REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11669986
André Luiz Fernandes da Silva;
Igor Martinelli de Castro;
Orientador: Luiz Fernando Rocha Penna
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo avaliar os benefícios econômicos, sociais e ambientais do planejamento e gerenciamento de obras sustentáveis na construção civil, com foco na integração da segurança do trabalho e da preservação do meio ambiente, investigando as barreiras e desafios enfrentados na implementação de diversos modelos utilizados em empresas sustentáveis. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura narrativa com abordagem qualitativa. Os resultados revelam que a abordagem da sustentabilidade na construção civil envolve diversos componentes, como a reciclagem de pavimentos e a gestão de resíduos. A reciclagem de pavimentos oferece vantagens significativas, como a reutilização quase total dos materiais, resultando em menor consumo de energia e recursos naturais não renováveis. Além disso, a gestão adequada dos resíduos sólidos, conforme estabelecido pela legislação, é essencial para conferir sustentabilidade ao processo. A integração da segurança do trabalho e da sustentabilidade é destacada como essencial, visto que ambas compartilham os mesmos pilares econômicos, ambientais e sociais. A adoção de práticas seguras no ambiente de trabalho contribui para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, demonstrando uma estreita relação entre segurança no trabalho e sustentabilidade. A implementação de conceitos de construção enxuta e sustentabilidade pode reduzir desafios recorrentes na construção civil, como a questão ambiental e a ineficácia na produção. A racionalização dos processos construtivos está intrinsecamente ligada à segurança do trabalho e à sustentabilidade ambiental, fornecendo uma base sólida para abordagens que visam melhorar a qualidade de vida presente e futura.
Palavras-chave: Gerenciamento de Obras. Segurança no Trabalho. Sustentabilidade.
ABSTRACT
The present work aims to evaluate the economic, social and environmental benefits of planning and managing sustainable works in civil construction, focusing on the integration of work safety and environmental preservation, investigating the barriers and challenges faced in the implementation of various models used in sustainable companies. The methodology adopted was a narrative literature review with a qualitative approach. The results reveal that the approach to sustainability in construction involves several components, such as pavement recycling and waste management. Pavement recycling offers significant advantages, such as the almost total reuse of materials, resulting in lower consumption of energy and non-renewable natural resources. Furthermore, the adequate management of solid waste, as established by legislation, is essential to ensure sustainability of the process. The integration of occupational safety and sustainability is highlighted as essential, as both share the same economic, environmental and social pillars. The adoption of safe practices in the workplace contributes to achieving sustainable development objectives, demonstrating a close relationship between workplace safety and sustainability. The implementation of lean construction and sustainability concepts can reduce recurring challenges in construction, such as environmental issues and production inefficiency. The rationalization of construction processes is intrinsically linked to occupational safety and environmental sustainability, providing a solid basis for approaches that aim to improve present and future quality of life.
Keywords: Construction Management. Safety at Work. Sustainability.
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil desempenha um papel fundamental no progresso social, sendo responsável pelo fornecimento da infraestrutura necessária visando a qualidade de vida das pessoas. Porém, esse setor enfrenta importantes desafios relacionados aos impactos sobre o meio ambiente e à proteção dos trabalhadores.
Nos últimos tempos tem havido um crescente reconhecimento da importância de adotar práticas sustentáveis e garantir um ambiente de trabalho seguro. Para tanto, é fundamental enfatizar a importância da colaboração de todas as partes envolvidas na organização da empresa (alta administração, funcionários, consumidores e órgãos governamentais) para alcançar efetivamente as metas baseadas no conceito de desenvolvimento sustentável (Chiaretto; Silva, 2020).
A busca pela sustentabilidade envolve alcançar um ponto de harmonia entre três pilares essenciais: o ambiental, o econômico e o social. Reconhece-se cada vez mais a importância das empresas nesse cenário, pois dependem de mercados estáveis e devem possuir habilidades tecnológicas, financeiras e de gestão para promover a transição em direção ao desenvolvimento sustentável (Sartori; Latrônico; Campos, 2014).
Para isso, é necessário melhorar a comunicação, aumentar a fiscalização, seguindo as normas regulamentadoras aplicadas pelo Ministério do Trabalho, promover conscientização e divulgar meios que busquem a otimização dos recursos utilizados pelas empresas com base na sustentabilidade (Chiaretto; Silva, 2020). Na atividade da construção civil, a geração de resíduos sólidos ocorre durante a construção, demolição e reformas, levando ao descarte de diversos materiais, como gesso, argamassa, madeira, concreto, tijolos, entre outros. Esses resíduos representam cerca de metade do total produzido em áreas urbanas no Brasil e em outros países, o que resulta na presença de aterros clandestinos e depósitos irregulares em muitas cidades. No âmbito das soluções construtivas que visam promover a sustentabilidade, há uma variedade de abordagens, algumas focadas na economia de espaço, outras na seleção de materiais ou na redução da geração de resíduos (Keeler; Burke, 2010, Ângulo et al., 2011).
O planejamento e gerenciamento de obras sustentáveis surgem como uma abordagem estratégica para conciliar a eficiência construtiva com a preservação do meio ambiente e a segurança do trabalho através dos princípios da Lean Construction (Silva; Mello, 2021).
Essa abordagem visa, dentro da construção civil, eliminar atividades desnecessárias, melhorar o produto a partir das necessidades dos clientes, reduzir inconsistências, diminuir tempo gasto, simplificar os processos e torna-lo mais transparente, implementar melhorias contínuas, equilibrar otimização do fluxo e conversação e realizar comparações com melhores práticas (Silva; Mello, 2021).
Além disso, as pesquisas mostram que a adoção de um sistema de construção enxuto (Lean Construction) tem benefícios notáveis, particularmente na melhoria da qualidade, segurança, redução de custos, aumento de produtividade e impacto ambiental positivo. Segundo Ahmed (2019), ao implementar a construção enxuta, é possível reduzir de forma significativa os efeitos negativos no meio ambiente.
A geração excessiva de resíduos sólidos, juntamente com a falta de infraestrutura e políticas eficientes de gestão, resulta em problemas como a contaminação do solo e dos recursos hídricos, acúmulo de lixo em áreas públicas, além de impactos negativos na saúde pública e no meio ambiente. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010, busca estabelecer a responsabilidade das empresas pelos resíduos sólidos por elas gerados até a sua destinação final (Camilo et al., 2022).
Considerando que a indústria da construção civil registra um alto número de incidentes relacionados à saúde, acidentes e impactos no meio ambiente e possui características únicas que a distinguem de outros setores industriais, é de suma importância a realização de estudos e pesquisas direcionados a essa área, abordando especialmente a segurança e o bem-estar dos trabalhadores (Peinado et al., 2019).
A integração entre segurança do trabalho e preservação do meio ambiente na construção civil é fundamental para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a sustentabilidade ambiental. Ao considerar aspectos como a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, a gestão adequada de resíduos, o uso de materiais sustentáveis e a eficiência energética, é possível obter resultados positivos tanto para a saúde e segurança dos trabalhadores quanto para a proteção do meio ambiente (Nunes, 2017).
Buscou-se relacionar questões que revelam a forma como surgiu a necessidade de desenvolver práticas construtivas e utilizar novas tecnologias na construção civil. Destacam-se as dificuldades em mudar padrões e métodos de construção e alterar a forma como os edifícios são projetados e pensados para reduzir os danos ao meio ambiente e o modo como a inovação tecnológica, a globalização e a fabricação de novos produtos mais sustentáveis e menos nocivos à natureza podem contribuir para o processo de construção do desenvolvimento sustentável (Agopyan; John, 2011).
Os desafios desse processo de mudança de paradigma são significativos. Por meio de pesquisas em livros e artigos científicos, foram identificadas diversas inovações, nas novas práticas, na integração dos profissionais da construção, fornecedores e produtores de materiais e nos desafios que devem ser superados para adotar novos sistemas e visões holísticas da construção. Um novo olhar e uma nova maneira de agir e planejar pode ajudar, levando assim as técnicas de construção para o próximo nível e servindo como um veículo para ensinar, aprender e compartilhar informações.
Considerando a problemática, este artigo tem como objetivo geral identificar a correlação entre segurança do trabalho e preservação do meio ambiente na construção civil. Os objetivos específicos são trazer exemplos de alternativas sustentáveis na construção civil, apontar os aspectos relacionados à segurança do trabalho na construção civil e contextualizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais do planejamento e gerenciamento de obras sustentáveis na construção civil.
2 METODOLOGIA
No que diz respeito aos procedimentos técnicos, trata-se de uma revisão de literatura narrativa. A metodologia de pesquisa adotada é qualitativa, permitindo uma análise para além dos dados quantitativos, requerendo uma interpretação subjetiva dos significados e sentidos presentes em um contexto específico, como produzidos por um determinado grupo.
Esta abordagem é de natureza aplicada, pois busca desenvolver conhecimento para resolver problemas específicos na prática, direcionando-se para encontrar respostas em situações particulares.
O foco deste trabalho são as fontes bibliográficas, artigos eletrônicos, periódicos e documentos acadêmicos. Os artigos foram escolhidos após uma revisão inicial dos resumos, com o propósito de comparar os pontos propostos, utilizados e discutidos por cada autor. Posteriormente, foi realizada uma leitura seletiva dos artigos para organizar as informações encontradas, seguida de uma análise para destacar os temas e tópicos mais relevantes, selecionando as informações que melhor atenderiam aos objetivos da pesquisa de forma abrangente.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A abordagem a respeito da sustentabilidade no âmbito da construção civil envolve diversos componentes, considerando a variedade de tipos de obras, com seus respectivos impactos ao meio ambiente. Um exemplo nesse sentido refere-se às obras viárias, considerando a construção e manutenção de estradas. Segundo Cunha et al. (2018), na execução e manutenção de pavimentos, há uma priorização crescente de materiais e técnicas que visam a sustentabilidade.
Em meio ao impulso pelo crescimento sustentável, autoridades de gestão estão explorando soluções ecológicas como alternativas economicamente viáveis e socialmente aceitáveis. Um exemplo é a prática da reciclagem de pavimentos existentes, que oferece vantagens significativas, como a reutilização quase total dos materiais da via restaurada, resultando em menor consumo de energia e recursos naturais não renováveis (Cunha et al., 2018).
Diante da crescente importância dessa prática, especialmente diante do esgotamento dos recursos naturais e da necessidade de evitar a saturação dos locais de despejo de resíduos, a reciclagem de revestimento asfáltico está se tornando uma medida rotineira (Cunha et al., 2018). Desse modo, faz-se importante a pesquisa e desenvolvimento relacionados aos materiais adequados aos preceitos de sustentabilidade, tanto nos pavimentos rígidos quanto nos pavimentos flexíveis.
Diante da consideração dos princípios de sustentabilidade, é observado que um pavimento é considerado sustentável quando alcança seus objetivos funcionais, que incluem atender às necessidades básicas humanas, utilizar recursos de forma eficiente e preservar ou restaurar os ecossistemas ao redor da via (Van Dam, 2015).
Ressalta-se que um pavimento sustentável deve ser aprimorado em relação ao seu ciclo de vida, que é prolongado através da implementação adequada de operações de manutenção. Essas ações estão relacionadas tanto com o fim da vida útil do pavimento quanto com a produção de novos materiais (Miranda et al., 2009, Van Dam, 2015).
Reza e Wilde (2017) afirmam que não só os resíduos provenientes do próprio pavimento podem ser empregados de forma sustentável na pavimentação, mas também os materiais podem ser compostos por resíduos da construção e demolição, que resultam em agregados reciclados de qualidade adequada para serem utilizados nas obras de pavimentação.
Destaca-se especialmente o agregado de concreto reciclado, que é deliberadamente triturado para produzir agregados utilizáveis em aplicações como sub-base, base ou revestimento asfáltico ou de concreto (Reza; Wilde, 2017).
Dentre as inovações provenientes de pesquisas direcionadas à sustentabilidade na construção civil, destacam-se os materiais termoativos. Estes são concebidos para o isolamento térmico e o armazenamento de energia, fazendo uso de parafinas microencapsuladas dispersas em revestimentos de reboco. Tal abordagem possibilita alcançar conforto térmico e diminuir o consumo energético nas edificações (Octaviano, 2010).
Outro exemplo é a implementação de coberturas verdes, que consiste na substituição das tradicionais telhas por vegetação. Essa prática favorece a mitigação das ilhas de calor urbanas, contribuindo para a redução das emissões de gases do efeito estufa provenientes de veículos e melhorando a qualidade do ar (Octaviano, 2010). Observa-se, de modo geral, que a busca por iniciativas sustentáveis no âmbito da construção civil tem como objetivo essencial a melhoria da qualidade de vida presente e futura. Ressalta-se, no entanto, a importância da correlação entre os elementos intrínsecos à sustentabilidade e a segurança do trabalho na construção. As iniciativas voltadas à sustentabilidade na construção civil envolvem outros aspectos, como sistemas construtivos industrializados. Um exemplo é o sistema parede de concreto (Vieira; Silva; Goliath, 2021).
As investigações na área da construção civil estão cada vez mais direcionadas para abordagens que visam a produção de concreto de forma sustentável. Um caso exemplar é mencionado por Vieira e Dal Molin (2004), que sugerem a análise da vida útil estimada dos agregados reciclados em comparação com os naturais, demonstrando a viabilidade técnica de sua aplicação.
O método de construção denominado sistema paredes de concreto exemplifica adequadamente os objetivos da industrialização na construção e sua atualização. Estes objetivos não se limitam apenas às técnicas de construção, mas também abrangem outras atividades, como a integração crescente da tecnologia no planejamento. Neste contexto, a adoção de sistemas destinados ao controle e planejamento na construção civil emerge como um dos indicadores da modernização do setor, notável através de abordagens como o Modelo de Informação da Construção (BIM – Building Information Model). Conforme descrito por Ruschel, Andrade e Morais (2013), essa abordagem se concentra na gestão dos aspectos essenciais do projeto e dos dados relacionados à construção ou empreendimento em formato digital ao longo de todo o ciclo de vida do edifício.
O gerenciamento de resíduos na construção civil se divide em etapas bem definidas, que são a caracterização, a separação, o acondicionamento e o transporte. Antes, no entanto, da descrição dessas etapas, faz-se importante a indicação da classificação dos resíduos sólidos quanto à sua origem de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de dois de agosto de 2010, conforme pode ser observado no Quadro 1:
Quadro 1 – Classificação dos resíduos sólidos quanto à origem
Domiciliares | Originários de residências urbanas e atividades domésticas |
Resíduos de limpeza urbana | Originários de varrição e limpeza de vias e logradouros públicos |
Resíduos sólidos urbanos | É o conjunto dos resíduos domiciliares e de limpeza urbana |
Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços | Resíduos gerados nestas atividades, exceto, os classificados como resíduos sólidos urbanos, os produzidos dos serviços públicos de saneamento básico, dos serviços de saúde, da construção civil e dos serviços de transporte |
Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico | Gerados nestas atividades, menos os resíduos sólidos urbanos |
Resíduos industriais | Gerados nos processos de produção nas instalações industriais |
Resíduos dos serviços de saúde | Gerados nos serviços de saúde, segundo regulamento ou normas definidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS |
Resíduos da construção civil | Gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras |
Resíduos agrossilvopastoris | Gerados nas atividades silviculturais e agropecuárias, incluindo os insumos utilizados em tais atividades |
Resíduos de serviços de transporte | Estes são os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira. |
Resíduos de mineração | Gerados nas atividades de extração, beneficiamento ou pesquisa de minérios |
Fonte: Brasil (2010)
No Quadro 1 é possível identificar os resíduos da construção civil, que são produzidos pelas construções, reformas, reparos e demolições de obras. A Política Nacional de Resíduos Sólidos instituiu o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que é um dos objetivos da política em comento, determinado pelo Decreto nº 7.404/2010 e voltado ao estabelecimento de normas para a execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O mesmo indica as responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos e do Poder Público.
A importância social da construção civil é evidente, tanto em termos de geração de empregos e renda quanto no seu papel em adotar práticas sustentáveis. Embora historicamente associada à degradação ambiental, o setor tem testemunhado um avanço em direção a práticas mais sustentáveis. No entanto, os sistemas de certificação de empreendimentos, apesar de contribuírem para melhorias ambientais, não abordam completamente o desempenho ambiental ao longo do ciclo de vida de uma construção (Techio; Gonçalves; Costa, 2016).
Desde a seleção de materiais e sistemas construtivos até questões como logística, perdas, consumo energético, durabilidade, manutenção e gestão de resíduos, há uma necessidade de abordagem integrada para garantir melhorias efetivas (Techio; Gonçalves; Costa, 2016). Nesse sentido, importa compreender a importância da adequada destinação dos resíduos produzidos.
A destinação responsável dos resíduos sólidos na construção civil é essencial para conferir sustentabilidade ao processo. A Resolução Conama nº 307/2002 estabelece que a destinação dos resíduos é determinada pela sua classe. Resíduos de cimento, argamassas e componentes cerâmicos devem ser levados a áreas de transbordo e triagem para serem separados, armazenados temporariamente e destinados de forma adequada, visando à preservação da saúde e segurança. Materiais como metal, plástico, papel, papelão e vidro são encaminhados para usinas de reciclagem. Madeiras podem ser reutilizadas na própria obra se estiverem isentas de contaminantes, ou como matéria-prima para outras empresas. Resíduos da classe C, sem meios de reciclagem, podem ser destinados a aterros para resíduos não perigosos e não inertes, enquanto resíduos perigosos devem ser encaminhados a aterros industriais com tecnologia para minimizar danos (Brasil, 2002).
A relevância da análise sobre a sustentabilidade e eficiência na produção no cenário atual da construção é notável ao considerar a capacidade de impacto ambiental desta indústria, bem como sua importância econômica e social. Estudos são necessários para compreender melhor essas questões. O impacto ambiental causado pela produção e descarte de resíduos da construção civil é significativo, tanto pela quantidade descartada diariamente quanto pelo uso excessivo de recursos naturais. Grande parte desses resíduos advém do desperdício de materiais em construções novas, devido a projetos mal elaborados, especificações inadequadas de materiais e falta de planejamento na execução das obras (Baptista Júnior; Romanel, 2013).
Elevadas taxas de desperdício na indústria da construção são observadas, o que estimula o desenvolvimento de estratégias para sua redução. O conceito de construção sustentável sugere que uma edificação bem-sucedida é aquela que enfrenta desafios com eficácia e, ao mesmo tempo, oferece soluções para questões ambientais, sem negligenciar o uso da tecnologia ou a consideração de aspectos socioeconômicos. As abordagens de sustentabilidade na construção compartilham a preocupação com a preservação dos recursos naturais, encarando essa ação como crucial para manter a qualidade das construções (Ceotto, 2006, Vitorino, 2017).
Nesse contexto, importa compreender que as iniciativas integram os objetivos para o desenvolvimento sustentável, principalmente o objetivo n° 11, que busca tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Uma das metas é de, até 2030, diminuir o impacto ambiental negativo per capita nas cidades, promovendo melhorias quanto aos índices de qualidade do ar e no que diz respeito à gestão de resíduos sólidos. Além disso, busca-se a garantia de que todas as cidades com mais de 500 mil habitantes possuam sistemas de monitoramento de qualidade do ar e planos de gerenciamento de resíduos sólidos (Ipea, 2019).
Conforme Ferreira, Pereira e Silva (2022), a indústria da construção civil desempenha um papel essencial no contexto social do Brasil, uma vez que oferece amplas oportunidades de emprego e o tema da qualidade de vida é amplamente discutido nesse contexto e na sociedade contemporânea de modo geral.
A conquista da qualidade está intrinsecamente ligada à melhoria das condições de segurança e higiene no local de trabalho. É inegável que uma empresa possa alcançar a excelência em seus produtos ou serviços, negligenciando a qualidade de vida de seus colaboradores que os produzem. A construção civil engloba uma variedade de obras, desde residenciais e comerciais até industriais, bem como projetos destinados a atividades sociais, culturais, de lazer e esportivas (Ferreira; Pereira; Silva, 2022).
No entanto, essa área é caracterizada pelo uso de métodos tradicionais, apresentando diversas peculiaridades que a distinguem de outras atividades econômicas. O lucro de um empreendimento é determinado pela relação entre receitas e custos. Toda empresa incorre em custos com o objetivo de gerar renda. Seja através da construção de edifícios, instalações, aquisição de maquinário ou contratação de mão de obra assalariada, isso reflete a capacidade de serviço, na qual se espera a geração ou preservação de receitas para a empresa (Ferreira; Pereira; Silva, 2022). Diante dessa realidade, verifica-se a importância de que os aspectos inerentes à segurança no trabalho sejam abrangentes, sendo, inclusive, possível estabelecer sua correlação com o meio ambiente do trabalho e a sustentabilidade.
O ambiente laboral envolve todos os elementos, interações e condições que impactam o bem-estar físico e psicológico do trabalhador, assim como seu comportamento e valores dentro do local de trabalho. O ambiente de trabalho é a esfera circundante da atividade laboral, sendo moldado pela ação humana. Dessa forma, o ambiente de trabalho apresenta uma variedade de perigos e estresses que podem influenciar a saúde e a integridade física e mental do trabalhador de diferentes maneiras, dependendo do setor e da ocupação. Esses riscos têm variado conforme as mudanças nos métodos de produção e na organização do trabalho, resultando na elaboração e atualização contínua das normas de proteção (Rocha, 2002).
Além disso, não se trata apenas de produzir materiais e componentes de forma sustentável, mas também de garantir que seu uso atenda às exigências ambientais.
Os princípios do desenvolvimento sustentável, que são a sustentabilidade econômica; sustentabilidade ambiental; sustentabilidade social, são aplicados em todas as etapas, desde a extração de matérias-primas até a gestão de resíduos, visando restaurar a harmonia entre o natural e o construído, enquanto promove assentamentos que respeitam a dignidade humana e promovem a equidade econômica (Barros; Padilha, 2016).
A simples contratação de um bom colaborador não é suficiente para garantir o máximo desempenho esperado pela empresa. Preocupar-se com a segurança e saúde dos funcionários é uma obrigação estabelecida em diversos dispositivos legais trabalhistas, civis e previdenciários. A legislação é frequentemente atualizada e torna se cada vez mais rigorosa no sentido de garantir a prevenção de acidentes e a preservação da saúde ocupacional, exigindo que todas as empresas, independentemente de seu porte, invistam em recursos em segurança do trabalho (Ferreira; Pereira; Silva, 2022).
A ideia de sustentabilidade em todas as áreas econômicas precisa incluir o fomento ao emprego e a garantia de um ambiente de trabalho saudável. Assim, uma estratégia para construção sustentável deve introduzir medidas que transformem a atual situação inaceitável em algo melhor. A construção sustentável envolve uma abordagem abrangente na concepção e administração do ambiente construído, com foco no ciclo de vida. Isso implica não apenas em projetos de construção orientados para o meio ambiente, mas também em práticas operacionais e de manutenção ecológicas (Barros; Padilha, 2016).
Silva et al. (2023) afirmam que a sustentabilidade e a segurança do trabalho estão diretamente correlacionadas. A segurança do trabalho e a sustentabilidade compartilham os mesmos pilares, que incluem economia, meio ambiente e sociedade.
Um estudo da OIT (2012) ressalta que a transição para uma abordagem mais ambiental no setor da construção civil implica em alterações nos processos de produção e nas condições de trabalho, inclusive na construção. Isso não significa necessariamente que as condições de trabalho se tornem mais seguras em projetos de construção sustentável em comparação com os métodos tradicionais.
Na verdade, eles compartilham riscos semelhantes aos da construção convencional, além de introduzir novas situações, como a instalação de equipamentos de energia renovável em alturas elevadas ou a integração de redes elétricas inteligentes. O uso de novos materiais de construção, como azulejos, isolantes e tintas contendo nanomateriais, também pode representar fontes adicionais de riscos e perigos (OIT, 2012).
Peinado (2019) afirma que são diversos os componentes que fazem com que a construção civil seja uma atividade com tantos riscos, destacando a elevada quantidade de mão de obra terceirizada, as alterações no tipo de serviço de acordo com a demanda apresentada, os efeitos do clima e também a exposição necessária aos riscos para a execução das atividades, como o trabalho em altura e os riscos de desabamentos, choques elétricos e outros. Soma-se a esses fatores a pouca qualificação de mão de obra e o elevado turnover, que é a rotatividade entre os trabalhadores.
Nesse contexto, Almeida e Picchi (2018) indicam a interação entre a construção enxuta e a sustentabilidade, que é predominantemente examinada do ponto de vista do Lean, em direção à sustentabilidade. As abordagens são voltadas principalmente aos impactos positivos para a sustentabilidade resultantes da implementação da construção enxuta.
O Lean Construction é uma abordagem de produção na indústria da construção civil, inspirada no Modelo Toyota de Produção. O objetivo principal é entregar o produto otimizando o valor e reduzindo o desperdício. No contexto do Lean Construction, a construção deve ser vista como um fluxo composto por dois processos principais: projeto e construção. No processo de construção, há dois fluxos distintos: o de materiais e o de trabalho, sendo essenciais para determinar custo, duração e valor para o cliente (Magalhães; Melo; Bandeira, 2018).
O Lean Construction não se limita apenas aos processos de produção, mas também se aplica aos processos gerenciais, sendo que o planejamento e controle da produção devem considerar a necessidade de gerenciar os fluxos de montagem, materiais, informações e concentrar-se na eliminação das atividades que não agregam valor (Magalhães; Melo; Bandeira, 2018).
De diferentes formas, os conceitos de construção enxuta e de sustentabilidade servem de base para abordagens, instrumentos e procedimentos destinados a reduzir ou atenuar desafios recorrentes no setor, tais como a significativa questão ambiental e a ineficácia na produção (Almeida; Picchi, 2018). A racionalização dos processos construtivos relaciona-se, entre outros pontos, à segurança do trabalho e à sustentabilidade ambiental.
Após examinar 37 Normas Regulamentadoras (NRs), Silva et al. (2023) constataram que as práticas organizacionais que aprimoram as condições de segurança no trabalho têm uma boa probabilidade de alcançar ou até mesmo superar as metas de desenvolvimento sustentável. Isso ocorre porque o gerenciamento de riscos ocupacionais e a gestão da saúde podem desempenhar um papel significativo na realização dos objetivos de sustentabilidade em nível organizacional. Os achados deste estudo corroboram a estreita relação entre segurança no trabalho e sustentabilidade. A segurança no trabalho pode fornecer um alinhamento operacional para a sustentabilidade, já que ambas as áreas compartilham os mesmos fundamentos, incluindo aspectos econômicos, ambientais e sociais.
Segundo Silva, Rezende e Taveira (2019), a sustentabilidade tem como objeto o ambiente e sua influência, tendo como meta beneficiar também o ser humano como o protagonista do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, a segurança do trabalho desempenha um papel essencial, visando proteger a saúde e segurança dos trabalhadores, e assim, garantir o equilíbrio social e econômico. Ela é considerada uma componente integral da sustentabilidade. Atualmente, o conceito de segurança do trabalho evoluiu além do mero cumprimento das exigências legais, incorporando também preocupações ambientais e de sustentabilidade. Muitas organizações reconheceram essa necessidade, muitas vezes por imperativos de sobrevivência empresarial. Esse novo paradigma tem motivado muitos empregadores a implementarem sistemas de gestão integrados, abrangendo normas de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança do trabalho.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo geral identificar a correlação entre segurança do trabalho e preservação do meio ambiente na construção civil, analisando exemplos de alternativas sustentáveis, aspectos relacionados à segurança do trabalho, e os benefícios econômicos, sociais e ambientais do planejamento e gerenciamento de obras sustentáveis.
Ao longo da pesquisa, diversas iniciativas e práticas sustentáveis foram destacadas, evidenciando a importância da integração entre os aspectos ambientais, sociais e econômicos na construção civil. Exemplos como a reciclagem de pavimentos, uso de agregados reciclados, materiais termoativos e coberturas verdes demonstram o potencial de redução de impactos ambientais e melhoria da qualidade de vida proporcionada por soluções sustentáveis.
Além disso, foi ressaltada a importância do gerenciamento adequado dos resíduos na construção civil, conforme estabelecido pela legislação vigente, visando à preservação da saúde e segurança dos trabalhadores e do meio ambiente. A relação entre sustentabilidade e segurança do trabalho foi enfatizada ao longo do trabalho, destacando-se a necessidade de considerar ambos os aspectos de forma integrada. Estudos demonstram que práticas organizacionais que promovem a segurança no trabalho têm grande probabilidade de contribuir para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável, evidenciando a estreita relação entre esses dois campos.
Portanto, fica evidente que a busca por práticas sustentáveis na construção civil não apenas contribui para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico, mas também para a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para as gerações presentes e futuras. Assim, é fundamental que empresas e organizações do setor adotem uma abordagem integrada que considere tanto a sustentabilidade quanto a segurança do trabalho em todas as etapas dos projetos e atividades
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