PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E ANÁLISE TEMPORAL DE EPILEPSIA NO PARANÁ ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2022

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE AND TEMPORAL ANALYSIS OF EPILEPSY IN PARANÁ FROM 2012 TO 2022

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202502241343


CORRÊA, Mauro Ronaldo Avello
OLIVEIRA, Clarissa Vasconcelos de


RESUMO

O presente estudo buscou estabelecer o perfil epidemiológico das internações por epilepsia no Estado do Paraná, entre os anos de 2012 e 2022, utilizando os dados disponíveis na plataforma governamental do Ministério da Saúde, o DATASUS. Os resultados mostram um total de 58.289 internações durante o período analisado, com maior prevalência na faixa etária de 1 a 4 anos com 14,33% registros.  Já em relação ao sexo, 55,31% epilépticos são do sexo masculino. A maior parcela de indivíduos acometidos por epilepsia se autodeclararam como brancos (65,95%), seguido pela parcela a qual não há informação sobre a cor/raça (20,53%). A análise mostrou ainda, que o macrorregional leste (63,37%) é responsável pelo maior número de internações decorrentes de epilepsia no Estado, mas de forma interessante, nos anos de 2020 e 2021 a macrorregião oeste apresentou um acréscimo nos seus registros, sugerindo uma possível relação com a pandemia da covid-19. Dessa forma, o estudo reforça a necessidade de estratégias para um manejo clínico mais eficiente, bem como para o acesso equitativo da população paranaense aos serviços de saúde.

Palavras-Chave: Epilepsia; Datasus; perfil epidemiológico; internações; população paranaense.

ABSTRACT

The present study aimed to establish the epidemiological profile of hospitalizations due to epilepsy in the state of Paraná, between 2012 and 2022, using data available on the government platform of the Ministry of Health, DATASUS. The results show a total of 58,289 hospitalizations during the analyzed period, with the highest prevalence in the age group of 1 to 4 years, accounting for 14.33% of the records. Regarding gender, 55.31% of those with epilepsy are male. The largest group of individuals affected by epilepsy self-identified as white (65.95%), followed by the group with no information about color/race (20.53%). The analysis also revealed that the eastern macro-region (63.37%) is responsible for the highest number of epilepsy-related hospitalizations in the state. Interestingly, in 2020 and 2021, the western macro-region showed an increase in its records, suggesting a possible correlation with the COVID-19 pandemic. Thus, the study emphasizes the need for strategies to ensure more efficient clinical management, as well as equitable access to healthcare services for the population of Paraná.

Keywords: Epilepsy; Datasus; epidemiological profile; hospitalizations; paranaense population.

1. INTRODUÇÃO

A Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) define crise epiléptica como a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas decorrentes da atividade anormal excessiva ou síncrona no cérebro, bem como os seguintes critérios diagnósticos para epilepsia: (1) pelo menos duas crises epilépticas não provocadas (ou reflexas) ocorrendo com um intervalo superior a 24 h; (2) Uma crise epiléptica não provocada (ou reflexa) e a probabilidade de ocorrência de outras crises similar ao risco geral de recorrência (de pelo menos 60%) após duas crises epilépticas não provocadas, ocorrendo nos próximos 10 anos e (3) diagnóstico de uma síndrome epiléptica¹.

Quanto a classificação dos tipos de crise epiléptica, essas são divididas em crises de início focal, generalizado, desconhecido, com subcategorias de crises motoras, não motoras, com ou sem comprometimento da percepção para as crises de início focal².

Conforme o relatório de 2021 publicado pela ILAE, cerca de 51 milhões de pessoas a nível global vivem com epilepsia. A condição afeta cerca de 1% da população até os 20 anos e 3% até os 75 anos. Além disso, sua prevalência é maior em países em desenvolvimento, onde aproximadamente 80% dos casos estão concentrados³.

No Brasil, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde, surgem pelo menos 150 mil novos casos de epilepsia por ano (com uma incidência de 100 por 100.000 habitantes). Além disso, há entre 1,5 e 2,5 milhões de casos de epilepsia ativa (com uma prevalência de 1-1,5%), dos quais 25% têm um prognóstico reservado. Esse prognóstico é agravado pela baixa acessibilidade aos métodos de diagnóstico e tratamento4

Assim, sabendo-se que o comprometimento cognitivo é uma comorbidade importante associado à epilepsia, além da existência de consequências neurobiológicas e psicossociais, é fundamental ampliar o campo de investigação sobre a população paranaense acometida por essa condição¹,⁵. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico das internações hospitalares de indivíduos com Epilepsia, a fim de expor dados estatísticos que possam contribuir com o poder público paranaense para que desenvolvam ou aprimorem políticas públicas já existentes focadas no diagnóstico e manejo clínico da população acometida por Epilepsia.

2. METODOLOGIA

O presente estudo utilizou uma abordagem descritiva quantitativa transversal para investigar a prevalência e as características demográficas dos casos de epilepsia no Estado do Paraná entre os anos de 2012 e 2022. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informações do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A escolha dessa base foi fundamentada pela sua disponibilidade pública e pela abrangência na cobertura dos dados, permitindo uma análise consistente das internações por epilepsia em nível Estadual. 

Os dados coletados foram filtrados por variáveis relevantes, como ano, faixa etária, gênero e cor/raça, o que permitiu traçar um perfil epidemiológico abrangente. O processamento e a análise dos dados foram realizados com o auxílio do Microsoft Excel, utilizado para criar tabelas, gráficos e calcular frequências e porcentagens, facilitando a identificação de padrões epidemiológicos. Os dados também foram desagregados por Macrorregiões de Saúde (Leste, Oeste, Norte e Noroeste) para compreender melhor as disparidades geográficas na distribuição dos casos e nos acessos aos serviços de saúde. 

Quanto às questões éticas, este estudo envolveu apenas o levantamento de informações originadas de banco de dados de uso e acesso público – DATASUS, o que justifica a ausência da apreciação de um Comitê de Ética, em conformidade com as Resoluções nº 466/12 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. Ressaltando que não se faz necessário registrar no Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos os estudos que utilizam dados de acesso público, domínio público e/ou que estejam em banco de dados sem possibilidade de identificação individual.

3. ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Conforme mostra a Tabela 1, entre os anos de 2012 e 2022, foram registradas 58.289 internações por epilepsia no Paraná. No ano de 2012, foram 4.562 (7,83%) casos registrados, enquanto em 2022, foram 5.805 (9,96%) internações. Essa elevação ao longo do período analisado pode estar associada à ampliação do acesso da população paranaense aos serviços de saúde, dado que apenas entre os anos de 2018 e 2023 o Estado registrou um aumento de 24,6% no número de estabelecimentos de saúde⁶. 

O ano de 2019, de acordo com a Tabela 1, apresentou o maior número de internações, um total de 6.014 (10,32%) casos registrados, enquanto o período subsequente, ano de 2020, apresentou 5.165 (8,86%). Essa redução, pode estar relacionado aos efeitos da pandemia de COVID-19 e ao enfoque do atendimento à saúde voltado para o vírus em questão, pois assim como destacou o Ministério da Saúde, houve a sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde que atuavam na linha de frente da pandemia, o que possivelmente contribuiu para a dificuldade em se manter o fornecimento de informações sobre assistência e cuidados de saúde⁷.  

Tabela 1 – Internações por epilepsia no Paraná no período de 2012 a 2022.

Fonte: Datasus (2025) organizado pelos autores

Em relação a idade dos pacientes internados devido à epilepsia no Paraná, conforme consta na Tabela 2, os indivíduos em idade pré-escolar (1 a 4 anos) representam a maior parcela, visto que em nenhum ano analisado houve menos que 12 pontos percentuais de registro, sendo o menor em 2016 com 709 (12,43%), e seu pico em 2022 com 983 (16,93%) das internações. Indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos, e 50 a 59 anos também se destacaram, mantendo as métricas acima de 9 e 8 pontos percentuais respectivamente. Do contrário, a faixa etária de 80 anos ou mais foi responsável por apenas 3,34% das internações ao longo de todo o período analisado. 

Assim, esses dados revelam a importância de um manejo clínico eficiente para a população em idade pré-escolar, a qual pode ter sua maior prevalência relacionada à convulsão febril, desordem que pode predispor à epilepsia, e acomete cerca de 2-5% de indivíduos nessa faixa etária, bem como para indivíduos em idade economicamente ativa e idosos⁸.

Tabela 2 – Distribuição por faixa etária dos pacientes internados por epilepsia no Paraná no período de 2012 a 2022.

Fonte: Datasus (2025) organizado pelos autores

Em relação ao sexo, um total de 32.237 (55,31%) de internações masculinas foram registradas ao longo de todo período analisado, enquanto o sexo feminino foi responsável por 26.052 (44,69%) internações, conforme mostra a Tabela 3. 

É possível inferir que esses resultados se relacionam à maior incidência de epilepsias sintomáticas entre os homens, o que ocorre principalmente por lesão cerebral traumática nesse gênero, além da menor adesão ao tratamento de epilepsia no sexo masculino, quando comparado ao sexo feminino, o que gera menor controle das crises e maior necessidade de internações⁹.

Tabela 3 –  Distribuição por sexo dos pacientes internados por epilepsia no Paraná no período de 2012 a 2022.

Fonte: Datasus (2025) organizado pelos autores

Em relação a Cor/raça dos indivíduos internados por epilepsia no Paraná, conforme os dados da Tabela 4, o maior número de internações ocorreu nos que se autodeclararam brancos, os quais corresponderam a 38.441 (65,95%) das internações no período analisado. Observa-se ainda que a categoria ‘sem informação’ possui importante contribuição para os valores analisados, haja visto que esses representam 20,53% (11.964) do total de casos registrados. Em contrapartida, apenas 28 (0,05%) pessoas autodeclaradas como indígenas foram internadas entre os anos de 2012 e 2022 no Estado devido à epilepsia.

Tais dados revelam que a população branca mantém a maior parcela de internações, o que se justifica pela maior proporção entre os indivíduos residentes no Estado, que conforme o censo de 2022 divulgado pelo IBGE, cerca de 7,38 milhões (64,6%) paranaenses se autodeclararam brancos10. Além disso, esses resultados mostram, para fins epidemiológicos, a importância de reduzir a quantidade de dados sem informação, bem como a necessidade de um acesso equitativo aos serviços de saúde.

Tabela 4 – Distribuição por Cor/raça dos pacientes internados por epilepsia no Paraná no período de 2012 a 2022.

Fonte: Datasus (2025) organizado pelos autores

Ao explorarmos os dados por Macrorregião de Saúde do Paraná, observa-se na Tabela 5 que a Macrorregional Leste teve o maior número de internações ao longo dos anos, sendo responsável por 36.879 (63,27%) dos internamentos. Esses resultados, são evidentes devido ao fato dessa macrorregional de saúde possuir centros de referência para investigação de epilepsia, destacando-se na infraestrutura dos serviços de saúde11.

Ainda, os dados da Tabela 5 ilustram que nos anos de 2020 e 2021 a Macrorregião Oeste apresentou uma elevação no número de internações, 833 (16,13%) e 785 (15,25%) respectivamente, quando comparado aos seus valores nos outros anos da análise. Fato esse que sugere uma possível correlação entre Epilepsia e Covid-19, pois Apesar de ser predominantemente uma doença respiratória, há registros bem documentados de lesões em outros sistemas do organismo humano, incluindo o sistema nervoso, e segundo o informe epidemiológico publicado em 15 de outubro de 2020 pela Secretaria de Saúde do Paraná, a Macrorregião Oeste apresentou os maiores coeficientes de incidência por COVID-19 no Estado12,13.

Tabela 5 – Distribuição por macrorregião de Saúde dos pacientes internados por epilepsia no Paraná no período de 2012 a 2022.

Fonte: Datasus (2025) organizado pelos autores

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo revelou uma análise detalhada das internações por epilepsia no Paraná entre os anos de 2012 e 2022, evidenciando padrões relacionados a fatores como ano, faixa etária, sexo, cor/raça e macrorregião de saúde. A partir dos dados apresentados, pode-se inferir que o aumento no número de internações ao longo do período analisado está ligado à ampliação do acesso aos serviços de saúde. Além disso, destaca-se o fato da pandemia de COVID-19 ter afetado a dinâmica de atendimentos médicos relacionados à epilepsia.

A análise expôs que o maior número de internações ocorreu na faixa etária de indivíduos em idade pré-escolar (1 a 4 anos), o que está relacionado à prevalência de convulsões febris, seguido de indivíduos em idade economicamente ativa (40 a 49 anos, e 50 a 59 anos), revelando a importância de um manejo clínico eficiente para essas faixas etárias. Também, para indivíduos com idade superior a 80 anos, que embora pouco tenham contribuído para as métricas analisadas, frequentemente necessitam de uma atenção especial de saúde, visto que suas condições são mais complexas. 

Sobre a distribuição por sexo das internações por epilepsia, o estudo revelou disparidades, com maior número de internações masculinas, indicando que fatores como lesões cerebrais traumáticas e a adesão ao tratamento possuem importante impacto na epidemiologia da epilepsia.

Outro aspecto relevante foi a análise por Cor/raça, a qual revelou que a maior parte das internações ocorreu entre indivíduos autodeclarados brancos, o que é justificado pela maior proporção desta população no Estado. Entretanto, a quantidade significativa de dados sem informação e a baixa representatividade de populações indígenas nas métricas analisadas, indicam a necessidade de melhorar a coleta de dados e promover um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.

Por fim, a distribuição das internações por Macrorregião de Saúde do Paraná revelou que a Macrorregional Leste concentrou a maior parte das internações, o que está associado à presença de centros de referência especializados. Já a Macrorregião Oeste apresentou um aumento significativo de internações nos anos de 2020 e 2021, sugerindo assim, uma possível correlação entre epilepsia e COVID-19, o que destaca a necessidade de estudos futuros para uma maior investigação.

Em conclusão, os resultados deste estudo ressaltam a importância de um manejo clínico eficiente, especialmente nas populações mais vulneráveis, como as crianças, indivíduos em idade economicamente ativa e idosos, além de destacar a necessidade de políticas públicas que busquem otimizar estratégias de prevenção e continuidade no tratamento clínico da epilepsia, reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde e descentralizar os centros de referência para epilepsia no Estado, permitindo a promoção de uma saúde pública de qualidade para todos no Paraná. 

REFERÊNCIAS

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3. ILAE – International League Against Epilepsy. Epilepsia 2021 Report. Disponível em: https://www.ilae.org/files/dmfile/epilepsia-2021-report.pdf. Acesso em: 10 fev. 2025.

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