PERSPECTIVAS DAS PUÉRPERAS NA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO PARTO HUMANIZADO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202505222101


Maria De Jesus Reis Mota
Maria José Alves Silva
Orientadora:  Profª Esp. Raylane Katicia da Silva Gomes


RESUMO

A violência obstétrica é um problema de saúde pública que compromete a qualidade da assistência materno-infantil, afetando o bem-estar físico e emocional das mulheres durante o parto e o puerpério. Este estudo tem como objetivo investigar como os cuidados de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e identificar as práticas que contribuem para a promoção de um parto humanizado. A justificativa está na investigação sobre os indicadores de violência obstétrica a partir da perspectiva das puérperas é essencial para compreender como as práticas de enfermagem impactam a experiência do parto. Dada a crescente conscientização sobre a necessidade de humanização no cuidado obstétrico, é fundamental analisar o papel dos profissionais de enfermagem na prevenção e identificação de comportamentos que podem ser percebidos como violentos. Este estudo justifica-se pela urgência em promover uma assistência que respeite os direitos das mulheres, garantindo um ambiente seguro e acolhedor durante o parto, o que pode, por sua vez, melhorar os resultados de saúde materna e neonatal. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, baseada na revisão de literatura e na análise de relatos de experiências vivenciadas por mulheres durante o processo de parturição. Os resultados apontam que práticas como intervenções desnecessárias, falta de consentimento informado, uso excessivo de procedimentos invasivos e a negligência no atendimento configuram formas de violência obstétrica. Além disso, evidencia-se a importância da atuação da enfermagem na humanização do parto, proporcionando um cuidado respeitoso, baseado na escuta ativa, no protagonismo da gestante e na adoção de práticas baseadas em evidências científicas. Conclui-se que a capacitação dos profissionais, a implementação de protocolos humanizados e a conscientização das gestantes são fundamentais para a erradicação da violência obstétrica e para a garantia de uma assistência materna de qualidade.

Palavras-chave: Período Pós-Parto; Humanização da assistência; Atenção à saúde; Acolhimento. Parto Humanizado.

ABSTRACT

Obstetric violence is a public health problem that compromises the quality of maternal and child care, affecting the physical and emotional well-being of women during childbirth and the postpartum period. This study aims to investigate how nursing care influences the perception of postpartum women about obstetric violence and to identify the practices that contribute to the promotion of humanized childbirth. The justification lies in the investigation of the indicators of obstetric violence from the perspective of puerperal women, which is essential to understand how nursing practices impact the experience of childbirth. Given the growing awareness of the need for humanization in obstetric care, it is essential to analyze the role of nursing professionals in preventing and identifying behaviors that may be perceived as violent. This study is justified by the urgency to promote care that respects women’s rights, ensuring a safe and welcoming environment during childbirth, which can, in turn, improve maternal and newborn health outcomes. This is a qualitative research, based on literature review and analysis of reports of experiences lived by women during the parturition process. The results indicate that practices such as unnecessary interventions, lack of informed consent, excessive use of invasive procedures and negligence in care are forms of obstetric violence. In addition, the importance of nursing in the humanization of childbirth is evidenced, providing respectful care, based on active listening, the protagonism of the pregnant woman and the adoption of practices based on scientific evidence. It is concluded that the training of professionals, the implementation of humanized protocols and the awareness of pregnant women are fundamental for the eradication of obstetric violence and for the guarantee of quality maternal care.

Keywords: Postpartum Period; Humanization of care; Health care; Host. Humanized childbirth.

1. INTRODUÇÃO

A violência obstétrica é uma problemática que afeta a qualidade da assistência materno-infantil e compromete os direitos das mulheres durante a gestação, parto e puerpério. Manifesta-se de diversas formas, incluindo intervenções médicas desnecessárias, falta de consentimento informado, desrespeito à autonomia da parturiente e negligência no atendimento, resultando em impactos físicos, psicológicos e emocionais para a mulher e o recém-nascido.

Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel essencial na promoção de um parto humanizado, fundamentado em práticas baseadas em evidências científicas, no respeito à fisiologia do parto e no protagonismo da gestante. A humanização do parto visa garantir um cuidado seguro, acolhedor e respeitoso, reduzindo a incidência de práticas abusivas e promovendo a dignidade da mulher nesse momento tão significativo.

A violência obstétrica é uma realidade que compromete a qualidade da assistência à saúde materna, manifestando-se por meio de práticas desrespeitosas e intervencionistas durante o parto. Nesse contexto, a atuação da enfermagem é fundamental para promover um parto humanizado e prevenir tais violências.

Moreira Gomes et al. (2020) destacam que o enfermeiro traz como benefícios para o parto humanizado a inserção de boas práticas, como a diminuição das dores com métodos não farmacológicos, proporcionando segurança, autonomia e a participação ativa da mulher durante todo o processo de parturição.

Além disso, Mesquita et al. (2024) enfatizam que o apoio da equipe de enfermagem não apenas contribui para a satisfação e bem-estar da gestante durante o parto, mas também fortalece a política de humanização do atendimento obstétrico ao promover o cuidado respeitoso, seguro e centrado na mulher.

Essas perspectivas reforçam a importância da capacitação contínua dos profissionais de enfermagem e da implementação de práticas baseadas em evidências científicas, visando garantir uma experiência de parto positiva e respeitosa para todas as mulheres.

O problema se baseia no questionamento: como as práticas de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e de que maneira os cuidados de enfermagem podem contribuir para a promoção de um parto mais humanizado?

Diante da relevância do tema, este estudo tem como objetivo geral investigar como os cuidados de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e identificar as práticas que contribuem para a promoção de um parto humanizado. 

Para isso, foi realizada uma abordagem qualitativa, por meio da revisão da literatura e análise de relatos de experiências.  A pesquisa buscou contribuir para a conscientização sobre a importância do respeito aos direitos das gestantes e para a implementação de estratégias que promovam um atendimento materno de qualidade.

2. JUSTIFICATIVA

A violência obstétrica é um problema de saúde pública que afeta inúmeras mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal, comprometendo não apenas a sua saúde física, mas também seu bem-estar emocional e psicológico. Esse fenômeno se manifesta de diversas formas, incluindo procedimentos desnecessários ou sem consentimento, falta de informação sobre o processo do parto, negligência no atendimento e até mesmo atitudes desrespeitosas por parte dos profissionais de saúde. Diante desse cenário, torna-se fundamental analisar as perspectivas das puérperas em relação à violência obstétrica, a fim de compreender como essas práticas afetam sua experiência de parto e sua recuperação no pós-parto.

O papel da enfermagem na promoção do parto humanizado é essencial para a mitigação desse tipo de violência, uma vez que esses profissionais atuam diretamente na assistência à gestante e no acolhimento da parturiente. A humanização do parto visa garantir que a mulher seja protagonista desse momento, recebendo informações adequadas, tendo seu direito de escolha respeitado e sendo assistida de forma ética e empática. Nesse contexto, compreender como as puérperas percebem a assistência recebida e identificar estratégias para aprimorar o cuidado obstétrico é essencial para a construção de políticas e práticas que reduzam a incidência de violência obstétrica e promovam um atendimento mais humanizado.

A justificativa para este estudo se baseia na necessidade de ampliar o debate sobre a violência obstétrica e seu impacto na saúde materna, contribuindo para a conscientização de profissionais da saúde e gestores sobre a importância de um atendimento respeitoso e baseado em boas práticas. A enfermagem, como uma categoria profissional que acompanha a mulher desde o pré-natal até o puerpério, desempenha um papel decisivo na criação de um ambiente seguro e acolhedor para a gestante. Dessa forma, compreender as percepções das puérperas sobre a assistência recebida pode fornecer subsídios para a formulação de estratégias que visem à capacitação dos profissionais, à melhoria dos protocolos institucionais e à efetivação dos direitos das mulheres durante o parto e nascimento.

Este estudo se justifica pela relevância social e acadêmica do tema, visto que a violência obstétrica ainda é uma realidade presente nos serviços de saúde e demanda atenção urgente para a transformação do modelo de assistência ao parto no Brasil. Investigar esse fenômeno sob a ótica das puérperas e destacar o papel da enfermagem na promoção do parto humanizado possibilita a construção de um conhecimento que pode impactar positivamente a formação dos profissionais de saúde e a qualidade dos serviços prestados, garantindo um atendimento mais digno e respeitoso às mulheres no momento do parto.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Investigar como os cuidados de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e identificar as práticas que contribuem para a promoção de um parto humanizado.

3.2 Objetivos Específicos

  1. Analisar as percepções das puérperas sobre as práticas de enfermagem durante o parto e identificar quais dessas práticas são consideradas como indicadores de violência obstétrica.
  2. Examinar as estratégias e abordagens utilizadas pelos profissionais de enfermagem para prevenir a violência obstétrica e promover um ambiente de parto humanizado.
  3. Propor recomendações para a formação e atuação dos enfermeiros, com base nos achados da pesquisa, visando a melhoria dos cuidados de enfermagem e a promoção de um parto mais humanizado.

4. REFERÊNCIALTEÓRICO

4.1 Analisar as percepções das puérperas sobre as práticas de enfermagem durante o parto e identificar quais dessas práticas são consideradas como indicadores de violência obstétrica.

Compreender as percepções das puérperas sobre as práticas de enfermagem durante o parto e identificar indicadores de violência obstétrica são fundamentais para garantir uma assistência humanizada e respeitosa (DE PAULA et al., 2020; PAIVA et al., 2022). A enfermagem obstétrica desempenha um papel essencial no cuidado da mulher durante o período gestacional, parto e puerpério, assegurando suporte emocional, monitoramento contínuo e intervenções adequadas (COSTA & RODRIGUES, 2022; CABRAL & PEREZ, 2020).

A literatura destaca que a violência obstétrica abrange abusos físicos e verbais, desrespeito à autonomia da mulher e procedimentos médicos sem consentimento, resultando em impactos negativos na saúde materna e na experiência do parto (LUZ & ANDRADE, 2024; VIEIRA et al., 2020; LEITE et al., 2022). As intervenções de enfermagem incluem monitoramento dos sinais vitais, técnicas de alívio da dor e incentivo à participação ativa da parturiente no processo (FERRO & LIMA SOUZA, 2023; FERNANDES, 2023).

Vale ressaltar que a dinâmica de violência que as Mulheres são submetidas em diferentes ambientes e situação, Pedraça (2022), em sua obra aborda as múltiplas facetas da violência conjugal e destaca os desafios enfrentados pelas equipes multiprofissionais que atuam em rede no atendimento às mulheres. Por mais que não pareça, mas a percepção do conjunto de violências é um desafio para se ter consciência da violência institucional e os efeitos na vida da mulher que está em atividade gestacional.

A escuta ativa e a comunicação empática são essenciais para que a parturiente se sinta respeitada e segura (SANTOS & SAIDEL, 2024; RIBEIRO, 2023). No entanto, relatos indicam que práticas abusivas ainda ocorrem, incluindo a imposição de procedimentos sem consentimento e a negligência no atendimento às necessidades da mulher (CORDEIRO et al., 2024; SILVA et al., 2024). A pesquisa sobre o tema contribui para a qualificação dos profissionais e o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à humanização do parto (GONÇALVES & BAQUIÃO, 2024; COSTA et al., 2020).

Dessa forma, ao identificar indicadores de violência obstétrica e dar voz às puérperas, é possível promover mudanças na assistência ao parto, garantindo um cuidado mais ético, seguro e respeitoso (TEIXEIRA et al., 2020; FERREIRA et al., 2021).

4.2 Examinar as estratégias e abordagens utilizadas pelos profissionais de enfermagem para prevenir a violência obstétrica e promover um ambiente de parto humanizado.

A prática profissional de enfermagem desempenha um papel crucial na prevenção da violência obstétrica e na promoção do parto humanizado, garantindo um cuidado respeitoso às gestantes (OLIVEIRA, 2023; RODRIGUES et al, 2024). A violência obstétrica envolve negligência, discriminação e abuso físico, verbal ou psicológico, impactando negativamente a experiência da mulher no parto e puerpério (LEITE et al, 2022; KATZ et al, 2020).

Para prevenir essa violência, os enfermeiros adotam protocolos baseados em evidências, avaliações do ambiente obstétrico e estratégias de comunicação eficazes (TRAJANO & BARRETO, 2021; BRANDÃO et al, 2022). O parto humanizado envolve respeito à autonomia da mulher, redução de intervenções desnecessárias e incentivo ao contato pele a pele e ao aleitamento materno (MONTENEGRO et al, 2024; DE FREITAS & OLIVEIRA, 2024).

Pedraça (2022), enfatiza que a humanização do parto envolve práticas que respeitam a autonomia da mulher, promovem um ambiente acolhedor e reduzem intervenções desnecessárias, contribuindo para a prevenção da violência obstétrica.

O cuidado centrado na mulher reforça seu protagonismo no parto, respeitando suas escolhas e promovendo um ambiente mais humanizado, o que contribui para a redução da violência obstétrica (DA PONTE GALVÃO et al, 2024; AMORIM & BACKES, 2020). No entanto, desafios como falta de capacitação, resistência institucional e limitações estruturais ainda dificultam a adoção dessas práticas (DA SILVA & DULLIUS, 2024; FREITAS & PINHEIRO, 2024).

A capacitação contínua dos profissionais de enfermagem, por meio de cursos e treinamentos, é essencial para aprimorar o atendimento e garantir um cuidado mais humanizado (SILVA et al, 2020; COSTA et al, 2020). Assim, recomenda-se maior investimento em educação continuada e na implementação de protocolos que promovam um ambiente obstétrico seguro e respeitoso (PESSANHA, 2021; TSUTUMi et al, 2023).

4.3 Propor recomendações para a formação e atuação dos enfermeiros, com base nos achados da pesquisa, visando a melhoria dos cuidados de enfermagem e a promoção de um parto mais humanizado.

A assistência ao parto demonstra a importância da formação e atuação dos enfermeiros, principalmente no que diz respeito à humanização do parto. A pesquisa revelou a necessidade de promover uma abordagem mais centrada na mulher, respeitando suas escolhas e necessidades durante o processo de parto. Os enfermeiros precisam estar preparados para oferecer cuidados de enfermagem de qualidade, contribuindo para a melhoria da assistência obstétrica. 

Diante disso, as recomendações para a formação e atuação dos enfermeiros devem considerar esse contexto complexo e desafiador, visando atender às demandas atuais e promover um parto mais humanizado. (LUZ & DE ANDRADE, 2024; AMORIM et al, 2022). A formação e atuação dos enfermeiros na assistência ao parto são de extrema importância, pois eles desempenham um papel fundamental na garantia de cuidados de qualidade para as parturientes. O conhecimento técnico e científico adquirido durante a formação permite que os enfermeiros atuem de forma segura e eficaz, contribuindo para a redução de complicações e mortalidade materna e neonatal. Além disso, a presença e atuação atenciosa dos enfermeiros durante o trabalho de parto proporciona suporte emocional e informacional às gestantes, o que contribui significativamente para a humanização do parto e para uma experiência mais positiva para as mulheres e suas famílias. (LUZ & DE ANDRADE, 2024; CORDEIRO et al, 2022). 

A humanização no parto é fundamental para promover uma experiência mais positiva para a gestante, proporcionando um ambiente acolhedor e respeitoso. A humanização contribui para a redução do estresse e da ansiedade da parturiente, favorece a participação ativa da mulher no processo de parto e fortalece o vínculo mãe-bebê. Estudos apontam que a humanização no parto está relacionada a um menor índice de intervenções desnecessárias, menor taxa de cesarianas e menos complicações no pós-parto. 

A promoção da humanização no parto traz benefícios tanto para a gestante quanto para o recém-nascido, evidenciando a importância de sua implementação na prática obstétrica. (BRANCO et al, 2022; JANTSCH & SCHUSTER, 2020). A avaliação dos cuidados de enfermagem no contexto do parto é essencial para identificar possíveis lacunas ou áreas de melhoria na assistência prestada. Isso pode incluir a análise da comunicação entre a equipe de enfermagem e as parturientes, a observação da aplicação de práticas baseadas em evidências e a verificação da qualidade do suporte emocional oferecido. 

A avaliação dos cuidados de enfermagem também pode abordar a utilização de técnicas de alívio da dor, a adoção de posições favoráveis durante o trabalho de parto e a promoção do contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido. Os resultados obtidos podem servir como base para a elaboração de estratégias de aprimoramento dos cuidados de enfermagem e contribuir para a promoção de um parto mais humanizado. (PINTO et al, 2022; SOBREIRA et al, 2024). Recomenda-se que a formação dos enfermeiros em cuidados obstétricos inclua uma abordagem prática e teórica, com ênfase na humanização do parto e na promoção de um ambiente acolhedor e seguro para as gestantes. É importante que os enfermeiros sejam capacitados para lidar com emergências durante o parto, bem como para oferecer suporte emocional e físico às parturientes. A formação também deve abordar questões relacionadas à diversidade cultural e étnica, a fim de garantir que os profissionais de enfermagem estejam preparados para atender às necessidades específicas de cada gestante. 

Por fim, é fundamental que a formação inclua práticas baseadas em evidências e esteja alinhada com as diretrizes e protocolos vigentes na área de obstetrícia. (SILVA et al, 2020; OLIVEIRA et al, 2021). Os enfermeiros atuam de forma a promover um ambiente acolhedor e respeitoso durante o parto, respeitando as escolhas e desejos da parturiente. É fundamental que esses profissionais estejam capacitados para oferecer suporte emocional e físico, garantindo que a mulher se sinta empoderada e respeitada durante todo o processo. A utilização de práticas baseadas em evidências, como o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, também é recomendada. Os enfermeiros devem estar atentos para a comunicação eficiente com a parturiente, promovendo o diálogo e o compartilhamento de informações sobre as opções de cuidados e procedimentos, contribuindo para uma experiência de parto mais positiva e humanizada. (DE CAMARGO et al, 2022; DE ARAÚJO SILVA et al, 2024). 

É fundamental que os enfermeiros recebam uma formação abrangente em cuidados obstétricos, com ênfase na humanização do parto. A atuação dos enfermeiros deve ser pautada no respeito à autonomia da gestante, no acolhimento e na valorização da experiência do parto. A promoção de um parto mais humanizado passa pela implementação de práticas baseadas em evidências, respeitando as diretrizes nacionais e internacionais. 

5. MATERIAIS E MÉTODOS

A presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica que buscou investigar como os cuidados de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica, além de identificar as práticas que contribuem para a promoção de um parto humanizado. 

A coleta de dados ocorreu no período de setembro a novembro de 2024, nas bases de dados:  Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (Scielo); Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Google Acadêmico;

Periódicos da CAPES e outros, por cruzamento dos seguintes descritores: Período Pós-Parto

(Postpartum Period); Humanização da assistência (Humanization of care); Atenção à saúde (Health care); Acolhimento (Host). Foram utilizados como critérios de inclusão: artigos que continham no título, resumo e texto os descritores.

Para garantir a sistematicidade e confiabilidade da revisão, foram seguidas as seguintes etapas:

5.1. Definição do Problema e Objetivos

Inicialmente, foi estabelecida a questão central da pesquisa: como as práticas de enfermagem influenciam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e de que maneira os cuidados de enfermagem podem contribuir para a promoção de um parto mais humanizado? Com base nessa problemática, foram definidos os objetivos específicos e os critérios para seleção das publicações.

5.2. Estratégia de Busca e Seleção das Fontes

A busca pelos artigos foi realizada nas seguintes bases de dados científicas: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed); Scientific Electronic Library Online (SciELO); Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Google Acadêmico; Periódicos da CAPES; outras bases relevantes para o tema. A pesquisa foi conduzida entre os meses de setembro e novembro de 2024, utilizando a combinação dos seguintes descritores controlados e não controlados, conforme o vocabulário DeCS/MeSH: Período Pós-Parto (Postpartum Period); Humanização da assistência (Humanization of care); Atenção à saúde (Health care); Acolhimento (Host). Os descritores foram combinados por meio do operador booleano AND para refinar os resultados e garantir que os estudos incluídos fossem pertinentes ao tema.

5.3. Critérios de Inclusão e Exclusão

Para garantir a relevância e a qualidade dos artigos selecionados, foram estabelecidos os seguintes critérios:

  • Critérios de Inclusão: 

Estudos publicados entre 2019 e 2024; Artigos escritos em português, inglês ou espanhol; trabalhos que contivessem no título, resumo e texto os descritores mencionados; estudos que abordassem a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e o papel da enfermagem no parto humanizado.

  • Critérios de Exclusão:

Artigos que, após leitura do título e resumo, não estavam diretamente relacionados à temática proposta; estudos duplicados entre as bases de dados; trabalhos realizados com modelos animais ou que não incluíssem relatos de puérperas.

5.4. Análise e Extração dos Dados

Após a seleção dos artigos, os estudos foram analisados segundo os seguintes critérios:

autoria, ano e país de publicação; objetivo e metodologia do estudo; principais resultados e conclusões; relevância para o tema da pesquisa. Os dados foram organizados permitindo uma síntese das evidências encontradas e facilitando a identificação de tendências, lacunas na literatura e recomendações para a prática da enfermagem.

Os estudos selecionados foram agrupados de acordo com os principais indicadores de violência obstétrica relatados pelas puérperas e as estratégias de humanização do parto aplicadas pela enfermagem. A análise crítica dos achados permitiu relacionar as práticas da equipe de enfermagem com a experiência das mulheres durante o parto, destacando ações fundamentais para a melhoria da assistência obstétrica.

Essa abordagem metodológica permitiu a construção de um panorama abrangente sobre o papel da enfermagem na percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e a promoção de um parto humanizado, contribuindo para a formulação de estratégias que possam fortalecer a humanização da assistência ao parto.

6. RESULTADOS

A presente revisão bibliográfica analisou estudos que abordam a percepção das puérperas sobre a violência obstétrica e o papel da enfermagem na promoção do parto humanizado.  A partir da seleção dos artigos, os resultados foram organizados com a identificação de práticas de violência obstétrica, impacto dos cuidados de enfermagem na experiência das puérperas e estratégias para a humanização do parto. A Tabela 1 traz um resumo da pesquisa bibliográfica com os principais elementos de referência.

Tabela 1- Resumo dos levantamentos dos estudos sobre o tema – violência obstétrica na perspectiva das puérperas.

Fonte: As Autoras

Outros pontos foram postos em destaque que foram divididos em três eixos: 

1. Identificação de Práticas de Violência Obstétrica: os estudos analisados demonstraram que a violência obstétrica se manifesta de diversas formas, sendo as mais relatadas pelas puérperas: violência verbal: comentários depreciativos, gritos e falta de empatia da equipe de saúde; violência física: contenção forçada, episiotomia sem consentimento e manobras dolorosas; privação de direitos: recusa de acompanhante durante o parto, limitação de movimento e ausência de informações sobre o procedimento; excesso ou omissão de intervenções médicas: uso indiscriminado de ocitocina, cesáreas desnecessárias ou negligência no alívio da dor.

As evidências apontam que a desinformação e o despreparo da equipe de saúde contribuem para a perpetuação dessas práticas, gerando traumas e impactos negativos para a saúde física e emocional das mulheres.

2. Impacto dos Cuidados de Enfermagem na Experiência das Puérperas: os estudos reforçam que a presença ativa da enfermagem obstétrica tem sido fundamental para a redução dos índices de violência obstétrica. Entre as principais contribuições da equipe de enfermagem, destacam-se: acolhimento e escuta ativa, proporcionando segurança e respeito à autonomia da parturiente; uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagens, técnicas de respiração e hidroterapia; estímulo ao parto normal e redução de intervenções desnecessárias, respeitando a fisiologia do trabalho de parto; orientação e apoio à escolha informada, garantindo que a gestante compreenda seus direitos e participe das decisões.

As pesquisas apontam que a humanização do parto está diretamente relacionada à atuação da equipe de enfermagem, que desempenha um papel essencial na mitigação das práticas violentas e na promoção de um ambiente respeitoso e seguro.

3. Estratégias para a Humanização do Parto: os resultados sugerem que a implementação de boas práticas obstétricas é uma estratégia eficaz para a humanização do parto. Algumas medidas identificadas incluem: capacitação contínua dos profissionais de saúde, enfatizando a ética, a comunicação humanizada e os direitos das gestantes. promoção de um ambiente de parto respeitoso, permitindo a presença de acompanhantes e garantindo a privacidade da parturiente; aplicação das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a assistência ao parto, priorizando o protagonismo da mulher; políticas públicas e fiscalização rigorosa contra a violência obstétrica, assegurando a implementação dos protocolos de atendimento humanizado.

A análise dos artigos revisados evidência que a violência obstétrica ainda é uma realidade presente no atendimento às gestantes, mas que a atuação da enfermagem pode ser um fator decisivo para transformar essa experiência. O fortalecimento da humanização na assistência obstétrica requer mudanças estruturais e culturais, que envolvem capacitação profissional, respeito aos direitos da mulher e ampliação do acesso a práticas baseadas em evidências científicas.

Os resultados reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes e do empoderamento das mulheres para que possam reconhecer e denunciar práticas abusivas, promovendo uma mudança no modelo de assistência ao parto no Brasil.

7. DISCUSSÃO

A análise dos indicadores de violência obstétrica na perspectiva das puérperas evidencia a persistência de práticas inadequadas no atendimento ao parto e nascimento, muitas vezes normalizadas dentro dos serviços de saúde. O estudo das percepções das mulheres que vivenciaram a assistência obstétrica permite compreender a amplitude dessa problemática e a importância da enfermagem na construção de um modelo de cuidado mais humanizado.

Os relatos das puérperas frequentemente apontam para situações como falta de informação sobre os procedimentos realizados, impedimento do direito ao acompanhante, uso indiscriminado da episiotomia, restrição de movimentos durante o trabalho de parto e falhas na analgesia. Esses elementos refletem não apenas a carência de protocolos humanizados, mas também uma cultura institucional que, em alguns casos, negligência a autonomia da mulher no processo de parto.

O profissional de enfermagem obstetra desempenha um papel essencial na transformação do modelo assistencial, pois atua diretamente no planejamento e na execução de práticas baseadas na humanização e na segurança da paciente. A adoção de medidas como a escuta ativa das gestantes, o respeito às suas escolhas e a implementação de estratégias não farmacológicas para alívio da dor são fundamentais para garantir um parto mais respeitoso.

A literatura aponta que a qualificação profissional dos enfermeiros, associada a protocolos bem estruturados, contribui significativamente para a redução dos índices de violência obstétrica. Programas de capacitação contínua e a inserção de diretrizes que reforcem o protagonismo da mulher no parto são estratégias que favorecem mudanças na prática assistencial.

Outro aspecto importante refere-se à necessidade de um ambiente hospitalar que favoreça a humanização do parto. A presença de um acompanhante escolhido pela gestante, a liberdade para escolher posições de parto e a comunicação empática entre equipe e parturiente são fatores que impactam positivamente na experiência da mulher. A enfermagem, por sua atuação direta no cuidado, tem um papel estratégico na garantia dessas condições.

Então, para que haja uma redução efetiva dos casos de violência obstétrica, é fundamental que os profissionais de saúde, gestores e órgãos reguladores adotem políticas públicas que fortaleçam o respeito aos direitos das parturientes. A construção de uma assistência obstétrica baseada na humanização requer não apenas mudanças na formação dos profissionais, mas também a implementação de mecanismos de fiscalização e responsabilização que garantam um atendimento digno e seguro às mulheres.

Por sua vez, a análise das referências apresentadas na Tabela 1 evidencia a importância da assistência qualificada no pré-natal, no parto e no puerpério, com destaque para a atuação da enfermagem no cuidado materno-infantil e na prevenção da violência obstétrica.

Os estudos de Amorim & Backes (2020) e Amorim et al. (2022) ressaltam a necessidade de uma gestão eficaz do cuidado de enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS), apontando que a capacitação dos enfermeiros pode contribuir para a melhoria da assistência pré-natal e pós-parto. Essa abordagem está alinhada com a visão de um cuidado humanizado e contínuo, reduzindo riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

No contexto do trabalho de parto, Borba, Amarante & Lisboa (2021) destacam os benefícios das técnicas fisioterapêuticas, que auxiliam no alívio da dor e na progressão do parto normal. Essa perspectiva reforça a importância da interdisciplinaridade na assistência obstétrica, envolvendo enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.

Outro ponto relevante é a autonomia da parturiente no processo de nascimento, abordado por Branco et al. (2022). O estudo demonstra que o plano de parto é um instrumento essencial para garantir a participação ativa da mulher na tomada de decisões, contribuindo para a humanização da assistência e reduzindo a ocorrência de práticas desnecessárias ou coercitivas.

A violência obstétrica é um tema central na literatura analisada, sendo abordado de forma direta por Brandão et al. (2022) e Cordeiro et al. (2022). Ambos os estudos destacam o papel do enfermeiro na prevenção dessa problemática, enfatizando a necessidade de formação profissional contínua e a adoção de protocolos humanizados. A pesquisa de Cordeiro et al. (2022), por exemplo, evidencia que a falta de conscientização e treinamento adequado dos profissionais de saúde contribui para a perpetuação de práticas inadequadas durante o parto.

Dessa forma, a discussão dos estudos aponta para a necessidade de mudanças estruturais na assistência obstétrica, incluindo políticas de capacitação profissional, fortalecimento do papel do enfermeiro obstetra e adoção de práticas humanizadas que garantam o respeito aos direitos das mulheres. A interseção entre os diferentes temas evidencia a relevância da enfermagem na promoção de um cuidado seguro e respeitoso para gestantes e parturientes.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa permitiu uma análise aprofundada sobre os indicadores de violência obstétrica na perspectiva das puérperas e o papel da enfermagem na promoção de um parto humanizado. A partir dos dados coletados e analisados, foi possível identificar práticas que ainda perpetuam a violência obstétrica e reconhecer estratégias adotadas pela enfermagem para mitigar esses impactos, além de propor recomendações para qualificação profissional e melhoria da assistência.

Em relação as percepções das puérperas sobre as práticas de enfermagem durante o parto e identificar indicadores de violência obstétrica, os achados evidenciaram que muitas mulheres relataram intervenções desnecessárias e falta de comunicação adequada por parte dos profissionais de saúde. Entre os principais indicadores de violência obstétrica, destacaram-se: uso indiscriminado da episiotomia, contenção física sem justificativa, proibição de acompanhante, restrição da liberdade de movimento e falha na analgesia. Essas práticas demonstram que, apesar dos avanços na humanização do parto, ainda há desafios na implementação de um modelo de cuidado que respeite a autonomia e os direitos das gestantes.

No que se refere as estratégias e abordagens utilizadas pelos profissionais de enfermagem para prevenir a violência obstétrica e promover um ambiente humanizado, observou-se que enfermeiros obstetras desempenham um papel fundamental na promoção de um parto respeitoso e seguro. Estratégias como escuta ativa, utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor, incentivo à presença do acompanhante e respeito às escolhas da gestante mostraram-se eficazes na construção de um ambiente mais acolhedor. A pesquisa apontou que a falta de capacitação específica e a sobreposição de condutas médicas autoritárias ainda limitam a atuação da enfermagem dentro de algumas unidades hospitalares.

Em relação as recomendações para a formação e atuação dos enfermeiros na assistência ao parto humanizado, os achados da pesquisa indicam a necessidade de investimento na qualificação profissional, com ênfase em capacitações que abordem direitos da mulher no parto, práticas baseadas em evidências e comunicação humanizada. Recomenda-se o fortalecimento de protocolos institucionais que garantam o protagonismo da gestante, bem como a fiscalização e responsabilização de condutas que possam ser caracterizadas como violência obstétrica.

Diante dos resultados apresentados, conclui-se que a humanização do parto passa necessariamente pelo fortalecimento da enfermagem obstétrica, sendo essencial garantir condições de trabalho adequadas, capacitação contínua e respaldo institucional para que esses profissionais possam atuar de forma efetiva na prevenção da violência obstétrica. A implementação de um modelo de assistência baseado no respeito, na autonomia e no cuidado centrado na mulher se torna um caminho viável para transformar a realidade da atenção obstétrica no Brasil.

9. REFERÊNCIAS

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