PERFIL EPIDEMIOLÓGICO PACIENTES COM DIAGNOSTICO DE HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2010 A 2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8017364


Talisson Silva Gomes1,3.
Orientador: Prof. Dr. Matheus Silva Alves 2,3.


INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de desenvolvimento recorrente que ataca o homem, sendo de complexo diagnóstico e tempo de incubação extremamente demorado, tendo uma possível variação entre a faixa temporal de  2  a  10  anos, ressalta-se ainda que há uma elevada  contagiosidade  e  baixa  morbidade.  Essa patologia é causada pelo parasita intracelular obrigatório Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), e o contágio advém por meio de uma pessoa infectada pelo bacilo na forma multibacilar não tratada, que o suprime pelo meio externo através das vias respiratórias superiores, transmitindo para as pessoas que estiveram mais suscetíveis à doença
OBJETIVOS: Determinar o perfil epidemiológico de pacientes com diagnósticos de hanseníase no estado do Maranhão entre os anos 2010 a 2022.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo de casos de pacientes com hanseníase no estado Maranhão entre os anos 2010 a 2022 no estado do Maranhão, nordeste do Brasil. Os dados obtidos por meio consultas a base de dados do sistema de informação de Agravos de notificações (SINAN), disponibilizados no Departamento de Informação do Sistema de Unico de Saude (DATASUS). As variáveis utilizadas no estudo foram, sexos, idade, escolaridade, etnia e evolução.
RESULTADOS: Entre os anos 2010 a 2022, de concordância com o DATASUS, foram informados 10.776 episódios de hanseníase no Maranhão, com média de 3 592 casos/ano. No ano de 2010 foram informados 4.195 casos em contraposição ao ano de 2022 com 2.316 casos, sendo o mínimo número de casos nos ultimos 3 anos.
CONCLUSÃO: Portanto os pacients com hanseiniase no estado do Maranhão no periodo de 2010 a 2022 eram homens de cor parda, de baixa escolaridade, Ensino fundamental incomplete, sendo a forma clínica apresentada Dimorfa.

Palavra-chave:  Câncer de Pele; Pacientes; Diagnóstico; Incidência.

ABSTRACT

INTRODUCTION: The topic to be discussed is about a disease that has become a public health problem in Brazil, Leprosy, in the present work within the context of the disease it will be analyzed about leprosy which is a chronic infectious disease that has a slow and which is caused by Mycobacterium leprae. As far as transmission is concerned, it is done by direct and extensive contact with a sick person.
OBJECTIVES: To determine the epidemiological profile of patients diagnosed with leprosy in the state of Maranhão between 2010 and 2022.
METHODS: This is a retrospective cross-sectional study of cases of patients with leprosy in the state of Maranhão between the years 2010 to 2022 in the state of Maranhão, northeastern Brazil. The data obtained through consultations with the database of the information system on reported injuries (SINAN), made available at the Information Department of the Unified Health System (DATASUS). The variables used in the study were gender, age, education, ethnicity and evolution.
RESULTS: The collected data were transformed into tables and graphs using excel software to be analyzed and presented in a clear and objective way. After extracting the data, the organization in spreadsheets of the EXCEL program is automated, which will facilitate the tabulation.
CONCLUSION: Social conditions and vulnerability associate leprosy with precarious hygiene situations and low economic level, leading to difficult access to health. It is expected, therefore, that state and municipal health agencies promote access to health information for the population, actions that promote the improvement of disease control indicators in Maranhão, seeking to improve aspects related to education and health, taking greater attention to the male public, so that the treatment of the disease caused efficiently.

Keywords: Skin Cancer; Patients; Diagnosis; Incidence.

1 INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de desenvolvimento recorrente que ataca o homem, sendo de complexo diagnóstico e tempo de incubação extremamente demorado, tendo uma possível variação entre a faixa temporal de 2 a 10 anos, ressalta-se ainda que há uma elevada contagiosidade e baixa morbidade. Essa patologia é causada pelo parasita intracelular obrigatório Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), e o contágio advém por meio de uma pessoa infectada pelo bacilo na forma multibacilar não tratada, que o suprime pelo meio externo através das vias respiratórias superiores, transmitindo para as pessoas que estiveram mais suscetíveis à doença (BRASIL, 2017).

Historicamente falando o bacilo Mycobacterium leprae tem percorrido pelo planeta há um bastante tempo. Pode-se observar por meio dos estudos que desde o século 6 a.C., existia citações à temida enfermidade por ele determinada: a Hanseníase. Os pesquisadores afirmam que a doença possa ter aparecido no Oriente e se disseminado pelo mundo por tribos nômades ou por navegadores, como os fenícios (ABREU et al,. 2022).

Além disso era tinha fama de ser chamada de lepra ou mal de Lázaro, outrora a enfermidade era associada ao pecado, à impureza, à desonra. Por falta de uma informação particular, a hanseníase era muitas vezes misturada com outras doenças, especialmente as de pele e venéreas. Daí o preconceito em relação ao seu portador: a transmissão da doença pressupunha um contato corporal, muitas vezes de natureza sexual e, portanto, pecaminoso (MELO et al,. 2022).

Narrações religiosas agregavam as marcas na carne aos desvios da alma: eram os sacerdotes, e não os médicos, que davam o diagnóstico. No Velho Testamento, o rei Uzziah foi penitenciado por Deus com a doença, por ter concretizado uma cerimônia específica aos eclesiásticos. Mesmo sendo rei, teve que ir residir numa casa isolada e não foi enterrado no cemitério dos soberanos. Já no Novo Testamento, é acentuado o evento em que Cristo “limpa” um leproso (SANTOS et al,. 2022).

Ainda dentro da história quando não eram enviados para leprosários e excluídos da sociedade, os doentes não podiam entrar em igrejas, tinham que empregar luvas e roupas especiais, carregar sinetas ou matracas que anunciassem sua presença e, para pedir esmolas, necessitavam colocar um saco amarrado na ponta de uma longa vara. Não havia cura e nenhuma pessoa queria um leproso por perto (SOBRINHO et al,. 2021).

Exclusivamente em 1873, a bactéria geradora da moléstia foi identificada pelo norueguês Armauer Hansen, e as crenças de que a doença era hereditária, fruto da iniquidade ou penalidade divina foram separadas. Entretanto, o preconceito prosseguiu, e a exclusão social dos acometidos foi até mesmo reforçada pela teoria de que o confinamento dos doentes era o caminho para a aniquilamento do mal(SANTOS et al., 2010).

 No Brasil, até meados do século XX, os doentes eram compelidos a se enclausurar em leprosários e tinham seus pertences queimados, uma política que visava muito mais ao afastamento dos portadores do que a um tratamento efetivo. Apenas em 1962 a internação compulsória dos doentes deixou de ser norma (ABREU et al,. 2022).

Gradativamente com os progressos das pesquisas comprovou que a hanseníase nem é uma doença tão contagiosa do mesmo modo. Terapias foram desenvolvidas e, em 1981, a OMS passou a recomendar a poliquimioterapia. Em muitos países desenvolvidos, a hanseníase já foi erradicada. Desde 1995, o tratamento é oferecido de graça para os pacientes do mundo todo, e, nesse mesmo ano, no Brasil, o termo lepra e seus provenientes foram proibidos de serem empregados nos documentos oficiais da Administração, em uma tentativa de reduzir o estigma da doença (TAKAHASHI, 2019).

Observa-se ainda que as dessemelhantes configurações clínicas da hanseníase estão alistadas com a imunogenicidade do bacilo e com o sistema imunológico do hospedeiro, com sinais e sintomas dermatoneurológicos, lesões na pele e nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés, com potencial para provocar distorções quando não tratada ou tratada tardiamente. Consequentemente, observa-se que isso coopera para regressão da capacidade do trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, sendo além disso responsáveis pelo estigma e preconceito da doença (WHO, 2021).

Vale ressaltar um ponto importante, é que se a doença não for não tratada na forma inicial, a doença quase continuamente evoluciona, tornando-se transmissível e pode chegar a pessoas de qualquer sexo ou idade, de modo inclusivo as crianças e idosos. Nota-se ainda que essa evolução advém, em geral, de forma branda e progressiva, podendo levar a inabilidades físicas. Os pacientes diagnosticados com hanseníase têm direito a tratamento gratuito com a poliquimioterapia (PQT-OMS), disponível em qualquer unidade de saúde. O tratamento obstrui a transmissão e contaminação em poucos dias e cura a doença (BRASIL, 2019).

 Ao que diz respeito sobre sua doença distribuição ela exibe-se de maneira heterogênea, com registro de casos novos em todas as Unidades Federadas, porém, um dos fatores que coopera para a manutenção do indicador de prevalência no país é o padrão de alta endemicidade das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Houve redução dos níveis de detecção em todas as Regiões, inclusive no Sul, que de acordo com as informações, exibe de maneira clara os menores índices da doença (BRASIL, 2021B).

Ao que diz respeito ao exame para a detecção da doença, é feito o exame de baciloscopia que é um teste garantido, de menor gasto e que coleta serosidades corporais cutâneas como orelhas, lesões da pele e cotovelos, se existir suspeita de comprometimento neural com alterações de sensibilidade, espessamento do tronco entre outros sintomas, recomenda-se levar o paciente a uma unidade de saúde capacitada mais próxima e então obter a confirmação do diagnóstico. Deve-se ajuizar os sinais e sintomas para diagnosticar corretamente a doença, carecendo de cuidado com as suas formas para fins de tratamento, formas essas podendo ser multibacilares e paucibacilares (ABREU et al,. 2022)

 Devido a formas clínicas diferentes, existem tratamentos diferentes, ambas acompanhando o tratamento com antibióticos e afins, variando conforme as intercorrências durante a doença. No tratamento Paucibacilar é indicado a duração de 6 meses, com medicamentos Rifampicina e Dapsona, sendo que a rifampicina é tomada uma vez por mês, e no tratamento multibacilar além desses dois é sobreposta a Clofazimina e sua duração recomendada é de 12 meses. (WHO, 2016).

Deste modo, todos as diligências como compromisso político, atuações estratégicas e a declaração de parcerias diligentes e palpáveis, objetivando a diminuição da carga da doença e das inaptidões físicas, são imperativos para o enfrentamento dessa enfermidade (BRASIL, 2019).

Categorias particulares, fatores relacionados ao nível de doenças endêmicas e classes sociais desfavoráveis afetam o risco de hanseníase. Por ser uma doença altamente infecciosa e de baixa patogenicidade, em áreas endêmicas, a exposição contínua ao bacilo ainda pode causar doenças, mesmo para as pessoas mais resistentes. O tratamento de um paciente diagnosticado com hanseníase abrange um quimioterápico específico que junta a verificação e tratamento precoce das intercorrências (SANTOS et al., 2010).

Sendo assim a problemática que norteou a pesquisa foi: qual perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Maranhão no período de 2010 a 2022?

Tendo como objetivo: Determinar o perfil epidemiológico de pacientes com diagnósticos de hanseníase no estado do Maranhão entre os anos 2010 a 2022.

2 MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal retrospectivo de casos de pacientes diagnisticados com hanseníase no estado Maranhão entre os anos 2010 a 2022 no estado do Maranhão, nordeste do Brasil. Os dados obtidos por meio consultas a base de dados do sistema de informação de Agravos de notificações (SINAN), disponibilizados no Departamento de Informação do Sistema de Unico de Saude (DATASUS). As variáveis utilizadas no estudo foram, sexos, idade, escolaridade, etnia e evolução.

Os dados coletados foram transformados em tabelas e gráficos utilizando o software excel para serem analisados e apresentados de forma clara e objetiva. Esse processo irá facilitar a análise de dados, já que os dados serão apresentados por meio de tabelas e gráficos para melhor compreensão.

Tendo como critérios de inclusão: pacientes com hanseníase no Estado do Maranhão no período de 2010 a 2022 notificados ao DATASUS. Critérios de exclusão: paciente que foram notificados, pacientes que foram notificados fora do período de estudo ou que tiveram teste negativo epacienets que apresentram como informação brancos ou ignorados. Não haverá riscos por ser uma pesquisa epidemiológica e os benefícios é ao que diz respeito as informações retrospectivas e atuais sobre a doença.

Para a organização e a análise dos dados quantitativos será empregada a metodologia de análise estatística dos dados, os quais serão exibidos em frequência absoluta e relativa percentual, sendo empregado o software Microsoft Excel versão 2013 para a tabulação dos dados e preparação de gráficos e tabelas, de modo a harmonizar a organização dos mesmos.

3 RESULTADOS

Entre os anos 2010 a 2022, de concordância com o DATASUS, foram informados 10.776 episódios de hanseníase no Maranhão, com média de 3 592 casos/ano. No ano de 2010 foram informados 4.195 casos em contraposição ao ano de 2022 com 2.316 casos, sendo o mínimo número de casos nos derradeiros 3 anos (Figira 1).

Figira 1: Número de casos de pacientes diagnosticados com Hanseníase no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2022

Fonte:  DATASUS, 2022.

Tabela 2: Perfil Epidemiológico de pacientes com diagostico de com diagnostico de hanseníase no estado do Maranhão no período de 2010 a 2022

VARIAVEL %
Gênero   
 Feminino1906241,39
 Masculino2698958,61
Faixa etária   
 Ate 19 anos666714,47
 20 ano ate 391457831,65
 40 anos ate 591464931,81
 Acima de 59 anos1015722,07
Raça   
 Branca661514,36
 Preta744816,17
 Amarela4540,98
 Parda3054866,33
 Indigena1502,16
Escolaridade   
 Analfabeto689714,98
 Ensino fundamental incompleto2035844,2
 Ensino fundamental completa27445,96
 Ensino médio incomplento29026,3
 Ensino médio completo605713,15
 Ensino superior incompleto520  1,12
 Ensino superior completo95414,29
Forma clinica   
 Indeterminada498810,83
 Tuberculoide578512,56
 Dimorfa2402052,16
 Virchowiana740624,45
Evolução   
 Cura3378573,36
 Transferido ´para mesmo município13402,91
 Transferido ´para outro município17543,80
 Transferido ´para outro estado9061,98
 Transferido ´para outro país170,04
 Óbito8171,77
 Abandono275516,14
Fonte: DATASUS, 2022.

4 DISCUSSÃO

A figira 1 mostra o número de casos de pacientes diagnosticados com Hanseníase no estado do Maranhão entre os anos de 2010 a 2022, a tabela mostra que houve entre os anos de 2010 a 2013 uma estagnação de casos, ou seja, os casos se mantiveram, entretanto no ano de 2014 houve uma sensível queda nos casos e em 2020 foi o ano que mais decaiu, voltando a subir entre 2021 a 2022. Ainda, Pode-se perceber que mesmo com toda a situação de pandemia isso não trouxe aumento de casos, pelo contrário a notificação baixou de maneira expressiva, essa baixa pode está associado não ao numero real mais a falta de notificação.

Um esboço concretizado por Ribeiro, Silva e Oliveira (2010), comprovou que os níveis de prevalência da hanseníase no Brasil proporcionam disposição de diminuição, contudo advertiu-se que esse procedimento não foi visto em todas as regiões brasileiras como nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste embora, tenha diminuído mas ainda têm um alto padrão de endemicidade. Para Souza Júnior et al., (2022), o que pode explicar o episódio do índice alto de casos de hanseníase na Região Norte, por conseguinte no Maranhão, semelhante ao que foi encontrado em nosso estudo, está pertinente a baixos valores no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que provoca o controle da enfermidade, volvendo de tal modo a região endêmica.

Barbosa (2014) descreve que esse descoberto reporta um método histórico de colonização, mistura de raças, migração de organização espacial no espaço urbano. Nas derradeiras décadas, de maneira especial carecido às categorias difíceis de vida da população e à entrada limitada aos bens e serviços coletivos, tais como colégios, serviços de ensino e segurança de saúde, o método de urbanização da hanseníase no Brasil se energizou. Tais propriedades se acoplam ao ambiente da cidade, onde o corpo urbano se fragiliza perante da alta densidão populacional e vulnerabilidade socioeconômica, que motivam, em contíguo, um cenário geral de adoecimento e falecimento.

Sobre a tabela 1, ao que se diz respeito ao genero percebe-se que a incidência de Hanseníase em homens é maior, quanto aos aspectos ectnicos a cor parda foi a que mais teve casos de Hanseníase e a cor amarela a de menor registro. Outro ponto abordado dentro do perfil epidemiológico foi o quesito da escolaridade, sendo a maior indicencia em indivíduos que possuem o Ensino fundamental incompleto e em segundo lugar os analfabetos, sinalizando um alto índice de pessoas com baixa escolaridade.

Conforme Azevedo (2010) quanto menor o grau de ensino, maior a possibilidade de acontecimentos e reativação da hanseníase. Visto que, esse grupo mostra pouco informação e problema de abrangência das direções referentes a terapêutica, precaução e autocuidado pertinente a análise e entendimento e começo da enfermidade. Categorias sociais, vulnerabilidade a deferência do ensino, a hanseníase está adjunta a circunstâncias difíceis de limpeza, pobreza e baixo nível socioeconômico.

As táticas para controle, concretizadas pela Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão (SESMA), foram reguladas nas sugestões do Ministério da Saúde, ajustadas a cada ano pelo meio dos planos anuais e plurianuais, que são edificados com apoio no cenário epidemiológico detectado. Todas as atuações concretizadas procuraram compreender os aeródromos da epidemiologia, gestão, atenção total, entendimento e ensino, além de supervisões municipais.

Ainda ao que diz respeito a tabela 1 quanto a forma clínica observou-se que a forma dimorfa foi a que mais incidente com um valor bem expressivo de ocorrências. E sobre a evolução da doença observou-se que a maioria obteve cura em relação a doença e que em segundo lugar ficou os que abandonaram o tratamento, percebeu-se também que o número de óbitos foi bem pequeno.

Para Silva et al. (2022), o alto apontador de doentes dimorfos e virchowianos em conjunto com o baixo número de casos de hanseníase indefinida e tuberculóide, deixa a recomendar análises demoradas, uma vez que a maior parte dos casos informados da enfermidade, ela já se localiza em estágio avançado. Os estágios dimorfos e virchowianos são as maneiras mais contagiantes da hanseníase, quando a hanseníase se descobre nesse estágio, podem acontecer defeitos levando a inabilidade física, além de prosseguirem com ciclo de transmissão do bacilo de Hansen. A análise da doença neste estágio sugere ser uma análise tardia.

A dinâmica epidemiológica da hanseníase no Maranhão desponta o choque da endemia alojada no Estado, embora da queda advertida nos apontadores epidemiológicos que advertem a força de morbidade e do aumento discreto dos apontadores de análise e cura com grau II de inabilidade.

 Além disso, essa seriedade epidemiológica é vigorosa por determinados apontadores que indicam uma análise demorada, em muitos episódios carecido à alta dimensão de casos multibacilares, à elevada dimensão de casos com grau II de inabilidade e, por fim, aos grandes riscos atinentes dos apontadores de monitoramento quando checados com o resto do Brasil. O diagnóstico estatístico expressivo da convergência decrescente de identificação de casos novos poderia nos levar a um olhar errado sobre a eficácia epidemiológica e sobre as decorrências das táticas de controle da hanseníase no estado, quando na veracidade estamos perante de uma nova etapa de controle da enfermidade (PENNA et al., 2008).

O esboço concretizado por Serra (2011) confirma as informações descobertas ao comprovar o elevado índice do nível de identificação em menores de 15 anos no Maranhão, o que demonstra alto nível de transmissão, maior possibilidade de apresentação clara nos primeiros anos de vida e constância de lugar forte de transmissão da enfermidade (SERRA, 2011).

As decorrências da averiguação epidemiológica assinalam para a manutenção da endemia no estado, o que comprova fragilidade nas atuações de controle adiantados nos serviços de saúde e a precisão de prática de medidas de precaução e domínio característicos para grupos-alvo da população, sendo aceitáveis as sugestões apresentadas por Ignotti e Paula (2010).

Para estas autoras, faz-se imprescindível energizar as atuações de cautela da hanseníase, volvidas à maior efetividade na análise e terapêutica da doença, de maneira especial nas regiões de maior centralização do país, como é o caso do Maranhão. Ademais, é extraordinário o consecutivo aprimoramento dos sistemas de informação, atividade essencial para abonar o apropriado monitoramento da circunstância epidemiológica da hanseníase no país, tendo em vista o alcance do desígnio de eliminação da enfermidade como dificuldade de saúde pública (IGNOTTI; PAULA, 2010; SERRA, 2011).

 As modificações acontecidas nos padrões clínicos e nas identificações de casos da hanseníase no Maranhão ao extenso dos anos analisados despontam, por um lado, uma conduta clínica indigesta e crescente e, por outro, uma identificação muito mais aparente e decrescente, o que leva a pesquisar se haveriam fatores geográficos, socioculturais ou de ocupação influenciando a circulação constante do bacilo na população maranhense.

Conforme Ferreira (2021), o impacto da pandemia e a decorrência da interrupção dos atendimentos dermatológicos em função da pandemia da COVID-19, teve diminuição das atividades eletivas, causando diminuição na análise da enfermidade, originando impacto na vida dos doentes.

Frente ao desconhecimento de todos os jeitos clínicos fica complexo a abrangência de pontos categóricos da doença, o que leva a averiguações clínicas constantes, mais abarcantes e ponderadas, para resolver esses questionamentos embora conexos sobre uma enfermidade milenar (BAKKER et al., 2004; FIGUEIREDO, 2006; MEIMA et al., 2004; QUEIROZ et al., 2010; SARNO, 2003).

Outra maneira de diagnóstico das qualidades de identificação de casos pode ser realizada a partir da causa dos casos prevalentes de hanseníase e casos novos identificados em cada ano de esboço, no qual se advertiu uma convergência de diminuição progressiva ao extenso dos oito primeiros anos do esboço, com um atinado aumento nos últimos dois anos, fixando-se numa causa de 1,4 no derradeiro ano. Esse dado pode ser acatado uma justaposição do tempo de constância dos doentes no registro funcional e servir como marcador de monitoramento do acompanhamento de terapêutica (ANDRADE, SABROZA, ALBUQUERQUE, 1996; CUNHA et al., 2007; IGNOTTI et al., 2004).

4 CONCLUSÃO

No atual esboço foi advertido que a hanseníase foi dominante no sexo masculino, nos indivíduos da raça parda, em pessoas com baixo grau de instrução e a maneira clínica mais comum foi a dimorfa. As classes sociais e vulnerabilidade integram a hanseníase a circunstâncias difíceis de limpeza e baixo nível parcimonioso, levando a dificuldade de entrada à saúde.

Embora dos progressos que as táticas de domínio da hanseníase conseguiram no estado, especialmente com a descentralização das ações do Plano Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH) e pôr o mesmo advier por constantes métodos de maturação, o que adverte a procura por progressos das políticas de saúde, a hanseníase continua como uma enfermidade descuidada, hiperendêmica com análise lenta na área de esboço, sem expectativa de controle eficaz nos próximos anos, levando a acreditar que o método de maturidade política e social seja o amplo passo para a obtenção do desígnio de controle da enfermidade.

Acredita-se, assim, que os órgãos estaduais e municipais de saúde, agenciem à entrada a conhecimentos de saúde para população afetada, ações que agenciem evolução dos apontadores de domínio da doença no Maranhão, apontando aprimorar os jeitos pertinentes ao ensino e saúde, tendo maior cuidado ao público masculino, para que a terapêutica da doença aconteça de maneira competente.

REFERÊNCIAS

ABREU RD DA S, MIRANDA K DA S, SIMÕES ABA, VIEIRA GD-V, SOUSA OV DE. Assistência farmacêutica em unidades básicas de saúde: um foco no serviço farmacêutico. Brazilian J Heal Rev [Internet]. 2022 Aug 7 [cited 2022 Jul 21];3(4):9797–911. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/14460 Acesso em: 01.10.2022

ALVES, E. D., FERREIRA, T. L., & FERREIRA, I. N. (2014). Hanseníase avanços e desafios. Http://www.morhan.org.br/views/upload/hanseniaseavancoes.pdf Acesso em: 07.10.2022

BASTOS, W. M. (2017). Características sociodemográficas e epidemiológicas da Hanseníase do município de Palmas – Tocantins. 2017. Universidade federal da Bahia instituto de saúde coletiva programa de pós-graduação em saúde coletiva Mestrado profissional em saúde coletiva. Salvador – BA. Http://bdtd.ibict.br/vufind/record/ufba-2_2f90787f7a458c92f020d24aaff8b7de>. Acesso em: 07.10.2022

BORGES, W. M. et al. (2017). O papel do enfermeiro no tratamento básico da hanseníase: Uma revisão integrativa. Revista saúde. Http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/3092.

BRASIL. Ministério da Saúde. (2021a). Guia de Vigilância em Saúde. (5a ed.), Ministério da Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. (2021b). Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/ptbr/media/pdf/2021/setembro/8/boletim_hanseniase_internet_-2.pdf Acesso em: 30.09.2022

BRASIL. Ministério da Saúde. (2019). Estratégia de Enfretamento da Hanseníase 2019/2022. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2022/May/22/estr–tegianacional-de-hanseniase-2019-2022-web.pdf Acesso em: 30.09.2022

BRASIL. Ministério da Saúde. (2017). Guia prático sobre a hanseníase. Disponível em: https://dvs.portovelho.ro.gov.br/uploads/editor/files/SEMUSA/GuiaPratico-de-Hanseniase.pdf Acesso em: 30.09.2022

CHAVES, E. C. et al. (2017). Índice de carência social e hanseníase no estado do Pará em 2013: análise espacial. Epidemiol. Serv. Saude. 807-816, Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s223796222017000400807&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 30.09.2022

COELHO, E. S., MAGALHAES, M. D., ABRÃO, R. K., & CAVALCANTE, G. F. (2021). A atuação da equipe de enfermagem junto a infertilidade. Multidebates, 5(2), 216- 230.

LASTÓRIA, J. C., & ABREU, M. A. M. M. (2012). Hanseníase: diagnóstico e tratamento. Disponível em:  http://files.bvs.br/upload/s/1413- 9979/2012/v17n4/a3329.pdf Acesso em: 07.10.2022

MANICKAM P, MEHENDALE SM, NAGARAJU B, KATOCH K, JAMESH A, KUTAIYAN R, JIANPING S, MUGUDALABETTA S, JADHAV V, RAJKUMAR P, PADMA J, KALIAPERUMAL K, PANNIKAR V, KRISHNAMURTHY P, GUPTE MD. International open trial of uniform multidrug therapy regimen for leprosy patients: Findings & implications for national leprosy programmes. Indian J Med Res. 2016;144(4):525-35.

MELO, C. B. DE, SÁ, B. D. S. DE, COSTA, F. A. C., & SARNO, E. N. (2022). Epidemiological profile and severity of erythema nodosum leprosum in Brazil: a crosssectional study. International Journal of Dermatology, 59(7), 856–861. Disponível em: https://doi.org/10.1111/ijd.14895 Acesso em: 01.10.2022

NEVES, T. V. (2017) Qualidade dos registros nos prontuários de pacientes de hanseníase no município de palmas, tocantins, no período de 2011 a 2014. Universidade federal do Tocantins pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação programa de pós-graduação em ciências da saúde. Palmas-TO

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Estratégia Global para a Hanseníase 2021-2030: Rumo a zero hanseníase. Nova Deli: OMS, 2021a.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Global leprosy update, 2022: impact of COVID-19 on global leprosy control. Weekly Epidemiological Record, Genebra, n. 36, p. 421-444, 10 set. 2021b.

SALES, A. M. (2011). Controle da hanseníase: detecção precoce através do exame de contatos e avaliação do tratamento dos pacientes submetidos a 12 doses da poliquimioterapia (pqt/oms). 2011. Universidade do estado do rio de janeiro centro biomédico instituto de medicina social. Disponível em: Http://www.bdtd.uerj.br/tde_arquivos/44/tde-2012-08-01t151250z-2420/publico/tese-anna%20maria%20sales.pdf

SANTOS, Á. N., COSTA, A. K. A. N., SOUZA, J. É. R. DE, ALVES, K. A. N., OLIVEIRA, K. P. M. M. DE, & PEREIRA, Z. B. (2022). Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 54, e03659. Disponível em: https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019016803659

Acesso em: 30.09.20SOBRINHO J DA C, MELO ACC DE, PINTO RR. Estudo de caso sobre os sintomas e a relação dos efeitos colaterais na desistência de pacientes durante o tratamento da hanseníase realizado em Palmas-TO. Res Soc Dev [Internet]. 2021 Nov 10;10(14):e483101422166. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22166 Acesso em: 01.10.2022

TAKAHASHI, TM. Hanseníase: Importância da educação em saúde e do cuidado farmacêutico no manejo desse agravo à saúde. 2019.

VELOSO DS, MELO CB, SÁ TLB, SANTOS JP, NASCIMENTO EF, COSTA FAC. Perfil clínico epidemiológico da hanseníase: uma revisão integrativa. Rev Eletr Acervo Saúde. 2010;10:1429- 37. Disponível em: 10.25248/REAS146_2010 Acesso em: 01.10.2022

WHO. (2021). Global leprosy (Hansen disease) update, 2022: impact of COVID-19 on the global leprosy control. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/whower9636-421-444, Acesso em: 30.09.2022

WHO. (2016). Estratégia Global para Hanseníase 2016–2022: Aceleração rumo a um mundo sem hanseníase 2016-2022. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/208824/9789290225201-pt.pdf. Acesso em: 30.09.2022


1 Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
2 Docente do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.