PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE LEUCEMIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DO PIAUÍ, DE 2014 A 2024

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEUKEMIA IN CHILDREN AND ADOLESCENTS IN THE STATE OF PIAUÍ, FROM 2014 TO 2024 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202505102309


Irma Gentil Cunha Leite1; Victoria Caroline De Moura Monteiro2; Dayrton Raulino Moreira3; Layanne Cavalcante De Moura4; Pedro Simão da Silva Azevedo5


RESUMO  

A leucemia é uma neoplasia maligna que compromete o sistema hematológico, sendo caracterizada pela proliferação descontrolada de células leucêmicas na medula óssea. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos diagnosticados com leucemia no estado do Piauí, entre os anos de 2014 e 2024. Trata-se de uma pesquisa descritiva de base secundária, com dados obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do sistema único de saúde por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram registrados 4.764 casos no período analisado, sendo o maior número de internações observado em 2018. A maior prevalência foi encontrada em crianças entre 1 e 9 anos, com predomínio do sexo masculino (58,78%). A Leucemia Linfoblástica Aguda se mostrou a mais comum em crianças, especialmente entre 2 e 5 anos de idade. As tendências apontam para um aumento geral dos casos, possivelmente relacionado à ampliação dos serviços de saúde, diagnóstico precoce e fatores ambientais. A análise reforça a importância de estratégias públicas de vigilância, prevenção e tratamento, com foco na redução da mortalidade e no aumento da sobrevida. A investigação ainda contribui para o entendimento regional da doença, sendo fundamental para a formulação de políticas públicas voltadas à população infantojuvenil vulnerável.

Palavras-chave: Leucemia; Epidemiologia; Crianças; Adolescentes; Saúde pública.

ABSTRACT

Leukemia is a malignant neoplasm that affects the hematologic system and is characterized by the uncontrolled proliferation of leukemic cells in the bone marrow. This study aims to analyze the epidemiological profile of children and adolescents aged 0 to 19 years diagnosed with leukemia in the state of Piauí, between 2014 and 2024. This is a descriptive secondary-based research, with data obtained from the Hospital Information System of the Unified Health System through the Department of Information Technology of the Unified Health System. A total of 4,764 cases were registered in the analyzed period, with the highest number of hospitalizations observed in 2018. The highest prevalence was found in children between 1 and 9 years old, with a predominance of males (58.78%). Acute Lymphoblastic Leukemia was the most common in children, especially between 2 and 5 years of age. The trends point to an overall increase in cases, possibly related to the expansion of health services, early diagnosis and environmental factors. The analysis reinforces the importance of public surveillance, prevention and treatment strategies, with a focus on reducing mortality and increasing survival. The research also contributes to the regional understanding of the disease, being essential for the formulation of public policies aimed at the vulnerable child and adolescent population.

Keywords: Leukemia; Epidemiology; Children; Adolescents; Public health.

1 INTRODUÇÃO 

A leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos e, em grande parte dos casos, não possui uma causa definida. Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de células doentes na medula óssea, que passam a substituir as células sanguíneas saudáveis. Essa alteração ocorre a partir de uma mutação genética em uma célula hematopoética normal, a qual passa a se proliferar de forma acelerada e a resistir aos mecanismos naturais de morte celular. Como consequência, as células leucêmicas se acumulam progressivamente, comprometendo a produção normal de células do sangue e afetando o funcionamento adequado do sistema hematológico (Paniago; Silva; Silva, 2022).

A hematopoiese é o processo complexo que envolve células-tronco na medula óssea ou tecidos linfáticos, esse processo resulta na diferenciação de células mieloides, linfoides ou monocíticas. Erros genéticos e alterações epigenéticas podem afetar a maturação de célulastronco em diferentes fases do processo de hematopoiese, isso resulta em um aumento imprevisível no número de células leucêmicas imaturas que são proliferadas e isso causa a leucemia ( Azevedo et al., 2021).

A leucemia é a neoplasia maligna mais comum na faixa etária pediátrica, abrangendo crianças e adolescentes em todo o mundo. Nesse grupo etário, os cânceres tendem a apresentar comportamento mais agressivo, com períodos de latência reduzidos e taxas de crescimento aceleradas. Essas características contribuem para o surgimento precoce de sinais clínicos e para o potencial de causar impactos significativos na saúde física e mental dos pacientes (Paniago; Silva; Silva, 2022). A leucemia também é a principal causa de morte relacionada ao câncer em crianças e adolescentes na região da América Latina (Corrêa et al., 2023).

As leucemias são atualmente categorizadas em 12 tipos diferentes, sendo os quatro tipos principais Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (LLC). A leucemia é mais comumente diagnosticada em crianças e adultos jovens, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. Em crianças menores de 15 anos, a frequência de LLA é maior, enquanto a LLC e a LMA são mais comumente diagnosticadas em indivíduos mais velhos (Inca, 2021).

Nesse sentido a LLA tem seu maior pico de incidência entre dois 2 e 5 anos, sendo mais comum no sexo masculino. No Brasil é responsável por 95 a 98% dos casos de doenças cancerígenas em crianças entre 3 e 7 anos. Acredita-se que essa preferência pela faixa etária mais jovem seja causada pela natureza imatura das células da medula óssea das crianças, o que faz com que elas tenham um padrão de crescimento acelerado e instável (Moura et al., 2024).

Os sintomas mais comuns associados à leucemia são febre, dor nos ossos ou articulações, aumento dos gânglios linfáticos e baço, fraqueza, hematomas, infecções constantes, dores de cabeça, vômitos, palidez e sintomas associados à trombocitopenia, como epistaxe, sangramento nas gengivas e sangramento conjuntival. Na presença de um histórico médico que inclua os sintomas listados, um hemograma completo é inicialmente realizado para reconhecer alterações na contagem de células, pois as doenças aumentarão ou diminuirão o número. Posteriormente, um mielograma, análise genética, imunofenotipagem, aspiração e biópsia da medula óssea são realizadas para determinar o diagnóstico da doença (Azevedo et al., 2021).

Devido à alta taxa de crescimento da doença, os pacientes geralmente têm uma resposta positiva ao tratamento quando diagnosticados precocemente, o que aumenta a probabilidade de uma cura bem-sucedida. O reconhecimento preciso de pacientes com a doença durante a fase curável fornece oportunidades únicas para reduzir o tempo de tratamento, o que reduzirá a probabilidade de doença de longo prazo ou morte, bem como o risco de complicações (Silva et al., 2021).

O tratamento tem um efeito benéfico e está associado a uma taxa de sucesso de 90%. São 4 tipos mais comuns de tratamento para erradicar o câncer em pacientes que têm a doença, são eles: quimioterapia, que é realizada usando medicamentos; radioterapia, que é conduzida por radiação direta nas células cancerígenas; transplante de medula óssea, que é atualmente empregado quando outros tratamentos não têm sucesso; e terapia direcionada, que envolve tomar medicamentos que visam especificamente as células cancerígenas, em vez das células saudáveis (Moura et al., 2024).

Devido a isso, o presente estudo tem como objetivo coletar dados de pacientes com leucemia, bem como apresentar um perfil epidemiológico dessas crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos, no Piauí, no período de 2014 a 2024. A partir do aposto faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico desses pacientes do estado do Piauí, pois, irá contribuir com as discussões a respeito da vulnerabilidade desses pacientes, visto que, ajudará a implementar políticas públicas de saúde e promoverá novas pesquisas, por ser um tema escasso na literatura promovendo novas pesquisas e trazendo segurança e bem estar social dessa população. 

2 METODOLOGIA

A epidemiologia descritiva é baseada nos dados já presentes ou dados não publicados que foram obtidos para o propósito do estudo. Esses dados podem ser usados para avaliar o comportamento da incidência e prevalência da doença na população (Costa; Barreto, 2003). 

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de base secundária que emprega métodos predominantemente descritivos e numéricos. As informações foram obtidas no Ministério da Saúde (MS) por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), tendo como fonte primária de informação o portal de informações Departamento de Informática do SUS (DATASUS) www.datasus.gov.br e gerenciados pelo TABNET referentes a leucemia no estado do Piauí.

O Piauí está localizado no noroeste da Região Nordeste, incluindo a Sub-Região CentroNorte do Brasil. Faz parte das 27 unidades constituintes do Brasil e limita-se com cinco estados: Ceará e Pernambuco a leste, Bahia ao sul e sudeste, Tocantins a sudoeste e Maranhão a oeste. Possui o menor litoral do Brasil, e possui uma população de 3.271.199 habitantes (IBGE, 2023). 

As informações foram coletadas do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e as variáveis utilizadas foram: a faixa etária (estratificada em menores de 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 15 a 18 anos), sexo, cor/raça e municípios. O período de tempo escolhido para esta investigação foi de 2014 a 2024.

Os requisitos de elegibilidade para o estudo foram as internações por leucemia no Piauí no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2024. Os critérios de exclusão foram dados insuficientes, registros que não fazem parte da amostra e variáveis que não são analisadas no estudo.

As informações foram coletadas na plataforma DATASUS de fevereiro a abril de 2025. Após a obtenção das informações na plataforma de pesquisa, elas foram organizadas e resumidas em planilhas usando o Microsoft Excel para posterior avaliação e apresentação em gráficos e tabelas.

Este estudo não conta com participantes humanos, e a ética é garantida pela Resolução nº 510/2016, não sendo necessário submeter as informações ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), pois as informações já são públicas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Investigar a evolução dos casos de leucemia em crianças e adolescentes no Piauí é fundamental para a compreensão do panorama epidemiológico, o reconhecimento de potenciais fatores de risco e o planejamento de ações de saúde pública. A seguir, são apresentados dados sobre o número de internações hospitalares por leucemia de 2013 a 2024, obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), seguidos de uma análise crítica das tendências observadas e os potenciais causas das variações ao longo do tempo.

As informações apresentadas mostram que, entre 2014 e 2024, um total de 4.764 crianças e adolescentes foram internados com diagnóstico de leucemia no estado do Piauí. Ao analisar a distribuição anual dos casos, conforme a tabela, percebe-se que 2018 apresentou o maior número de internações, com 521 casos, o que representa 10,94% do total de casos registrados no ano.

Tabela 1: Número de casos de Leucemia no Piauí por ano.

Fonte: Dados da pesquisa, 2025.

Apesar de algumas flutuações, há um aumento geral no número de casos ao longo dos anos estudados. Em 2014, foram documentadas 425 ocorrências, o que é um número relativamente alto para o início da série histórica. Após uma ligeira queda em 2015, os números aumentaram novamente, com um pico em 2017 (424 casos), seguido por uma queda em 2019 (496 casos), e novamente em 2022 e 2024, com 485 e 484 casos, respectivamente. Isso demonstra um alto grau de retenção de casos, o que pode ser atribuído a melhorias nos sistemas de diagnóstico e notificação, ao longo do tempo, avanços na infraestrutura de saúde e treinamento profissional contribuíram para o aumento da identificação e registro de casos de leucemia.

Essa tendência de aumento é causada principalmente por vários fatores interligados. Primeiramente, destaca-se o aumento da cobertura dos serviços públicos de saúde, especificamente por meio do SUS, que passou a proporcionar maior acesso ao diagnóstico precoce e à descentralização dos serviços especializados. Segundo Moura e colaboradores (2024a), o aumento da cobertura e a reforma da rede de atenção à saúde tiveram um efeito significativo no aumento da notificação e detecção nos casos de leucemias.

Além das melhorias no sistema de saúde, fatores ambientais também devem ser considerados na análise dos dados. Lima (2024) relatou que a exposição precoce a pesticidas, toxinas ambientais, poluição do ar e condições precárias de moradia e saneamento são consideradas causas significativas de neoplasias hematológicas em crianças. 

O Piauí possui um perfil socioeconômico impulsionado principalmente por suas características ambientais e econômicas, aspectos que ainda apresentam um grau significativo de vulnerabilidade, o que pode contribuir para o aumento dos casos (Sabino et al., 2023).

Outro fator a ser considerado é o crescimento populacional. Com o aumento do número de crianças e adolescentes no estado, a incidência de doenças como a leucemia também aumentou, especialmente aquelas associadas aos fatores de risco. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2023) relatou que a população do estado apresentou um aumento moderado na última década, o que pode ter contribuído para o aumento absoluto do número de hospitalizações associadas à leucemia. 

Fontinele et al., (2022), descreve que entre a demografia infantil, a região Nordeste apresentou maior percentual de atraso no diagnóstico de câncer. Onde, alguns tipos de câncer apresentam maior sobrevida associada a menor percentual de diagnósticos tardios, enquanto outros não afetam o prognóstico. Apesar disso, algumas informações, principalmente sobre leucemia, apresentam inconsistências, o que necessita de pesquisas adicionais e um conhecimento mais aprofundado.

Para uma melhor compreensão da faixa etária das crianças e adolescentes acometidos por leucemia no Piauí, realizou-se um estudo sobre a distribuição das internações por faixas etárias, no período de 2014 a 2024. A tabela 2 ilustra o percentual de casos em cada faixa etária, o que permite identificar as idades mais suscetíveis à doença e subsidiar táticas de prevenção, diagnóstico precoce e assistência especializada.

Tabela 2: Distribuição das internações por leucemia segundo faixa etária, no estado do Piauí, de 2014 a 2024.

Fonte: Dados da pesquisa, 2025.

A análise da distribuição das internações hospitalares por leucemia no estado do Piauí, de 2014 a 2024, segundo faixa etária, evidencia padrões epidemiológicos significativos que contribuem para a compreensão da literatura sobre o perfil da doença na população infantojuvenil.

Os dados da tabela 2 indicam que a maioria das internações ocorre nas duas primeiras faixas etárias (1 a 9 anos), que juntas representam 63,86% do total de casos. A primeira faixa etária teve participação de 30,75% (1.465 casos), enquanto a segunda teve participação de 33,11% (1.578 casos) do total de internações. A terceira e quarta faixas etárias representaram 22,04% (1.050 casos) do total e 14,10% (671 casos) do total, respectivamente. Esse padrão está em linha com o perfil epidemiológico da leucemia no país, tanto em nível nacional quanto internacional, o que indica uma maior prevalência da doença em idades mais precoces, particularmente entre crianças menores de 12 anos (Cruz et al., 2024).

Moura et al., (2024a), corroboram com esse estudo pois em seu estudo afirma que a LLA é a forma mais comum de leucemias em crianças entre 2 e 5 anos de idade. Cruz et al., (2024) em seu estudo afirma que isso acontece devido a diminuição dos casos com a idade sendo atribuída tanto à menor frequência natural de leucemia em adolescentes mais velhos quanto aos diferentes padrões de ocorrência específicos para cada idade. 

Soares; Lima; Ferreira,(2022), relatam que além disso, o diagnóstico precoce do câncer em idades iniciais, facilitado pelo aumento da força dos serviços de atenção primária e por campanhas de conscientização voltadas para crianças com câncer, pode ter levado ao reconhecimento dos casos em estágio inicial.

Ademais, fatores biológicos e ambientais devem ser levados em consideração na interpretação desses achados. Moura et al. (2024b), afirmam que a exposição a agentes ambientais, como pesticidas e poluentes, tem maior impacto em crianças menores, cujos sistemas imunológico e metabólico ainda estão em desenvolvimento, o que as torna mais suscetíveis a alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de leucemia.

Diante disso, no estudo realizado por Chiattone et al., (2022), deixa evidente a necessidade de estratégias específicas de vigilância e intervenção em indivíduos mais jovens, com foco na promoção da saúde, detecção precoce e tratamento. Além disso, iniciativas públicas voltadas à redução dos fatores de risco associados à degradação ambiental devem ser intensificadas, especialmente em regiões com alta vulnerabilidade social. 

A análise da distribuição das internações por leucemia por sexo é um dos principais indicadores para a compreensão do perfil epidemiológico da doença em crianças e adolescentes. A compreensão dessa distribuição é fundamental para o reconhecimento de padrões de ocorrência, a tomada de medidas preventivas e a melhoria do diagnóstico e tratamento dos transtornos. O gráfico 1, a seguir, apresenta o número de internações por leucemia no Piauí, de 2014 a 2024, discriminadas por sexo. Essas estatísticas facilitam a comparação da prevalência da doença entre homens e mulheres, o que permitirá considerar possíveis fatores biológicos, sociais e estruturais que influenciam a situação.

Gráfico 1: Distribuição das internações por leucemia segundo o sexo, no estado do Piauí, de 2014 a 2024.

Fonte: Dados da pesquisa, 2025.

O gráfico 1 apresentado demonstra um excesso significativo de homens, representando 58,78% (2.799 casos) do total de internações, enquanto 41,22% (1.965 casos) representam o total de internações. Esse padrão está em consonância com dados epidemiológicos nacionais e locais que sugerem maior prevalência de leucemia em homens 

Moura et al., (2024b), em seu estudo demonstrou que os homens foram a maioria, representando 58% do total de casos. Como resultado, também há concordância com  pesquisas realizada em hospitais que encaminham o câncer pediátrico na Bahia, Maranhão e Santa Catarina (Albuquerque, 2021; Santos et al., 2024). Como resultado, isso está de acordo com a literatura, que já documentou a dominância masculina nas hospitalizações e mortes no Brasil, a maioria das razões para isso é atribuída a múltiplos fatores. Já foi proposto que possíveis recidivas testiculares e uma depuração mais rápida do medicamento quimioterápico Metotrexato em homens podem causar a recorrência da leucemia e aumentar a taxa de mortalidade nessa população (Lima; Lima; Araújo, 2024).

Estudos realizados no Piauí entre 2019 e 2023 corroboram esse viés masculino. Nesse período, foram documentadas 3.431 internações por leucemia, sendo os homens responsáveis por 56% dos casos. A maioria dos casos ocorreu entre 1 e 14 anos, o que representa mais de 20% do total de casos anuais. Os casos restantes foram distribuídos de forma desigual entre as outras faixas etárias, com a maioria deles abaixo de 30 anos (Diniz et al., 2024).

Além disso, a literatura científica demonstrou que a LLA também é a forma mais comum em homens. Estudos nacionais indicaram que aproximadamente 57% dos casos de leucemia linfoblástica aguda são predominantemente masculinos (Moura et al., 2024 b).

É de suma importância reconhecer que fatores genéticos, hormonais e ambientais influenciam essa discrepância na incidência por gênero. A compreensão desses fatores para o desenvolvimento de métodos de prevenção e tratamento mais eficazes são fundamentais especialmente em populações vulneráveis (Chiattone et al., 2022).

Os dados apresentados no gráfico acima representam um padrão consistente com pesquisas anteriores, o que indica que o estado do Piauí apresenta maior prevalência de leucemia em homens. 

Investigar a distribuição de hospitalizações por leucemia com base em características étnico-raciais é importante para reconhecer disparidades de saúde e criar um perfil epidemiológico da doença em diferentes grupos populacionais. No contexto da sociedade piauiense, essa análise se torna ainda mais pertinente devido às especificidades demográficas da região. O Gráfico 2 ilustra o percentual de internações por leucemia infantojuvenis, de 2014 a 2024, segundo a classificação de raça/cor. 

Gráfico 2: Distribuição das internações por leucemia segundo etnia/raça, no estado do Piauí, de 2014 a 2024.

Fonte: Dados da pesquisa, 2025.

A distribuição das internações por leucemia por etnia/raça é apresentada no Gráfico 2, que mostra uma concentração significativa de casos entre indivíduos que se autodeclaram pardos, o que representa 93,56% do total de internações registradas entre crianças e adolescentes no estado do Piauí, de 2014 a 2024. Por outro lado, as demais etnias apresentaram composição racial significativamente menor: brancos (4,93%), pretos (0,71%), amarelos (0,19%), indígenas (0,10%), e 0,50% dos registros não continham informações.

Em relação à raça/cor, indivíduos mestiços foram os mais comumente documentados, provavelmente devido ao alto grau de poluição genética na população do Piauí (Moura et al., 2024a).

Essa distribuição se deve, em parte, à composição demográfica da população do estado, composta majoritariamente por pessoas que se autodeclaram pardas, conforme demonstrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022). No entanto, é importante reconhecer que essa concentração também pode servir como um indicador de disparidades estruturais no acesso aos serviços de saúde, especificamente no que se refere ao diagnóstico e tratamento do câncer. O Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2022) afirma que fatores sociais, econômicos e raciais têm um impacto significativo na qualidade e disponibilidade do tratamento oncológico no Brasil.

Estudos também demonstraram que indivíduos negros, incluindo aqueles que se identificam como pretos ou pardos, enfrentam maiores barreiras para acessar os cuidados de saúde, sendo mais suscetíveis à subcontagem, diagnóstico tardio e menor frequência de encaminhamentos para centros especializados. Esses obstáculos contribuem para a invisibilidade e vulnerabilidade de grupos raciais específicos durante o curso do câncer infantojuvenil (Carvalho et al., 2023).

Os dados apresentados acima não apenas descrevem o perfil epidemiológico da leucemia em crianças e adolescentes no Piauí, mas também sugerem a necessidade de ações intersetoriais que visem à equidade racial em saúde, com foco na ampliação do acesso e na redução da desigualdade.

4 CONCLUSÃO

Esta investigação documentou um total de 4.764 internações por leucemia no Piauí entre 2014 e 2024, com um pico de 521 casos em 2018, o que representa 10,94% do total. O maior número de casos ocorreu na faixa etária de 1 a 9 anos, que compreendeu aproximadamente 63,86% do total, o que está de acordo com o padrão global de leucemia, particularmente a leucemia linfoblástica aguda (LLA), que é mais comum em crianças menores de 9 anos. A análise por sexo demonstrou predominância do sexo masculino, com 58,78% dos casos, o que foi explicado por fatores biológicos, hormonais e genéticos, como a excreção de testosterona e metotrexato, conforme documentado em estudos anteriores.

Em relação à etnia/raça, a maioria das hospitalizações ocorreu entre indivíduos pardos, que representam 93,56% da população do estado. Isso se deve tanto à composição demográfica do estado quanto à falta de acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento eficaz. A literatura sugere que os componentes sociais, econômicos e raciais da população afetam o acesso ao tratamento do câncer, sendo que a população negra tem maior probabilidade de ter dificuldade em receber atendimento especializado. Esses achados reforçam a necessidade de políticas públicas que visem ampliar o acesso à saúde e reduzir as desigualdades raciais e sociais na saúde.

Com base nos achados, recomenda-se o aumento do financiamento público para a melhoria do acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento especializado, especialmente em áreas vulneráveis. Também é importante implementar estratégias intersetoriais que envolvam saúde, educação e serviços sociais, a fim de reduzir as disparidades raciais e socioeconômicas existentes na população piauiense. Além disso, os sistemas de registro e notificação de casos devem ser ampliados, com o objetivo de garantir a precisão dos dados e a continuidade do monitoramento epidemiológico.

É importante reconhecer a falta de informação sobre os tipos de leucemia no sistema DataSUS. Pois, fica difícil traçar o perfil demográfico de acordo com cada classificação da leucemia no Piauí. 

Levando isso em consideração, a pesquisa pode facilitar a transmissão do conhecimento sobre a incidência da leucemia infantil no Piauí. Também pode ser utilizada como plataforma para a criação e o desenvolvimento de políticas públicas que aprimorem o diagnóstico e o tratamento da leucemia. A atualização constante das informações epidemiológicas levará à melhoria da qualidade do atendimento a esses pacientes, o que aumentará a taxa de cura da doença.

Como resultado, este estudo contribui para a criação de um perfil mais detalhado da leucemia infantil no estado do Piauí, fornecendo informações importantes para o desenvolvimento de estratégias de saúde pública que visem prevenir, diagnosticar e tratar a doença, com ênfase na igualdade de acesso à saúde para todas as crianças e adolescentes do estado.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Samira Vieira Santos et al. Perfil Epidemiológico Dos Casos De Leucemia Na Região Do Cariri Do Estado Do Ceará, No Período De 2011 A 2021: Perfil Epidemiológico Dos Casos De Leucemia Na Região Do Cariri Do Estado Do Ceará, No Período De 2011 A 2021.Revista de Epidemiologia e Saúde Pública-RESP, v. 1, n. 3, 2023. Disponível em: https://respcientifica.com.br/index.php/resp/article/view/31. Acesso em 28 abr. 2025.

AZEVEDO, Lucas Henrique Teófilo Caldas et al. Alterações orais da quimioterapia em pacientes infantojuvenis com leucemia linfoide aguda: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de saúde funcional, v. 9, n. 2, p. 133-150, 2021. Disponível em: https://adventista.emnuvens.com.br/RBSF/article/view/1447. Acesso em: 05 fev. 2025.

BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS. Conass Informa n. 103/2024 – Publicada a Portaria SECTICS n. 24 que torna pública a decisão de não incorporar, no âmbito do SUS, o ibrutinibe no tratamento de pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica recidivada ou refratária (LLC RR). 2024 a. Disponível em: https://www.conass.org.br/conass-informa-n-103-2024-publicada-a-portaria-sectics-n-24-quetorna-publica-a-decisao-de-nao-incorporar-no-ambito-do-sistema-unico-de-saude-sus-oibrutinibe-no-tratamento-de-paciente/. Acesso em: 28 abr. 2025.

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2023 b. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa. Acesso em: 28 abr. 2025.

CAMPIGOTTO, Roberto Spadoni et al. Análise epidemiológica das internações por leucemia no Brasil. Periódicos Brasil. Pesquisa Científica, v. 3, n. 1, p. 19-28, 2024. Disponível em: https://periodicosbrasil.emnuvens.com.br/revista/article/view/6/8. Acesso em: 28 abr. 2025.

CANUTO, Carla Helen Oliveira. Estudo epidemiológico de casos de leucemia linfóide aguda no estado de alagoas entre os anos de 2015 a 2020. 2022. Disponível em: http://dspace.unirb.edu.br/xmlui/handle/123456789/549. Acesso em 28 abr. 2025.

CARVALHO, Perla Maria Antão De Alencar et al. Um estudo da prevalência e da caracterização da mortalidade em crianças e adolescentes por leucemia no Nordeste do Brasil. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 3, p. 1437-1456, 2023. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/saude/article/view/9503. Acesso em: 29 abr. 2025.

CARVALHO, Tatiane Maciel et al. Avaliação do “sistema da mastigação” em crianças com leucemia linfóide aguda. Revista Delos, v. 18, n. 65, p. e4262-e4262, 2025. Disponível em: https://ojs.revistadelos.com/ojs/index.php/delos/article/view/4262. Acesso em 28 abr. 2025.

CAVALCANTE, Ana Beatriz Ribeiro; LUNA, Mylena De Lima. Inibidores de tirosina quinases no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)-revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 3, p. e69938-e69938, 2024. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/69938/49380. Acesso em: 28 abr. 2025.

CHIATTONE, C. et al. A Prevenção Deve Ser A Melhor Estratégia Para Enfrentar A Leucemia/Linfoma De Células-T De Adulto Do Projeto T-Cell Brasil. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 44, p. S90-S91, 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S253113792200267X. Acesso em 25.abr.2025.

CORRÊA, K. C. et al. Leucemia Mieloide Crônica Na Infância: Resultado Inicial De Registro Nacional. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 45, p. S186-S187, 2023. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923005795. Acesso em: 10 fev. 2025.

CRUZ, Daniele Carvalho da et al. Perfil epidemiológico dos óbitos por leucemia no Brasil nos anos de 2018 a 2023. Research, Society and Development, v. 13, n. 5, p. e1813545648e1813545648, 2024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45648. Acesso em 25.abr.2025.

DINIZ, A. B. F. et al. Análise Epidemiológica Dos Casos De Internações E Óbitos Por Leucemia No Estado Do Piauí Entre Os Anos De 2019-2023. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 46, p. S362-S363, 2024. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137924009428. Acesso em: 28 abr. 2025.

FONTINELE, Danilo Rafael da Silva et al. Prevenção e diagnóstico do câncer. 2022. Disponível em: https://sistemas2.uespi.br/handle/tede/986. Acesso dia 29.abr. 2025.

FRANCO, Alexis A. et al. Resultados e desafios no tratamento da leucemia mieloide aguda pediátrica: uma análise retrospectiva de pacientes tratados na Fundación Valle del Lili entre 2011 e 2020. Hematologia, Transfusão e Terapia Celular, v. 46, n. 4, p. 420-427, 2024. Disponível em: https://www.scielo.br/j/htct/a/WN7ZDPb7cy4KfmBDYR3DbjH/?lang=en. Acesso em 28 abr. 2025.

FUNKE, V. A. M. et al. Impacto Da Recaída E Perfil Mutacional Na Sobrevida De Pacientes Com Leucemia Mielóide Crônica (Lmc) Expostos A Inibidores De Tirosino Quinase (Itq) E Submetidos A Transplante De Células-Tronco Hematopoiéticas (Tcth): Uma Análise De Longo Prazo. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 46, p. S1034-S1035, 2024. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137924020947. Acesso em: 28 abr. 2025.

GARNIQUE, A. D. M. B. et al. Caracterização Dos Efeitos Antineoplásico De Um Potencial Inibidor Híbrido Para Hdac E Btk Em Leucemia Linfoide Crônica (Llc): Explorando Sinergias Terapêuticas Com Venetoclax. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 45, p. S155-S156, 2023. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923005266. Acesso em 28 abr. 2025.

GARTNER, Rafaela et al. Diagnóstico de leucemia mieloide crônica (LMC) em paciente com COVID-19: relato de caso. 2022. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/232886. Acesso em: 28 abr. 2025.

INCA. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Câncer infantojuvenil. 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-decancer/cancerinfantojuvenil. Acesso em: 28 jan. 2025.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2022: características da população e dos domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/22827-censodemografico-2022.html. Acesso em: 25 abr. 2025.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/inca-lancaa-estimativa-2023-incidencia-de-cancer-nobrasil/#:~:text=S%C3%A3o%20esperados%20704%20mil%20casos,cerca%20de%2070%25 %20da%20incid%C3%AAncia. Acesso em: 29 abr. 2025.

LIMA, Alessandra Dafini Costa; LIMA, Ita Katiana Correia de ; ARAÚJO, João Guilherme Nantes. Os Efeitos De Longo Prazo Da Quimioterapia Em Sobreviventes De Leucemia Infantil. Revista Cedigma, v. 2, n. 2, p. 51-63, 2024. Disponível em: https://revistacedigma.cedigma.com.br/index.php/cedigma/article/view/22. Acesso em 25.abr.2025.

LIMA, Flávia Maria Teixeira. Avaliação Dos Fatores Genéticos E Ambientais Na Predisposição A Leucemia Infantil–Uma Revisão De Literatura. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 11, p. 6574-6589, 2024. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/16320. Acesso dia 29.abr. 2025.

LOPES, Letícia Paula et al. Abordagens do tratamento da leucemia mieloide aguda: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 2, p. 9586-9601, 2022.

MOREIRA, Fabiana Leandro et al. Avaliação dos aspectos citológicos e laboratoriais da leucemia linfoide aguda. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 5, p. e7171-e7171, 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/7171. Acesso em 28 abr. 2025.

MOURA, A. K. O. et al. Prevalência Da Morbidade Hospitalar Por Leucemia No Estado Do Piauí, De 2019 A 2022. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 44, p. S624-S625, 2022 a. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137922011877. Acesso em 28 abr. 2025. 

MOURA, Maria Clara Dos Santos, et al. Perfil Epidemiológico Da Leucemia Na Infância No Estado Do Piauí, De 2013 A 2023. Revista Contemporânea, v. 4, n. 5, p. e4416-e4416, 2024 b. Disponível em: https://ojs.revistacontemporanea.com/ojs/index.php/home/article/view/4416. Acesso em: 10 fev. 2025.

PANIAGO, Samyla Coutinho. SILVA, Sara Raquel Souza. SILVA, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro. Aspectos genéticos envolvidos no prognóstico da leucemia na infância: revisão sistemática. Repositório PUC Goiás. 2022. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/4501. Acesso em: 20 jan. 2025.

RIBEIRO, Alessandro Martins. Prevalência e diagnóstico de pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica no Extremo Sul da Bahia. Diamantina, Brasil. 2023. Disponível em: https://acervo.ufvjm.edu.br/server/api/core/bitstreams/6941032f-88ca-4a46-b209a00d48015dda/content. Acesso em 28 abr. 2025.

SABINO, Eliamara Barroso et al. Capítulo 10 Fatores Que Influenciam O Atraso Do Diagnóstico De Leucemia Em Mulheres Piauienses. LICENÇA CREATIVE COMMONS, 2023.

SANTIAGO, Isabel Cristina De Almeida et al. ID073 Segurança e eficácia das terapias-alvo no tratamento da leucemia linfocítica crônica (LLC): ibrutinibe e venetoclax (monoterapia ou associados à imunoterapia/quimioimunoterapia): Eixo 1: Sustentabilidade Nos Sistemas De Saúde. Jornal De Assistência Farmacêutica E Farmacoeconomia, v. 9, n. s. 1, 2024. Disponível em: https://ojs.jaff.org.br/ojs/index.php/jaff/article/view/887. Acesso em 28 abr. 2025.

SANTOS, M. E. F. D. et al. Aspectos Clínico-Epidemiológicos De Pacientes Entre 1 E 15 Anos Diagnosticados Com Leucemia Linfoblástica Aguda Entre Os Anos De 2013 E 2017 Em Um Hospital Do Interior Da Bahia. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 46, p. S1121, 2024. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S253113792402296X. Acesso em 28 abr. 2025.

SHIMONY, S.; STAHL, M.; STONE, R. M. Leucemia mieloide aguda: atualização de 2023 sobre diagnóstico, estratificação de risco e gestão. American Journal of Hematology, v. 98, n. 3, 13 jan. 2023.

SILVA, Dálete de Souza Coelho et al. Perfil infanto-juvenil e sobrevida de pacientes com leucemia linfóide aguda do semiárido brasileiro. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 3, p. 25085-25093, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/26193. Acesso em: 28 jan. 2025.

SILVA, Isabella Larissa Dos Santos et al. Leucemia linfoide crônica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 24, n. 9, p. e17408-e17408, 2024. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/17408. Acesso em 28 abr. 2025. 

TOPOROSKI, Ana Fabíola de Borba; VARGAS, Emiliana Giusti. Diagnóstico Laboratorial Da Leucemia Linfóide Aguda: Uma Revisão Bibliográfica. Revista de Ciências da SaúdeREVIVA, v. 3, n. 2, p. 129-149, 2024. Disponível em: https://revistas.uceff.edu.br/reviva/article/view/493. Acesso em 28 abr. 2025.


1Acadêmico do Curso de Bacharelado em Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET. E-mail: igcl_@hotmail.com 

2Acadêmico do Curso de Bacharelado em Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET. E-mail: victoriacdmmonteiro@gmail.com 

3Professor do Curso de Bacharelado em Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET, – Residência em Hematologia e Hemoterapia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo. Residência Médica em Pediatria no Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Mestre em Saúde da Mulher. E-mail: dayrton.moreira@gmail.com 

4Professora do Curso de Bacharelado em Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET, – Residência em Medicina da Família – Universidade Federal do Piauí. Mestre em Saúde da Mulher. E-mail: layannecavalcante@hotmail.com 

5Professor do Curso de Bacharelado em Medicina da Faculdade de Tecnologia de Teresina – CET, Farmacêutico – Universidade Federal do Piauí. Mestrado em Farmacologia – Universidade Federal do Piauí E-mail: pss.azevedo@hotmail.com