PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES NO ESTADO DE ALAGOAS DE 2012 A 2022 E SUA RELAÇÃO COM A COBERTURA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA.

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF MORTALITY DUE TO DIABETES COMPLICATIONS IN THE STATE OF ALAGOAS FROM 2012 TO 2022 AND ITS RELATIONSHIP WITH PRIMARY CARE COVERAGE

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11977657


Gabriela Medeiros Nunes Santos¹
Anna Caroline Coimbra de Araújo¹
Paula Thaís Cardoso Menezes ²,¹
Victor Menezes Cardoso²
Andressa Pereira Peixoto Barbosa¹


RESUMO

Objetivo: Identificar a mortalidade ocasionadas pelo Diabetes Mellitus em Alagoas de 2012 a 2022 e as respectivas contribuições da cobertura da Atenção Primária à Saúde.

Método: Estudo epidemiológico, analítico do tipo transversal, utilizando dados extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade, relacionados aos óbitos por complicações da diabetes de 2012 a 2022, e cobertura populacional de Atenção Básica no e-Gestor.

Resultados: Encontrou-se um total de 17.050 óbitos e uma taxa de mortalidade média de 47 óbitos por 100 mil habitantes no período entre 2012 e 2022 em Alagoas. A população analisada foi representada por sua maioria de adultos, com predominância do sexo feminino, casados e maior incidência de casos procedentes da primeira Região de Saúde. Observou-se uma média de 75,4% de cobertura da Atenção Primária à Saúde no estado. Não foi possível indicar piora da mortalidade nas Regiões de Saúde com menor cobertura de saúde, pois os resultados sugerem que a taxa de mortalidade aumenta progressivamente com a idade, e que há divergência de acesso e assistência entre capitais e regiões interiores.

Considerações finais: O fortalecimento da Atenção Primária de Saúde possibilita o diagnóstico precoce da Diabetes e permite realizar intervenções e ações que  reduzem os agravos relacionados às complicações.

Palavras-Chave: Diabetes Mellitus. Complicações do Diabetes. Atenção Primária à Saúde. Acesso à Atenção Primária.  Mortalidade.

ABSTRACT

Objective: Identify mortality within the scope of issues caused by Diabetes Mellitus in the state of Alagoas in the period from 2012 to 2022 and the respective contributions of Primary Health Care, from the perspective of Primary Health Care coverage.

Method: Epidemiological, cross-sectional analytical study, with a time series cut using secondary data extracted from the Mortality Information System (SIM), related to deaths due to complications of diabetes for the years 2012 to 2022. In addition to the estimated population coverage of teams family health (eSF) and Primary Care teams (eAB) in e-Gestor.

Results: A total of 17,050 deaths and an average mortality rate of 47 deaths per 100 thousand inhabitants were found in the period between 2012 and 2022 in Alagoas due to diabetes mellitus, with an average of 1,550 deaths per year. The population analyzed was represented by the majority of adults, with a predominance of females, married people and a higher incidence of cases coming from the first Health Region. An average of 75.4% coverage of Primary Health Care in the state was observed. It was not possible to indicate a worsening of mortality in Health Regions with lower health coverage, as the results suggest that the mortality rate increases progressively with age, and that there is a divergence of access and assistance between capitals and interior regions, which are pronounced and negatively affect the quality of treatment of chronic diseases and consequently their problems.

Considerations: Strengthening Primary Health Care enables the early diagnosis of Diabetes and allows interventions and actions to be carried out that reduce problems related to complications. The results of the present study highlight mortality rates in Alagoas that are higher than those of other research carried out in Brazil, with a tendency for the mortality rate to rise over time, a fact that implies failures in the prevention of this disease at the state level, where weaknesses are perceived. in basic care coverage.

Keywords: Diabetes Mellitus. Diabetes Complications. Primary Health Care. Access to Primary Care. Mortality. Mortalidad.

RESUMEN

Objetivo: Identificar la mortalidad en el ámbito de las problemáticas causadas por la Diabetes Mellitus en el estado de Alagoas en el período de 2012 a 2022 y las respectivas contribuciones de la Atención Primaria de Salud, desde la perspectiva de la cobertura de la Atención Primaria de Salud.

Método: Estudio epidemiológico, analítico de corte transversal, con corte de serie de tiempo utilizando datos secundarios extraídos del Sistema de Información de Mortalidad (SIM), relacionados con las muertes por complicaciones de la diabetes para los años 2012 al 2022. Además de la cobertura poblacional estimada. de equipos de salud de la familia (eSF) y equipos de Atención Primaria (eAB) en e-Gestor.

Resultados: Un total de 17.050 muertes y una tasa media de mortalidad de 47 muertes por 100 mil habitantes se registraron en el período comprendido entre 2012 y 2022 en Alagoas debido a la diabetes mellitus, con un promedio de 1.550 muertes por año. La población analizada estuvo representada por la mayoría de adultos, con predominio del sexo femenino, personas casadas y mayor incidencia de casos provenientes de la primera Región de Salud. Se observó una cobertura promedio de 75,4% de la Atención Primaria de Salud en el estado. No fue posible indicar un empeoramiento de la mortalidad en las Regiones Sanitarias con menor cobertura sanitaria, ya que los resultados sugieren que la tasa de mortalidad aumenta progresivamente con la edad, y que existe una divergencia de acceso y asistencia entre las capitales y las regiones del interior, que son pronunciadas y afectar negativamente la calidad del tratamiento de las enfermedades crónicas y en consecuencia sus problemas.

Considerações finais: El fortalecimiento de la Atención Primaria de Salud posibilita el diagnóstico temprano de la Diabetes y permite realizar intervenciones y acciones que reduzcan los problemas relacionados con las complicaciones. Los resultados del presente estudio resaltan tasas de mortalidad en Alagoas superiores a las de otras investigaciones realizadas en Brasil, con tendencia a que la tasa de mortalidad aumente con el tiempo, hecho que implica fallas en la prevención de esta enfermedad en el estado. nivel donde se perciben debilidades en la cobertura de atención básica.

Palabras clave: Diabetes Mellitus. Complicaciones de la Diabetes. Atención Primaria de Salud. Acceso a Atención Primaria.

  1. INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica e progressiva, com alta prevalência no mundo e, dado seu grande impacto nos riscos à saúde, também se tornou uma das principais causas de morte e incapacidade dos indivíduos. O Brasil não é exceção nesse quesito e, atualmente, é o sexto país do mundo líder em número absoluto de pessoas com diabetes, com 15,7 milhões de pessoas diagnosticadas em 2021 (International Diabetes Federation (IDF), 2021)

O aumento no número de pessoas com diabetes é, particularmente, alarmante no Brasil, devido às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) para gerenciar um problema tão complexo e os diversos tipos de doenças associadas à morbidade. O diagnóstico de diabetes está incluído no rol de Condições Sensíveis à Atenção Primária (CSAP)(Saúde, 2013), definidos como “problemas de saúde atendidos por ações típicas do primeiro nível de atenção e cuja evolução, na falta de atenção oportuna e efetiva, pode exigir a hospitalização”, enfatizando-se, assim, a importância da longitudinalidade no cuidado preventivo e tratamento da patologia pela Atenção Primária de Saúde (APS)(Nedel et al., 2010).

Entre vários fatores de sua gênese, a crescente epidemia de obesidade e sedentarismo contribuem de forma relevante com o desenvolvimento das complicações, associada a multifatores (SBD, 2019). As complicações do diabetes têm sido, tradicionalmente, categorizadas segundo sua fisiopatologia em condições microvasculares (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macrovasculares (doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica)  sendo consequências das complicações crônicas (Figura 1), assim como pode ser afetada por condições agudas devido glicemia elevada ou severamente reduzida, como cetoacidose diabética, estado hiperglicêmico hiperosmolar e hipoglicemia, consideradas vias centrais de morbidade da doença (Gregg et al., 2016; Ministério da Saúde, 2013b).

Figura 1 – Fatores de risco atribuíveis à doença de diabetes com as complicações mais prevalentes.

Fonte: Elaborado pelos autores, adaptado de Duncan et al. (2017).

Doravante, este estudo tem como objetivo identificar a mortalidade por complicações ocasionadas por Diabetes Mellitus em Alagoas, situado na região Nordeste do Brasil, no período de 2012 a 2022, correlacionando o perfil de mortalidade com a situação atual da cobertura da APS no estado.

  1. MÉTODO

Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico do tipo transversal, com um recorte de série temporal utilizando dados secundários relacionados à mortalidade referente a uma década nos anos de 2012 a 2022 em Alagoas. Foram extraídos os dados de óbitos produzidos pela vigilância epidemiológica e registrados no Sistema de Informação da Saúde (SIS-SUS), Ministério da Saúde, e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), compreendendo as causas dos códigos de E10 a E14 da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), onde E10 é Diabetes mellitus insulinodependente; E11 Diabetes mellitus não-insulinodependente; E12 Diabetes mellitus relacionado com a desnutrição; E13 Outros tipos especificados de diabetes mellitus; E14 Diabetes mellitus não especificado. Bem como da cobertura populacional estimada de equipes de saúde da família (eSF) e de equipes de Atenção Básica (eAB) no e-Gestor.

Estes dados, por sua vez, foram tabulados e organizados no programa Excel por meio de gráficos e tabelas que ilustram os números de óbitos e taxa de mortalidade no estado de Alagoas, estratificado por Regiões de Saúde (Figura 1), faixa etária, raça, sexo, estado civil, análise temporal e cobertura da APS. O método do cálculo da taxa de mortalidade específica por diabetes foi realizado pelo quociente entre número de óbitos por diabetes mellitus e a população total residente em Alagoas, multiplicado por 100.000 (RIPSA. Rede Interagencial de Informação para a Saúde, 2008). Realizou-se ainda análise de tendência temporal por meio do modelo de regressão linear simples com nível de significância igual a 5%, considerando taxa de mortalidade como variável dependente (y) e ano como variável independente (x) tabulados no Excel. A variância foi obtida pelo quadrado do desvio padrão amostral (Chein, 2019). Já o coeficiente de variação foi obtido através da razão da média amostral pelo desvio padrão multiplicado por 100. O Intervalo de Confiança (IC) adotado foi igual a 95% calculado através do método de distribuição T de Student.

O sistema de informação do DATASUS e o e-Gestor, constituem-se como plataformas de dados de acesso público, cujas informações estão disponíveis para a sociedade em geral, pesquisadores e especialistas da área da saúde. Tais dados são compilados pelo Ministério da Saúde, garantindo o anonimato dos indivíduos e fornecendo estatísticas populacionais, dispensando, dessa forma, a necessidade de aprovação por parte de um Comitê de Ética em Pesquisa.

Figura 2 – Regiões de Saúde de Alagoas.

Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio – Seplag/AL.

  1. RESULTADO E DISCUSSÃO

Nos últimos anos, tem ocorrido, no Brasil, um processo chamado transição epidemiológica, que por sua vez é uma mudança nos padrões de saúde e doença ao longo do tempo (Borges, 2017). Isso porque, havia um predomínio de doenças infecciosas e parasitárias e atualmente há uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o diabetes (Martins et al., 2021). A descrição do contexto sanitário brasileiro foi evidenciada mediante a Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2020), a qual estimou que 7,7% da população brasileira maiores de 18 anos tinham diagnóstico médico de diabetes em 2019, o equivalente a um contingente de 12,3 milhões de pessoas.

A distribuição espacial da prevalência de DM, nas capitais brasileiras, foi analisada pela pesquisa da Vigitel (VIGITEL, 2021), em que as maiores prevalências de diabetes autorreferida em 2021 ocorreram em Belo Horizonte (11,3%), Rio de Janeiro (10,9%) e Maceió (10,7%). Para os estados, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2024), em 2019 a prevalência de diabetes em Alagoas foi de 7,8%, sendo as maiores no Rio de Janeiro (9,3%), Rio Grande do Norte (8,8%) e Rio Grande do Sul (8,8%).

No que tange ao estado de Alagoas, o presente estudo evidenciou, no período entre 2012 e 2022, um total de 17.050 óbitos em decorrência de complicações causadas pela doença, com média de 1.550 óbitos por ano. A taxa de mortalidade, por sua vez, teve uma variação de 42,29 óbitos/100.000 habitantes, no início do período estudado, a 53,82 óbitos/100.000 habitantes, valor máximo atingido no ano de 2020 (Tabela 1), sendo o coeficiente de variação de 8%.

Enquanto isso, a literatura evidencia que no Brasil, em 2015, o coeficiente de mortalidade por diabetes foi de 26,82 (IC 95% 25,01–28,55)/100 mil para o sexo masculino e 33,18 (IC 95% 31,06–35,23)/100 mil para o sexo feminino(Duncan et al., 2017). De modo geral, nas análises brutas observou-se menor mortalidade na região norte e em estados isolados, como São Paulo e Goiás, entre outras regiões; enquanto maior mortalidade esteve presente na região Nordeste, sendo o estado da Paraíba com o pior índice (Duncan et al., 2017). Consoante com pesquisas (Borges, 2023), a taxa de mortalidade específica (100 mil/habitantes) para o diabetes mellitus no Brasil entre 2014 e 2019 foi de 31,74, configurando-se com maior mortalidade a região Sul com 36,67 seguido do Nordeste com 36,19, sendo as mulheres superiores aos homens quanto à mortalidade avaliado pelo Brasil e regiões.

Foi realizado a análise de regressão linear da taxa de mortalidade de diabetes (Gráfico 1), sendo encontrado uma média amostral de 47 óbitos/100.000 habitantes, com desvio padrão de 3,75, variância amostral de 14,09 e intervalo de confiança (IC) = 95% [43,87; 50,13] e valor-p = 0,05. O coeficiente de determinação (R2) foi de 53% e o coeficiente de correlação linear (r) de 0,73. Esses resultados sugerem que há forte correlação dos dados e uma tendência de elevação da taxa de mortalidade ao longo do tempo, com uma dispersão maior presenciada no período da pandemia da COVID-19 e podendo este ter acrescido mais danos na morbimortalidade do diabetes.

Ante o exposto, a taxa de mortalidade por complicações do diabetes em Alagoas aumentou consideravelmente, o que está de acordo com os dados da literatura do país e demais regiões (Lima e Palmeira, 2024; Silva et al., 2022; Klafke et al., 2014). Destarte, o cenário do estado também é retratado na literatura (Negreiros et al., 2023), em que mostra uma média de 1560 óbitos por complicações do diabetes e coeficiente de variação de 7,6%, no período de 2014-2018, diferindo-se com menores índices comparados aos dados encontrados neste estudo.

Além disso, há um aumento dos agravos relacionados à faixa etária com os respectivos CIDs analisados (Tabela 2), sendo predominante os casos de óbitos nos idosos com idade entre 60 e 79 anos de idade (52%), e dentre estes, por causa de diabetes mellitus não especificados (52,36%) seguido de diabetes não insulinodependente (51,4%). Semelhantemente é observado no estudo sobre mortalidade de DM no Piauí entre 2009 e 2019, em que é possível identificar a predominância de óbitos do código CID E14 (Diabetes Mellitus não especificado), com taxa de 89,2% (Silva et al., 2022).

Tabela 1 – Número de óbitos por complicações do Diabetes Mellitus e taxa de mortalidade por 100 mil habitantes em Alagoas de acordo com cada ano.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do DATASUS e IBGE (2023).

Gráfico 1 – Tendência temporal da taxa de mortalidade por 100 mil habitantes devido a complicações do Diabetes em Alagoas, 2012-2022.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do SIM – DATASUS e IBGE (2023).

Os dados retratam sobre a fragilidade na atenção à saúde da pessoa idosa e na prevenção terciária. Salienta-se que todos os óbitos ocorridos na faixa etária entre 30 e 69 anos são conceituados como mortes prematuras, segundo proposto pela OMS como mortes que ocorrem antes que a expectativa de vida seja alcançada em uma determinada população, considerado como importante ferramenta para avaliar o impacto das DCNT na comunidade (World Health Organization, 2010). A expectativa de vida para o brasileiro em 2022 foi de 75,5 anos.

Tabela 2 – Óbitos declarados por Diabetes Mellitus no estado de Alagoas segundo faixa etária, conforme os códigos CID-10 para o período de 2012-2022.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do DATASUS.

Em conformidade com as informações apresentados na Tabela 2 e 3, os dados conferem as complicações mais expressivas na faixa etária dos idosos (60 em diante), com predomínio entre 70 e 79 anos (28,55%) das faixas etárias analisadas. Isso está atrelado ao fato da coexistência entre as múltiplas comorbidades crônicas (Francisco et al., 2022), ainda que o envelhecimento não seja sinônimo de adoecimento, nos idosos ocorre um aumento da vulnerabilidade clínico-funcional e da predisposição às DCNT. Em estudo na literatura(Francisco et al., 2022), foi realizado um coorte longitudinal e retrospectivo, cujo objetivo era estimar a prevalência e a incidência de DM, e identificar os principais fatores associados à diabetes em 2008/2009 e 2016/2017. Os resultados apontaram prevalências maiores em idosos obesos, visto que também se associava a presença de 2 ou mais doenças crônicas. Foi destacado a importância do combate a obesidade como determinante da doença, tornando imperiosas as intervenções de ações educativas, ampliação dos cuidados, avaliação multiprofissional e o contexto social e familiar na resolução da diabetes.

Na Tabela 2 e 3 consta a população dafaixa etária de menores de 1 ano até entre 20 e 29 anos, representando 11,2% da população analisada, em que se pode inferir que a maioria se dá pela complicação mais comum por DM tipo 1 encontrada nessa faixa etária: a cetoacidose diabética. Exemplo disso é visto nos dados sobre mortalidade por complicações agudas do diabetes em Alagoas no período de 2006 a 2010, em menores de 40 anos de idade, com achados de 6 óbitos e taxa de mortalidade de 0,35 por 100 mil habitantes (Klafke et al., 2014).

Em relação à mortalidade classificada pela raça, a menor porcentagem encontrada foi da população amarela (0,24%) e indígena (0,25%), com maior predomínio da população negra (61,58%). Isso levando em consideração a convenção do IBGE que afirma que negro é quem se autodeclara preto ou pardo, pois população negra é o somatório desses grupos (Oliveira, 2024). Esse fato pode ser justificado pelo acesso desigual a recursos de saúde de qualidade devido ao racismo estrutural, resultando em disparidades na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças crônicas entre grupos raciais e étnicos(Souza, 2021). A raça/cor da pele preta é fator de risco para hipertensão, diabetes e acidente vascular cerebral. Diante disso, as iniquidades socioeconômicas, o racismo estrutural e as diferenças culturais podem resultar em barreiras imediatas e de longo prazo à atenção à saúde adequada para essas populações (Souza, 2021; Werneck, 2016).

Tábela 3 – Óbitos por DM segundo faixa etária, raça, sexo e estado civil em Alagoas, 2012-2022.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do SIM – DATASUS (2023).

Outro fato que chama atenção se dá na quantidade de indivíduos que estão como “ignorados” no quesito raça/cor nos dados do DATASUS. O racismo estrutural também pode ser evidenciado nessa situação, pois se os pesquisadores não considerarem a raça ou etnia dos participantes, podem perder informações importantes sobre como o racismo afeta a saúde de diferentes grupos. O viés inconsciente dos pesquisadores pode levar à sub-representação ou má interpretação dos dados de grupos minoritários, o que pode mascarar as disparidades de saúde causadas pelo racismo estrutural (Werneck, 2016). Também é importante considerar que a falta de diversidade entre os pesquisadores pode levar a lacunas nos tópicos de pesquisa e na interpretação dos resultados. Ligado a essa questão, traz à tona a problemática da falta de atenção no preenchimento dos dados, resultando em subnotificação, principalmente na região Norte e Nordeste (Miranda, 2017).

O levantamento de dados (Tabela 3)revela a predominância de mulheres sobre homens. Um estudo brasileiro anterior (Klafke et al., 2015) também descobriu maior mortalidade devido a todas as complicações do diabetes em mulheres, no qual este diferencial pode apenas refletir em um maior diagnóstico da doença entre mulheres, pois são a parcela da população que mais buscam atendimento médico, o que favorece maior notificação. Sob a perspectiva do estado civil (Tabela 3), a análise demonstrou um maior número da mortalidade entre os casados (26%), seguido dos viúvos (21%) e solteiros (16%). Tais achados se assemelham aos da literatura (Negreiros et al., 2023), que revelou que o maior número de óbitos foi em pessoas casadas, cerca de 39% no Nordeste. Isso pode ser avaliado como maior proporcionalidade de pessoas casadas dentro da maior faixa etária acometida dos adultos. A presença de um companheiro pode influenciar o regime diário de autocuidado dos pacientes, sendo submetidos a maior supervisão e alertados pelo companheiro sobre a necessidade de prestar atenção à sua doença (Zanchetta et al., 2016).

O Gráfico 2 relaciona casos de óbitos por DM nas Regiões de Saúde (RS) de Alagoas, observando-se taxa elevada na 1ª RS, onde está inserida a capital Maceió, seguida pela 7ª RS, 6ª RS, 5ª RS, 3ª RS e 2ª RS. As ações direcionadas aos usuários visando reduzir a mortalidade por DM em Alagoas ainda são escassas, podendo ser afetadas pela heterogeneidade de cobertura da Atenção Básica do estado (75,4%) segundo dados do e-Gestor em dezembro de 2022. Quando correlacionado o número de óbitos com a cobertura da APS (Gráfico 3), evidenciou-se que, em 2020, a 1ª RS conteve 40,15% de cobertura da ESF e 59,14% de cobertura da AB e o maior quantitativo de óbitos do estado, enquanto as demais Regiões de Saúde manteve menores casos e maior cobertura da APS. É sabido que, as cidades com maior população – como a capital Maceió -, exercem maior interferência estatística, sendo que as implicações de sua baixa cobertura têm repercussões na 1ª Região de Saúde e em todo estado. Nas demais Regiões em que se percebe aumento de taxa de mortalidade (Gráfico 4), apesar de altos níveis de cobertura de APS, pontuam-se as dificuldades de acesso a hospitais terciários ou estabelecimentos com estrutura tecnológica mais densa, para que serviços de Urgência e Emergência deem o suporte necessário nas complicações. Por ser Condição Sensível à Atenção Primária, o bom manejo desse agravo na APS evita hospitalizações e mortes por complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, devendo atuar como porta de entrada no sistema de saúde e coordenadora do cuidado (Borges & Lacerda, 2018).

Não obstante, o gráfico 4 representa a realidade desigual da saúde brasileira no que se refere à qualidade assistencial nos níveis de atenção. A estrutura de Atenção Terciária em Saúde em uma capital de estado tende a ser significativamente mais desenvolvida e abrangente em comparação com regiões menos urbanizadas ou áreas rurais (Brasil, 2013). Essa superioridade estrutural tem um impacto profundo no tratamento de doenças crônicas, visto que a combinação de tecnologia avançada, recursos humanos especializados, pesquisa e inovação, além de um sistema de saúde integrado e acessível contribui significativamente para a melhoria dos resultados de saúde dos pacientes com condições crônicas. Ademais, a desigualdade de acesso e assistência nos diferentes níveis de atenção à saúde, fatores sociais, econômicos e ambientais entre capitais e regiões interiores é uma questão crítica que impacta profundamente a qualidade e a eficiência do tratamento de saúde, especialmente no caso de doenças crônicas, como o diabetes. Essa disparidade pode ser atribuída a diversos fatores que variam desde infraestrutura até recursos humanos e financeiros (Marchon & Mendes Junior, 2014).

Gráfico 2 – Número de óbitos por Região de Saúde (RS) em Alagoas por complicações do Diabetes entre 2012-2022.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do SIM – DATASUS (2023).

Gráfico 3 – Número de óbitos por Regiões de Saúde (RS) em Alagoas por complicações do Diabetes em 2020, relacionado à Cobertura da Atenção Primária de Saúde (APS) em 2020.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do SIM – DATASUS e e-Gestor AB.

Gráfico 4 – Taxa deMortalidade por 100 mil habitantes em Regiões de Saúde (RS) em Alagoas por complicações do Diabetes em 2020, relacionado à cobertura da APS em 2020.

Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do SIM – DATASUS e e-Gestor AB.

Estudos foram propostos (Barros et al., 2022) em calcular medianas de variáveis (despesa per capita em APS por habitante coberto, cobertura da APS e taxas de mortalidade e internações por CSAP), sobre a estruturação e a evolução da APS num período entre 2008 e 2019. Em 3.168 municípios houve 100% de cobertura da APS em 2019. A mediana das taxas de mortalidade e internações por CSAP aumentou 0,2% e diminuiu 44,9% respectivamente. Observou-se menor despesa nos municípios com maior privação socioeconômica, e, quanto maior o porte populacional e melhores as condições socioeconômicas dos municípios, menor a cobertura da APS. A revisão integrativa de literatura (Almeida et al., 2011; Rodrigues et al., 2014) menciona as diversas óticas sobre problemáticas na APS e a urgência em fortalecê-la. A escassez de recursos, aliada a disparidade de investimentos entre a atenção especializada e a atenção primária, problemas organizacionais, operacionais e de infraestrutura, falta de estreitamento das relações de confiança entre a equipe de saúde e o paciente, são algumas das problemáticas citadas no estudo.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A população analisada foi representada por adultos, com predominância do sexo feminino, casados, maioria procedentes da 1ª região de saúde, que vieram a apresentar complicações em decorrência do Diabetes. Apesar de poucos estudos sobre o tema, os resultados do presente estudo assemelham-se aos de outras pesquisas realizadas no Brasil, estando de acordo com o perfil das complicações da população. Os resultados sugerem que a taxa de mortalidade aumenta progressivamente com a idade, e que há divergência de acesso e assistência entre capitais e regiões interiores, o qual são pronunciadas e afetam negativamente a qualidade do tratamento de doenças crônicas e consequentemente seus agravos. Superar isto requer um esforço coordenado para melhorar a infraestrutura, atrair e reter profissionais qualificados, assim como garantir que os pacientes em todo o país tenham acesso a cuidados de saúde de alta qualidade em todos os níveis de atenção.

O estudo teve limitações relacionadas à disponibilidade dos dados do SIM-DATASUS, apresentando-se como desafio a impossibilidade de descrever especificamente a mortalidade entre as subcategorias de cada CID-10, e a presença das subnotificações. As sugestões para trabalhos futuros pautam na correlação da temática com a qualidade assistencial e índice de desenvolvimento humano, visto a desigualdade do país.

Em síntese, os diabéticos crônicos geram grande impacto econômico e prejuízos expressivos no contexto de saúde, gastos que poderiam ser redistribuídos à resolução de outras carências em saúde. Pela alta e constante demanda de hospitalização, sequelas incapacitantes, demanda por tratamentos de alto custo e prejuízo global do indivíduo, o diagnóstico precoce da DM é contemplado pelas intervenções e ações inerentes à Atenção Primária, rompendo com esse ciclo. Assim, o verdadeiro cuidado em saúde é espelho de uma população informada e contemplada pela longitudinalidade. Os indicadores de saúde e epidemiologia mais fidedignos também complementam o papel de prevenção e promoção à saúde.

REFERÊNCIAS

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Centro Universitário Cesmac – Maceió (AL), Brasil ¹
Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto (SP), Brasil ²