PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HIPERTENSÃO PRIMÁRIA INTERNADOS NA REGIÃO NORTE DO BRASIL ENTRE 2013 A 2023.

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102024090111517


Jerson Nunes Chavante Filho1;
Ananias Celestino Araújo de Castro Ponce Leones1;
João Pedro Lustosa Peres Wanderley1;
Breno Gomes de Souza1;
Kelly Cristina Gomes Alves2


RESUMO 

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS), responsável por afetar  mais de 1,3 bilhões de pessoas globalmente, é uma condição crônica sem sintomas  evidentes e que aumenta o risco de outras doenças graves. No Brasil, cerca de 30% da  população adulta sofre da doença, com desafios de diagnóstico e tratamento acentuados  no Norte devido, por exemplo, à infraestrutura limitada e a dificuldades geográficas.  Estudar o perfil dos pacientes na região pode ajudar a desenvolver políticas públicas para  melhorar o manejo e reduzir hospitalizações. METODOLOGIA: estudo realizado por  meio de dados obtidos no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), por meio  do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), na ferramenta TABNET. As  variáveis analisadas foram região federativa, idade, gênero e taxa de óbitos, referentes  aos pacientes internados HAS nos estados do Norte de 2013 a 2023. RESULTADOS:  60.843 pacientes internados por hipertensão na região Norte do Brasil entre os anos 2013  a 2023, na sua maioria, no ano de 2015, do gênero feminino, na faixa etária de 60 a 69  anos, com taxa de internações e com taxa de óbitos na região de Rondônia.  CONCLUSÃO: enfrentar o panorama de hipertensão no Norte do Brasil requer um  esforço coordenado que envolva políticas públicas eficazes, educação contínua e  melhorias nos serviços de saúde, além de conhecer o perfil e particularidade para assim  levar uma melhor qualidade de atendimentos. 

Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica; Doenças Crônicas; Epidemiologia nos  Serviços de Saúde.

ABSTRACT 

INTRODUCTORY: Hypertensive arterial system (SAH), responsible for affecting more  than 1.3 billion pounds in total, is a chronic condition with clear symptoms that increases  the risk of more serious cases. In Brazil, around 30% of the adult population is free from  this, with diagnosis and treatment problems being accentuated in the North due, for  example, to limited infrastructure and geographical difficulties. Studying the profile of  patients in the region can help develop audiences to improve management and reduce  hospitalizations. METHODOLOGY: this study was carried out using data obtained from  the SUS IT Department (DATASUS), through the Hospital Information System  (SIH/SUS), in the TABNET tool. According to varied analyzes by federal region, idea,  gender and death rate, referring to our HAS patients hospitalized in the Northern states  from 2013 to 2023. RESULTS: 60,843 patients hospitalized for hypertension in the  Northern region of Brazil between the years 2013 and 2023, the majority, in 2015, female,  aged 60 to 69 years, with a rate of hospitalizations and a rate of deaths in the Rondônia  region. CONCLUSION: tackling the hypertension situation in the North of Brazil  requires a coordinated effort that involves effective public policies, continuous education  and improvements in health services, in addition to knowing the profile and particularities  in order to provide a better quality of care. 

Keywords: Systemic Arterial Hypertension; Chronic Diseases; Epidemiology in Health  Services.

INTRODUÇÃO 

A hipertensão primária, também conhecida como hipertensão essencial, é uma  condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão arterial sem uma  causa identificável específica e representa a forma mais comum de hipertensão,  acometendo aproximadamente 90% dos pacientes com hipertensão arterial sistêmica  (HAS)¹. Estima-se que mais de 1,3 bilhões de pessoas no mundo sofram de hipertensão  arterial e uma parte significativa da população global, refletindo a prevalência alta dessa  condição crônica.2,9 

Essa doença é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares,  acidente vascular cerebral e insuficiência renal, e sua prevalência tende a aumentar com  a idade, além de ser influenciada por fatores de estilo de vida e genéticos². Essa condição  se desenvolve gradualmente ao longo dos anos e pode ser por uma combinação de fatores  genéticos, ambientais e de estilo de vida. Além disso, associado à obesidade,  sedentarismo, dieta rica em sódio e ao histórico familiar desempenham papéis  significativos no seu desenvolvimento³. 

A hipertensão primária não apresenta sintomas evidentes na maioria dos casos,  o que dificulta seu diagnóstico precoce. Se não controlada, pode levar a complicações  graves, como doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e insuficiência renal³.  A abordagem para o manejo da hipertensão primária envolve mudanças no estilo de vida,  como dieta balanceada e prática regular de exercícios, além do uso de medicamentos anti hipertensivos para controlar a pressão arterial e prevenir o desenvolvimento de  complicações associadas6

No Brasil, estima-se que cerca de 30% da população adulta sofra de hipertensão  arterial4. Os brasileiros enfrentam vários desafios que vão além do simples controle da  pressão arterial. Um dos principais obstáculos é o acesso ao diagnóstico e tratamento.  Muitos não realizam exames regulares e, portanto, podem sofrem com um diagnóstico  tardio8. Além disso, a disponibilidade e o custo dos medicamentos anti-hipertensivos frequentemente variam, criando barreiras significativas de acesso ao tratamento,  especialmente em áreas menos desenvolvidas4

No Norte do Brasil, a hipertensão arterial também é uma preocupação  significativa e enfrenta desafios significativos no acesso à saúde, que impactam  diretamente o tratamento e o manejo de condições crônicas como a HAS. Muitas áreas da região carecem de cuidados primários, hospitais e clínicas bem equipados, dificultando o  diagnóstico precoce, o tratamento contínuo e o manejo das complicações e comorbidades.  Além disso, a escassez de especialistas para o cuidado aos casos complexos, como  cardiologistas, agrava a situação, forçando os pacientes a viajar longas distâncias para  receber atendimento adequado9-10

Os desafios geográficos também desempenham um papel crucial. A vasta  extensão territorial da Região Norte e a presença de áreas de difícil acesso, como a  Amazônia, tornam o transporte e o acesso a serviços de saúde particularmente  complicados. A falta de infraestrutura de transporte adequado pode limitar a capacidade  dos pacientes de se deslocar para centros de saúde, especialmente em localidades rurais e  remotas10-11

O sistema de saúde pública, apesar de ser universal, enfrenta desigualdades na  distribuição de serviços e recursos. A implementação de programas de saúde pública e  campanhas de prevenção pode ser dificultada por problemas de infraestrutura e cenário local1,3.  

Nesse contexto, a realização do presente estudo se justifica na finalidade de  conhecer o atual perfil dos pacientes com hipertensão primária na região Norte do Brasil  e, assim, contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que possam mitigar a hospitalização desses pacientes. Além disso, compreender a hipertensão é essencial para  melhorar a saúde e o bem-estar da população, e para garantir uma abordagem mais  eficiente e eficaz no enfrentamento dessa condição. Este estudo possui o objetivo de  determinar o perfil de internações por hipertensão arterial primária e taxa de óbitos na  Região Norte do Brasil. 

METODOLOGIA 

Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e quantitativo  referente aos casos de internação de pacientes com hipertensão arterial primária, na região  Norte do Brasil entre janeiro de 2013 e dezembro de 2023. Os dados foram obtidos no  Departamento de Informática do SUS (DATASUS), por meio do Sistema de Informações  Hospitalares (SIH/SUS), na ferramenta TABNET, com acesso em agosto de 20245. As variáveis selecionadas foram: taxa de internações, idade, gênero, período e taxa de óbitos. 

Para a análise estatística foram determinados os valores absolutos para cada  variável, bem como as taxas por mil habitantes. Foi utilizado o programa Excel para a  tabulação e análise de dados. 

A pesquisa não apresenta conflito de interesses éticos. 

RESULTADOS 

No período analisado, 60.834 pacientes diagnosticados com hipertensão arterial  sistêmica na região Norte. Os resultados exibem o maior número de hospitalização  durante o ano de 2015, responsável por cerca de 7727 (12,7%) dos atendimentos e, por  outro lado, o ano de 2021 apresenta menores números de internações com 4608 (7,5%)  pacientes. (Gráfico 1). 

Gráfico 1 – Número de pacientes internados por hipertensão arterial primária na região  Norte entre 2013 e 2023.

Fonte: TABNET, 2024. 

Na Região Norte, o estado de Rondônia apresenta um número significativamente  elevado de casos, totalizando 6,65 internações, o que representa 35% do total da região.  Esse número é notavelmente desproporcional quando comparado aos demais estados da  região. Em contraste, o Amapá registra apenas 0,88 internações, correspondendo a apenas  4,63% do total. Essa discrepância destaca uma diferença marcante na distribuição dos  casos de hipertensão entre os estados. (Gráfico 2) 

Gráfico 2 – Taxa de pacientes internados por hipertensão arterial primária na região  Norte entre 2013 e 2023 estratificado por regiões federativas. 

Fonte: TABNET, 2024. 

Ao analisar a faixa etária dos pacientes internados, observa-se um aumento  significativo no número de internações a partir dos 40 anos. Essa faixa etária concentra  52.822 internações, representando 86,8% do total. Dentro desse grupo, a faixa etária de  60 a 69 anos é particularmente notável, com 13.401 internações, o que corresponde a  22,0% do total (Gráfico 3). Em contraste, as internações na faixa etária infantil são muito  menos frequentes, com destaque para a faixa de 5 a 9 anos, que registra apenas 77 casos  (0,12%). Esse padrão evidencia um predominante aumento nas internações entre adultos  mais velhos, enquanto as crianças apresentam números consideravelmente baixos. 

Gráfico 3 – Número de pacientes com hipertensão arterial primária na região Norte  entre 2013 e 2023 estratificado pela idade. 

Fonte: TABNET, 2024. 

Durante o período analisado, as internações por hipertensão arterial na Região  Norte destacam um predomínio do gênero feminino em seis dos sete estados, com a  exceção do Amapá, onde a maioria dos pacientes são do sexo masculino. De maneira  geral, as mulheres representam aproximadamente 34.316 casos, o que equivale a 56,4%  do total. Ou seja, esse padrão ressalta a predominância feminina nas internações por HAS,  com uma exceção notável em Amapá. (Gráfico 4) 

Gráfico 4 – Número de pacientes com hipertensão arterial primária na região Norte  entre 2013 e 2023 estratificado pelo sexo. 

Fonte: TABNET, 2024. 

Por fim, ao examinar o número de internações que resultaram em óbito,  observamos 1.001 casos na região Norte. Nesse contexto, entre as regiões, Rondônia  também aparece com a maior taxa de óbitos 0,1 dos casos, o que corresponde a 35,7% do  total. Em contraste, Roraima apresenta a menor taxa de óbitos, com apenas 0,01 casos,  representando 3,5% do total. (Gráfico 5) 

Gráfico 5 – taxa de pacientes com hipertensão arterial primária na região Norte entre  2013 e 2023 estratificado pelos quadros de óbitos. 

Fonte: TABNET, 2024. 

DISCUSSÃO  

A redução no número de internações por conta da HAS no Brasil pode ser  atribuída a uma série de fatores interligados que refletem avanços significativos na saúde  pública e no estilo de vida da população, mesmo que os números de diagnósticos de  hipertensos tenham aumentado nos últimos anos15. Primeiramente, as campanhas de  conscientização e educação em saúde desempenham um papel crucial. Programas de  saúde pública e iniciativas educacionais têm promovido a importância do monitoramento  regular da pressão arterial e das mudanças no estilo de vida, como uma dieta balanceada  e a prática regular de exercícios. Esses esforços têm contribuído para a detecção precoce  e o manejo eficaz da hipertensão4,6,7

Além disso, os avançados diagnósticos e tratamentos também são fatores  determinantes. Com o aprimoramento das tecnologias de diagnóstico e a disponibilidade  de novos medicamentos anti-hipertensivos, o controle da pressão arterial tornou-se mais  acessível e eficiente. Esses medicamentos mais recentes oferecem opções com menos  efeitos colaterais e melhor eficácia no controle da hipertensão9

As políticas públicas e o acesso ao cuidado têm sido fundamentais na expansão  do tratamento da hipertensão. O Sistema Único de Saúde (SUS) e iniciativas como a  Estratégia Saúde da Família têm garantido que mais pessoas tenham acesso a cuidados  regulares e a tratamento adequado dentro da Atenção Primária, especialmente em áreas  remotas e carentes9-10

Finalmente, dados e estatísticas revisados e melhorados podem refletir mudanças  reais na prevalência da hipertensão. A combinação desses fatores — desde a educação e  a melhoria nos cuidados médicos até mudanças no estilo de vida e políticas eficazes — contribui para a redução dos casos de hipertensão no Brasil, ou na manutenção da saúde  dos hipertensos, promovendo uma saúde mais equilibrada e uma vida mais saudável para  a população. Isso pode ter impactado na redução das internações por HAS nos últimos 10  anos na região Norte3,4

Por outro lado, as reduções das taxas de internações coincidem com o período  de latência da pandemia de covid-19, entres os anos de 2020 e 2022, devido ao  isolamento, pode ter alterado o padrão de procura por atendimentos para doenças crônicas, o que incluem a HAS14. Desse modo, há uma dificuldade do estudo em analisar  a real causa para a redução dessas internações nesse período. 

O elevado número de hipertensos internados no estado em Rondônia, na Região  Norte do Brasil, pode ser atribuído a uma combinação de fatores socioeconômicos,  culturais e regionais. Em primeiro lugar, as desigualdades econômicas desempenham um  papel significativo. Rondônia é um dos estados com maior desigualdade na região, e a  pobreza pode impactar negativamente a saúde, contribuindo para uma maior prevalência  de hipertensão e menor acesso aos serviços de saúde, impactando os resultados  apresentados pelo estudo³. 

Aspectos demográficos e culturais também desempenham um papel. A estrutura  etária da população, com uma proporção considerável de pessoas acima de 40 anos, pode  influenciar a alta prevalência de hipertensão, já que a condição é mais comum na faixa  etária mais avançada. Além disso, hábitos culturais e a resistência a mudanças no estilo  de vida, como a adoção de dietas mais saudáveis, podem incidir sobre a saúde  cardiovascular12,13

Finalmente, as formas como os dados de saúde são coletadas e relatadas pode  refletir variações entre os estados. O elevado número de casos em Rondônia pode refletir  uma maior capacidade de diagnóstico e registro de internações por hipertensão em  comparação com outros estados da região. 

Com o avançar da idade, é esperado que a prevalência da HAS tende a aumentar,  refletindo uma série de mudanças fisiológicas e biológicas que ocorrem ao longo da vida  tal como os dados apresentados pela pesquisa7,8. Em primeiro lugar, um dos principais  fatores é a rigidez arterial. À medida que envelhecemos, as artérias se tornam mais rígidas  e menos elásticas. Esse endurecimento reduz a capacidade dos vasos sanguíneos de se  expandirem e contraírem de forma eficiente, elevando a pressão arterial7,8. Além disso, a  diminuição da função endotelial contribui significativamente. O endotélio, que reveste os  vasos sanguíneos e ajuda na regulação do fluxo sanguíneo, pode se deteriorar com o  tempo. Essa deterioração reduz a capacidade dos vasos de se dilatar e se contrair  adequadamente, resultando em uma maior pressão arterial9.

Alterações no sistema cardiovascular também desempenham um papel  importante. Com a idade, é comum observar um aumento na pressão arterial sistólica,  conhecida como hipertensão sistólica isolada. Isso ocorre devido ao endurecimento das  artérias e ao aumento da resistência periférica. Além disso, o coração e os vasos  sanguíneos dos idosos podem ter uma menor capacidade de se adaptar às mudanças nas  demandas do corpo, como durante o exercício físico ou estresse, resultando em uma  pressão arterial mais elevada¹¹. 

As comorbidades e condições crônicas são fatores adicionais que afetam a  hipertensão em idosos. Muitos enfrentam outras condições de saúde, como diabetes e  doenças renais, que podem agravar a hipertensão. O uso de medicamentos para tratar  essas condições também pode ter efeitos colaterais que aumentam a pressão arterial¹². 

Mudanças no estilo de vida também contribuem para o aumento da hipertensão.  Com o envelhecimento, pode haver uma diminuição na atividade física e alterações na  dieta, como aumento da ingestão de sódio e redução do consumo de alimentos saudáveis.  Esses fatores podem agravar a hipertensão² ³. 

Em resumo, a hipertensão em idosos é resultado de uma complexa interação de  alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, comorbidades, mudanças no  estilo de vida, predisposição genética e fatores hormonais e psicossociais4,5

As diferenças de gênero na prevalência de hipertensão revelam um padrão  complexo que varia ao longo da vida. Em geral, os homens jovens e de meia-idade tendem  a apresentar uma prevalência ligeiramente maior de hipertensão em comparação com as  mulheres na mesma faixa etária. Isso pode ser atribuído a fatores como maior consumo  de álcool, tabagismo e diferenças hormonais6,7

No entanto, ao atingir a terceira idade, as mulheres frequentemente mostram uma  prevalência mais alta de hipertensão. Esse aumento nas mulheres idosas está associado a  mudanças hormonais, particularmente a diminuição dos níveis de estrogênio após a  menopausa, que antes ofereciam uma proteção cardiovascular. Nosso estudo apresenta  prevalência do gênero feminino na maioria das regiões, porém também com estados que  trocam esse destaque para o sexo masculino3,4.

A hipertensão arterial, se não for devidamente tratada, pode ser uma condição  extremamente perigosa e potencialmente fatal. Essa patologia exerce uma pressão  constante no corpo que pode ser doença para base de infarto do miocárdio, de acidente  vascular cerebral (AVC), de doença renal crônica e outras².  

CONCLUSÃO 

Portanto, o perfil epidemiológico dos pacientes internados por hipertensão na  região Norte do Brasil entre os anos 2013 a 2023 é de indivíduos, na sua maioria, do  gênero feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos, com taxa de atendimentos e taxa de  óbitos na região de Rondônia. 

A análise do panorama de pacientes internados por hipertensão no Norte do  Brasil revela um cenário multifacetado que reflete tanto desafios quanto oportunidades  para a saúde pública na região. A elevada taxa de internações associadas à hipertensão é  um indicador crítico de que a hipertensão continua a ser uma condição prevalente e com  significativo impacto na saúde da população. 

Em suma, enfrentar o panorama de hipertensão no Norte do Brasil requer um  esforço coordenado que envolva políticas públicas eficazes, educação contínua e  melhorias nos serviços de saúde, além de conhecer as particularidades para melhor  atender a população. 

REFERÊNCIAS  

1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de  Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:  hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,  Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 128 p. : il.  (Cadernos de Atenção Básica, n. 37) 

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5 DATASUS – Ministério da Saúde [Internet]. Morbidade Hospitalar do SUS(SIH/SUS)  – DATASUS; [citado 25 agosto 2024]. Disponível  em:https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/morbidade-hospitalar-do-sus-sih sus/. 

6 LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Controle do estresse e hipertensão arterial  sistêmica. Rev Bras Hipertens, v. 14, n. 2, p. 89-93, 2007. 

7 PEREIRA, M. R. et.al. Prevalência, conhecimento, tratamento e controle de hipertensão  arterial sistêmica na população adulta urbana de Tubarão, Santa Catarina, Brasil, em  2003. Cad. Saúde Pública, 23(10), Out 2007. 

8 PÉRES, Denise S.; MAGNA, Jocelí Mara; VIANA, Luis Atílio. Portador de  hipertensão arterial: atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Revista de  Saúde Pública, v. 37, p. 635-642, 2003. 

9 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Departamento de Hipertensão  Arterial. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Revista Brasileira de Hipertensão,  v. 17, n. 1, p. 1-64, 2022. 

10 VIGITEL Brasil 2021. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças  crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição  sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos  26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021. Brasília: Ministério da Saúde,  2021. 

11 WAGNER, Edward H. et al. Improving chronic illness care: Translating evidence  into action. Health Affairs, [s. l.], v. 20, n. 6, p. 64–78, 2001. Disponível em:  <http://content.healthaffairs.org/cgi/doi/10.1377/hlthaff.20.6.64> 

12 WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). WORLD HEALTH  ASSEMBLY RESOLUTION WHA 56.1. WHO Framework Convention on Tobacco  Control. In: 56a WORLD HEALTH ASSEMBLY 2003, Anais… [s.l: s.n.] Disponível  em: <http://apps.who.int/gb/archive/pdf_files/WHA56/ea56r1.pdf?ua=1> 

13 WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Guideline for the pharmacological  treatment of hypertension in adults. World Health Organization, 2021.

14 DUARTE, Luciane Simões et al. Continuidade da atenção às doenças crônicas no  estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19. Saúde em Debate, v. 45, p. 68- 81, 2022.

15 MALTA, Deborah Carvalho et al. Chronic non-communicable disease mortality in  Brazil and its regions, 2000-2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, [s. l.], v. 23,  n. 4, p. 599–608, 2014. Disponível em:  <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742014000400002&lng=en&nrm=iso&tlng=en> 

16 MALTA, Deborah Carvalho et al. Mortality due to noncommunicable diseases in  Brazil, 1990 to 2015, according to estimates from the Global Burden of Disease  study. Sao Paulo Medical Journal, [s. l.], v. 135, n. 3, p. 213–221, 2017.


1Autor, discente do curso de medicina da Universidade Federal do Tocantins;
2Orientadora, doutora, discente do curso de medicina da Universidade Federal do Tocantins