PIOTÓRAX FELINO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11237994


Giovanna Alves Ferreira;
Orientadora: Profa. Patrícia Franciscone Mendes.


RESUMO

O piotórax em felinos refere-se à acumulação de material purulento séptico no espaço pleural. Embora não haja uma prevalência demonstrada de raça ou sexo em gatos, os animais mais jovens, especialmente aqueles provenientes de abrigos, estão mais suscetíveis. Os sinais clínicos predominantes incluem taquipneia, dispneia, diminuição dos sons pulmonares e cardíacos, respiração superficial, tosse, febre, letargia, anorexia e perda de peso. Em felinos, sialorreia e bradicardia associadas à hipotensão indicam um prognóstico desfavorável. O diagnóstico é estabelecido por meio de uma abordagem que combina histórico, exame físico, avaliação de imagem e análise do fluido pleural. O tratamento recomendado envolve a colocação de um tubo de toracostomia para drenagem e lavagem, juntamente com terapia antimicrobiana sistêmica. Em casos de abscessos pulmonares ou mediastinais, efusão torácica extensa ou falta de resposta ao tratamento, a toracotomia exploratória pode ser indicada. O prognóstico varia de reservado a bom, excluindo os casos em que a morte ou eutanásia ocorrem nas primeiras 48 horas. Na prevenção, considera-se a antibioticoterapia profilática para gatos em risco de colonização microbiana do trato respiratório inferior, uma vez que a maioria dos casos de piotórax em felinos envolve patógenos da microbiota orofaríngea.

Palavras-chave: efusão pleural, espaço pleural, purulento, toracostomia, piotórax felino.

ABSTRACT

Pyothorax in felines refers to the accumulation of septic purulent material in the pleural space. Although there is no demonstrated prevalence of breed or sex in cats, younger animals, especially those coming from shelters, are more susceptible. Predominant clinical signs include tachypnea, dyspnea, decreased lung and heart sounds, shallow breathing, cough, fever, lethargy, anorexia, and weight loss. In felines, drooling and bradycardia associated with hypotension indicate a poor prognosis. Diagnosis is established through an approach that combines history, physical examination, imaging evaluation, and pleural fluid analysis.  The recommended treatment involves placement of a chest chest tube for drainage and flushing, along with systemic antimicrobial therapy. In cases of pulmonary or mediastinal abscesses, extensive thoracic effusion, or unresponsiveness to treatment, exploratory thoracotomy may be indicated. The prognosis ranges from reserved to good, excluding cases in which death or euthanasia occurs within the first 48 hours. In prevention, prophylactic antibiotic therapy is considered for cats at risk of microbial colonization of the lower respiratory tract, since most cases of pyothorax in felines involve pathogens of the oropharyngeal microorganisms.  

Keywords: pleural effusion, pleural space, purulent, thoracostomy, feline pyothorax.

1. INTRODUÇÃO 

A pleura, uma membrana serosa de origem mesodérmica, desempenha o papel crucial de revestir o parênquima pulmonar, o mediastino, o diafragma e a parede torácica interna (Suárez et al., 2012). Anatomicamente, ela se divide em pleura visceral e parietal, envolvendo as superfícies externas dos pulmões e interna da cavidade torácica, criando o espaço pleural (Beatty; Barrs, 2010).

O espaço pleural é um espaço potencial que circunda os pulmões e a cavidade torácica interna, permitindo a passagem de uma mínima quantidade de líquido em gatos saudáveis para a adequada lubrificação dos órgãos torácicos durante a respiração (Little, 2016; Tilley; Smith, 2015). O acúmulo anormal de líquido nesse espaço pode ocorrer devido ao aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, aumento da permeabilidade capilar ou obstrução linfática, resultando em derrame pleural (Beatty; Barrs, 2010). A natureza do fluído acumulado varia conforme o mecanismo de formação (Davies; Forrester, 1996), incluindo tipos como efusão quilosa, transudato simples ou modificado, efusão hemorrágica, asséptica (inflamação estéril) ou séptica (Christopher, 1987).

O piotórax, caracterizado pelo acúmulo de material purulento séptico no espaço pleural, também conhecido como pleurite purulenta, empiema torácico ou empiema (Jericó et al., 2015), representa 14,37% dos casos de derrame pleural em felinos, conforme revelado por uma síntese de cinco estudos anteriores, totalizando 473 casos diagnosticados (Beatty; Barrs, 2010).

Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o piotórax felino, destacando aspectos clínicos, manejo, sinais clínicos, etiologia, diagnóstico, tratamento, prevenção e prognóstico específicos dessa espécie. Pretende-se fornecer informações essenciais para orientar os veterinários no manejo eficaz de pacientes afetados por essa condição.

2. ETIOLOGIA

Os felinos domésticos, independentemente de raça, sexo ou idade, podem desenvolver piotórax, sendo mais comum em animais mais jovens, geralmente entre 4 e 6 anos (Crawford et al., 2011). Estudos conduzidos por Waddell et al. (2002) revelam que gatos provenientes de abrigos apresentam uma chance 3,8 vezes maior de contrair a doença. A explicação conjecturada para esse fenômeno está relacionada ao maior risco desses animais desenvolverem infecções virais do trato respiratório superior, considerados eventos predisponentes (Barrs et al., 2005).

A disseminação para-pneumônica emerge como a rota mais comum de infecção para o espaço pleural, conforme indicado por Barrs et al. (2005); Barrs e Beatty (2009). As possíveis vias de infecção abrangem origens em estruturas adjacentes (broncopneumonia, disseminação para-pneumônica, ruptura esofágica, mediastinal), inoculação direta (trauma penetrante, migração de corpo estranho, toracocentese ou cirurgia torácica), hematógena ou linfática originária de locais distantes (Barrs et al., 2005; Barrs; Beatty, 2009). Em muitos casos, a causa permanece não identificada (MacPhail, 2007; Wray & Hill, 2008).

3. SINAIS CLÍNICOS

Animais acometidos por piotórax manifestam sinais clínicos relacionados à efusão pleural e à formação de abcessos, incluindo taquipneia, dispneia e redução dos sons pulmonares (Nelson; Couto, 2015). Esses sinais decorrem do acúmulo de líquido na cavidade pleural, que comprime o pulmão, reduzindo sua capacidade de expansão em diferentes graus (Suárez et al., 2012).

Manifestações clínicas comuns em piotórax incluem febre, letargia, anorexia, perda de peso, redução dos sons cardíacos e respiração superficial. A tosse é particularmente relevante em casos de empiema felino (Barrs et al., 2005; Fossum, 2014). Os animais podem também apresentar sinais de choque séptico ou da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (Nelson; Couto, 2015), além de vômito e diarreia (Barrs et al., 2005).

A gravidade e a duração do piotórax são altamente variáveis, podendo se apresentar de forma aguda ou desenvolver-se mais gradualmente ao longo de 1-2 semanas. Em alguns casos, uma infecção prévia do trato respiratório superior pode estar associada (Barrs; Beatty, 2009).

Observa-se a presença significativa de sialorreia em um número considerável de pacientes diagnosticados com piotórax. Este sinal clínico específico é reconhecido como um marcador de gravidade, sendo especialmente notado em animais que, infelizmente, não conseguem sobreviver, indicando um prognóstico desfavorável. Apesar disso, o mecanismo exato por trás desse fenômeno ainda não é completamente compreendido (Suárez et al., 2012). Além disso, a bradicardia associada à hipotermia também está correlacionada a um prognóstico desfavorável nessa espécie, conforme destacado por Waddell et al. (2002).

3. DIAGNÓSTICO DO PIOTÓRAX

O diagnóstico do piotórax é conduzido por meio de uma abordagem abrangente, envolvendo análise do histórico, achados no exame físico, avaliação de imagem e análise do fluido pleural, conforme ressaltado por MacPhail (2007).

4. EXAME FÍSICO 

Ao realizar o exame físico, a observação criteriosa do padrão respiratório em pacientes dispneicos é essencial para identificar o problema. A avaliação inclui a verificação da frequência e profundidade respiratória, a identificação da fase respiratória mais desafiadora (inspiratória, expiratória ou ambas) e a auscultação para detectar a presença ou ausência de ruídos respiratórios (Beatty; Barrs, 2010).

Os felinos afetados podem adotar a posição esternal com cotovelos abduzidos, apresentar aumento do esforço inspiratório e respiração rápida e superficial. A redução ou ausência de sons respiratórios é esperada em doenças do espaço pleural. Além disso, na região da efusão, a diminuição dos sons respiratórios é geralmente mais evidente na região ventral (Beatty; Barrs, 2010).

5. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

O diagnóstico por imagem desempenha um papel vital na identificação e avaliação de condições como derrame pleural em animais. As radiografias do tórax são frequentemente utilizadas para confirmar a presença deste derrame e determinar a sua localização e extensão, permitindo a diferenciação entre as formas unilaterais e bilaterais da doença (Nelson e Couto, 2015). Este método é muito melhor que o ultrassom para detectar pequenas quantidades de líquido pleural (Barrs e Beatty, 2009a).

6.ANÁLISE DA EFUSÃO PLEURAL

A análise do derrame pleural desempenha um papel vital no diagnóstico de doenças como o empiema em animais. A aparência macroscópica do fluido muitas vezes fornece pistas importantes para a identificação da patologia (Barrs e Beatty, 2009a). Por exemplo, a presença de um odor desagradável indica frequentemente uma infecção anaeróbica, que é comum em mais de 80% dos casos de empiema felino (Barrs e Beatty, 2009a; Stephen W. Dow, 1988).

Na ausência de odor, são esperados patógenos incomuns, como fungos, protozoários e bactérias aeróbias (Beatty e Barrs, 2010). Os derrames pleurais são frequentemente caracterizados por uma aparência opaca, cremosa, verde ou amarela e pela presença de material floculento (Little, 2016; Tilley e Smith, 2015). A cor também pode variar, incluindo rosa ou tingida de sangue (Betty e Barrs, 2010). Em exsudatos sépticos, são esperados altos níveis de proteína total (>3 g/dL) e grande número de células nucleadas (>7.000/μL), predominantemente neutrófilos degenerados (Beatty e Barrs, 2010 Demetriou et al., 2002). .

A avaliação citológica do líquido pleural por meio de esfregaços é recomendada para determinar a presença e aparência de bactérias ou outros agentes infecciosos (Barrs et al., 2005; Demetriou et al., 2002). Além disso, o derrame pleural deve ser submetido a cultura e teste de suscetibilidade antimicrobiana (AST), que podem auxiliar na seleção da terapia antimicrobiana (Nelson e Couto, 2015).

Os principais patógenos isolados nos casos de empiema felino são bactérias anaeróbias obrigatórias e facultativas, sendo os mais comuns Bacteroidetes (Barrs e Beatty, 2009a; Love et al., 1982; Walker et al., 2000). Acredita-se que a via mais comum de desenvolvimento do empiema esteja associada aos pulmões, resultante da inalação de bactérias provenientes de infecções do trato respiratório superior (Barrs et al., 2005; Barrs e Beatty, 2009b). Contudo, nem todas as bactérias envolvidas podem ser cultivadas in vitro, independentemente da evidência citológica da sua presença, e isto deve ser levado em consideração durante o tratamento (Nelson e Couto, 2015).

As amostras devem ser colhidas cuidadosamente, utilizando ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) para contagem de células e citologia, e com recipientes de cultura estéreis. É importante organizar culturas aeróbicas e anaeróbicas para uma avaliação completa (Barrs e Beauty, 2009a).

7.TRATAMENTO

Uma vez diagnosticado o empiema felino, o tratamento rápido é crucial para estabilizar o quadro do paciente e evitar complicações graves como insuficiência respiratória e sepse (Jericó et al., 2015). A estabilização inicial é fundamental, principalmente quando o animal apresenta sinais de desconforto respiratório, como respiração de boca aberta e agitação (Jericó et al., 2015). Recomenda-se mover os pacientes para um ambiente fresco e silencioso para reduzir a demanda de oxigênio e o risco de insuficiência respiratória (Barrs e Beatty, 2009b; Beatty e Barrs, 2010). Em alguns casos, a sedação leve pode ajudar a reduzir a ansiedade do paciente (Beatty e Barrs, 2010).

Durante o período inicial de estabilização, a saturação do heme deve ser monitorizada, preferencialmente utilizando monitorização não invasiva de oximetria de pulso (Beatty e Barrs, 2010). Uma saturação de oxigênio abaixo de 90% indica hipoxemia grave que requer oxigênio umidificado nasal suplementar (Barrs e Beatty, 2009b; Fossum, 2014). O oxigênio suplementar pode ser fornecido por diversas técnicas, incluindo câmaras de oxigênio, máscaras e fontes de oxigênio próximas ao animal (Beatty e Barrs, 2010). O uso de prongas nasais deve ser evitado em pacientes conscientes e com dificuldade para respirar, e só deve ser considerado após a estabilização do paciente (Beatty e Barrs, 2010).

Além da oxigenação, é importante reconhecer e corrigir o desequilíbrio eletrolítico, a hipotermia, a hipotensão e a hipoglicemia, principalmente nos casos de sepse (Barrs e Beatty, 2009b). O tratamento agressivo deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico para minimizar a formação de aderências, que podem interferir na drenagem e reduzir as chances de sucesso do tratamento (Fossum, 2014). A toracocentese é tanto diagnóstica quanto terapêutica e é frequentemente usada para aliviar a dispneia grave (MacPhail, 2007; Barrs et al., 2005). Esta cirurgia deve ser realizada no hemitórax afetado, ou em casos bilaterais em ambos os hemitóraxes (Jericó et al., 2015). A maioria dos gatos tolera toracocentese sem anestesia, embora a instilação prévia de anestésico local possa facilitar o procedimento (Barrs e Beatty, 2009a). Drenar o máximo de líquido possível é fundamental para o sucesso do tratamento (Barrs e Beatty, 2009a).

8.DRENAGEM E LAVAGEM TORÁCICA

A drenagem da cavidade pleural é um importante procedimento intervencionista no tratamento do edema e outras doenças em animais. Métodos de toracocentese e colocação de tubo de toracostomia são comumente usados, cada um com suas próprias considerações.

A toracocentese, embora associada a uma maior taxa de mortalidade, pode ser recomendada em circunstâncias específicas, como cuidados paliativos imediatos para doentes descompensados ​​ou no caso de AVC de pequeno volume (Barrs e Beatty, 2009b; Fossum, 2021). Este procedimento geralmente é realizado com o animal sob anestesia profunda ou sedação, sendo preferível a anestesia local se estiver sedado (Nelson e Couto, 2015). A intubação dorsal é realizada entre o 10º e o 12º espaço intercostal, tomando cuidado para minimizar o risco de pneumotórax (Barrs e Beatty, 2009b). Devido às complicações associadas, a colocação de sonda de toracotomia é frequentemente preferida, especialmente no caso de edema bilateral (Nelson e Couto, 2015).

Para colocação da sonda de toracostomia o animal é anestesiado ou anestesiado, e caso esteja sedado recomenda-se anestesia local (Nelson e Couto, 2015). Um túnel subcutâneo cranioventral é criado no sétimo ao oitavo espaço intercostal para reduzir o risco de pneumotórax, e o tubo é passado aproximadamente 10 cm. De 12 a 18 cm no peito (Barrs e Beatty, 2009b). As extremidades do tubo são então fixadas para evitar pneumotórax e, no caso de edema bilateral, recomenda-se a colocação bilateral do tubo para reduzir a necessidade de uma segunda anestesia geral para reposicionar em caso de falha unilateral do tubo (Barrs et al., 2005). Barrs e Beattie, 2009b).

Ambas as técnicas têm seus desafios e considerações, mas são essenciais para o tratamento eficaz do edema e devem ser realizadas com cuidado e monitoramento adequados.

9.CIRURGIA 

A cirurgia pode ser considerada em certos casos de piotórax felino, especialmente se o tratamento médico não for eficaz ou se houver complicações como pneumotórax ou obstrução de drenagem.

A toracotomia exploratória pode ser indicada se for diagnosticado enfisema pulmonar ou mediastinal ou se houver um grande derrame torácico que persista após o tratamento (Demetriou et al., 2002; Waddell et al., 2002). Além disso, a toracotomia pode ser recomendada no caso de falha na terapia médica, pneumotórax ou obstrução da drenagem (Demetriou et al., 2002; Fossum, 2014). A eficácia da terapia é avaliada pela persistência do derrame pleural após 3-7 dias de terapia (Barrs e Beatty, 2009b).

Os objetivos da toracotomia exploradora incluem identificar e remover a causa primária da infecção, remover áreas de tecido necrótico, romper aderências de fibrina e garantir a colocação adequada de drenos torácicos (Barrs e Beatty, 2009b). Embora menos comum, a toracoscopia é uma opção minimamente invasiva que pode ser considerada. Suas vantagens incluem exploração da cavidade torácica, rompimento de aderências, drenagem completa da cavidade torácica e colocação de drenos torácicos (Macphail, 2007).

Ambas as abordagens cirúrgicas podem ser necessárias em casos selecionados de piotórax felino, promovendo o manejo eficaz da doença e o bem-estar do paciente.

10.PRENVENÇÃO 

Como a maioria dos casos de piotórax envolve a flora orofaríngea, use tratamento profilático com antibióticos quando os gatos estão em risco de colonização microbiana sistema respiratório inferior. Isso pode acontecer com infecções virais do trato respiratório superior ou após procedimentos periodontais sob anestesia geral (Barrs e Beatty, 2009b).

11.CONSIDERAÇÕES FINAIS

O empiema felino é uma emergência comum na prática clínica de pequenos animais, com alto risco de morte ou necessidade de eutanásia nas primeiras 48 horas. Portanto, é importante adotar uma abordagem agressiva no tratamento desde o início.

Os principais objetivos no manejo dessas condições são estabilizar o paciente o mais rápido possível e prevenir complicações relacionadas à infecção. Uma vez estabilizado o paciente, o tratamento deve incluir drenagem e irrigação torácica, bem como antibióticos sistêmicos para aumentar a chance de recuperação (Barrs & Beatty, 2009b).

É importante ressaltar que os gatos apresentam condições especiais que devem ser levadas em consideração em todas as etapas, desde o tratamento inicial até o diagnóstico. Isto inclui aspectos relacionados aos sintomas clínicos, etiologia, diagnóstico, tratamento, prevenção e prognóstico (Jericó et al., 2015).

O objetivo desta revisão de literatura é compilar as informações mais importantes sobre o empiema felino e fornecer aos veterinários informações essenciais para o tratamento eficaz dos pacientes com esta doença. Ao conhecer melhor a natureza desta doença e sua ocorrência em gatos, os profissionais poderão oferecer cuidados mais adequados e aumentar as chances de sucesso no tratamento desses casos difíceis  (Barrs e Beatty, 2009a).

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