PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE COLECISTECTOMIAS MEDIANTE COLECISTITE NO ESTADO DO PIAUÍ ENTRE OS ANOS 2018 E 2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10308575


Monica Aparecida Miranda Carvalho,
Coautor(es):
Brenno Willian Sousa Santos,
Guilherme Vilarinho de Castro Barbosa Cabral,
Inessa Camille Lima Araújo,
Maria Eduarda da Silva Oliveira Araújo,
Orientador: Renandro de Carvalho Reis


RESUMO 

INTRODUÇÃO: A litíase biliar caracteriza-se pela presença de cálculos na vesícula biliar sendo fator de risco para doenças obstrutivas das vias biliares. Esses cálculos são geralmente formados pela supersaturação do colesterol na bile e quando há impactação no ducto cístico, há uma inflamação da vesícula, denominada colecistite. O tratamento para indivíduos sintomáticos é a colecistectomia. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico da colecistite, bem como colecistectomia, quanto às internações, abrangendo faixa etária e sexo, bem como desfechos clínicos no Estado do Piauí. Métodos: Estudo epidemiológico retrospectivo e quantitativo realizado no período de 2018 a 2022, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. O Microsoft Excel será utilizado para processamento e análise dos dados. Resultados: No Piauí, ocorreram 19.436 colecistites, com proporções médias de 23,3% nos anos de 2022 (4509 casos), 2019 (4650 casos) e 2018 (4500 casos). Em 2021 e 2020, foram observados 3315 (17%) e 2506 (12,9%) casos, respectivamente. O atendimento eletivo totalizou 13.021 casos, enquanto o de urgência registrou 6.415 casos. A faixa etária de 30-39 anos foi responsável por 4351 (22,3%) casos, seguida por 40-49 anos com 3914 (20%) e 50-59 anos com 3346 (17%). As mulheres representaram 15250 casos (78,3%), enquanto os homens apresentaram 4230 (21,7%). Quanto às intervenções cirúrgicas, foram realizadas 15440 colecistectomias, das quais 12767 foram eletivas e 2673 foram de urgência, pontua-se também maior prevalência pelos anos de 2022 (3614 casos), 2019 (3756 casos) e 2018 (3668 casos). Conclusão: As internações eletivas foram maiores (2:1) em relação à urgência, as mulheres representaram 78,3% dos casos; maior incidência na faixa etária de 30-39 anos, seguida de 40-49 e 50-59 anos. A prevalência de colecistectomias eletivas foi de 4:1. Destaca-se a importância da prevenção, conscientização e acesso aos serviços de saúde no enfrentamento da colelitíase e colecistite no Piauí. 

PALAVRAS-CHAVE: Colecistectomia, Colelitíase, Colecistite, Epidemiologia

Referências 

DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo F. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição. Rio de Janeiro – RJ: Grupo GEN, 2011. 

BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Informações de saúde TABNET. Disponível em https://datasus.saude.gov.br/informacoesde-saude-tabnet/ [acessado em maio de 2023]. 


CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI