a um aumento da atividade fagocitária dos macrófagos, como também da célula natural killer. Existe a ação antiviral comprovada, além de possuir um efeito estimulador do sistema imune, pois ele desenvolve a inibição da síntese de RNA viral (Oliveira et al., 2020). 

A Flor-de-cone (Echinacea purpurea), quando testada, seu extrato mostrou uma ação inibitória frente ao vírus Influenza H1N1, H5N1 e H7N7, como também o Vírus Sincicial Respiratório (VRS), sendo responsável por isso as mudanças espaciais na hemaglutinina, proteína de membrana que concede a adesão do vírus às células, mostrando então que essa espécie pode ajudar no combate a infecção por Sars-Cov-2 (Silva et al., 2020a; Schapowal et al., 2009).

O Própolis (Apis mellífera L.) é muito utilizado na medicina para o tratamento de diversas enfermidades, incluindo as do sistema respiratório, visto que ele possui ação anti-inflamatória e imunomoduladora, que tem potencial anti-Covid-19. Na sua composição o própolis apresenta flavonoides, ácidos fenólicos (ésteres fenetílico do ácido cafeico) tais compostos farão efeitos em bactérias, fungos e vírus, como também são responsáveis pelas ações imunomoduladoras, cicatrizantes, antioxidante, dentre outras, sendo um produto promissor para o tratamento da Covid-19 (Silva et al., 2020a).

2.5 Óleos essenciais e seu potencial frente as plantas medicinais

O uso de plantas é utilizado desde a antiguidade, como forma de alimento ou defesa contra enfermidades, provavelmente por seus extratos ou óleos possuírem elevadas concentrações de substâncias químicas presentes responsáveis por atividades fisiológicas (Cunha; Roque; Nogueira, 2012). Nesse sentido, os óleos essenciais, podem apresentar atividades antimicrobianas, antivirais e potencial anti-inflamatório e além da sua baixa toxicidade, muitos deles são indicados para substituir fármacos sintéticos tradicionais nos tratamentos respiratórios (Pasdaran et al., 2016).

O uso de óleos vegetais quando utilizados de acordo com as técnicas da aromaterapia, pode ser entendido como uma prática natural não invasiva, atuando com o equilíbrio natural do organismo e fortalecendo o sistema respiratório e imunológico. Dessa forma, esta técnica pode ser administrada de forma olfativa por exemplo em difusores aromáticos, e neste caso, não apresentam efeitos adversos nos pulmões, desde que administrados em doses seguras, ou ainda realizando a sua ingestão (Cunha; Roque; Nogueira, 2012).

A técnica da aromaterapia pode representar aos profissionais de saúde, uma nova ferramenta a ser empregada no tratamento de desequilíbrios tanto físicos quanto emocionais, podendo funcionar como suporte terapêutico aos profissionais que cuidam de pessoas com Covid-19 e à comunidade em geral, acometida ou não pela doença (Nascimento; Prade, 2020). Em infecções pulmonares o uso de óleos essenciais é ainda mais promissor, porque os fotoquímicos podem rapidamente acessar os locais pulmonares comprometidos, devido à alta pressão de vapor conferindo um perfil altamente volátil (Brianti, 2020).

Dessa forma, mesmo considerando que ainda não há estudos comprovados sobre a eficácia dos óleos essenciais frente a Covid-19, existem substâncias presentes nesses óleos que podem atuar em vários sintomas que coincidem com os apresentados pela doença, como febre, tosse, resfriados, e além disso, esses óleos não apresentam efeitos colaterais (Souza, 2020).

3 METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido no período de março a maio de 2021. Foram convidados a participar 259 discentes do Departamento de Farmácia, da UEPB, no entanto responderam ao formulário do Google Forms 139 alunos.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob parecer número 4.574.743. A participação na pesquisa foi precedida pela assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos discentes seguindo os critérios da Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 (CNS, 2012).

Como ferramenta para obtenção dos dados utilizou-se um formulário do Google Forms. As variáveis independentes analisadas foram: sociodemográficas (média da idade, gênero, período que cursava, comorbidades apresentadas, problemas de saúde causados pela pandemia da Covid-19, se testaram positivo para a Covid-19, tipos de PICS utilizadas com a pandemia e tipos de Plantas Medicinais e Fitoterápicos utilizados com a pandemia). A variável dependente correspondeu a utilização ou não de medicinais e/ou fitoterápicos.

Para análise e organização dos dados da pesquisa utilizou-se a estatística descritiva, com apresentação de frequências simples ou absolutas e percentuais para as variáveis categóricas. Para os testes de associação foi utilizado o teste Exato de Fisher nos casos onde as frequências esperadas foram menores que 5 (SIEGEL, 2008), considerando o nível de significância de 5% (p<0,05). Todas as análises foram realizadas com o auxílio do software estatístico R (R CORE TEAM, 2017).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 apresenta dados sociodemográficos, comorbidades apresentadas, problemas de saúde oriundos da pandemia da Covid-19 e as PICS utilizadas, não sendo obtido correlações entre as variáveis dependentes e independentes (p<0,05).

A população do estudo foi bem representada pela faixas etárias compreendidas entre 15-24 anos (n=105; 75,53%). Por se tratar terapia alternativa, foi importante observar na Tabela 1 que dos 139 acadêmicos do Curso de Farmácia da UEPB que participaram do estudo, 109 (78,42%) registraram que fizeram uso de PICS dos tipos Plantas Medicinais e Fitoterápicos, sendo a prática realizada por 81% do gênero feminino e 71,79% do masculino. A maioria da amostra foi composta por mulheres e por graduandos do 6º período. Por se tratar de uma população jovem apenas 8 pessoas relataram ser portador de comorbidades tais como: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus, no entanto 5 não declararam o tipo que apresentava.

Tabela 1 – Correlação dos dados sociodemográficos, comorbidades apresentadas, problemas de saúde oriundos da pandemia da Covid-19 e PICS utilizadas.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2021.

As repercussões psicológicas e psiquiátricas de uma pandemia, como no caso da Covid-19, esteve presente neste estudo. Foi importante observar que 53 pessoas registraram ansiedade, 17 estresse, 9 insônia e 1 aumento dos níveis pressóricos. Segundo Costa e Mendes (2020) o medo aumenta os níveis de ansiedade e estresse em indivíduos saudáveis e intensifica os sintomas daqueles com transtornos psiquiátricos pré-existentes, com isso durante epidemias e pandemias, o número de pessoas cuja saúde mental é afetada tende a ser maior do que o quantitativo de indivíduos afetados pela infecção. Ainda citaram que tragédias anteriores mostraram que as implicações para a saúde mental podem durar mais tempo e ter maior prevalência do que a própria epidemia e que os impactos psicossociais e econômicos podem ser incalculáveis se considerarmos sua ressonância em diferentes contextos.

Os impactos na saúde mental durante o período de isolamento social como meio de prevenção para a disseminação da doença Covid-19 foi vivenciando por vários grupos etários no Brasil e no mundo, dado comprovado no referido estudo. Na pesquisa realizada por Bittencourt (2020) as pessoas relataram ter se esforçado para evitar a temida contaminação e de submeter forçosamente ao isolamento social. Disseram que limpavam sofregamente as mãos com álcool em gel (alardeada como a grande arma salvífica contra a Covid-19), estocaram alimentos, planejaram atividades lúdicas para tornar a monotonia desse longo tempo na clausura doméstica uma experiência mais suportável possível.

Ainda segundo o autor supracitado, na pandemia, permanecer em casa foi um ato de prevenção recomendado por órgãos públicos. As exigências sanitárias de quarentena são obviamente desagradáveis para nossas inclinações pessoais, pois festas foram canceladas, eventos esportivos adiados, saídas sociais impedidas, em suma, a vida prosaica estava suspensa até segunda ordem em quase todo o planeta. E com isso, ações paranoicas foram bastante comuns na pandemia, não apenas o uso contínuo da máscara se tornou uma condição indispensável para a aceitabilidade pessoal diante do pavor da contaminação, mas todo tipo de cuidado para que fluidos corporais não atingissem outrem. O isolamento social é incômodo e exige paciência de toda pessoa que se encontra nessa situação de contenção humana no perímetro domiciliar e como consequência são usuais situações de ansiedade, estresse, angústia. Para vencermos essas adversidades existenciais podemos recorrer aos passatempos, exercícios físicos, leituras, filmes, meditações, orações, práticas amorosas, manutenção da casa, entre outras atividades.

Outros problemas importantes causados pela pandemia da Covid-19 foi o financeiro que muitas pessoas perderam o seu emprego e para o estudante a sua rotina mudou por completo. As aulas inicialmente foram suspensas e depois tiveram que se adaptar a atividades remotas resultando em complicações psicológicas. Para Király (2020) o uso de ferramentas on-line se intensificou, o que proporcionou o acesso incessante a informações, inclusive às chamadas fake news, além da utilização intensa de ferramentas digitais para trabalhos e estudos, todos esses fatores podem contribuir para o maior abalo à saúde emocional nesse grupo.

No estudo realizado por Wang et al., (2020a), com 1.210 participantes de 21 a 30 anos, em 194 cidades na China, 53,8% da amostra demonstrou também o impacto psicológico sendo classificado como moderado ou severo, relatando sintomas de ansiedade (28,8%), depressão (16,5%) e estresse (8,1%), com diferenças significativas para o gênero feminino. No Brasil, Maia e Dias (2020) desenvolveram um estudo constituído por dois grupos, sendo a amostra 1 composta por 460 sujeitos com idade média de 14 a 20 anos e a amostra 2 por 159 sujeitos com idade média de 20 a 40 anos. Os estudantes que integraram o estudo no período pandêmico apresentaram níveis significativamente mais elevados de depressão, ansiedade e estresse comparativamente aos que integraram o estudo no período normal.

Os acadêmicos também foram abordados com relação a confirmação ou não da Covid-19, sendo que apenas 14 (10,07%) foram acometidos com a infecção, no entanto 61 (43,89%) não testaram positivo e 64 (46,04%) registraram não ter realizado nenhum teste diagnóstico.

Quando abordados com relação aos tipos de PICS, 109 confirmaram a utilização na pandemia da Covid-19 e os tipos foram as Plantas Medicinais por 93 deles (66,91%) enquanto que 16 (11,51%) deram preferência à Fitoterapia. Também foi argumentado se eles detinham conhecimento com relação as contraindicações dessas PICS sendo registrado por 101 deles que não tinham domínio do conteúdo, dado preocupante que merece melhor esclarecimento por parte dos alunos por serem prováveis farmacêuticos.

AsPlantas Medicinais e os Fitoperápicos utilizadas na pandemia da Covid-19 estão relacionados na Tabela 2.

Tabela 2 – Plantas Medicinais e os Fitoperápicos utilizados durante a pandemia da Covid-19.

Foi notório o uso de uma diversidade de Plantas Medicinais, no entanto as que apresentavam ações farmacológicas para impactos mentais por estarem relacionadas ao tratamento ou prevenção de sintomas de ansiedade e depressão e também para melhorar a imunidade foram: Camomila (Matricaria chamomilla L.) (n=68; 16,08%); Capim Santo (Cymbopogon citratus DC.) (n=37; 8,74%), Erva Cidreira (Melissa officinalis L.) (n=36; 8,51%), Alho (Allium sativum L.) (n=31; 7,33%), Erva Doce (Pimpinella anisum) (n=30; 7,09%), Ginko Biloba (Ginko Biloba L.) (n=17; 4,02%) e Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) (n=12; 2,84%).

A Camomila (Matricaria chamomilla L.) é considerada como calmante, sendo muito utilizado por pessoas que apresentam crises nervosas, picos de estresse ou insônia, fatores muito comuns e de grande impacto durante a pandemia por COVID-19 (Huang; Zhao, 2020). Segundo Rodrigues; Sobreira (2020) o seu efeito hipotensor decorre da vasodilatação que ela causa e as partes utilizadas devem ser: folha, flores ou galhos. Mao et al., (2014) explicaram que o mecanismo de ação dessa planta está relacionado a apigenina (marcador fitoquímico) e outros constituintes, que por sua vez, são capazes de se ligar aos receptores benzodiazepínicos e reduzir a atividade ativada pelo Ácido Gama-Aminobutírico (GABA).

O Capim Santo (Cymbopogon citratus) também conhecida como capim-limão, capim-cidreira, capim-cheiroso, capim-cidrão, dentre outros foi a segunda planta medicinal mais utilizada pelos discentes que relataram ter utilizado na forma de chá para diminuir o estresse. Alguns estudos sugerem ação anti-hipertensiva da planta, entretanto o uso do decocto das folhas apresenta somente efeito diurético quando administrado pela via oral, o que parecia ocorrer por eventos independentes da ação direta sobre os vasos ou depressão cardíaca. A ação calmante, espasmolítica leve e diurética comprovada é atribuída ao citral presente no óleo essencial e pode contribuir para seu efeito anti-hipertensivo (Jezler et al., 2013). Para Santos et al., (2017) é amplamente utilizada na forma de infuso com as folhas frescas em casos de pequenas crises de cólicas uterinas e intestinais e nos estados de nervosismo, intranquilidade e insônia (ação sedativa), podendo ser consumidos à vontade por possuir uma toxicidade muito baixa, com referência à ação hipotensora da erva cidreira nada foi encontrado na literatura.

A Erva Cidreira (Melissa officinalis) de acordo com Zanusso (2019) está entre as plantas naturais com ação calmante, utilizados na ocorrência de enxaqueca e cefaleia, que podem ajudar a tratar a ansiedade. Segundo Bortoluzzi, Schmitt e Mazur (2020) uma das partes que podem ser usadas são as suas folhas, na forma de chás, pois serve como calmante na ocorrência de ansiedade e insônia. Ainda enfatizaram que a erva possui grandes quantidades de citral, limoneno e mirceno além da carvona, que possui comprovada ação contra dor, inflamação e atividade ansiolítica relatados em estudos pré-clínicos. O citral possui ação calmante juntamente com o limoneno além de ação espamolítica suaves, também possui ação analgésica quando em atuação com o mirceno. Também complementaram que é exatamente a substância do citral que trata e alivia os sintomas referentes à ansiedade e o nervosismo. Saad et al., (2016) citaram que devido ao uso do extrato de metanol ainda ser inconclusivo alguns autores realizaram análises de ligação em receptores GABA verificando a afinidade de certos ingredientes contidos no óleo essencial da planta, o que justifica os efeitos sobre a ansiedade.

 Santos et al., (2017) em várias pesquisas realizadas não encontrou efeito colateral que envolvesse a Erva Cidreira, entretanto Saad et al., (2016) confirmaram que seu uso é contraindicado para pacientes hipotensos como também crianças com idade de 0 a 5 anos.

O Alho (Allium sativum L.) segundo relatos dos discentes foi utilizado para prevenir a Covid-19 sendo relatado o uso através de chás, no entanto a sua atividade anti-viral é encontrada em compostos presentes no óleo. De acordo com a literatura apresenta propriedades antivirais, antibacterianas e estimulantes do sistema imunológico, sendo utilizado como recurso terapêutico da medicina tradicional para tratamento de infecções fúngicas, parasitárias e virais, a exemplo do vírus influenza. O composto alicina possui fatores responsáveis pelo mecanismo de ação do alho como a estimulação de linfócitos, a inibição da síntese de Ácido Ribonucleico (RNA) e a indução da diminuição de citocinas pró-inflamatórias podendo descrever o possível mecanismo de ação da atividade anti-inflamatória do alho (Sánchez-Sánchez et al., 2020). Além disso, segundo Farias et al., (2016) os compostos de enxofre presentes no alho, principalmente a alicina, possui efeito vasodilatador, tal característica é responsável pelo efeito hipotensor. Segundo Thuy et al., (2020) o alho pode promover a inibição da ACE2, levando o vírus a se desassociar do receptor no hospedeiro e, ao mesmo tempo, a atacar a proteína PDB6LU7, que é a principal protease da SARS-CoV-2, logo, é evitada a maturação proteica e a propagação do processo infeccioso, favorecendo a resistência ao vírus. Esse processo ocorre por meio das 17 substâncias presentes no óleo essencial de alho que são: dissulfeto de alila, trissulfeto de alila, (E)-1-propenil dissulfeto de alila, metil-trissulfeto de alila, tetrassulfeto de alila, 1,2-ditiol, (Z)-1-propenil dissulfeto de alila, 2-vinil-4H-1,3-ditieno, 3-vinil-1,2-ditiaciclohex-4-eno, carvona, 2-propenil propil trissulfeto, metildissulfeto de alila, diacetonaalcool trisulfeto,1(E)-1-propenil, 2-propenil sulfeto de alila, 1-propenil metil disulfide e trisulfide.

A Erva Doce (Pimpinella anisum L.) foi bastante utilizada na forma de chá e os relatos foram para se acalmar. Para Jäger et al., (2013) é uma importante planta utilizada na medicina alternativa para o tratamento de algumas complicações. Por suas propriedades calmantes, o uso mais comum é na forma de chá, para aliviar as cólicas em bebês e auxiliar o tratamento de distúrbios do sono. O ácido fólico presente na planta medicinal serve para o tratamento de vários distúrbios mentais e emocionais, como ansiedade e depressão.

O Ginko Biloba (Ginko biloba L) foi usado como Fitoterápico.  Segundo registro dos participantes desse estudo o uso foi justificado para prevenir a infecção do cononavírus. De acordo com estudos recentes na literatura, observou-se que a infecção por COVID-19 está correlacionada com a produção elevada de citocinas pró-inflamatórias e proteína C-reativa (Wang et al., 2020b), também pode aumentar o risco de pneumonia (Huang et al., 2020), sepse, síndrome de dificuldade respiratória aguda e insuficiência cardíaca causada (Zhou et al., 2020). O Ginkgo Biloba é composto por quercetina e outros componentes. A quercetina é um polifenol com ação antiinflamatória, antioxidante e antiviral. Ele desempenha um papel essencial na modulação das funções imunológicas do corpo (Li et al., 2016). Além disso, atua como um inibidor do coronavírus e fornece suporte para regular a resposta da inflamação do corpo em infecções virais (Ibrahim; Ramadan; Mohammed, 2021; Khaerunnisa et al., 2020).

Com relação ao Alecrim (Rosmarinus officinalis L.) também foi citado, mas sem especificar a forma de uso. Estudos científicos afirmaram que a planta é rica em polifenóis e flavonoides com propriedades antioxidantes nos benefícios para o sistema neuronal e alivio dos transtornos de humor podendo exercer efeito antidepressivo como os da fluoxetina que é um antidepressivo alopático. O Rosmarinus officinalis L é contraindicado na gravidez, em problemas de próstata e em portadores de gastroenterites e dermatoses (Szczepanski, 2013). Diante dessas informações importantes, Santos et al., (2020) confirmaram que a espécie botânica tem vastas aplicações nas áreas alimentícia e medicinal, abrangendo diversos potenciais biológicos, que incluem antibacteriana, antifúngica, antiviral, entre outras. Chaul (2015) apresentou a relevância etnofarmacológica da planta ressaltando o uso do alecrim como antinociceptivo, antiespasmódico, antidepressivo, no controle da glicemia, anti-inflamatório, antioxidante, proteção contra hepatotoxicidade, prevenção de câncer e antimicrobiano.

Com os resultados obtidos evidenciamos que as PICs foram bastante utilizadas, mas ficou claro que a prática segue o conhecimento popular, muitas terapias tiveram uso sem indicações para ansiedade, estresse e insônia e também a falta de conhecimento por parte dos discentes com relação aos cuidados que devem ter com o consumo de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. De acordo com a literatura inúmeras intoxicações, interações e demais problemas como: o uso incorreto e a automedicação por utilização dessas práticas podem acarretar riscos à saúde. Portanto, evitar associações de espécies de Plantas Medicinais e observar as dosagens adequadas é fundamental para o uso correto.          

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se nesta pesquisa que as Plantas Medicinais ainda continuam em destaque nos cuidados básicos de saúde, como também, na preservação da cultura brasileira, sugerindo que a herança de informação é ainda transmitida para as novas gerações, uma vez que a grande maioria dos entrevistados eram jovens e mulheres.

O cenário da pandemia da Covid-19 resultou em casos de ansiedade, estresse e insônia nos discentes provocando impactos na saúde mental e as PICS dos tipos Plantas Medicinais e Fitoterápicos foram bastante utilizadas, é um método eficaz, de baixo custo no entanto, a maioria dos participantes revelou não ter conhecimento das possíveis contraindicações dessas práticas.

Foram utilizados vários tipos de Plantas Medicinais porém as que apresentavam ações farmacológicas para impactos mentais foram: Camomila (Matricaria chamomilla L.), Capim Santo (Cymbopogon citratus DC.), Erva Cidreira (Melissa officinalis L.), Erva Doce (Pimpinella anisum) e Alecrim (Rosmarinus officinalis L.). Com relação aos Fitoperápicos, o uso do Alho (Allium sativum L.) e do Ginko Biloba (Ginko Biloba L.) para aumentar a imunidade.

É necessário saber que da mesma forma que existem cuidados e restrições para o uso dos medicamentos alopáticos nas farmácias, a prática da medicina tradicional também precisa de precauções. Nesse sentido, considerando a situação enfrentada pelo coronavírus, as Plantas Medicinais e alguns tipos de Fitoterápicos também são responsáveis por auxiliar no aumento da imunidade e até na redução de impactos mentais resultantes da situação vivida no dia-a-dia.

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, R. N. Pandemia, isolamento social e colapso global. Revista Espaço Acadêmico, v. 19, n. 221, 2020. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/52827. Acesso em: 12 set. 2021.

BORTOLUZZI, M. M; SCHMITT, V.; MAZUR, C. E.  Efeito fitoterápico de plantas medicinais sobre a ansiedade: uma breve revisão. Research, Society And Development, [S.L.], v. 9, n. 1, p. 02911504, 2020.

BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares PMNPC, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ResumoExecutivoMedNatPratCompl1402052.pdf.Acesso em: 12 fev. 2021.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n° 971 de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html. Acesso em: 14 jan. 2021.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n° 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/prt_849_27_3_2017.pdf4. Acesso em: 12 fev. 2021.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares-PNPIC. Brasília (DF):Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html. Acesso em: 12 fev. 2021.

BRIANTI, M. T.; VINAGRE, A. M.; GOMEZ, C. C. S. Fitoquímicos, uma possibilidade terapêutica para COVID-19. Interciência & Sociedade, v. 5, n. 2, p. 18-36, 2020. Disponível em: http://revista.francomontoro.com.br/intercienciaesociedade/article/view/144. Acesso em: 12 fev. 2021.

CHAUL, L. T. Caracterização e Determinação da Atividade Antimicrobiana dos Extratos Brutos e Frações de Rosmarinus officinalis Linn. (alecrim), Origanum vulgare Linn. (orégano) e Capsicum chinense Jacq. (pimenta habanero). 2015. 74p. Dissertação [Mestrado]. Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2015. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4560/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Luiza%20Toubas%20Chaul%20-%202015.pdf. Acesso em: 12 set. 2021.

CHEN, N. et al., Epidemiological and clinical characteristics of 99 cases of 2019 novel coronavirus pneumonia in Wuhan, China: a descriptive study.Lancet, v. 10223, n. 395 p. 507-513. 2020.

CNS, Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012. Regulamenta a Resolução nº 196/96 acerca das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 14 de jan. 2021.

COSTA, P. H. A.; MENDES, K. T. Saúde mental em tempos de crise e pandemia: um diálogo com Martín-Baró. 2020. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR&as_sdt=0%2C5&q=SA%C3%9ADE+MENTAL+EM+TEMPOS+DE+CRISE+E+PAND EMIA%3A+UM+DI%C3%81LOGO+COM+MART%C3%8DN-BAR%C3%93.&btnG=. Acesso em: 19 mai. 2020. Acesso em: 19 mai. 2021.

CUNHA, A. P.; ROQUE, O.; NOGUEIRA, M. Plantas aromáticas e óleos essenciais composição e aplicações. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 2012. 668p.

DINIZ, A. K. M. F. et al., Manual sobre o uso de plantas medicinais do Nordeste para sintomas gripais e ansiedade em tempos de pandemia pela Covid 19. Revista Saúde e Ciência, v. 9, n. 1, p. 25-195, jan./abr. 2020.Disponível em: https://rsc.revistas.ufcg.edu.br/index.php/rsc/article/view/402/406.Acesso em: 15 feb. 2021.

DOMINGUEZ, B. Covid-19: que vírus é esse? Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-que-virus-e-esse. Acesso em: 10 fev. 2021.

FARIAS, D. S. de et al., Uso de plantas medicinais e fitoterápicos como forma complementar no controle da hipertensão arterial. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, v. 12, n. 3, p. 1-13, 2016.

GASPARETTO, J. C. et al., A kinetic study of the main guaco metabolites using syrup formulation and the identification of an alternative route of coumarin metabolism in humans. PLoS ONE, v. 10, n. 3, p. 1–22, 2015.

GOUVEIA, G. D. A. Práticas integrativas na atenção primária na vigência pandemia da covid-19: experiência de Santa Catarina. In: ALMEIDA JUNIOR, S. Práticas integrativas e complementares. Guarujá (SP): Editora Científica Digital, 2020, v. 1, cap. 17, p. 220-235. Disponível em: https://downloads.editoracientifica.org/ articles/201001890.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.

HARTMANN, P. B. Coronofobia: o impacto da pandemia de Covid-19 na saúde mental. Disponível em: https://pebmed.com.br/coronofobia-o-impacto-da-pandemia-de-covid-19-nasaude-mental/. Acesso em: 10 fev. 2021.

HUANG Y.; ZHAO N. Chinese Mental Health Burden During the Covid-19 Pandemic.  Asian. Journal Psychiatr,2020. Disponível em:  https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1876201820301635. Acesso em: 21 set. 2021.

HUANG, C. et al., Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet, p. 395:497-506, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/s0140-6736(20)30183-5.  Acesso em: 11 set. 2021.

HUSSAIN, F. et al., Identification of Hypotensive Biofunctional Compounds of Coriandrum sativum and Evaluation of Their Angiotensin-Converting Enzyme (ACE) Inhibition Potential. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, v. 2018, p. 1-11, 2018.

IBRAHIM, M. A.; RAMADAN, H. H.; MOHAMMED, R. N. Evidence that Ginkgo Biloba could use in the influenza and coronavirus Covid-19 infections. Journal of Basic and Clinical Physiology and Pharmacology, n.16, 2021.Disponível em:  https://www.degruyter.com/document/doi/10.1515/jbcpp-2020-0310/html. Acesso em: 21 set. 2021.

JÄGER, A. K. et al., Screening of plants used in Danish folk medicine to treat depression and anxiety for affinity to the serotonin transporter and inhibition of MAO-A. Journal of Ethnopharmacology, v. 145, n. 3, p. 822-825, 2013.

JEZLER, C. N. et al., Histochemistry, content and chemical composition of essential oil in different organs of Alpinia zerumbet. Revista Ciência Rural, v. 43, n.10, p.1811-1816, 2013.

KHAERUNNISA, S. et al., Potential inhibitor of Covid-19 main protease (Mpro) from several medicinal plant compounds by molecular docking study. 2020. Disponível em:  https://www.researchgate.net/publication/339907086_Potential_Inhibitor_of_COVID-19_Main_Protease_Mpro_From_Several_Medicinal_Plant_Compounds_by_Molecular_Docking_Study.Acesso em: 11 set. 2021.

KIRÁLY, O. et al., Preventing problematic internet use during the Covid-19 pandemic: Consensus guidance. Comprehensive Psychiatry, n. 100, v. 152180, 2020.

LI, Y. et al., Quercetin, inflammation and immunity. Nutrients, n. 8, p. 167, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.3390/nu8030167. Acesso em: 12 set. 2021.

LIMA, W. G. et al., Uso irracional de medicamentos e plantas medicinais contra a Covid-19 (SARS-CoV-2): Um problema emergente. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, v. 2, n. 3, p. 38, 2020a.

LIMA, W.G. et al., The potential of drug repositioning as a short-term strategy for the control and treatment of Covid-19 (SARSCoV-2): a systematic review. Arch Vir, v. 12, p.1–9. 2020b.

LIU, C. et al., Research and Development on Therapeutic Agents and Vaccines for Covid-19 and Related Human Coronavirus Diseases. ACS Cent Sci, v. 6, p. 315−331. 2020.

MAIA, B. R.; DIAS, P. C. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da Covid-19. Estudos de Psicologia, n. 37, p. 1-8, 2020.

MAO, J. J. et al., Long-term chamomile (Matricaria chamomilla L.) treatment for generalize danxiety disorder:  A randomized clinical trial. Phytomedicine, v.  23, n. 14, p. 1735-1742, 2014.

NASCIMENTO, A.; PRADE, A. C. K. Aromaterapia: o poder das plantas e dos óleos essenciais. Recife (PE): Fiocruz ObservaPICS, n. 22, 2020. 33p.

OLIVEIRA, D. F. et al., Fitoterápicos candidatos a combater sintomas da Covid-19 e seus possíveis mecanismos de ação. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 2, n. 4, p. 12. 2020.

OMS. Organização Mundial de Saúde.   WHO supports scientifically-proven traditional medicine. 2020. Citado em 4 Mai 2020. Disponível em: https://www.afro.who.int/news/who-supports-scientifically-proven-traditional- medicine. Acesso em: 9 jan.  2021.

OPAS. Organização Panamericana de Saúde. Ongoing Living Update of Potential Covid-19 Therapeutics: summary of rapid systematic reviews, Iris, jun 2020. Disponível em: https:// www.paho.org/en/documents/ongoing-living-update -potential-covid-19-therapeutics-summary-rapid-systematic-reviews. Acesso em: 29 jan. 2021.

PASDARAN, A.; SHEIKHI, D. Volatile oils: Potential agents for the treatment of respiratory infections.The Microbiology of Respiratory System Infections, v. 1, p. 237-261, 2016.

PETENATTI, M. E. et al., Evaluation of macro and microminerals in crude drugs and infusions of five herbs widely used as sedatives.Revista Brasileira Farmacognosia, Curitiba, v. 21, n. 6, p. 1144-1149, dez. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2011000600027&lang=pt. Acesso em: 11 Fev. 2021. 

R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. 2017. Disponível em: https://www.R-project.org/. Acesso em: 10 mai. 2021.

RODRIGUES, L. S.; SOBREIRA, I. E. M. M. Uso de plantas medicinais por adultos 6 diabéticos e/ou hipertensos de uma unidade básica de saúde do município de Caucaia-CE, Brasil. Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 341-354, 2020.

SAAD, G. A. et al., Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica.  2. ed.  Rio de Janeiro:  Guanabara Koogan, p. 468, 2016.

SÁNCHEZ-SÁNCHEZ, M. A. et al., Alliin an Allium sativum nutraceutical, reduces metaflammation markers in DIO mice. Nutrients, v. 12, n. 3, p. 624, 2020.

SANTOS, N. C.  R. dos et al., Uso de fitoterápicos por mulheres do município de Tauá, Ceará, Brasil. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, v. 13, n. 4, 2017. Disponível em: http://revista.uepb.edu.br/index.php/biofarm/article/view/3049/2371. Acesso em 21 set. 2021.

SANTOS, E. B. et al., A. Atividade citotóxica de Rosmarinus officinalis Linn. (Alecrim). Congrebio. Anais do congresso nacional de biólogos, v. 10, 2020. Disponível em: http://congresso.rebibio.net/congrebio2020/trabalhos/pdf/congrebio2020-et-09-001.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

SCHAPOWAL, A. et al., Echinacea/sage or chlorhexidine/lidocaine for treating acute sore throats: a randomized double-blind trial.  European Journal of Medical Research, v. 14, n. 9, p. 406-412. 2009.

SIEGEL, S.; CASTELLAN JUNIOR, N. J. Estatística Não Paramétrica para as Ciências do Comportamento. Artmed Bookman. São Paulo, 2008.

SILVA, J. E. L. da et al., Plantas medicinais no tratamento do transtorno de ansiedade. Mostra Científica da Farmácia.  Centro Universitário Católica de Quixadá. v. 6, n. 1 2019. Disponível em: http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/a. Acesso em: 21 set. 2021.

SILVA, A. L. S. da et al., Uso de plantas medicinais no tratamento de ansiedade no ambiente acadêmico. Journal of Natural Sciences,v. 3, n. 3, p.1-15, 2020a.

SILVA, M. R. da; OLIVEIRA, F. P. de; FARIAS, F. L. R de. Terapias integrativas e complementares em situações emocionais na pandemia do Covid-19. Revista Interdisciplinar, Fortaleza, v. 13, p. 3, 2020b. Disponível em: https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/1778/pdf_462. Acesso em: 12 fev. 2021.

SOUZA, E. M. Óleos essenciais de plantas medicinais: produção e tratamentos de doenças respiratórias (comorbidades) na prevenção aos sintomas da Covid-19.Revista Brasileira de Agroecologia, [S.l.], v. 15, n. 4, p. 13, nov. 2020. ISSN 1980-9735. Disponível em: http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/rbagroecologia/article/view/23293. Acesso em: 15 fev. 2021.

SZCEPANSKI, M. B. O uso popular de plantas medicinais no tratamento da ansiedade: utilizadas no Município de Galvão. Trabalho de conclusão de curso. Florianópolis. SC. 2013. Disponível em: https://ead.ufsc.br/biologia/files/2014/05/MarisaSzczepanski-Bett.pdf. Acesso em 21 set. 2021.

THUY, B. T. P. et al., Investigation into SARS-CoV‑2 Resistance of Compounds in Garlic Essential Oil. ACS Omega, v. 5, n. 14, p. 8312-8320, 2020.

WANG, C. et al., Immediate psychological responses and associated factors during the initial stage of the 2019 Coronavirus Disease (Covid-19) epidemic among the general population in China. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 5, 1729, 2020a.

WANG, D. et al., Clinical characteristics of 138 hospitalized patients with 2019 novel coronavirus–infected pneumonia in Wuhan, China. Journal of the American Medical Association, n. 323, p. 1061-1069, 2020b. Disponível em: https://doi.org/10.1001/jama.2020.1585.  Acesso em: 11 set. 2021.

ZANUSSO, C. Fitoterapia e essências florais no controle da ansiedade entre docentes do curso de graduação em enfermagem. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, São José do Rio Preto, 2019.  Disponível em:http://bdtd.famerp.br/bitstream/tede/565/2/CarmemSilviaZanusso_Dissert.pdf. Acesso em: 11 set. 2021.

ZHOU, F. et al., Clinical course and risk factors for mortality of adult inpatients with COVID-19 in Wuhan, China: a retrospective cohort study. Lancet, n. 395, p. 1054-1062, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1016/s0140-6736(20)30566-3.  Acesso em: 11 set. 2021.

WHO, World Health Organization. Report of the WHO-China joint mission on coronavirus disease 2019 (Covid19). 2020. Disponível em: https://www.who.int/docs/defaultsource/coronaviruse/who-china-joint-mission-on-covid-19-final -report.pdf. Acesso em: 29 jan. 2021.

WU, R. et al., An update on current therapeutic drugs treating Covid-19. Cur Pharmac Rep, n. 11, p. 1-15, 2020.

ZHU, N. et al., A novel coronavirus from patients with pneumonia in China, 2019. New England Journal of Medicine, v. 382, n. 8, p. 727−733, 2020.


[1] Farmacêutica.  Universidade Estadual da Paraíba Campus I.  e-mail: brunaemanuely151@gmail.com.

[2] Discente do Curso de Medicina.  Centro Universitário Facisa.  e-mail: yngrid.queiroz@maisunifacisa.com.br.sabrina.felix@aluno.uepb.edu.br.

[3] Discentes do Curso Superior de Farmácia Generalista.  Universidade Estadual da Paraíba CampusI. 

[4] Maria do Socorro Ramos de Queiroz. Universidade Estadual da Paraíba. Campus I. Doutora em Biotecnologia em Saúde (RENORBIO/UFPB). e-mail: queirozsocorroramos@servidor.uepb.edu.br .