PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE TERESINA – PIAUÍ – NORDESTE DO BRASIL

MUNICIPAL PLAN FOR INTEGRATED MANAGEMENT OF SOLID WASTE FOR THE MUNICIPALITY OF TERESINA – PIAUÍ – NORTHEAST OF BRAZIL

PLAN MUNICIPAL DE GESTIÓN INTEGRAL DE RESIDUOS SÓLIDOS DEL MUNICIPIO DE TERESINA – PIAUÍ – NORESTE DE BRASIL

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/ra10202408302248


Lauriston Ferreira Gomes Neto 1
Saulo da Silva Gomes 2
Denise Maria Azevedo Ursulino 3
Luís Parente Maia 4


RESUMO

A destinação dos resíduos sólidos domiciliares de Teresina – Piauí, era inicialmente depositado em um lixão, sendo posteriormente desativado. Atualmente, a população produz, em média, 40 mil toneladas de resíduos por mês, que são coletados e destinados para o aterro sanitário. No local, o lixo domiciliar é disposto em área impermeabilizada, evitando a contaminação do solo por chorume. Esse líquido poluente é coletado por drenos e conduzido para uma estação que o transforma em água de reuso, utilizada depois em diversos serviços no próprio aterro. Para subsidiar a identificação/delimitação das ocorrências de lixiviado, avaliar a profundidade do nível freático e para o reconhecimento da potenciometria local bem como obter a cota de base do aterro e início do subsolo natural, foram realizados ensaios geofísicos por meio do método da Eletrorresistividade – técnicas de investigação da Sondagem Elétrica Vertical (arranjo Schlumberger) e Imageamento Elétrico (arranjo dipolo-dipolo), em área do Aterro Sanitário de Teresina/PI. Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível constatar, a relevância da Geofísica em estudos de investigação ambiental. Em particular, os resultados dos ensaios aplicados e interpretados permitiram uma elucidação acerca da ocorrência de concentrações anômalas resultante do processo decomposição do lixo e do comportamento do lençol freático ao longo da área estudada. Com os dados processados e interpretados, foram identificadas assinaturas geofísicas anomalamente condutivas, passíveis de estarem associadas aos níveis de lixiviado em todos os Imageamentos Elétricos, tendo sido associados aos valores de resistividade inferiores a 10 ohms.m. Também foram destacadas as ocorrências de resíduos em vários locais da área estudada.

Palavras Chaves: Resíduos Sólidos; Geofísica; Aterro Sanitário; Teresina-PI

ABSTRACT

The disposal of solid household waste in Teresina, Piauí, was initially deposited in a landfill, which was later deactivated. Currently, the population produces, on average, 40 thousand tons of waste per month, which are collected and sent to the sanitary landfill. At the site, household waste is disposed of in an impermeable area, preventing soil contamination by leachate. This polluting liquid is collected by drains and taken to a station that transforms it into reused water, which is then used in various services at the landfill itself. To support the identification/delimitation of leachate occurrences, assess the depth of the water table and to recognize the local potentiometry, as well as to obtain the base elevation of the landfill and the beginning of the natural subsoil, geophysical tests were carried out using the Electro Resistivity method – investigation techniques of Vertical Electrical Sounding (Schlumberger arrangement) and Electrical Imaging (dipole-dipole arrangement), in the area of ​​the Teresina/PI Sanitary Landfill. With the development of this work, it was possible to verify the relevance of Geophysics in environmental investigation studies. In particular, the results of the applied and interpreted tests allowed an elucidation about the occurrence of anomalous concentrations resulting from the decomposition process of the garbage and the behavior of the water table throughout the studied area. With the processed and interpreted data, anomalously conductive geophysical signatures were identified, which could be associated with leachate levels in all Electrical Images, and were associated with resistivity values ​​below 10 ohms.m. The occurrences of waste in several locations in the studied area were also highlighted.

Key Words: Solid Waste; Geophysics; Sanitary Landfill; Teresina-PI.

RESUMEN

  La disposición de residuos sólidos domiciliarios de Teresina – Piauí fue inicialmente depositada en un vertedero, que luego fue desactivado. Actualmente, la población produce, en promedio, 40 mil toneladas de residuos por mes, que son recolectados y enviados a vertederos. En obra, los residuos domiciliarios se disponen en un área impermeable, evitando la contaminación del suelo por lixiviados. Este líquido contaminante es recogido por desagües y conducido a una estación que lo transforma en agua de reutilización, que luego se utiliza en diversos servicios del propio vertedero. Para apoyar en la identificación/delimitación de ocurrencias de lixiviados, evaluar la profundidad del nivel freático y reconocer la potenciometría local así como obtener la elevación de la base del vertedero y el inicio del subsuelo natural, se realizaron pruebas geofísicas utilizando el método de Electro Resistividad. – técnicas de investigación de Sondeo Eléctrico Vertical (disposición Schlumberger) e Imagen Eléctrica (disposición dipolo-dipolo), en el área del Vertedero de Teresina/PI. Con el desarrollo de este trabajo se pudo comprobar la relevancia de la Geofísica en los estudios de investigación ambiental. En particular, los resultados de las pruebas aplicadas e interpretadas permitieron dilucidar la ocurrencia de concentraciones anómalas resultantes del proceso de descomposición de residuos y el comportamiento del manto freático en toda el área estudiada. Con los datos procesados ​​e interpretados se identificaron firmas geofísicas anormalmente conductoras, probablemente asociadas con niveles de lixiviados en todas las Imágenes Eléctricas, habiéndose asociado con valores de resistividad inferiores a 10 ohmios.m. También se destacaron las ocurrencias de residuos en varios lugares del área estudiada.

Palabras clave: Residuos Sólidos; Geofísica; Relleno Sanitario; Teresina-PI

1 INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei nº 12.305/2010) estabelece em seu art. 8º um rol de instrumentos necessários para o alcance dos objetivos da política, sendo que os planos de resíduos sólidos são um dos principais e mais importantes instrumentos, podendo ser elaborados a nível nacional, estadual, microrregional, de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas, intermunicipal, municipal, bem como a nível dos geradores descritos no art. 20. Com as novas definições, diretrizes e exigências introduzidas pela PNRS, os planos de resíduos sólidos foram instituídos como instrumentos de planejamento para a estruturação do setor público na gestão dos resíduos sólidos. Esses planos trazem como inovação, que o escopo de planejamento não deve tratar apenas dos resíduos sólidos urbanos (domiciliares e limpeza urbana), e sim de uma ampla variedade de resíduos sólidos, que são os descritos no art. 13 da Lei: domiciliares; de limpeza urbana; de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços; dos serviços públicos de saneamento; industriais; de serviços de saúde; da construção civil; agrossilvopastoris; de serviços de transportes e de mineração (MMA, 2024).

Os planos de resíduos sólidos devem abranger o ciclo que se inicia desde a geração do resíduo, com a identificação do ente gerador, até a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, passando pela responsabilização do setor público, titular ou concessionário, do consumidor, do cidadão e do setor privado na adoção de soluções que minimizem ou ponham fim aos efeitos negativos para a saúde pública e para o meio ambiente em cada fase do “ciclo de vida” dos produtos (MMA, 2024).

A legislação brasileira sobre resíduos sólidos que não podem ser reaproveitados, ou seja, os rejeitos exigem que os mesmos sejam dispostos em locais adequados para minimizar os danos ambientais e à saúde humana. No Brasil são adotadas três formas de disposição final dos resíduos sólidos: lixões, aterros controlados e aterros sanitários. Os lixões são locais onde são despejados resíduos sólidos diversos (orgânicos e inorgânicos) sem que haja o tratamento adequado do solo, ocasionando a poluição do ar (pela emissão de gás metano proveniente da decomposição dos resíduos orgânicos), do solo e dos lençois freáticos (fonte subterrânea de água). 

O aterro controlado é um local preparado para receber resíduos sólidos, e consiste em uma tentativa de transformar os lixões em aterros, minimizando os impactos ambientais associados ao acúmulo de lixo em áreas sem nenhum tipo de tratamento para efluentes líquidos e preparação do solo. A técnica consiste no confinamento dos resíduos através do aterramento com um material inerte no final de cada jornada de trabalho. Ou seja, os caminhões contendo os resíduos a serem descartados chegam aos aterros e os mesmos são dispostos sobre o solo. No final do dia é feito o aterramento desses resíduos, geralmente com argila e grama. No aterro controlado não é realizado nenhum tratamento do lixo descartado. Também, não é realizado nenhum processo de impermeabilização do solo ou controle dos gases gerados pela decomposição como nos aterros sanitários. A disposição de resíduos em aterro controlado compromete a qualidade do solo, das águas subterrâneas e do ar, justamente por não ser feito tratamento adequado dos resíduos. A norma NBR 8849 (removida) abordava as condições mínimas para a apresentação de projetos de aterros controlados para disposição de resíduos

Da mesma forma que os lixões, os aterros controlados são incompatíveis com a proteção ambiental. Nestes, não há tratamento adequado do terreno e os resíduos sólidos ali depositados são de diversas origens (domésticos, industriais, hospitalares), dispostos sem qualquer critério, ao contrário do que ocorre nos aterros sanitários onde o controle e monitoramento são constantes. A forma mais adequada de disposição de resíduos, e determinada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos é o aterro sanitário. Consiste em uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário (NBR 8419, 1983).

No mínimo, quatro condições básicas devem ser atendidas por qualquer projeto e operação de um local antes que ele possa ser considerado um aterro sanitário:

• Isolamento hidrogeológico total ou parcial: se um local não puder ser localizado em terreno que contenha naturalmente lixiviados de segurança, materiais de revestimento adicionais devem ser trazidos para o local para reduzir vazamentos da base do local (lixiviados) e ajudar a reduzir a contaminação das águas subterrâneas e adjacentes solo. Se um revestimento – solo ou sintético – for fornecido sem um sistema de coleta de lixiviados, todo o lixiviado acabará por atingir o ambiente circundante. A recolha e o tratamento de lixiviados devem ser salientados como um requisito básico;

• Preparações formais de engenharia: os projetos devem ser desenvolvidos a partir de investigações geológicas e hidrogeológicas locais. Um plano de eliminação de resíduos e um plano de restauração final também devem ser desenvolvidos;

• Controle permanente: pessoal treinado deve estar no aterro para supervisionar a preparação e construção do local, o depósito de resíduos e a operação e manutenção regulares;

• Colocação e cobertura planejada dos resíduos: os resíduos devem ser espalhados em camadas e compactados. Uma pequena área de trabalho coberta diariamente ajuda a tornar os resíduos menos acessíveis a pragas.

Os resíduos domésticos e comerciais constituem o chamado “lixo domiciliar”, que junto com o resíduo público representam a maior parcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades. A estes valores encaminhados às unidades de disposição final, se somam as podas e outros matérias associados, bem como os recebidos de unidades de Transbordo. Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a massa total de resíduos sólidos urbanos no Brasil alcança 52 milhões de toneladas, sendo 73,09% dispostas em Aterros Sanitários e 21,99% em Lixões / Aterros Controlados. O Nordeste representa 24,4% deste total, sendo 60% depositados em Aterros Sanitários e os 40% restantes em Lixões/Aterros Controlados. Considerando as informações da gestão de resíduos sólidos nos estados, o estado do Piauí dispõe de 6 municípios com Aterro sanitário e 163 com Lixão/Aterro Controlado, produzindo 668.191t de resíduos sólidos urbanos (204 kg/ha), com 99% disposto em Lixões/Aterros Controlados. A massa de resíduos recebidos por tipo de unidades de disposição final pelos municípios por macrorregião vem apresentado na tabela.

Tabela – Massa de resíduos recebidos por tipo de unidades de disposição final por macrorregião. Fonte: SINIR, 2019.

2 O ATERRO SANITÁRIO DE TERESINA – PI

O município de Teresina é a capital do estado Piauí, região Nordeste do Brasil, e possui uma área territorial de 1.391,29 km², uma população residente de 866.300 pessoas (IBGE, 2022). A densidade demográfica do município, de acordo com o censo realizado em 2022, é de 622,6 hab/km², com a cidade sendo banhada pelos rios Parnaíba e Poti. A disposição dos resíduos sólidos urbanos foi inicialmente realizada em Lixões, e em 1993 foi transformado em um aterro controlado visando a redução dos impactos ambientais causados pela disposição inadequada. O local de implantação possui uma área de 50 hectares, sendo 35h constituídos pelo aterro controlado e pela infraestrutura de apoio e 15h destinados para a implantação de um aterro sanitário.

No âmbito do contexto geológico regional, a área investigada situa-se na Bacia do Parnaíba, mais especificamente sobre os sedimentos da Formação Pedra de Fogo, composta por siltitos, folhelhos, arenitos, conglomerados, calcários e evaporitos, aflora principalmente na região central da bacia, estendendo-se numa faixa de 600 km com direção leste-oeste até próximo às bordas atuais da Bacia do Parnaíba. Os sedimentos dessa unidade foram depositados num ambiente marinho raso a litorâneo com planícies de sabkha, sob eventuais influências de tempestades. Ciclos deposicionais podem ser identificados na sucessão de camadas desta unidade.

Os aspectos geomorfológicos são reflexos do embasamento geológico, que aliados às condições climáticas promovem a diferenciação do relevo. Segundo Lima (2011) o relevo do município de Teresina é formado por três unidades de relevo: Planícies e Terraços Fluviais, Superfícies Intensamente Retrabalhadas pela Drenagem com Morros Arredondados e Superfície Residual Recortada por Vales Encaixados. O terreno do aterro controlado está inserido nas Superfícies Intensamente Retrabalhadas, são formas modeladas expostas a processos erosivos intensos, diretamente sobre a formação Pedra de Fogo, com variação de 70 a 100 metros de altitude.  Essa unidade é espacialmente melhor distribuída na área de estudo, sendo encontrada nas duas margens do canal principal do rio Poti, caracteriza-se por ser aquela em que a sede do município de Teresina está em boa parte assentada. 

Considera-se ainda que essas superfícies caracterizam a altitude média do município (72 metros), uma vez que a área estudada contempla boa parte da extensão territorial do município. Do divisor das águas entre os Rios Parnaíba e Poti com altitude de 188 metros, o relevo diminui gradativamente para os dois cursos de água, com inclinação de 1,10 para oeste (Parnaíba) e 0,550 para leste (Poti). Devido a posição do aterro, todo o chorume produzido migra para leste na direção do rio Poti (Figura 1).

Figura 1 – Contexto local do Aterro Controlado de Teresina.

3 METODOLOGIA

A NBR 15515 e suas variações, como a 15.515-1, 15.515-2 e 15.515-3 estão relacionadas com as fases do Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC). A NBR 15515-1/2007 define as diretrizes para a realização de uma Avaliação Preliminar (AP) para identificar o potencial de contaminação em um empreendimento. O relatório de Avaliação Preliminar é uma fase inicial na análise de passivo ambiental em solo e água subterrânea, com o objetivo de identificar indícios de possíveis contaminações. 

A NBR 15515-2 define as etapas para o desenvolvimento da Investigação Confirmatória (IC), que é realizada após a avaliação preliminar. Essa investigação é feita por dois métodos: diretos e indiretos. Os métodos diretos incluem a coleta de amostras de solo, gases e água subterrânea; os métodos indiretos são feitos por meio de estudos geofísicos, que envolvem o uso de sensores especiais, instalados na superfície do terreno. Além do mais, a NBR 15515-2 tem orientações sobre o detalhamento do plano de amostragem que define os procedimentos mínimos, como os tipos de amostras, manejo, distribuição dos pontos, profundidade e substâncias químicas a serem analisadas.

Os procedimentos para a realização da Investigação Detalhada (ID) estão descritos na norma NBR 15515-3, e tem como função compreender o comportamento dos passivos ambientais, com base nas etapas anteriores. Para ter um detalhamento da contaminação é necessário fazer as caracterizações geológicas e hidrogeológicas. Sendo assim, realizar sondagens complementares, fazer novas amostragens, teste hidráulico, instalar poços de monitoramento, verificar a velocidade e direção do fluxo subterrâneo de água, entre outros. Esta etapa se diferencia das demais, por fornecer uma compreensão mais aprofundada e por gerar informações quantitativas.

O objetivo da investigação geofísica foi subsidiar a identificação/delimitação das ocorrências de lixiviado, avaliar a profundidade do nível freático para o reconhecimento da potenciometria local bem como obter a cota de base do aterro e início do subsolo natural. A aplicação dos métodos geofísicos em estudos ambientais, essencialmente na caracterização e monitoramento de áreas impactadas por materiais de diferentes naturezas, é crescente diante da demanda de novas técnicas de investigação ambiental. A possibilidade de aquisição de dados em larga escala permite uma avaliação mais adequada do ambiente, principalmente quando integrado a resultados diretos de investigação, como foi feito neste estudo.

A condução da corrente elétrica na natureza acontece principalmente na forma iônica, sendo esta movimentação, o objeto de estudo na eletrorresistividade. As pseudo-seções e seções geoelétricas modeladas de resistividade expressam a relação deste parâmetro com a pluma de chorume ao longo das seções e perfis levantados. As maiores concentrações de lixiviados em subsuperfície são os locais em que as resistividades se apresentam mais baixas, devido à presença de alto conteúdo iônico. À medida que o poluente se dilui em água, o contraste de resistividade passa a diminuir. Isso se deve ao fato de que o chorume (rico em sais dissolvidos responsáveis por imprimir o caráter condutivo ao fluido), quando diluído, naturalmente tem sua concentração de sais diminuída. Embora ainda condutivo, o poluente diluído pode apresentar menores valores de resistividade quando comparado ao seu estado inicial.

Nos aterros, os resíduos se decompõem dando origem a um líquido mal cheiroso, de coloração negra denominado lixiviado ou chorume. Estes contêm alta carga poluidora, o que pode ocasionar diversos efeitos sobre o meio ambiente. O potencial de impacto deste efluente está relacionado com a alta concentração de matéria orgânica, reduzida biodegradabilidade e presença de metais pesados. O lixiviado ou chorume pode ser definido como a fase líquida da massa aterrada que percola através desta, removendo materiais dissolvidos ou suspensos. Nos aterros sanitários, o chorume é composto pelo líquido que entra na massa aterrada de lixo advindo de fontes externas, tais como sistemas de drenagem superficial, chuva, lençois freáticos, nascentes e aqueles resultantes da decomposição dos resíduos sólidos. As cargas contaminantes do lixiviado se compõem de muitas substâncias diferentes, entre as quais pode se destacar: substâncias orgânicas, nitrogênio, em forma de nitrogênio amoniacal, nitratos, nitritos e amônia; halogênios inorgânicos, carbonatos, cloretos, sulfatos, íons sódio, potássio, cálcio; metais como ferro, zinco, manganês, níquel, cobre (SEGATO, 2000).

O método da Eletrorresistividade, o qual foi aplicado na área de interesse, tem sido utilizado com sucesso em aterros de resíduos sólidos para a identificação de lixiviados (Benson et al., 1982; Elis, 1999; Gallas et al., 2011). É particularmente indicado para caracterização de áreas impactadas devido à correlação direta entre a presença de sólidos dissolvidos (normalmente encontrados em altas concentrações no lixiviado) e a condutividade elétrica. O levantamento de dados de Eletrorresistividade foi realizado pelas técnicas do Imageamento Elétrico (IE) e Sondagem Elétrica Vertical (SEV). O IE, de acordo com a NBR 15935 (ABNT/NBR, 2011), é aplicado para localizar e mapear áreas com variação lateral da resistividade. Já a aplicação da SEV possibilita individualizar com maior precisão as camadas em profundidade. A execução de ambos os ensaios permite uma integração e calibração dos dados geofísicos oferecendo maior consistência à interpretação.

Para o desenvolvimento da técnica aplicada na área, foi utilizado o equipamento Eletrorresistivímetro Terrameter da marca ABEM, modelo SAS 1000, e para a interpretação dos dados geofísicos o aplicativo RES2DINV V.3.5 (2D Resistivity and IP Inversion) da Geotomo Software – Malaysia – CE o qual adota uma técnica rápida e eficiente para inversão de dados de resistividade baseada no método dos mínimos quadrados e “suavização restringida” (smoothness-constrained). Foram executadas sobre a área de disposição dos resíduos 06 linhas de imageamento elétrico – IE, com extensões entre 220 e 740 metros, que totalizaram 2.360 metros lineares; e 13 SEVs – sondagens elétricas verticais, cuja profundidade de investigação foi de 50 metros (Figura 2).

Figura 2 – Localizações das estações dos ensaios geofísicos realizados.

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A interpretação dos ensaios geofísicos foi embasada no conhecimento geológico prévio e em trabalhos anteriores que estipularam valores de resistividades para certos litotipos saturados em água/lixiviado ou não, são eles: Braga (1997), Orellana (1972),  Ellis (1999) e Galas et al. (2011). O material correspondente a cada nível geoelétrico refere-se em termos de predominância do mesmo, já que finas camadas de diferentes litologias podem não ser detectadas nestes ensaios devido ao efeito de supressão de camadas. Os processamentos dos dados das SEVs e dos IEs resultaram nos modelos geoelétricos apresentados a seguir, os quais exibem as resistividades e espessuras das camadas geoelétricas identificadas.

Os perfis das SEVs permitiram identificar a presença de resíduos em alguns casos, bem como o nível d’água. No caso das SEVs-01 a 10, que foram executadas fora dos limites da área de disposição de resíduos efetivamente, o nível do lençol freático pôde ser identificado mais claramente e, em alguns casos, em virtude do baixo valor de resistividade associado à água do lençol, é possível considerar a presença de íons na mesma, proveniente do chorume. Em ambientes contendo lixiviado proveniente de resíduos domésticos, o conteúdo iônico é elevado, fazendo com que os valores de resistividade reduzam a níveis abaixo de 10 ohms.m. 

As SEVs que apresentaram valores abaixo de 10 ohms.m para a zona saturada e são passíveis de conterem chorume em água são: 01, 05, 06, 07, 08 e 09. Em relação à espessura de aterro, foi identificado o maciço de resíduos nas SEVs 11,12 e 13, sendo a base do mesmo em 25, 26 e 49 metros, respectivamente. A figura 3 apresenta exemplos das interpretações das sondagens elétricas verticais SEV, representando a área externa do aterro (SEV 3) e nos pontos onde haviam resíduos (SEVs 11 e 13), as espessuras dos mesmos, bem como a profundidade do nível d’água que possibilitou elucidar a potenciometria local (Figura 3).

As seções geoelétricas resultaram do processamento dos dados obtidos a partir da técnica do Imageamento Elétrico – IE. Para trabalhos como este, cujo objetivo é reconhecer o comportamento do lixiviado bem como do lençol freático e do maciço de resíduos, os Imageamentos Elétricos apresentam expressiva relevância para a composição dos resultados, pois são eles que indicam a continuidade lateral e em profundidade das camadas geoelétricas. No estudo da qualidade da água, o principal parâmetro de controle é a condutividade, trata-se de uma característica dos materiais que define a facilidade em que eles são capazes de transportar cargas elétricas quando sujeitos a uma diferença de potencial elétrico. Na realidade, não é a água em si que conduz a eletricidade, mas sim os sais minerais que estão dissolvidos nela (compostos iônicos), como os cloretos, sulfatos, potássio, sódio, cálcio e magnésio. Condutividade e resistividade são grandezas inversamente proporcionais. Isso indica que quanto maior é a condutividade de um material, menor será sua resistividade e vice-versa. Para o reconhecimento do lixiviado, marcado pelo alto teor de íons, buscaram-se as assinaturas geofísicas altamente condutivas (que corresponde a valores baixos de resistividade, inferior a 10 ohms.m). Porções saturadas em água, ausentes de contaminantes, apresentam assinaturas condutivas na ordem de 100 ohms.m.

Figura 3 – Interpretação das SEVs em áreas externas e internas do aterro sanitário.

Em todos os IEs foi possível observar estruturas anômalas condutivas desde a porção superficial, adentrando em subsuperfície, as quais foram associadas aos caminhos preferenciais para o escoamento do lixiviado que se concentram na porção mediana das seções. É válido ressaltar que, apesar de terem sido detectadas anomalias geofísicas que podem indicar concentrações de chorume, se faz necessário quantificar os elementos químicos e outras ocorrências anômalas, tendo sido a execução dos ensaios geofísicos útil para destacar as áreas alvo para eventuais sondagens e instalação de poços de monitoramento. Em relação à espessura do aterro, foi executado o IE-06 na porção mais elevada do maciço justamente para se conhecer o comportamento da base do aterro, cuja profundidade atinge aproximadamente 49 metros. Tal constatação foi embasada também no valor obtido com a SEV- 13.

A figura 4 apresenta as seções geoelétricas interpretadas, com o posicionamento das anomalias altamente condutivas, indicando a presença do chorume nas seções geoelétricas, bem como o nível do lençol freático e os resíduos. Foram detectados erros baixíssimos na aquisição dos dados, estando compreendidos entre 1,22 e 2,37 %. Todo este cenário de sucesso na prospecção possibilita reconhecer a realidade da área no que tange às associações entre os valores de resistividade e a verificação da presença de concentrações anômalas do lixiviado, do lençol freático e dos resíduos. Para facilitar o entendimento e posicionamento das seções geoelétricas foram incluídas a identificação das sondagens elétricas verticais. 

Figura 4 – Interpretação das seções geoelétricas executadas no aterro, identificando o nível do lençol freático e as zonas de maiores concentrações de resíduos.

Sabadia (2011) estudando os impactos do aterro sanitário do Jangurussu nos recursos hídricos da cidade de Fortaleza que mostra que a condutividade elétrica do lixiviado produzido durante o período de operação alcançava valores superiores a 20.000 µS/cm, e após cinco anos após a desativação estes valores se reduziram a metade com variações entes 8.970 µS/cm e 10.039 µS/cm.

A partir do levantamento planialtimétrico da área, e subtraindo a profundidade do nível d’água identificada nos ensaios geofísicos, foi possível calcular as cargas hidráulicas nos locais investigados, e gerar um modelo hidrogeológico conceitual para as áreas onde foi traçado o sentido do fluxo subterrâneo, conforme observado na Figura 5. A Direção Preferencial do Fluxo das Águas Subterrâneas da Área do Aterro de Teresina / PI, possui sua principal componente para norte, com fluxos secundários oeste-leste. Na área do aterro em operação se observa um fluxo na direção leste, por influência da divisor de águas no limite de Teresina, e no aterro desativado, o fluxo para norte que predomina em toda a área.

 Figura 5. Mapa da Direção do Fluxo das Águas Subterrâneas – Aterro Sanitário – Teresina / PI.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível constatar, a relevância da Geofísica em estudos de investigação ambiental. Em particular os resultados dos ensaios aplicados e interpretados permitiram uma elucidação acerca da ocorrência de concentrações anômalas resultante do processo decomposição do lixo e do comportamento do lençol freático ao longo da área estudada.

Com os dados processados e interpretados, foram identificadas assinaturas geofísicas anomalamente condutivas, passíveis de estarem associadas aos níveis de lixiviado em todos os Imageamentos Elétricos, tendo sido associados aos valores de resistividade inferiores a 10 ohms.m. Também foram destacadas as ocorrências de resíduos nas SEVs-11, 12,13 (com 25, 26 e 49 metros de espessura, aproximadamente) e IEs-01, 05 e 06.

A geofísica por si só não possibilita a delimitação precisa das plumas de contaminação, uma vez que não quantifica concentrações dos elementos presentes na água ou no solo. Com a execução dos ensaios é possível destacar as áreas anômalas, passíveis de representarem a ocorrência de contaminantes (ou seja, uma análise qualitativa). A quantificação dos elementos e posterior delimitação de pluma (horizontal e vertical) só é possível com instalação de poço de monitoramento e análise da água justamente onde a geofísica apontou as anomalias mais fortemente condutivas (representadas nas seções geoelétricas interpretadas dos Imageamentos Elétricos). Desta forma, em função dos resultados geofísicos, recomenda-se que os locais mais adequados para se concentrarem os estudos ambientais, sejam os pontos de maior intensidade das anomalias condutivas, destacadas nos IEs.

Em relação à cota de base do aterro e início do subsolo natural, foi executado o IE-06 e a SEV-13 no ponto mais alto do maciço, cujos resultados apontaram uma espessura de resíduos de 49 metros, aproximadamente. Além disso, foi possível verificar de forma bastante clara o nível de lixiviado marcado pela assinatura altamente condutiva da porção mediana da seção, variando de 10 a 15 metros de profundidade, aproximadamente. Quanto à hidrogeologia, ficou evidente a superfície freática em todos os IEs e nas SEVs-01 a 10, cujas profundidades estão apresentadas na tabela abaixo. No caso das SEVs-11 a 13, a presença de resíduos dificultou a verificação do lençol freático, porém foi possível estimar pelo comportamento do lençol freático na área de estudo.

Como recomendação para a gestão e gestão integrada dos resíduos sólidos do município de Teresina, recomendamos a adoção de um plano de educação ambiental, visando diminuir as diversas críticas e esclarecer a população sobre o funcionamento adequado do aterro sanitário.

A GESTÃO DO LIXO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL:  O ATERRO DE TERESINA/PI

O Aterro Sanitário de Teresina desempenha um papel crucial na gestão dos resíduos sólidos da cidade, contribuindo para a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida da população. Localizado entre dois rios, sua operação responsável é essencial para evitar impactos negativos sobre os recursos hídricos e ao ecossistema local. Nesse contexto, um Programa de Educação Ambiental (PEA) se faz necessário para promover a conscientização e ações sustentáveis entre os envolvidos.

O PEA tem por objetivos sensibilizar a comunidade local sobre a importância da destinação correta dos resíduos sólidos e os impactos ambientais associados à disposição inadequada; promover a redução, reutilização e reciclagem de materiais, visando a diminuição do volume de resíduos destinados ao aterro sanitário; conscientizar sobre a preservação dos recursos hídricos e a importância da gestão adequada dos resíduos para evitar a contaminação dos rios próximos.

Para atingir os objetivos deverão ser executadas técnicas de educação ambiental, tais como: realização de palestras educativas para escolas, comunidades locais e funcionários do aterro sanitário, abordando temas como gestão de resíduos, reciclagem e preservação ambiental; implementação de programas de coleta seletiva em bairros próximos ao aterro sanitário, incentivando a separação adequada dos resíduos recicláveis; criação de campanhas de conscientização sobre o descarte consciente de resíduos perigosos e eletrônicos, evitando sua contaminação no ambiente; realização de visitas guiadas ao aterro sanitário, destacando as práticas sustentáveis adotadas no local e os desafios enfrentados na gestão dos resíduos.

Para fomentar a prática de responsabilidade socioambiental é imprescindível envolver as organizações governamentais e não governamentais, empresas privadas, bem como, a sociedade civil, e estabelecer parcerias sólidas e compromissos efetivos. É necessário o compromisso com a gestão sustentável, estabelecendo metas claras para redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos, bem como para a preservação dos recursos hídricos na região.

É fundamental oferecer suporte técnico e financeiro para a implementação e manutenção do programa de educação ambiental, garantindo que as atividades propostas sejam viabilizadas e alcancem um público mais amplo. Para uma melhoria contínua do PEA é fundamental que ocorra uma fiscalização e monitoramento do aterro sanitário, garantindo o cumprimento das normas ambientais e de segurança. Além disso, o monitoramento constante das atividades no aterro pode ajudar a identificar oportunidades de melhoria e prevenção de impactos negativos.

Tanto os órgãos governamentais como as empresas privadas podem criar incentivos fiscais que adotem práticas sustentáveis em relação à gestão de resíduos, contribuindo para fortalecer a responsabilidade social e ambiental na região. Ao envolver ativamente os órgãos governamentais e as empresas privadas no processo de responsabilidade social e ambiental relacionado ao aterro sanitário e ao programa de educação ambiental, é possível garantir uma abordagem mais abrangente e eficaz para lidar com questões ambientais e sociais relacionadas aos resíduos sólidos.

Ao integrar os princípios ESG (tradução do inglês, Ambiental, Social e Governança) no PEA, busca-se promover uma abordagem que reconheça a interconexão entre as dimensões ambientais, sociais e de governança na gestão do aterro sanitário. Essa abordagem pode contribuir para fortalecer as práticas sustentáveis e promover uma cultura de responsabilidade compartilhada em relação aos resíduos sólidos.

Quanto à questão ambiental, será imprescindível fomentar a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, enfatizando a redução da pegada de carbono, a proteção da biodiversidade local e a conservação dos recursos naturais. Promover práticas de gestão sustentável dos resíduos sólidos, destacando a importância da coleta seletiva, reciclagem e compostagem para minimizar o impacto ambiental do aterro sanitário.

Em relação ao social é necessário incluir temas como a valorização do trabalho digno e seguro para os funcionários do aterro sanitário, bem como o impacto positivo das práticas sustentáveis na qualidade de vida das comunidades locais, sem esquecer de estimular a participação ativa da comunidade em iniciativas sociais e ambientais, promovendo a inclusão e o engajamento em projetos comunitários relacionados à sustentabilidade.

Quanto a governança é importante abordar princípios de transparência, integridade e responsabilidade na gestão do aterro sanitário, destacando a importância da boa governança na tomada de decisões e na prestação de contas à comunidade e estimular a participação cívica e o envolvimento das partes interessadas na governança ambiental, promovendo canais de diálogo e colaboração entre o aterro sanitário, órgãos governamentais e a sociedade civil.

O Programa de Educação Ambiental para o Aterro Sanitário de Teresina visa fomentar uma consciência coletiva sobre a importância da preservação ambiental e o correto gerenciamento dos resíduos sólidos. Por meio do engajamento da comunidade e da disseminação de conhecimentos ambientais, almejamos contribuir para a proteção dos recursos naturais locais e o desenvolvimento sustentável da região.

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1Geologia – MSc Hidrogeologia – UFC
Endereço: Fortaleza/ CE – Brasil
E-mail: lauristonfg@gmail.com
2Estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária – UNIFOR
Endereço: Fortaleza/ CE – Brasil
E-mail: saulogomes@outlook.com
3Doutora em Geologia Regional – Universidade Estadual Paulista
Endereço: Fortaleza/CE – Brasil
E-mail: denise.ursulino@centec.org.br
4Doutor em Ciências Marinha – Universidade de Barcelona
Endereço: Fortaleza/ CE – Brasil
E-mail: parente.ambes@gmail.com