PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO COM HEMODIÁLISE EM BELÉM – PARÁ

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102501281740


Fábio Costa De Vasconcelos¹
Melissa Daniela Nascimento Siqueira²
Helder Eduardo Silva dos Reis³
Rebecca Barros Rodrigues dos Santos⁴
Jhennifer da Silva Guimarães⁵
Ana Marla Duarte de Souza⁶
Thifany Mendes Pinto⁷


RESUMO

Introdução: O rim é um órgão do sistema urinário que tem como principal função a manutenção da homeostasia, estudos mostram crescentes pesquisas nos últimos anos onde cita-se a doença renal crônica combinada com o tratamento hemodialítico. Objetivo: Averiguar o perfil antropométrico e bioquímico a partir da faixa etária de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise no Hospital das Clínicas Gaspar Vianna. Métodos e materiais: O estudo é descritivo, transversal e quantitativo, onde a pesquisa será realizada a partir de dados secundários oriundos do projeto “Avaliação, acompanhamento e intervenção nutricional em pacientes renais dialíticos” para uma nova análise. Foi utilizada uma ficha pré-estabelecida, contendo as seguintes variáveis: número de matrícula, faixa etária, dados antropométricos (peso pós diálise, altura, índice de massa corpórea, circunferência do braço, circunferência muscular do braço, área muscular do braço corrigida e dobra cutânea tricipital) e dados bioquímicos (creatinina sérica, ureia pré e ureia pós). A estatística inferencial foi executada através do teste T de Student (p-valor<0,05). Resultados e Discussão: Segundo o IMC, ao observar os parâmetros de idade nos pacientes de HD, houve predominância de desnutrição quando aplicado o somatório (desnutrição leve, moderada e grave) nas duas faixas etárias do estudo. Os indicadores CB, CMB e AMB não apresentou diferença significativa independentemente da idade, diferente da DCT que enfatizou maior perda de tecido adiposo subcutâneo nos idosos. Na creatinina, foi observado que o valor de ambas as faixas etárias se encontrava abaixo da referência. Ademais, os parâmetros utilizados na ureia pré e pós hemodiálise teve valor significativo estatisticamente em ambos os casos. Portanto, uma alta porcentagem de desnutrição leve, moderada e grave foi identificada em adultos e idosos, comparada à classificação de eutrofia. Além disso, as medidas antropométricas não evidenciaram diferenças significativas entre as faixas etárias, exceto o DCT, podendo ser explicado pela substituição de tecido muscular por adiposo decorrente do avanço da idade. Por outro lado, os dados bioquímicos de ureia e creatinina pré e pós-hemodiálise mostraram respostas positivas sobre o tratamento de substituição. Ademais, os níveis séricos de ureia foram significativos em ambas faixas etárias, destacando a importância do tratamento de hemodiálise para a sobrevida de pacientes acometidos pela patologia. Conclusão: As análises das variáveis em conjunto permitiram uma melhor avaliação do estado nutricional do paciente, contornando inadequações, e proporcionando retificações para melhoria das condições nutricionais do paciente com doença renal crônica em hemodiálise.

Palavraschaves: Insuficiência Renal Crônica, Unidades Hospitalares de Hemodialise, Avaliação Nutricional.

ABSTRACT

Introduction: As it is an organ of the urinary system whose main function is to maintain homeostasis, studies have shown an increase in research in recent years in which chronic kidney disease associated with hemodialysis treatment has been cited. Objective: To understand the anthropometric and biochemical profile based on the age of chronic kidney disease patients undergoing hemodialysis at Hospital das Clínicas Gaspar Vianna. Methods and materials: The study is descriptive, cross-sectional and quantitative, where the research will be carried out based on secondary data from the project “Evaluation, monitoring and nutritional intervention in patients on kidney dialysis” for a new analysis. A pre-established form was used, containing the following variables: registration number, age, anthropometric data (post-dialysis weight, height, body mass index, arm circumference, arm muscle circumference, muscle area) , corrected arm and triceps skinfold) and biochemical data (serum creatinine, pre-urea and post-urea). Inferential statistics were performed using the Student’s T test (p-value<0.05). Results and Discussion: Secondly, BMI, when observing the health parameters of HD patients, showed a predominance of malnutrition when applied to the sum (mild, moderate and severe malnutrition) in the two age groups of the study. The CB, CMB and AMB indicators do not show a significant difference regardless of size, unlike the TCD which emphasizes greater loss of subcutaneous adipose tissue in the subjects. In creatinine, it was observed that the value for both age groups was below the reference. Furthermore, the parameters used in urine before and after hemodialysis present a statistically significant value in both cases. Therefore, a high percentage of mild, moderate and severe malnutrition was identified in adults and the elderly, compared to the eutrophic classification. Furthermore, anthropometric measurements do not show significant differences between age groups, with the exception of TCD, which could be explained by the replacement of muscle tissue by adipose tissue due to advancing age. On the other hand, biochemical data on urea and creatinine before and after hemodialysis show positive responses to replacement treatment. Furthermore, serum urea levels are significant in both age groups, highlighting the importance of hemodialysis treatment for the survival of patients affected by the pathology. Conclusion: Analyzes of the variables together will allow a better assessment of the patient’s nutritional status, overcoming inadequacies and providing confirmation for better nutritional conditions of the patient with chronic kidney disease on hemodialysis.

Keywords: Chronic Renal Failure, Hospital Hemodialysis Units, Nutritional Assessment.

INTRODUÇÃO

O rim é um órgão do sistema urinário que tem como principal função a manutenção da homeostasia, como por exemplo, a filtração do sangue, controlando a concentração de substâncias e excretando produtos degradantes (RODRIGUES, et al., 2020). Esse órgão é acometido por doenças em Indivíduos no mundo todo, tendo grande influência dos hábitos alimentares e dos fatores socioeconômicos, políticos e culturais (CREWS, et al., 2019).

Frequentemente, os distúrbios no sistema urinário, mais especificamente nos rins, têm tido uma crescente de pesquisas nos últimos anos. A busca pelos marcadores que conduzem a detecção de patologias nesse órgão vem mostrando dados mais concretos (PICCOLI, et al., 2020). Investigações bioquímicas de disfunções no organismo por meio de exames são de extrema importância para classificar quais as alterações presentes no metabolismo dos indivíduos. Há diversos indicadores bioquímicos que atendem o funcionamento dos rins, dentre eles, a creatinina, potássio, ureia e sódio (MOURÃO, et al., 2019).

Outrossim, uma das patologias que acometem os rins, cita-se a doença renal crônica, caracterizada pelo comprometimento progressivo das funções reguladoras do aparelho urinário e o déficit de remoção dos resíduos metabólicos. Ocorre quando a excreção é deficiente, levando ao acúmulo de substâncias tóxicas no organismo, comprometendo outras funções corporais. Essa problemática pode ser ou não reversível, dependendo da fase em que a doença se encontra e o tipo de insuficiência renal (SILVA, et al., 2020).

No que se refere, a aplicação da antropometria, análises subjetivas e parâmetros bioquímicos (albumina após hemodialise, ureia pré e pós-hemodiálise) para reconhecimento da condição nutricional desses pacientes tem se tornado essencial, dado que são considerados métodos práticos, objetivos e economicamente acessíveis. Sabe-se que elas orientam os cuidados relevantes a serem observados pelo profissional na abordagem nutricional, tendo relevância direta no prognóstico do tratamento e na sobrevida desses indivíduos (FERNANDES; MUTTONI 2016).

Além disso, a antropometria em pacientes com DRC tem como meta reconhecer aqueles em estado de desnutrição ou em risco nutricional, além de oferecer respaldo para a elaboração de prescrições dietéticas. As abordagens para avaliar o estado nutricional podem assumir uma perspectiva subjetiva, englobando histórico clínico e exame físico nutricional, e/ou uma perspectiva objetiva, derivada de medidas antropométricas e análises bioquímicas (BITTENCOURT; TARTARI, 2013).

Ademais, o tratamento mais recorrente para pacientes renais na fase crônica é a hemodiálise, sendo uma via importante para a sobrevivência do indivíduo acometido por essa fase da doença. Consiste em sessões habituais de filtração do sangue externo ao corpo, com o objetivo de substituir a função filtradora dos rins, gerando o equilíbrio de substâncias acumuladas. E apesar de ser uma terapia substitutiva, a hemodiálise é incapaz de substituir as funções endócrinas do órgão, além de possuir efeitos colaterais como cãibras, dores de cabeça e queda da pressão arterial (GALVÃO, et al, 2019).

Diante do exposto, este estudo teve como proposta realizar o perfil dos indicadores antropométricos e testes bioquímicos de pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC) submetido ao tratamento de hemodiálise.

JUSTIFICATIVA

A doença renal crônica (DRC) é uma condição complexa e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A terapia de hemodiálise é uma das principais opções de tratamento para pacientes com DRC avançada, proporcionando a remoção de resíduos e líquidos do sangue. No entanto, o adequado suporte nutricional é essencial para garantir um bom prognóstico e qualidade de vida desses pacientes.

O perfil nutricional de pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise apresenta particularidades e desafios específicos. A terapia de hemodiálise pode levar a alterações na ingestão alimentar, restrição de nutrientes e desequilíbrios metabólicos, como hiperfosfatemia e hipercalemia. Além disso, fatores como comorbidades, medicações e limitações alimentares tornam a nutrição desses pacientes ainda mais complexa.

Diante desse contexto, a análise dos hábitos alimentares e a de dietoterapia adequada são fundamentais para melhorar a adesão ao tratamento, prevenir complicações e otimizar a função renal residual. O presente estudo visa analisar dados sobre os hábitos alimentares de pacientes renais crônicos em hemodiálise, a fim de identificar possíveis deficiências nutricionais e implementação ajustar a terapia dietética de acordo com as recomendações nutricionais específicas para essa população.

Através do estudo do perfil nutricional, é possível direcionar intervenções nutricionais personalizadas, como a restrição de sódio, controle da ingestão de proteínas, monitoramento dos níveis de fósforo e potássio, e promoção de uma alimentação balanceada e nutritiva para esses pacientes. Ademais, a dietoterapia adequada pode auxiliar na prevenção de complicações, como a desnutrição e a perda de massa muscular, além de contribuir para a melhora do controle da pressão arterial e do equilíbrio eletrolítico.

Dessa forma, é evidente a importância de um estudo que analise o perfil nutricional de pacientes renais crônicos em hemodiálise, a fim de direcionar intervenções dietéticas personalizadas. Com base nas recomendações nutricionais estabelecidas para essa população, será possível aprimorar a terapia dietética promovendo uma melhor qualidade de vida e prognóstico para esses pacientes.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Analisar o perfil antropométrico e bioquímico de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise no Hospital das Clínicas Gaspar Vianna.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar o estado nutricional a partir de parâmetros antropométricos, de acordo com a faixa etária;

Comparar os resultados dos marcadores bioquímicos (creatinina e ureia) antes e após o tratamento hemodialítico.

REFERENCIAL TEÓRICO

EPIDEMIOLOGIA

A doença renal crônica vem associando-se a altas taxas de mortalidade e morbidade, gerando impacto na saúde pública em âmbito mundial. No Brasil, em 2013 quando ocorreu a implementação da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), existiam pesquisas nacionais que realizavam a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) por inquéritos, sendo ela a Pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD). Esses inquéritos avaliaram a questão de fatores de risco da doença crônica. No Brasil as amostras que sempre estão associadas a lesão renal e toda a perda de filtração se ligam a diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, dieta e idade (AGUIAR et al., 2020).

Seguramente, a sociedade Brasileira de Nefrologia apontou aumento de cerca de 58% de indivíduos em diálise crônica no País, acarretando aumento de 20% entre os anos de 2009 e 2018. Toda essa verificação de dados contribui para uma implementação de políticas que dão apoio a indivíduos com a doença renal crônica (GOUVÊA et al., 2022).

Ainda, por todo o Brasil é alcançado altos níveis da doença renal crônica, sendo ela estabelecida por quantidade de pessoas que fazem hemodiálise. Todos os dados do Censo Brasileiro de Diálise realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia são baseados por pacientes renais crônicos, no censo de 2013 foram identificados 100.397 pacientes (PLÁCIDO et al., 2021).

Ademais, na região norte do país, nota-se o grande quantitativo de enfermos pela patologia. No setor de Nefrologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia, localizada na capital do Pará, recebe cerca de 100 pacientes diariamente, prestando assistência a mais de 35 mil afetados pela doença nos últimos dez anos, oferecendo auxílio a outros estados da região norte e cidades do nordeste do país (VILAR; PALHETA, 2023).

Com novas atualizações da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2020, os principais fatores nutricionais que estão associados a doença renal são a idade, Diabetes Mellitus (DM), doenças cardiovasculares e hipertensão, nesse viés, quando há prevalência de doenças crônicas relacionadas a renal é aumentado a demanda de investimentos para o tratamento (AGUIAR et al., 2020).

FISIOPATOLOGIA

A doença renal crônica (DRC) acontece quando os rins não conseguem filtrar de maneira que remova todos os resíduos metabólicos que o corpo produz a realizar suas funções reguladoras, a patologia renal pode ser classificada em aguda e crônica, onde afeta diretamente o sistema do trato urinário, pois este sistema acumula líquidos do organismo que por consequência ocorre excreção prejudicada, encadeando rupturas nas funções metabólicas (RIBEIRO et al., 2020).

Evidentemente, essa doença na fase crônica é caracterizada por ser uma das principais patologias e agravos não transmissíveis oriunda de maus hábitos alimentares e consumo excessivo de substâncias nocivas ao organismo, como o álcool e o tabaco, adjuntos de estilos de vida mais sedentários e excesso de peso. A DRC leva ao progressivo deficiente funcionamento do aparelho urinário, impossibilitando os processos do corpo de atenderem as necessidades do equilíbrio corporal (GONÇALVES, et al., 2022).

Por um lado, em condições anormais é comum esses órgãos expelirem albuminuria, que é um produto gerado da presença de proteína albumina encontrada no plasma, para a urina. Desse modo, tornando esse nutriente um marcador de irregularidades na atribuição dos rins (PAIXÃO, 2020). A busca por esses marcadores de anormalidades no sistema urinário teve um crescente nos últimos anos, estudos apontaram que a creatina, potássio, ureia, sódio e outros também sinalizam irregularidades nessas investigações (MOURÃO, et al., 2019).

Além disso, da forma em que a patologia se avança aos seus últimos estágios une conjuntos de sinais e sintomas que começam a aparecer e que constituem a síndrome uremica com sintomas variados (SANTOS; SARDINHA, 2018). Dessa forma, esta injúria renal é composta por diversos sinais e sintomas que manifestam associações como, edema, poliúria, nictúria, fadiga, emagrecimento, náusea e insônia, ocorrendo, também, diversos casos de retenção de líquido, falta de ar e baixo débito urinário (LOPEZ; NUNES, 2022).

Seguidamente, na evolução da Doença Renal Crônica o equilíbrio hidroeletrolítico é considerado importante para o controle de edema. A presença de diuréticos é uma ferramenta usada para o controle de edema para a redução da pressão arterial, todavia, o comprometimento de uso indevido pode provocar sintomas adversos como hipovolemia, câimbras entre outros (CASTRO, 2019).

Ademais, na estrutura muscular de pacientes com Insuficiência Renal Crônica é apresentado o comprometimento da estrutura da função muscular, presente por diversas alterações metabólicas. É bastante recorrente quadros de anemias pela falta de fornecimento de oxigênio no sangue e alterações no fluxo sanguíneo, causando dificuldades na contração muscular (RIBEIRO et al., 2020).

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICA

A antropometria é método mais comumente utilizado para a avaliação nutricional, possibilitando verificar dimensões físicas e a composição corporal global, classificando os indivíduos em “graus” de nutrição e adequação, sendo amplamente aderido por ser não invasivo, de baixo custo e fácil operacionalização e padronização, apresentando boa precisão e acurácia (SOUZA et al., 2023).

Dessa forma, o estado nutricional (EN) dos pacientes que fazem hemodiálise (HD) apresentam agravo crônico de sua situação clínica; bem como, associada ao decaimento na qualidade de vida do enfermo (BERNARDO, et al., 2019). Logo, a HD também está relacionada com a desnutrição energético-proteica, ocasionada pelo processo metabólico e inflamatório que promove vômitos e náuseas, adjunto de uma dieta de baixo teor de proteína (SILVA, et al., 2021).

Analogamente, pacientes em hemodiálise com o decorrer do tempo apresentam modificações em sua composição corporal, onde em aferições antropométricas frequentemente encontram-se modificações com o decorrer do tempo de tratamento, principalmente se a dieta não suprir as necessidades nutricionais do indivíduo (BEVENHO, 2022).

Entre os métodos antropométricos mais utilizados estão o Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência de Braço (CB), Circunferência Muscular de Braço (CMB), Área Muscular de Braço Corrigida (AMBc) e Dobra Cutânea de Tríceps (DCT) (SOUZA et al., 2023).

Ainda que sejam escassos métodos precisos e simples para avaliação da massa magra nos pacientes com DRC, o emprego de medidas antropométricas ainda constitui a forma mais prática, segura e de baixo custo para estimar as reservas de gordura e de massa magra corporal, sendo importante que sejam associadas com outros marcadores nutricionais para maior acurácia (COSTA et al., 2020).

É importante ressaltar que não há um marcador isolado que seja capaz de avaliar o estado nutricional de pacientes com DRC, em razão das diversas anormalidades inerentes à própria enfermidade, sendo necessário empregar em conjunto vários parâmetros para avaliar de forma adequada a condição nutricional dessa população, de forma a contornar as limitações que cada um desses métodos apresenta quando empregados isoladamente (SOUZA et al., 2023).

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL BIOQUÍMICA

O controle bioquímico durante o tratamento dialítico é realizado de modo que se visualize onde há um desequilíbrio nutricional de micronutrientes. A creatinina sérica é um dos mais usados marcadores de composição corporal por ser considerado preditor de tecido muscular e, consequentemente, um preditor de sobrevivência em pacientes em hemodiálise (LOUREIRO et al., 2023). Esta colocação está de acordo com Battistin, Toni e Imamura (2023), que afirmam que em pacientes renais, o nível de creatinina sérica é mais proporcional às reservas de massa somática (músculo esquelético), sendo um melhor marcador da função renal do que das reservas musculares.

De acordo com LOUREIRO et al (2023), dentro do programa de diálise, as concentrações de creatinina sérica podem ser preditoras da evolução clínica, sendo que tanto em HD como em DP, a mortalidade aumenta quando os níveis séricos da creatinina estão abaixo de 9 a 11 mg/dL em pacientes com pouca função renal residual, refletindo perda de massa corporal magra e, em caso de aumento repentino, junto com a elevação dos níveis séricos de ureia, bem como da pressão sanguínea, existe indicação de dose insuficiente de diálise.

Um dos problemas de se usar o índice creatinina como marcador é que ele acaba refletindo a soma da ingestão de grandes quantidades de proteína, a produção endógena de creatina e fofosfocreatina que, por conseguinte formam a creatinina e por meio do músculo esquelético, sendo ainda influenciado pelo estado catabólico, pela função renal residual e condição de hidratação (BATTISTIN, TONI E IMAMURA, 2023).

A ureia é sintetizada pelo fígado a partir da amônia derivada do catabolismo dos aminoácidos. Assim, em pacientes renais crônicos, a determinação seriada dos níveis de ureia é bastante útil para a avaliação e o monitoramento da ingestão

proteica atual, sendo verificado em pacientes desnutridos uma redução gradual nos níveis de ureia sérica. O nível de ureia é indicador de funcionamento renal (COSTA et al., 2020).

MATERIAL E MÉTODOS

CASUÍSTICA

O estudo foi descritivo, transversal e quantitativo. Esta pesquisa foi realizada a partir de dados secundários oriundos do projeto “Avaliação, acompanhamento e intervenção nutricional em pacientes renais dialíticos”, possuindo o número de parecer 2.457.835, conforme o registro do CAAE: 55786316.5.0000.0016 (ANEXO A).

A população do projeto citado foi composta de 61 pacientes ambulatoriais cadastrados, adultos e idosos, de ambos os sexos, portadores de doença renal crônica, em tratamento de hemodiálise. A partir do quantitativo populacional foi realizado o cálculo da amostra com erro amostral tolerável de 0,10 obtendo o número de 38 indivíduos.

Cálculo do tamanho da amostra

LOCAL E PERÍODO

O local da pesquisa foi na Fundação Pública e Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), localizado na Travessa Alferes Costa, s/n – Pedreira, Belém – PA, 66087-660, Belém – Pará.

AMOSTRA

A coleta dos dados ocorreu no período de outubro de 2023, a partir do banco de dados do projeto. Para o acesso aos dados do projeto foi solicitado autorização de acesso a planilha de dados, ao pesquisador responsável, comprometendo-se a manter sigilo das informações dos pacientes através de assinatura de um Termo de Compromisso para Utilização de Dados (TCUD) (APÊNCICE A).

Foi utilizada uma ficha pré-estabelecida (APÊNDICE B), contendo as seguintes variáveis: número de matrícula, faixa etária, dados antropométricos (peso pós diálise, altura, índice de massa corpórea, circunferência do braço, circunferência muscular do braço, área muscular do braço corrigida e dobra cutânea tricipital) e dados bioquímicos (creatinina sérica, ureia pré e ureia pós).

Os dados antropométricos realizados foram após a hemodiálise para garantir avaliação do paciente sem edemas. Após coleta de dados, foram realizados os cálculos de IMC, CMB, AMBc, bem como adequação de %CB, %CMB. Os dados bioquímicos analisados foram obtidos na planilha de dados do projeto a partir dos prontuários dos pacientes.

Antropométrica

Peso e estatura

A aferição de peso e estatura foi realizada com base nas recomendações de Jellife (1968). O peso foi obtido com uma balança mecânica tipo plataforma com escala de 100g, modelo 104A (Welmy, Indústria e Comércio Ltda, Santa Bárbara do Oeste, SP). A coleta foi feita após a sessão de hemodiálise para obtenção do peso pós diálise pelas pesquisadoras. O paciente foi posicionado de pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves. A estatura foi mensurada com estadiômetro acoplado à própria balança mecânica, com precisão de 0,5cm e alcance máximo de 2m. A aferição da estatura foi realizada com o indivíduo descalço em posição ortostática, corpo erguido em extensão máxima, cabeça ereta, costas e a parte posterior dos joelhos encostados ao antropômetro e calcanhares juntos.

Índice de Massa Muscular (IMC)

O IMC foi calculado a partir dos dados de massa corporal e estatura por meio da fórmula: IMC=Peso/(Altura)2. Os valores oriundos desse cálculo foram comparados com o padrão de referência encontrado em Riella e Martins (2013).

Quadro 1: Classificação do estado nutricional de acordo com o índice de Massa Corporal (kg/m²) para pacientes com Doença Renal Crônica.

Estado NutricionalObesidadeAdequadoDesnutrição leveDesnutrição moderadaDesnutrição grave
Parâmetros>3024,1-3022-2419-21,9<19

Fonte: Riella; Martins, 2013.

Circunferência do Braço (CB)

A circunferência do braço foi medido com o indivíduo em pé com o braço relaxado na lateral do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. A fita métrica foi colocada em torno do ponto médio, do braço, que é marcado entre o acrômio da escapula e o olecrano da ulna. As medidas foram aferidas após a sessão de diálise. Foram obtidos valores e comparados aos de referência do NHANES demonstrados em tabela de percentil de Frisancho (CUPPARI, 2014; DUARTE, 2007).

Quadro 2: Avaliação do estado nutricional a partir da Circunferência do Braço e em adultos.

CLASSIFICAÇÃOCB (%)
Obeso>120
Sobrepeso120-110
Eutrófico110-90
Depleção Leve90-80
Depleção Moderada80-70
Depleção Severa<70

Fonte: Blackburn e Thornton (1979).

Para a classificação da CB em idosos, foi utilizada a tabela NHANES III (1988-1991), que classifica o estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de CB, CMB e PCT de homens e mulheres idosos (quadro 3).

Quadro 3: Classificação do estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de CB, CMB e PCT de homens e mulheres idosos.

valores de referência por percentis de PCT, CB e CMB de 75 anos ou mais
>90°Obesidade
>85°Sobrepeso
>75°Risco de sobrepeso
15° – 75°Eutrofia
10° – 25°Risco nutricional
>10°Desnutrição

Fonte: NHANES III National Health and Nutrition Examination Survey. 1988 – 1991

Nos quadros 4 e 5, estão os quadros de avaliação para classificação da CB, CMB e PCT em idosos.

Quadro 4: Avaliação do estado nutricional a partir da massa muscular e tecido adiposo para idosos: Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil – Homens de 60 anos ou mais.

VariáveisIdade (anos)NMédia EPPercentil
    10152550758590
CB (cm)60-69112632,80,1528,429,230,632,735,236,237,0
70-7983231,50,1727,528,229,331,333,435,136,1
8064229,50,1925,526,227,329,531,532,633,3
PCT (mm)60-69112214,20,257,78,510,112,717,120,223,1
70-7982513,40,287,37,89,012,416,018,820,6
8064112,00,286,67,68,711,213,816,218,0
CMB (cm)60-69111928,30,1324,925,623,728,430,030,931,4
70-7982427,30,1424,424,825,627,228,930,030,5
8063925,70,1622,623,224,025,727,528,228,8

CB=Circunferência do Braço; PCT=Prega Cutânea Tricipital; CMB=Circunferência Muscular do Braço; EP=Erro Padrão.

Fonte: NHANES III National Health and Nutrition Examination Survey. 1988 – 1991

Quadro 5: Avaliação do estado nutricional a partir da massa muscular e tecido adiposo para idosos: Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil – Mulheres de 60 anos ou mais.

VariáveisIdade (anos)NMédia EPPercentil
    10152550758590
CB (cm)60-69112231,70,2126,226,928,331,234,336,538,3
70-7991430,50,2325,426,127,430,133,135,136,7
8071228,50,2523,023,825,528,431,533,234,0
PCT (mm)60-69109024,20,3714,515,918,224,129,732,934,9
70-7992022,30,3912,514,016,421,827,730,632,1
8070518,60,429,313,113,118,123,326,428,9
CMB (cm)60-6919023,80,1220,621,121,923,525,426,627,4
70-7989823,40,1423,320,821,623,024,826,327,0
8070322,70,1619,320,020,922,624,525,426,0

CB=Circunferência do Braço; PCT=Prega Cutânea Tricipital; CMB=Circunferência Muscular do Braço; EP=Erro Padrão.

Fonte: NHANES III National Health and Nutrition Examination Survey. 1988 – 1991

Dobra Cutânea Tricipital (DCT)

A dobra cutânea tricipital foi medida no ponto médio localizado para a medida da circunferência do braço (entre o acrômio e o olécrano). O indivíduo avaliado foi colocado de pé, com os braços estendidos confortavelmente ao longo do corpo. O adipômetro foi segurado com a mão direita. O examinador se posicionou atrás do indivíduo. A dobra cutânea tricipital foi tracionada com o dedo polegar e indicador, aproximadamente 1 cm do nível marcado, e as extremidades do adipômetro foram fixadas no nível marcado. Os valores obtidos foram comparados aos valores de referência do NHANES demonstrado em tabela de percentil de Frisancho (CUPPARI, 2014; DUARTE, 2007).

O cálculo da adequação foi feito através da seguinte fórmula: DCT (%) = DCT obtido (mm) x 100/DCT percentil 50 (mm)

Quadro 6: Avaliação do estado nutricional a partir da Dobra Cutânea Tricipital e em adultos.

CLASSIFICAÇÃODCT (%)
Obeso>120
Sobrepeso120-110
Eutrófico110-90
Depleção Leve90-80
Depleção Moderada80-70
Depleção Severa<70

Fonte: Blackburn e Thornton (1979).

Para a classificação da DCT em idosos, foi utilizada a tabela NHANES III (1988-1991), que classifica o estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de CB, CMB e PCT de homens e mulheres idosos (quadro 3).

Circunferência Muscular do Braço (CMB)

A CMB tem como objetivo avaliar se a reserva de tecido muscular, sem correção da área óssea, será obtida a partir dos valores de CB e DCT. Os valores obtidos foram comparados aos valores de referência do NHANES demonstrado em tabela de percentil de Frisancho (CUPPARI, 2014; DUARTE, 2007).

A seguinte fórmula foi usada para calcular a CMB:

CMB = CB (cm) – π x [PCT (mm) / 10] π: 3,14

A adequação da CMB foi calculada através da seguinte fórmula: CMB (%) = CMB observado (cm) x 100/CMB percentil 50 (cm).

A seguir, no quadro 7, está a avaliação do estado nutricional a partir da CMB em adultos.

Quadro 7: Avaliação do estado nutricional a partir da Circunferência Muscular do Braço em adultos.

CLASSIFICAÇÃOCMB (%)
Eutrófico>90
Depleção Leve90-80
Depleção Moderada<80-70
Depleção Severa<70

Fonte: Blackburn e Thornton (1979).

Para a classificação da CMB em idosos, foi utilizada a tabela NHANES III (1988-1991), que classifica o estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de CB, CMB e PCT de homens e mulheres idosos (quadro 3).

Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc)

A AMBc é utilizada para avaliar a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea.

Em adultos foi calculada pela seguinte fórmula:

Homens: AMB (cm²)=[(CB-π x DCT/10)²/4 π]-10 Mulheres: AMB (cm²)=[(CB-π x DCT/10)²/4 π]-6,5

Os valores obtidos de DCT, CB, CMB e AMBc foram comparados aos padrões de Frisancho, demonstrados nas tabelas de percentis da U.S. HANES (Health And Nutrition Examination Survey of 1971 to 1974) e (University of Michigan, 1990) (ANEXO C; D; E; F).

Quadro 8: Classificação do percentil da área muscular do braço corrigida (AMBc) para adultos.

ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA
NORMALDESNUTRIÇÃO LEVE / MODERADADESNUTRIÇÃO GRAVE
>Percentil 15Entre percentil 5 e 15<Percentil 5

Fonte: Frisancho, 1990.

Quadro 9: Classificação do percentil da área muscular do braço corrigida (AMBc) para idosos.

Subnutrido<percentil 10
Com risco de subnutriçãoEntre percentil 10 e percentil 25
Estado nutricional adequado>percentil 25

Fonte: Barbosa, 2006.

Quadro 10: valores de referência da AMBc para a classificação do estado nutricional de idosos.

Sexo e grupo etárioAMB percentil 50AMB percentil 25
MASCULINO
60 – 6938,3546,20
70 – 7937,6241,25
8032,1237,16
Total35,4042,25
FEMININO
60 – 6931,4535,50
70 – 7929,3535,16
8028,2632,76
Total29,6834,77

Fonte: Barbosa, 2006.

Exames Bioquímicos

Os primeiros exames de creatinina foram coletados até o 1º mês após o início da coleta de dados (T0), sendo considerada a primeira avaliação e dois meses após (T1), sendo considerada a segunda avaliação dos pacientes. Os exames de ureia pré e ureia pós foram coletados antes e depois da sessão de HD respectivamente.

As coletas foram realizadas pelos dados dos prontuários. As informações foram referentes aos níveis de: creatinina sérica, que embora seja um marcador melhor da função renal, é utilizada para fazer marcação de reservas de massa somáticas (músculo esquelético); e ureia pré e ureia pós, utilizada para a avaliação e o monitoramento da ingestão proteica atual.

Quadro 11: Valores de referência de exames laboratoriais:

  Exames  Valores de Referência
  Creatinina sérica (Adultos)  9-11 mg/dL
  Ureia pré sessão  150-200 mg/dL
  Ureia pós sessão  *

Fonte: Riella e Martins (2013).

*Não possui valor de referência.

CRITÉRIO DE INCLUSÃO

Foram considerados critérios de inclusão: paciente a nível ambulatorial, apresentar diagnóstico de DRC e estar realizando hemodiálise no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV) em uma das duas turmas semanais, em um dos três turnos da hemodiálise. Pacientes com dados completos em planilha de coleta de dados serão incluídos; bem como, pacientes independentes do tempo de tratamento.

CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

Foram excluídos pacientes que apresentaram dados incompletos na planilha de dados, assim como nos prontuários, pacientes amputados, pacientes com até 19 anos, pacientes que recusaram participar da coleta de dados.

ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

A garantia dos aspectos éticos foi pautada segundo os preceitos da Declaração de Helsinque e do código de Nuremberg, respeitando as normas de pesquisa envolvendo seres humanos, cumprindo com as exigências legais da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), que trata das “Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil”, garantindo o sigilo no que se refere à identificação do paciente, mediante o aceite do orientador Profº. Mestre Fábio Costa de Vasconcelos e também conforme o Termo de Compromisso para Utilização de Dados (TCUD) de pacientes.

O projeto de pesquisa foi submetido à avaliação dos aspectos éticos do protocolo de pesquisa ao Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), e aprovado segundo o parecer 2.457.835, conforme o registro do CAAE: 55786316.5.0000.0016 (ANEXO A).

ANÁLISE ESTATÍSTICA

As informações coletadas foram armazenadas em banco de dados e posteriormente organizadas em planilhas para avaliações descritas. O banco de dados, bem como as tabelas e gráficos serão construídos no Microsoft Excel® 2010. Para a estatística descritiva (média e desvio padrão) caracterizando a amostra para os dados quantitativos e os índices absolutos e relativos para os dados qualitativos, foi usado o software Bio Estat® 5.0 (AYRES et al., 2007). A estatística inferencial foi executada através do teste T de Student para comparação entre as médias das variáveis quantitativas. O nível de significância para as interferências estatísticas será de p<0,05.

RISCOS E BENEFÍCIOS

A avaliação nutricional apresenta incômodo no momento da aferição de medidas, além do fato do indivíduo ter que dispor de algum tempo para mensurar as medidas e responder perguntas de ordem pessoal. Deste modo, os pesquisadores do projeto informaram aos entrevistados que estes poderiam desistir de participar da pesquisa e que todas as informações seriam de caráter sigiloso.

Quanto à aplicação das medidas antropométricas, poderia haver a probabilidade de ocorrer desconforto aos pacientes em questão. Porém, medidas preventivas durante toda a pesquisa foram tomadas para minimizar qualquer risco ou incômodo por meio da experiência do pesquisador, e confiança entre o entrevistado e o pesquisador. Os procedimentos não causaram nenhum tipo de constrangimento, o método foi realizado.

A identidade dos pacientes foi mantida em sigilo, pois os entrevistados não foram identificados por seus nomes, apenas por número do protocolo, assegurando assim a privacidade dos envolvidos, evitando constrangimentos, deixando claro que a participação do entrevistado poderia ser interrompida a qualquer momento sem que causasse prejuízos para o paciente. Não houve desistência.

Quanto aos benefícios, os resultados da pesquisa contribuíram para o conhecimento do estado de saúde dos pacientes avaliados, possibilitando a montagem de banco de dados atualizado, norteando outras pesquisas, além de possibilitar o conhecimento científico acerca da população estudada. Para a população de estudo os benefícios permitiram executar orientações nutricionais direcionadas a sua patologia, de forma individualizada, além de terem os resultados de sua situação nutricional para melhoria de sua condição de saúde.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa foi composta por 38 pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, com média de idade 55,57 ± 16,96 anos de idade. A tabela 1 mostra o número e porcentagem de pacientes, de acordo com a faixa etária. Em relação à faixa etária, verifica-se maior prevalência (28,94%) entre 50 a 62 anos de idade.

Tabela 1. Número e percentual de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com a idade e faixa etária em um hospital de referência, Belém – PA, 2023.

Idaden%
24 Ⱶ 370410,52
37 Ⱶ 501026,31
50 Ⱶ 631128,94
63 Ⱶ 760821,05
76 Ⱶ 890513,18
Total38100,00
Faixa Etárian%
Adultos2360,52
Idosos1539,48
Total38100,00

Fonte: Protocolo de pesquisa.

O estudo realizado por Moraes, Borges (2023) teve como objetivo descrever as características clínicas, nutricionais e sociodemográficas de uma unidade de nefrologia regional no Distrito Federal. O total de participantes da pesquisa foi de 33 indivíduos, com a maioria deles sendo adultos na faixa etária de 19 a 59 anos, representando uma predominância de 72,70%, assim como o estudo presente. Ademais, estudos prévios envolvendo pacientes em hemodiálise, como o de Alvarenga et al. (2017), que investigou a associação entre o tempo de hemodiálise e parâmetros nutricionais em um hospital universitário em Juiz de Fora, incluíram uma amostra de 36 pessoas com idade média de 59,57 ± 13,68 anos, sendo apenas de 44,4% idosos.

De forma similar, o estudo de Leite et al. (2021), que analisou as frequências e os fatores associados ao risco nutricional em pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise, contou com a participação de 110 pacientes, com idade média de 51,8 anos e desvio-padrão de 12,8, sendo predominantemente adultos na faixa etária de 20 a 59 anos, sendo encontrado resultados semelhantes neste estudo, apesar da prevalência ainda ser maior na população adulta, observa-se uma tendência global de aumento progressivo na faixa etária de idosos essa tendência pode ser atribuída às mudanças na estrutura demográfica, incluindo o aumento da expectativa de vida, bem como aos avanços contínuos nas técnicas de diálise e nos medicamentos de suporte para o tratamento das complicações da doença renal crônica.

O gráfico 1 mostra a classificação do estado nutricional de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com o IMC. Observa-se que 34,78% e 40,00% dos pacientes adultos e idosos foram classificados com diagnóstico adequado segundo o IMC, respectivamente. Porém, a prevalência é maior de desnutridos, quando se aplica o somatório (desnutrição leve, moderada e grave) do percentual, 60,87% e 53,34% nos pacientes adultos e idosos, respectivamente.

Gráfico 1: Percentual da classificação do estado nutricional de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com o IMC, em um hospital de referência, Belém – PA, 2023.

Nota: IMC: Índice de Massa Corpórea; DL: Desnutrição Leve; DM: Desnutrição Moderada; DG: Desnutrição Grave.

Fonte: Protocolo de pesquisa.

Em estudos realizados por Bevenho et al (2022) no Hospital universitário federal da universidade de Juiz de Fora, tendo propósito de verificar o perfil dos pacientes hemodialíticos, com total de 36 afetados, média de 59,57 ± 13,68 anos, sendo 44,4% idosos. Apontou-se o IMC como um parâmetro para concluir a pesquisa, tendo resultado que média de 25,2 ± 4,28 kg/m2 (adulto 24,57 ± 5,09 kg/m2; idoso 25,71 ± 3,57 kg/m2), e que 11,1% estavam abaixo do peso, segundo esse indicador, devido a submissão a terapia de substituição. Desse modo, o estudo apresentado se assemelha da pesquisa atual em identificar o baixo índice de massa muscular presente nos pacientes da amostra, porém, difere em não ter alta porcentagem de desnutrição conforme esse parâmetro, porque haviam outras variáveis antropométricas que obtiveram resultados significativos de depleção de massa corpórea nessa investigação.

Em controvérsia, os autores Loureiro et al (2023) em seu estudo realizado no centro de hemodiálise Monteiro Leite, associada com a Fundação Hospital das Clínicas Gaspar Viana, Belém – Pará, no qual foi analisado 72 pacientes que tinham idade superior a 18 anos; e foi verificado o IMC do público alvo, obtendo resultado que 5,55% dos afetados estavam em desnutrição. Uma das possibilidades das pesquisas que não se assemelham é a desnutrição em pacientes hemodialíticos

tem causa multifatorial, podendo ter associação com síndrome urêmica, comorbidades e também com o próprio tratamento de substituição. A durabilidade que os afetados são submetidos à HD leva a depleção de massa corporal (MARTINS et al, 2017). Esse fator de causalidade influencia no perfil dos indivíduos que estão sendo investigados, ocasionando de que um público pode ser mais afetado do que o outro, semelhante aos três estudos em questão.

A tabela 2 mostra a média de indicadores antropométricos de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com a faixa etária. Em relação aos indicadores CB, CMB e AMBc, nota-se que a média dos valores não apresentaram diferença significativa entre as médias de acordo com a faixa etária.

Porém, de acordo com a DCT houve diferença significativa entre as médias, observa-se que os idosos tiveram uma perda maior de tecido adiposo subcutâneo, quando comparado com os adultos. Isso pode ser referido tanto às profundas alterações anatômicas e funcionais comuns da senescência quanto das complicações patológicas da doença.

Tabela 2: Média de indicadores antropométricos de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com a faixa etária, em um hospital de referência, Belém – PA, 2023.

Indicadores AntropométricosAdultosEstado NutricionalIdososEstado NutricionalTeste Tp-valor *
Média ± DPMédia ± DP
CB (cm)28,66±5,08D. Leve28,00 ± 3,00Eutrofia0,500,61
CMB (cm)23,10±4,37Eutrofia23,76 ± 1,50Desnutrição-0,660,51
AMBc (cm³)36,55±17,63Eutrofia36,29 ± 6,31RS0,060,94
DCT (mm)17,69±5,47D. Severa13,51 ± 5,91Eutrofia2,230,03

*Teste t de Student independente (nível de significância de 0,05)

Nota: D: Desnutrição; RS: risco de subnutrição; CB: Circunferência do Braço; CMB: Circunferência Muscular do Braço; AMBc: Área Muscular do Braço Corrigida; DCT: Dobra Cutânea Tricipital.

Fonte: Protocolo de pesquisa.

Em comparação aos idosos, o CB de adultos encontra-se em uma classificação aproximada (desnutrição leve). Isto pode ocorrer pelo fato de esta medida avaliar tanto a massa muscular quanto o tecido adiposo subcutâneo, não podendo ser verificada a perda isolada desses tecidos.

Em relação ao CMB e AMBc, para adultos prevalece a eutrofia, respectivamente; enquanto no idoso essas medidas encontram-se em desnutrição ou risco de subnutrição respectivamente. Isso pode ocorrer pelo fato de ser natural que, com o avanço da faixa etária ocorra o avanço da perda de massa muscular.

Em adultos, na DCT prevalece a desnutrição severa enquanto, nos idosos, ocorre a prevalência de eutrofia. Isso pode ocorrer pelo fato de, com a senescência, ocorrer a substituição natural de tecido muscular por adiposo, diferente do que ocorre em adultos. Sendo o único indicador antropométrico que foi significativo em comparação às médias entre adultos e idosos.

O autor Nascimento (2021), realizou uma pesquisa semelhante, verificando os índices antropométricos de pacientes renais crônicos em hemodiálise na região metropolitana de Recife. Os resultados demonstraram que, na faixa etária de 39 a 60 anos, 39,8% dos participantes estavam em estado de desnutrição, 18% em eutrofia e 42,2% em sobrepeso. Mesmo sem fazer distinção por faixa etária, é possível identificar altos índices de sobrepeso, o que pode sugerir a presença de distúrbios hídricos, diferenciando-se do presente estudo.

A tabela 3 mostra a média de indicadores bioquímicos: creatinina, em pacientes com DRC em tratamento hemodialítico, de acordo com a faixa etária. Sendo aplicado o Teste-T, com diferença significativa entre as variáveis comparadas, tanto no adulto como no idoso.

A média da creatinina da segunda avaliação (T1), tanto no adulto como no idoso, mostrou-se abaixo do valor de referência (9 a 11mg/dL), estando mais baixa nos idosos. A creatinina é um marcador da função renal pois a determinação da excreção diária desta substância, juntamente com o volume urinário, é um método utilizado para medir a função glomerular. Quando está abaixo do valor de referência, pode indicar risco de mortalidade em pacientes com pouca função renal residual podendo refletir perda de massa corporal. É importante ressaltar que a elevação rápida das concentrações sanguíneas da creatinina sugere perda muscular acelerada a partir de trauma ou cirurgia (LOUREIRO et al, 2023).

Tabela 3: Média de indicadores bioquímicos de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, de acordo com a faixa etária, em um hospital de referência, Belém – PA, 2023.

Adultos

Indicadores Bioquímicos1ª Avaliação Média ± DP2ª Avaliação Média ± DPTeste-Tp-valor*
Creatinina9,03 ± 2,118,05 ± 1,552,650,01
Idosos
Indicadores Bioquímicos1ª Avaliação Média ± DP2ª Avaliação Média ± DPTeste-Tp-valor*
Creatinina6,35 ± 2,395,59 ± 1,092,460,02

*Teste t de Student pareado (nível de significância de 0,05)

Fonte: Protocolo de pesquisa.

A investigação da creatinina no estudo realizado por Brito, Paixão (2022) na clínica de Nefrologia em Vila Velha-ES, obteve 52 pacientes com idade superior a 20 anos e com tratamento de HD. Foi observado que nessa a creatinina teve média de resultados em adultos (8,34 ± 2,89 mg/dl), sendo classificado dentro esperado, porém, a média dos idosos (6,99 ± 2,97 mg/dl) estava abaixo da classificação adequada. Foi observado que a creatinina é um marcador para determinar a taxa de filtração do rim, ocorrendo diminuição natural na terceira idade mesmo sem a presença da patologia, podendo ser ocasionada pela perda de néfrons ou outras alterações, resultando no inadequado valor de referência. Desse modo, a comparação do estudo apresentado por Brito com a pesquisa atual se assemelha, mostrando que a creatinina tende a ser inferior em idosos com a presença ou não da doença crônica renal.

No entanto, em outra analise, Oliveira, Haro Moreno (2022), realizaram um estudo com 54 prontuários de um hospital-escola do interior paulista, com pacientes na faixa etária de 18 a 80 anos em tratamento de hemodiálise no hospital Padre Albino (Catanduva,SP). No qual percebeu- se que ao exame trimestral, a creatinina obteve 100% de alteração. Em virtude disso, a duração do tratamento, expôs que as alterações pré e pós são significativas e possuem impacto direto na deterioração das estruturas dos néfrons, devido à progressão da Doença Renal Crônica (DRC). Isso resultou em um aumento nas modificações observadas nos exames anuais, trimestrais e mensais da pesquisa.

O gráfico 2 mostra a média dos valores de ureia pré e pós hemodiálise, de acordo com a faixa etária. Em relação aos adultos os valores observados foram: ureia pré com média de 161,93 ± 43,36 e ureia pós de 48,00 ± 22,85, com significância estatística (p-valor <0,0001). Quanto aos idosos, verifica-se diferença estatisticamente significante (p-valor <0,0001) entre as médias dos valores da ureia pré e pós hemodiálise, sendo 167,56 ± 38,55 e 59,47 ± 21,41, respectivamente.

Gráfico 2: Média dos valores de ureia pré e pós hemodiálise, de acordo com a faixa etária, em um hospital de referência, Belém – PA, 2023.

*Adulto: Teste t de Student pareado: 14,88; p-valor <0,0001; (nível de significância de 0,05);

**Idoso: Teste t de Student pareado: 16,53; p-valor <0,0001; (nível de significância de 0,05).

Fonte: Protocolo de pesquisa.

Na pesquisa realizada pelo autor Souza et al (2022) no serviço de Nefrologia do município de Taquera, Rio Grande do Sul (RS), com 94 pacientes, de idades 53,1 ± 13,7 submetidos à hemodiálise foi levantado dados de exames laboratoriais, incluindo uréia pré e pós diálise (mg/dl), foi observado que na avaliação pré-dialítica os níveis variaram de 30 a 239 mg/dl com média de 137,36 ± 40,03. Ademais, na avaliação pós-dialítica a média foi de 43,00 ± 22,48, em variação de 5 a 144 mg/dl. Condizente com o estudo apresentado no gráfico 2.

Análogo a esse estudo, os autores Oliveira, Ribeiro, Alves (2021) na sua investigação com 165 pacientes em hemodiálise, localizada no instituto de nefrologia do Araguaia, no município de Barra Garça, Média Araguaia – Mato Grosso, comprovaram que a ureia é significativamente reduzida com o tratamento da hemodiálise. A ureia obtida antecedendo a terapia substitutiva teve uma média geral de 121,19 ± 40,99 e após o tratamento os valores foram alterados em uma média de 43,97 ± 19,60. Sendo ressaltada que houve diferença significativa do antes e depois da terapia, semelhante a pesquisa atual, descrevendo a terapia substitutiva como essencial para sobrevida dos acometidos.

Outro estudo conduzido por Albuquerque (2022), com o propósito específico de avaliar o perfil bioquímico de indivíduos portadores de enfermidade renal crônica, examinou 71 pacientes atendidos no Centro de Nefrologia Santa Rita, situado em Santa Cruz-RN. A média etária desse grupo foi de 54,1 ± 16,16 anos. Os dados pré e pós diálise foram extraídos dos registros médicos, sendo que a concentração de ureia antes do procedimento dialítico foi considerada satisfatória quando inferior a 200mg/dL e inapropriada quando excedia esse limite. Quanto à ureia após a diálise, valores entre 10 e 40 mg/dL foram considerados adequados, enquanto concentrações acima de 40 mg/dL foram consideradas inadequadas. No que tange aos resultados dos exames bioquímicos anteriores à diálise, observou-se uma média de 177,6 mg/dL (±44,3) para a ureia considerada adequada, contrastando com a média pós diálise de 42,3 mg/dL, considerada inadequada. Confirmando assim a diferença significativa entre os níveis de ureia no pré e pós diálise.

CONCLUSÃO

Foi identificada uma grande porcentagem de pacientes desnutridos na aferição do IMC, pois dos parâmetros antropométricos os graus de desnutrição (leve, moderado e grave) são maiores em comparação com a eutrofia de acordo com a faixa etária. É importante frisar que a variação na classificação do IMC pode decorrer de diferentes origens, o que diferencia cada pesquisa de acordo com a sua amostra. As medidas antropométricas, como as adequações das circunferências e pregas cutâneas, não evidenciaram diferenças significativas estatisticamente entre as faixas etárias, com exceção do DCT, que mostrou diferença nos valores, classificando desnutrição grave em adultos e eutrofia em idosos o estudo aponta que esse resultado se deve à substituição de tecido muscular por adiposo decorrente do avanço da idade.

Além disso, foram comparados os dados bioquímicos de ureia e creatinina pré e pós-hemodiálise, obtendo respostas positivas sobre o tratamento de substituição. Contudo, é crucial salientar que a perda da filtração glomerular é considerada normal em idosos sem a patologia. Devido a esse fator, o índice bioquímico da creatinina sérica em idosos ainda resultou inadequado em relação aos valores esperados. Os níveis séricos de ureia foram bastante significativos estatisticamente em ambas faixas etárias, o que ressalta a importância do tratamento de hemodiálise para a sobrevida de pacientes acometidos pela patologia.

Assim sendo, torna-se imprescindível a realização de mais estudos acerca do estado nutricional desses indivíduos, a fim de promover discussões mais amplas a respeito dos diversos fatores que variam entre pesquisas, tal como as causas multifatoriais que impactam o estado nutricional dos mesmos.

REFERÊNCIAS

AYRES, M et al., Bioestat – Aplicações Estatísticas nas Áreas das Ciências Bio-Médicas. Sociedade Civil Mamirauá. Imprensa Oficial do Estado do Pará, 2007.

AGUIAR, L. K. de. et al. Fatores associados à doença renal crônica: inquérito epidemiológico da Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, 2020.

ALBUQUERQUE, Maria Isabel Lopes. Adequação da Hemoodiálise em Pacientes Renais Crônicos. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

ALVARENGA, L. de A. et al. Análise do perfil nutricional de pacientes renais crônicos em hemodiálise em relação ao tempo de tratamento. J Bras Nefrol., 39(3), 283–286, 2017.

BATTISTIN, F. R., TONI, J. C. V., & IMAMURA, K. B. ESTUDO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES   HEMATOLÓGICAS   ENCONTRADAS   EM   PACIENTES

SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE. Educação Sem Distância – Revista Eletrônica Da Faculdade       Unyleya,          1(7),    2023.   Recuperado    de https://educacaosemdistancia.emnuvens.com.br/esd/article/view/175.

BERNARDO, M. F. et al. Estado nutricional e qualidade de vida de pacientes em hemodiálise. Medicina (Ribeirão Preto), v. 52, n. 2, p. 128-135, 2019.

BENVENHO, D. C. et al. Análise do perfil nutricional de pacientes renais crônicos em hemodiálise. brazilian journal of nephrology v. 11, n. 15, p. e398111537262-e398111537262, 21 nov. 2022.

BITTENCOURT, A. da R.; TARTARI, R. F. Aspectos atuais na avaliação nutricional em pacientes com doença renal crônica em tratamento substitutivo. Rev Bras Nutr Clin, v. 28, n. 2, p. 149-53, 2013.

BRASIL. Ministério de Estado da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo os seres humanos. Brasília, 2012.

CASTRO, M. C. M. Conservative management for patients with chronic kidney disease refusing dialysis. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 41, n. 1, p. 95–102, 2019.

CREWS, D. C.; BELLO, A. K.; SAADI, G. Editorial do Dia Mundial do Rim 2019-impacto, acesso e disparidades na doença renal. Brazilian Journal of Nephrology, v. 41, p. 1-09, 2019.

COSTA, J. et al. Adequação dialítica e estado nutricional de indivíduos em hemodiálise. Brazilian Journal of Developmen, v. 6, n. 9, 2020.

CUPPARI, L.; Nutrição: Clínica no Adulto. 3 ed. São Paulo: Manole, 2014.

da SILVA, M. R. B. et al. Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar de pacientes renais crônicos em hemodiálise. Revista Brazilian Journal of development, v. 7, n. 4, p. 40853-40868, 2021.

da SILVA, M. R. et al. Qualidade de vida de pacientes renais crônicos submetidos á hemodiálise: Uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 9344-9374, 2020.

de BRITO, D. P., PAIXÃO, M. P. C. P., Perfil nutricional e consumo alimentar de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise em uma clínica de nefrologia em Vila Velha-ES. Revista Thema, v. 21, n. 3, 2022.

de SOUZA, M. A. H. et al. Perfil de pacientes em hemodiálise de um serviço de referência do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 1, p. e41611125025-e41611125025, 2022.

de SOUZA, C. A. P., GOMES, R. A. G., da S, L. G., & BRASILEIRO, L., L. Fatores

associados a antropometria de pacientes em terapia renal substitutiva. Revista Saúde.Com, v. 19, n. 3, 2023.

de OLIVEIRA, R. E. F; DE HARO, M. A. Verificação dos parâmetros bioquímicos, lipídico e glicêmico em pacientes submetidos à hemodiálise em um hospital-escola do noroeste paulista. CuidArte Enferm, p. 78-85, 2022.

DUARTE A.C.G. Avaliação Nutricional – Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.

FERNANDES, Krist Helen Antunes; MUTTONI, Sandra Maria Pazzini. Influência do uso de diferentes métodos antropométricos na avaliação do diagnóstico nutricional de pacientes em programa de hemodiálise. Rev Bras Nutr Clin, v. 31, n. 1, p. 43-8, 2016.

GALVAO, J. O. et al. de S. F.. Processos de enfrentamento e resiliência em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Contextos Clínic, São Leopoldo , v. 12, n. 2, p. 659-684, ago, 2019 .

GONÇALVES, A. G. F. et al. Caracterização do perfil clínico e nutricional de pacientes renais em tratamento hemodialítico em Belém, Pará. Research, Society and Development, v. 11, n. 3, p. e33711325849-e33711325849, 2022..

GOUVÊA, E. DE C. D. P. et al. Self-report of medical diagnosis of chronic kidney disease: prevalence and characteristics in the Brazilian adult population, National Health Survey 2013 and 2019. Epidemiologia E Servicos De Saude: Revista Do Sistema Unico De Saude Do Brasil, v. 31, n. spe1, p. e2021385, 2022.

LEITE, J. A. A análise dos fatores associados ao risco nutricional de pacientes em hemodiálise. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 34, 1–12, 2021.

LOPEZ, I.; NUNES, R. L. DOENÇA RENAL CRÔNICA E O PROCESSO DE

HEMODIÁLISE. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 8, p. 706–717, 31 ago. 2022.

LOUREIRO, S. M. G. et al.. Perfil sociodemográfico e laboratorial submetidos á hemodiálise em um centro de referência no estado do Ceará. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 2, p. 1010-1026, 2023.

MARTINS, E.C. V. et al. Tempo de hemodiálise e o estado nutricional em pacientes com doença renal crônica. Braspen J. v. 32, n. 1, p. 54-57, 2017.

MORAES, I. C.; BORGES, S. Perfil clínico-nutricional e sociodemográfico dos pacientes em hemodiálise do setor de nefrologia de um hospital regional do Distrito Federal. Research, Society and Development, v. 12, n. 8, p. e5412842822-e5412842822, 13 ago. 2023.

MOURÃO, B. C. L. et al. Alterações renais relacionadas com desequilíbrios dos exames bioquímicos. Revista Saúde em Foco, Amparo, n. 11, pág. 1441- 1447, 2019.

NASCIMENTO, N. K. N. et al. Perfil nutricional de pacientes renais crônicos em tratamento dialítico atendidos em uma cidade da região metropolitana do Recife. Brazilian Journal of Development, v. 7, n.4, 35436-35454. 2021.

PAIXÃO, D. F. N. Consequências da utilização de suplementos proteicos para a doença renal. Tese (mestrado ciências farmacêuticas) – Instituto Universitário Egas Moniz. Caparica, Portugal, p. 58. 2020.

PICCOLI, C. et al. Perfil epidemiológico, clínico e bioquímico de pacientes acompanhados em um modelo de atenção às condições crônicas. Ciência, Cuidado E Saúde, v.19, 2020.

PLÁCIDO, E. DA S. et al. Terapia nutricional em pacientes com Doença Renal Crônica: Revisão narrativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e8110413711–e8110413711, 31 mar. 2021.

RIBEIRO, W. A. et al. Encadeamentos da Doença Renal Crônica e o impacto na qualidade de vida de pacientes em hemodiálise. Revista Pró-UniverSUS, v. 11, n. 2, p. 111–120, 16 dez. 2020.

RIELLA MC, MARTINS C. Nutrição e o rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2ª Ed. 2013.

RODRIGUES, C. M. B. et al. COVID-19: sistema renal e cardíaco. Ulakes Journal of Medicine, v. 1, 2020.

SILVA, J. P. Importância da restrição de fósforo e potássio na dieta de pacientes renais crônicos. Revista Brasileira de Nefrologia, v. 45, n. 3, 2021.

SILVA, M. R. B. D. et al. Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar de pacientes renais crônicos em hemodiálise / Nutritional status avaliation and fook intake of renal chronic patients in hemodialysis. Brazilian Journal of Development,

v. 7, n. 4, p. 40853–40868, 20 abr. 2021.

SANTOS, R. DE S. S.; SARDINHA, A. H. DE L. Qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica. Enfermagem em Foco, v. 9, n. 2, 26 nov. 2018.

VILAR, A. J.; PALHETA, J. M. Breve história da nefrologia na fundação Santa Casa De Misericórdia do Pará Região Norte do Brasil. Observatório De La Economía Latinoamericana, v. 21, n. 10, p. 15312-15331, 2023.

ANEXO A – Parecer consubstanciado do CEP

ANEXO B – Percentis de circunferência do braço (CB) Percentis de circunferência do braço (CB)

Idade (anos)PERCENTIL
5th10th15th25th50th75th85th90th95th
HOMENS
1 a 1,914,214,714,915,216,016,917,417,718,2
2 a 2,914,314,815,115,516,317,117,617,918,6
3 a 3,915,015,315,516,016,817,618,118,419
4 a 4,915,115,515,816,217,11818,518,719,3
5 a 5,915,516,016,116,617,518,519,119,520,5
6 a 6,915,816,116,517,018,019,119,820,722,8
7 a 7,916,116,817,017,618,720,021,021,822,9
8 a 8,916,517,217,518,119,220,521,622,624
9 a 9,917,518,018,419,020,121,823,224,526
10 a 10,918,118,619,119,721,123,124,82627,9
11 a 11,918,519,320,620,622,124,526,127,629,4
12 a 12,919,320,120,721,523,125,427,128,530,3
13 a 13,920,020,821,622,524,526,628,229,030,8
14 a 14,921,622,523,223,825,728,129,130,032,3
15 a 15,922,523,424,025,127,229,030,331,232,7
16 a 16,924,125,025,726,728,330,632,132,734,7
17 a 17,924,325,125,926,828,630,832,233,334,7
18 a 24,926,027,127,728,730,733,034,435,437,2
25 a 29,927,028,028,729,831,834,235,536,638,3
30 a 34,927,728,729,330,532,534,935,936,738,2
35 a 39,927,428,629,530,732,935,136,236,938,2
40 a 44,927,828,929,731,032,834,936,136,938,1
45 a 49,927,228,629,430,632,624,936,136,938,2
50 a 54,927,128,329,130,232,334,535,836,838,3
55 a 59,926,828,129,230,432,334,335,536,637,8
60 a 64,926,627,828,629,7323435,13637,5
65 a 69,925,426,727,72931,133,234,535,336,6
70 a 74,925,126,227,128,530,732,633,734,836,0

Fonte: (Frisancho, 1990).

ANEXO C– Percentis de circunferência do braço (CB) Percentis de circunferência do braço (CB)

Idade (anos)PERCENTIL
5th10th15th25th50th75th85th90th95th
MULHERES
1 a 1,913,614,114,414,815,716,417,017,217,8
2 a 2,914,214,615,015,416,117,017,418,18,5
3 a 3,914,415,015,215,716,617,418,018,419,0
4 a 4,914,815,315,716,117,018,018,519,019,5
5 a 5,915,215,716,116,517,518,519,420,021,0
6 a 6,915,716,216,517,017,819,019,920,522,0
7 a 7,916,416,717,017,518,620,120,921,623,3
8 a 8,916,717,217,618,219,521,222,223,225,1
9 a 9,917,618,118,619,120,622,223,825,026,7
10 a 10,917,818,418,919,521,223,425,026,127,3
11 a 11,918,819,620,020,622,225,126,527,930,0
12 a 12,919,220,020,521,523,725,827,628,330,2
13 a 13,920,121,021,522,524,326,728,330,132,7
14 a 14,921,221,822,523,525,127,429,530,932,9
15 a 15,921,622,222,923,525,227,728,830,032,2
16 a 16,922,323,223,524,426,128,529,931,633,5
17 a 17,922,023,123,624,526,629,030,732,835,4
18 a 24,922,423,324,024,826,829,231,232,435,2
25 a 29,923,124,024,525,527,630,632,534,337,1
30 a 34,923,824,725,426,428,632,034,136,038,5
35 a 39,924,125,225,826,829,432,635,036,839,0
40 a 44,924,325,426,227,229,733,235,537,238,8
45 a 49,924,225,526,327,430,133,535,637,240,0
50 a 54,924,826,026,828,030,633,835,937,539,3
55 a 59,924,826,127,028,230,934,336,738,040,0
60 a 64,925,026,127,128,430,834,035,737,339,6
65 a 69,924,325,726,728,030,533,435,236,538,5
70 a 74,923,825,826,327,630,333,134,735,837,5

Fonte: (Frisancho, 1990).

ANEXO D– Percentis para DOBRA cutânea do tríceps (dCT) Percentis para dobra cutânea do tríceps (DCT)

Idade (anos)  PERCENTIL
510152550758590  95
  HOMENS
1-1,96,577,5810121314  15,5
2-2,966,57810121314  15
3-3,967789,511,512,513,5  15
4-4,95,56,577,59111212,5  14
5-5,9566781011,513  14,5
6-6,955,566,58101213  16
7-7,94,5566810,512,514  16
8-8,955,5678,5111316  19
9-9,955,566,5912,515,517  20
10-10,95667,510141720  24
11-11,9566,57,5101619,523  27
12-12,94,5667,510,514,51822,5  27,5
13-13,94,555,579131720,5  25
14-14,945568,512,51518  23,5
15-15,955567,5111518  23,5
16-16,9455,168121417  23
17-17,9455671113,516  19,5
18-24,9455,56,51014,516,520  23,5
25-29,945671115,51921,5  25
30-34,94,566,581216,52022  25
35-39,94,5678,5121618,520,5  24,5
40-49,9566,9812161921,5  26
45-49,9567812161921  25
50-54,9567811,51518,520,8  25
55-59,9566,5811,5151820,5  25
60-64,9567811,515,518,520,5  24
65-69,94,556,5811151820  23,5
70-74,94,566,5811151719  23

Fonte: (Frisancho, 1990).

ANEXO D– Percentis para DOBRA cutânea do tríceps (PCT) Percentis para dobra cutânea do tríceps (DCT)

Idade (anos)  PERCENTIL
510152550758590  95
  MULHERES
1-1,9677810121314  16
2-2,9677,58,5101213,514,5  16
3-3,9677,58,510121314  16
4-4,9677,5810121314  15,5
5-5,95,5778101213,515  17
6-6,966,57810121315  17
7-7,9677810,512,51516  19
8-8,9677,58,51114,51718  22,5
9-9,96,578912161921  25
10-10,9788912,517,52022,5  27
11-11,9788,510131821,524  29
12-12,9789111418,521,524  27,5
13-13,97891115202425  30
14-14,9891011,5162123,526,5  32
15-15,989,510,51216,520,52326  32,5
16-16,910,511,5121418232629  32,5
17-17,99101213182426,529  34,5
18-24,9911121418,524,528,531  36
25-29,9101213152026,53134  38
30-34,910,513151722,529,53335,5  41,5
35-39,9111315,51823,5303537  41
40-44,91214161924,530,53537  41
45-49,91214,516,519,525,53235,538  42,5
50-54,9121517,520,525,5323638,5  42
55-59,912151720,526323639  42,5
60-64,912,51617,520,5263235,538  42,5
65-69,91214,51619253033,536  40
70-74,91113,515,5182429,53235  38,5

Fonte: (Frisancho, 1990).

Anexo E– Percentis de estimativa de circunferência muscular do braço (CMB) Percentis de estimativa de circunferência muscular do braço (CMB)

Idade (anos)PERCENTIL
5102550759095
HOMENS
1 a 1,911,011,311,912,713,514,414,7
2 a 2,911,111,412,213,014,014,615,0
3 a 3,911,712,313,113,714,314,815,3
4 a 4,912,312,613,314,114,815,615,9
5 a 5,912,813,314,014,615,416,216,9
6 a 6,913,113,514,215,116,117,017,7
7 a 7,913,713,915,116,016,817,719,0
8 a 8,914,014,515,416,217,018,218,7
9 a 9,915,115,416,117,018,319,620,2
10 a 10,915,616,016,618,019,120,922,1
11 a 11,915,916,517,318,319,520,523,0
12 a 12,916,717,118,219,521,022,324,1
13 a 13,917,217,919,621,122,623,824,5
14 a 14,918,919,921,222,324,026,026,4
15 a 15,919,920,421,823,725,426,627,2
16 a 16,921,322,523,424,926,928,729,6
17 a 17,922,423,124,525,827,329,431,2
18 a 18,922,623,725,226,428,329,832,4
19 a 24,923,824,525,727,328,930,932,1
25 a 34,924,325,026,927,929,831,432,6
35 a 44,924,725,526,928,630,231,832,7
45 a 54,923,924,926,528,130,031,532,6
55 a 64,923,624,526,027,829,531,032,0
65 a 74,922,323,525,126,828,429,830,6

Fonte: (Frisancho, 1981).

Anexo E– Percentis de estimativa de circunferência muscular do braço (CMB) Percentis de estimativa de circunferência muscular do braço (CMB)

Idade (anos)PERCENTIL
5102550759095
MULHERES
1 a 1,910,511,111,712,413,213,914,3
2 a 2,911,111,411,912,613,314,214,7
3 a 3,911,311,912,413,214,014,615,2
4 a 4,911,512,112,813,614,415,215,7
5 a 5,912,512,813,414,215,115,916,5
6 a 6,913,013,313,814,515,416,617,1
7 a 7,912,913,514,215,116,017,117,6
8 a 8,913,814,015,116,017,118,319,4
9 a 9,914,715,015,816,718,019,419,8
10 a 10,914,815,015,917,018,019,019,7
11 a 11,915,015,817,118,119,621,722,3
12 a 12,916,216,618,019,120,121,422,0
13 a 13,916,917,518,319,821,122,624,0
14 a 14,917,417,919,020,121,623,224,7
15 a 15,917,517,818,920,221,522,824,4
16 a 16,917,018,019,020,221,623,424,9
17 a 17,917,518,319,420,522,123,925,7
18 a 18,917,417,919,120,221,523,724,5
19 a 24,917,918,519,520,722,123,624,9
25 a 34,918,318,819,921,222,824,626,4
35 a 44,918,619,220,521,823,624,727,2
45 a 54,918,719,320,622,023,826,027,4
55 a 64,918,719,620,922,524,426,628,0
65 a 74,918,519,520,822,524,426,427,9

Fonte: (Frisancho, 1981).

Anexo F– Percentis para área muscular do braço (AMBc) Percentis para área muscular do braço (AMBc)

Idade (anos)PERCENTIL
51015255075859095
HOMENS
1 a 1,99,710,410,811,613,014,615,416,317,2
2 a 2,910,110,911,312,413,915,616,416,918,4
3 a 3,911,212,012,613,515,016,417,418,319,5
4 a 4,912,012,913,514,516,217,918,819,820,9
5 a 5,913,214,214,715,717,619,520,721,723,2
6 a 6,914,415,315,816,818,721,322,923,825,7
7 a 7,915,116,217,018,520,622,624,525,228,6
8 a 8,916,317,818,519,521,624,025,526,629,0
9 a 9,918,219,320,321,723,526,728,730,432,9
10 a 10,919,620,721,623,025,729,032,234,037,1
11 a 11,921,022,023,024,827,731,633,636,140,3
12 a 12,922,624,125,326,930,435,939,340,944,9
13 a 13,924,526,728,130,435,741,345,348,152,5
14 a 14,928,331,333,136,141,947,451,354,057,45
15 a 15,931,934,936,940,346,353,156,357,763,0
16 a 16,937,040,942,445,951,957,863,366,270,5
17 a 17,939,642,644,848,053,460,464,367,973,1
18 a 24,934,237,339,642,749,457,161,865,072,0
25,0     a 29,936,639,942,446,053,061,466,168,974,5
30,0     a 34,937,940,943,447,354,463,267,670,876,1
35,0     a 39,938,542,644,647,955,364,068,571,677,0
40,0     a 44,938,442,145,148,756,064,068,571,677,0
45,0     a 49,937,741,343,747,955,263,368,472,276,2
50,0     a 54,936,040,042,746,654,062,767,070,477,4
55,0     a 59,936,540,842,746,754,361,966,469,675,1
60,0     a 64,934,538,741,244,952,160,064,867,571,6
65,0     a 69,931,435,838,442,349,157,361,264,369,4
70,0     a 74,929,733,836,140,247,054,659,162,167,3

Fonte: (Frisancho, AR. Antropometric Sandarts for de aassessment of growth and nutritional status. University of Michigan, 1990).

Anexo F– Percentis para área muscular do braço (AMBc) Percentis para área muscular do braço (AMBc)

Idade (anos)PERCENTIL
51015255075859095
MULHERES
1 a 1,98,99,710,110,812,313,814,615,316,2
2 a 2,910,110,610,911,813,214,715,616,417,3
3 a 3,910,811,411,812,614,315,816,717,418,8
4 a 4,911,212,212,713,615,317,018,018,619,8
5 a 5,912,413,213,914,816,418,319,420,622,1
6 a 6,913,514,114,615,617,419,521,022,024,2
7 a 7,914,415,215,816,718,921,222,323,925,3
8 a 8,915,216,016,818,220,823,224,626,528,0
9 a 9,917,017,918,719,821,925,424,228,331,1
10 a 10,917,618,519,320,923,827,029,131,0933,1
11 a 11,919,521,021,723,226,430,733,535,739,2
12 a 12,920,421,823,125,529,033,236,337,840,5
13 a 13,922,824,525,427,130,835,538,139,643,7
14 a 14,924,026,227,129,032,836,939,842,347,5
15 a 15,924,425,827,529,233,037,340,241,745,9
16 a 16,925,226,828,230,033,638,040,243,748,3
17 a 17,925,927,528,930,734,339,643,446,250,8
18 a 24,919,521,522,824,528,333,136,439,044,2
25,0 a 29,920,521,923,125,229,434,938,541,947,8
30,0 a 34,921,123,024,226,330,936,841,244,751,3
35,0 a 39,921,123,424,727,331,838,743,146,154,2
40,0 a 44,921,323,425,527,532,339,845,849,555,8
45,0 a 49,921,623,124,827,432,539,544,748,456,1
50,0 a 54,922,224,625,728,333,440,446,149,655,6
55,0 a 59,922,824,826,528,734,742,347,352,158,8
60,0 a 64,922,424,526,329,234,541,145,649,155,1
65,0 a 69,921,924,526,228,934,641,646,349,656,5
70,0 a 74,922,224,426,028,834,341,846,449,254,6

Fonte: (Frisancho, AR. Antropometric Sandarts for de aassessment of growth and nutritional status. University of Michigan, 1990).

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

Título da pesquisa “Avaliação, acompanhamento e intervenção nutricional em pacientes renais dialíticos”

Pesquisador    responsável:   ALDAIR           DA       SILVA  GUTERRES    /            FÁBIO VASCONCELOS

Demais pesquisadores:

Instituição: FUNDAÇÃO HOSPITAL DE CLÍNICAS GASPAR VIANNA

Endereço: Tv: Alferes Costa s/n ; Bairro: Pedreira; Cep: 66087 – 660; Telefone: (91) 3276 – 1770; e-mail: cepfhcgv@yahoo.com.br

Pesquisadores:

ALDAIR GUTERRES – guterres39@hotmail.com/guterres@ufpa.br;

Prezado(a) Senhor(a): você está sendo convidado(a) a participar desta pesquisa de forma totalmente voluntária. Antes de concordar em participar dessa pesquisa, é muito importante que você compreenda as informações e instruções contidas neste documento. Os pesquisadores deverão responder todas as suas dúvidas antes que você se decida a participar. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhum prejuízo e sem perder os benefícios dos quais tem direito. Esclarecemos que não será realizado nenhum pagamento pela sua participação na presente pesquisa. Você também não terá nenhuma despesa na realização da mesma. O objetivo deste estudo é avaliar, acompanhar e orientar nutricionalmente todos os pacientes em hemodiálise. Os procedimentos adotados serão os de rotina já realizados no setor. A primeira avaliação será nutricional, na qual você responderá um questionário de identificação, aspectos das suas refeições do dia anterior e um questionário do seu consumo alimentar. A seguir será feita uma avaliação objetiva através das medidas (peso, estatura, circunferência do braço), para o cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência Muscular do Braço (CMB) e Área Muscular do Baço corrigida (AMBc). Na avaliação mensal será acompanhado os pesos antes e após a diálise, verificação da glicose, avaliação da ingestão alimentar e de substituição de alimentos. Os resultados dos exames bioquímicos e de pressão arterial serão retirados dos prontuários, assim como a história de qualidade de vida. Também serão realizados os exames físico nutricional e físico de força muscular. Riscos: a aplicação dos questionários não apresentará qualquer risco de ordem física, entretanto, poderão causar algum constrangimento pelo fato da exposição ao responder as perguntas e de ter que dispor de algum tempo para retirar as medidas. No entanto todas as precauções serão tomadas pelos pesquisadores, conforme as normas de biossegurança vigentes, evitando-se o mínimo de desconforto possível, porém isso não irá afetar o curso do seu tratamento, por tratar-se de um procedimento não invasivo.Benefícios: como benefícios os participantes terão direito de receber o resultado de sua avaliação nutricional, serem acompanhados e orientados quanto a sua alimentação e também se beneficiarão de atendimento com qualidade resultante do aprimoramento dos profissionais de nutrição envolvidos no estudo, Para a sua saúde o paciente terá condições de adquirir uma melhor qualidade de vida através dos conhecimentos que serão adquiridos durante a pesquisa sobre a sua doença. Sigilo: as informações fornecidas por você serão confidenciais e de conhecimento apenas dos pesquisadores responsáveis, vocês não serão identificados em nenhum momento, mesmo quando os resultados da pesquisa forem divulgados em publicações científicas.

Termo de consentimento:

Concordo voluntariamente em participar desse estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento antes ou durante a realização do mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido por atendimento neste serviço. Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou foram lidas para mim, descrevendo o estudo “AVALIAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES RENAIS DIALÍTICOS.

Belém,            /           /           .

Assinatura do sujeito             Assinatura do entrevistador responsável

Assinatura do coordenador da pesquisa ALDAIR DA SILVA GUTERRES

APÊNDICE B – Ficha para coleta de dados antropométricos e clínicos

Dados gerais PRONTUÁRIO:          

INICIAIS DO PACIENTE:     

Data de coleta:           /           /          

Data de nascimento:  Idade: 

Fatores etiológicos:

(           ) Diabetes  (    ) HAS  (  ) Outros. Qual:       

Dados antropométricos

MedidasValores obtidosDiagnóstico
Peso atual (peso seco)  
Estatura  
IMC  
CB  
DCT  

Dados bioquímicos

ExamePrimeira avaliaçãoSegunda avaliação
Creatinina sérica  
Exames de Ureia
Ureia préUreia pós
  

1 Orientador. Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia.

2 Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.

3 Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia.

4 Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.

5 Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.

6 Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.