REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202411160815
Raimundo José Ferreira de Macedo1; Brenno Willian Sousa Santos2; Caio Henrique Carneiro da Cunha Guimarães2; Guilherme Luís Moura Sousa1; Rui Paixão Ribeiro Silveira2; Maranaldo Fernandes de Sousa Junior.1
INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna de colo de útero caracteriza-se pelo desenvolvimento indiscriminado de células cancerosas no tecido que reveste esse órgão. Apresenta altos índices de cura quanto mais cedo for detectado, o que torna as medidas preventivas e o diagnóstico precoce principais aliados no tratamento, que se baseia , sobretudo, na cirurgia oncológica, como a histerectomia. Seja por laparoscopia, ou por cirurgia aberta, a histerectomia é fundamental no tratamento de câncer de colo de útero. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico das neoplasias malignas de colo de útero realizadas no estado do Piauí. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo epidemiológico transversal, descritivo e quantitativo, realizado através do Sistema De Informações Hospitalares do DATASUS, entre o período de 2018 a 2023. As variáveis escolhidas foram: Histerectomia, faixa etária, caráter de internação, período e Estado do Piauí. Os dados foram analisados pelo programa Microsoft Excel. RESULTADOS: No Piauí, foram registradas 2044 neoplasias malignas de colo de útero no período de 2018 a 2023,em destaque 2022 e 2023 respectivamente, com 17,4%(n=357) e 20,7%(n=425) casos. Em relação à faixa etária, as mais prevalentes foram as de 40 a 49 anos, com 32% (n=656) dos casos, e de 30 a 39 anos, com 24% (n=501). Analisando o caráter de atendimento,54% (n=1.119) foram eletivos. Referente às histerectomias, foram realizadas 525, com destaque para o ano de 2021 com aproximadamente 22%(n=115) dos procedimentos. CONCLUSÃO: Observou-se um aumento de câncer de colo de útero nos últimos dois anos, com o ano de 2023 prevalecendo, especialmente entre os adultos. Ademais, o caráter de urgência apresenta quase o mesmo percentual de eletivas, o que revela a importância da temática no aspecto cirúrgico, visto que é uma das situações exigidas dessa intervenção no atendimento em serviços de saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Colo de útero; Neoplasia; Histerectomia; Epidemiologia.
REFERÊNCIAS
Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Informações de saúde TABNET. Disponível em https://datasus.saude.gov.br/informacoes-desaude-tabnet/.
SBCO. Como funciona a cirurgia para câncer de colo de útero. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, [s.d.]. Disponível em:https://sbco.org.br/como-funciona-a-cirurgia-para-cancer-de-colo-de-utero/. Acesso em: 20 ago. 2024.
1Universidade Estadual do Maranhão
2Centro Universitário Uninovafapi