EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF MATERNAL MORTALITY DUE TO ECLAMPSIA IN BRAZIL BETWEEN 2011 TO 2021
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10072784
Anna Beatriz Alencar Vieira¹
Amanda Moura Nascimento¹
Evelen Tavares Raulino Fernandes¹
Patrícia Galdino de Andrade²
RESUMO
O objetivo geral desse estudo consiste em investigar o perfil epidemiológico da mortalidade materna por eclâmpsia no Brasil. Trata-se de um estudo documental, de caráter qualitativo e exploratório, onde buscou-se informações sobre a incidência epidemiológica de casos de mulheres com eclâmpsia no Brasil, por meio de consulta realizada no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2011 a 2021. Verificou-se nos dados coletados na plataforma DATASUS que mulheres com faixa etária entre 30-39 anos, de etnia parda, solteiras, nordestinas e com uma média de nível de escolaridade entre 8-11 anos, são as que mais registraram casos de eclâmpsia no país nesse período. Dessa forma, concluiu-se que o cuidado durante a gestação é uma das melhores formas de se prevenir o desenvolvimento da eclâmpsia, ou nos casos onde a mesma é inevitável, o acompanhamento médico adequado pode ajudar a controlar o caso, para que o mesmo não venha afetar a saúde e a vida da mãe e do bebê durante, ou após a gestação.
Palavras-chave: Eclâmpsia. Mortalidade materna. Perfil epidemiológico. Pré-eclâmpsia.
ABSTRACT
The general objective of this study is to investigate the epidemiological profile of maternal mortality due to eclampsia in Brazil. This is a documentary study, of a qualitative and exploratory nature, which sought information on the epidemiological incidence of cases of women with eclampsia in Brazil, through a consultation carried out at the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS), in the period from 2011 to 2021. It was verified in the data collected on the DATASUS platform that women aged between 30-39 years, of mixed ethnicity, single, from the Northeast and with an average level of education between 8-11 years, are the which registered the most cases of eclampsia in the country during this period. Therefore, it was concluded that care during pregnancy is one of the best ways to prevent the development of eclampsia, or in cases where it is unavoidable, adequate medical monitoring can help control the case, so that it does not occur. may affect the health and life of the mother and baby during or after pregnancy.
Keywords: Eclampsia. Maternal mortality. Epidemiological profile. Pre eclampsia.
1. INTRODUÇÃO
A saúde da mulher é um campo abrangente que engloba uma ampla gama de questões relacionadas à saúde sexual, reprodutiva, abarcando também aspectos físicos, emocionais e sociais. Ela é relevante desde a fase da puberdade até a menopausa, desempenhando um papel fundamental no bem-estar ao longo de toda a vida das mulheres (LEAL et al., 2018). É crucial que todas as áreas envolvidas na promoção da saúde e no cuidado da mulher estejam atentas à implementação de ações voltadas para a preservação desse bem tão precioso.
Diversos tópicos de grande importância estão relacionados à saúde reprodutiva das mulheres. Esses temas abrangem uma variedade de aspectos que merecem atenção e cuidado especial. Alguns desses tópicos incluem a puberdade e o desenvolvimento sexual, a gravidez e o parto, a infertilidade, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a saúde menstrual e sexual, a menopausa, o câncer ginecológico, a saúde mental, o planejamento familiar e as políticas de acesso a serviços de saúde pública (PAIXAO et al., 2022).
Por isso, garantir que todas as mulheres tenham acesso a serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua condição socioeconômica, é essencial para promover a igualdade de gênero e o bem-estar. Em resumo, a saúde da mulher é um tema complexo e multidimensional que merece atenção constante e cuidado. É através do reconhecimento e da abordagem abrangente de todos esses aspectos que podemos garantir o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres em todas as fases de suas vidas (MENEZES et al., 2021).
A mortalidade materna é uma preocupação crítica em saúde pública, e a eclâmpsia, uma complicação grave da pré-eclâmpsia durante a gravidez, tem sido uma das principais causas de morte materna no Brasil. A eclâmpsia é uma condição rara, mas potencialmente fatal, caracterizada por convulsões que podem ocorrer durante a gravidez ou após o parto (ARAÚJO et al., 2021).
Esse fenômeno está associado a pré-eclâmpsia, uma condição de hipertensão induzida pela gravidez. Quando não tratada adequadamente, a pré-eclâmpsia pode progredir para a eclâmpsia, representando uma ameaça séria à saúde materna. Estudos apontam que nos últimos anos, as taxas de mortalidade materna por eclâmpsia no Brasil tiveram flutuações notáveis. Em 2011, por exemplo, a taxa foi registrada em 20% nascidos vivos. No entanto, esses números variaram ao longo dos anos podendo ser maior essa incidência (SILVA et al., 2022).
Essas oscilações podem ser atribuídas a diversos fatores, incluindo variações na qualidade dos serviços de saúde em diferentes regiões do país e desigualdades no acesso aos cuidados pré-natais. Vários fatores de risco estão associados à eclâmpsia, incluindo hipertensão pré-existente, pré-eclâmpsia não controlada, idade avançada da mãe, primeira gravidez e histórico familiar da condição, entre outros aspectos característicos (MAI; KRATZER; MARTINS,2021).
Além disso, os determinantes sociais desempenham um papel significativo, com mulheres em situações socioeconômicas desfavoráveis enfrentando um risco maior de complicações de saúde materna. Para enfrentar esse desafio persistente, é crucial investir em estratégias de prevenção e intervenção. Isso engloba melhorar o acesso a cuidados pré-natais de qualidade, aumentar a conscientização sobre a pré-eclâmpsia e garantir a disponibilidade de instalações médicas de emergência (CERILO-FILHO et al., 2023).
Sobre essa temática, a questão norteadora desse estudo buscar verificar: Quais as evidências sobre o perfil epidemiológico da mortalidade materna por eclâmpsia?
O objetivo geral desse estudo consiste em investigar o perfil epidemiológico da mortalidade materna por eclâmpsia, no Brasil, entre 2011 a 2021. Os objetivos específicos concentram-se em explorar como a equidade de gênero e a igualdade de acesso a serviços de saúde desempenham um papel na prevenção da eclâmpsia e na promoção da saúde materna; examinar as variações nas taxas de mortalidade por eclâmpsia ao longo dos anos para identificar tendências significativas; e, observar as particularidades da população alvo para o planejamento de costumes educativos como o processo de intervenção de enfermagem.
Considera-se essa temática relevante, tanto do ponto de vista acadêmico/científico quanto do ponto de vista social, uma vez que o planejamento familiar precisa ser melhor discutido nas pesquisas acadêmicas, mas também com a população, especialmente no que tange à saúde da mulher. Nessa perspectiva, acredita-se que pesquisas com essa temática contribuem para a ampliação do entendimento do tema e melhoria da assistência na prevenção da mortalidade da mulher.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Esta pesquisa foi realizada por meio de uma pesquisa documental, de caráter qualitativo e exploratório, onde buscou-se informações sobre a incidência epidemiológica de casos de mulheres com eclâmpsia no Brasil, por meio de consulta realizada no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A pesquisa nessa plataforma de saúde ocorreu nos meses de agosto a setembro de 2023.
A busca de dados ocorreu de forma exploratória, buscando dados sobre os casos de eclâmpsia em mulheres em todas as regiões do Brasil no período de 2011 a 2021. Nessa busca, intencionou-se identificar não somente o número de casos registrados, mas também dados secundários como idade das mulheres, nível de escolaridade, estado civil e etnia, para fins de reflexões e discussões complementares.
Para embasamento teórico do estudo, e das discussões dos dados coletados no DATASUS, realizou-se também uma pesquisa bibliográfica, buscando informações sobre o assunto em artigos, monografias e dissertações. Dessa forma, os materiais analisados foram selecionados por meio de um levantamento que ocorreu em sites de pesquisa acadêmica como BVS, Scielo e Lilacs, dando preferência a estudos mais recentes, publicados nos últimos 5 anos (2018-2023).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mediante a busca de dados epidemiológicos sobre a mortalidade das mulheres em casos de eclâmpsia, realizada no site DATASUS no mês de agosto e setembro de 2023, verificou-se que o perfil epidemiológico entre o período de 2011 a 2021, foram registrados, na totalidade 1.693 óbitos por eclâmpsia no Brasil.
Em relação a análise desses casos em cada uma das regiões brasileiras, a região nordeste obteve maior número de casos, com 697 óbitos (41%), seguida pela região sudeste, com 430 óbitos (26%), região norte, com 345 óbitos (20%), região centro-oeste, com 117 óbitos (7%) e região sul, com 104 óbitos (6%), conforme ilustra a Figura 1 a seguir.
Figura 1 – Casos de eclâmpsia no Brasil (2011-2021) por região
Fonte: DATASUS (2023).
Como verifica-se nos dados acima, a região nordeste apresenta uma quantidade muito alta de casos nesta faixa de tempo investigada na pesquisa. Muitas vezes relacionam essa questão com a simplicidade das pessoas nessa região, principalmente as de classes sociais mais baixas, onde possuem poucas informações sobre o pré-natal, e por isso desconhecem as causas e sinais da pré-eclâmpsia.
Uma vez que a pré-eclâmpsia é uma condição de saúde grave, e que pode ocorrer durante a gravidez. A mesma é caracterizada por pressão arterial elevada e danos aos órgãos, como o fígado e os rins, e embora não seja possível evitar completamente a pré-eclâmpsia, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco ou detectar precocemente a condição (GOMES et al., 2020).
E nesse caso, Guida et al. (2022) considera que uma das maneiras de se identificar preventivamente possíveis casos de eclâmpsia que venha se desenvolver, é a realização do acompanhamento pré-natal regular. O cuidado pré-natal regular é fundamental para monitorar a saúde da mãe e do feto durante a gravidez, e os profissionais de saúde podem monitorar a pressão arterial, realizar exames de sangue e urina e verificar outros sinais de pré-eclâmpsia.
É interessante destacar que essa questão da importância do pré-natal não é de exclusividade apenas das mulheres do nordeste, e que esta deve ser uma prática eficiente em todo o país. Apenas enfatiza-se nesse estudo que, devido as mulheres nordestinas apresentarem mais casos no país dessa doença, essa questão pode estar relacionada a falta de acompanhamento da gravidez e da sua saúde de forma eficiente, visto que nessa região do Brasil existem muitos casos de pessoas menos instruídas sobre a causa.
Em relação a faixa etária das mulheres acometidas por eclâmpsia nesse período investigado, verificou-se que a faixa de idade mais cometida por eclâmpsia foi entre 30 a 39 anos, com 647 óbitos (38%), seguida de 20 a 29 anos, com 602 casos (36%), de 15 a 19 anos, com 285 óbitos (17%), 40 a 49 anos, com 137 óbitos (8%) e outros, com 22 óbitos (1%), conforme aponta a Figura 2 a seguir.
Figura 2 – Faixa etária de mulheres acometidas por eclâmpsia no Brasil (2011-2021)
Fonte: DATASUS (2023).
Verificou-se nos dados do gráfico acima que as mulheres em uma idade mais madura, são as que podem ser mais acometidas da eclâmpsia. Estudos apontam que a idade mais madura das mulheres está associada a uma vida mais agitada de grandes responsabilidades, como uma família, trabalho, estudos, entre outros fatores que fazem com que essas mulheres estejam mais sobrecarregadas de afazeres e cuidem menos da sua saúde (GOMES et al., 2020).
O estresse por exemplo, pode desempenhar um papel de influência na pré-eclâmpsia, e por isso as práticas de relaxamento, como meditação e ioga, podem ajudar a reduzir o estresse. Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é importante durante a gravidez, o que inclui uma ingestão adequada de cálcio, proteínas, ferro, ácido fólico e outros nutrientes essenciais para as grávidas no período gestacional, e, portanto, ajudam em sua fase da vida mais agitada a manter os desequilíbrios que a idade pode gerar (MACHADO et al., 2020).
Outra questão que influencia nas mulheres a desenvolverem eclâmpsia é o sobrepeso. E o controle de peso é justamente uma das dificuldades que as mulheres mais maduras possuem, devido a desaceleração natural do metabolismo. Por isso, manter um peso saudável antes e durante a gravidez pode ajudar a reduzir o risco de pré-eclâmpsia, devendo o ganho de peso durante a gravidez deve ser monitorado e controlado de acordo com as recomendações médicas (GUIDA et al., 2022).
As doenças crônicas também são fatores que podem desencadear a eclâmpsia, e em geral são mais presentes em mulheres de faixas etárias mais altas, o que pode ser facilmente associado as mulheres na faixa dos 30 a 39 anos de idade desenvolverem mais casos de eclâmpsia no Brasil, neste período investigado. Por isso, que observa-se em geral nas consultas de pré-natal de mulheres dessa faixa etária, que os médicos fazem um acompanhamento mais afundo de possíveis doenças crônicas para controle das mesmas e promoção da qualidade da gestão (SARMENTO et al., 2020).
Sobre a escolaridade das mulheres, a Figura 3 a seguir, expõe dados que demonstram que as mulheres investigadas na pesquisa do DATASUS, possuem em média de 8 a 11 anos de estudo, com 622 óbitos (37%), seguida pelo de 4 a 7 anos de estudo, com 433 óbitos (26%), e com dados de escolaridade ignorado, com 275 óbitos (16%). Outras possuem de 1 a 3 anos de estudo com 169 óbitos (10%), e de 12 anos e mais, com 144 óbitos (8%) e nenhuma escolaridade com 50 óbitos (3%).
Figura 3 – Níveis de escolaridade de mulheres acometidas por eclâmpsia no Brasil (2011-2021)
Fonte: DATASUS (2023).
No caso dos dados da questão acima, verifica-se que as variações escolares são muitas, e que as mulheres que registraram mais dados positivos para eclâmpsia nessa pesquisa, possuem nível de escolaridade razoável ou baixo, considerando que para que a pessoa conclua toda a educação básica no Brasil, leva-se cerca de 12 anos em média, do ensino fundamental ao ensino médio.
Assim, como foi comentado na questão da região nordeste do país, a questão da escolaridade também é similar em relação as mulheres terem menos instruções sobre observar melhor os sinais de sua saúde, conhecer bem o seu corpo e identificar possíveis ocorrências que possam desencadear a casos de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Estudos demonstram que as pessoas menos instruídas podem ser mais acometidas por doenças, por não conheceram os sinais ou por não buscarem orientação médica adequada (MACHADO et al., 2020).
Em relação ao estado civil das mulheres com eclâmpsia, no período de 2011 a 2021 o Brasil registrou um número de 734 mulheres solteiras (43%) que sofreram essa doença, 467 eram casadas (28%), 302 classificadas como “outros” (18%), 158 referiram-se estado civil ignorado (9%), 23 eram separados judicialmente (1%) e 9 se classificadas como viúva (1%), conforme aponta a Figura 4 a seguir.
Figura 4 – Estado civil de mulheres acometidas por eclâmpsia no Brasil (2011-2021)
Fonte: DATASUS (2023).
Como observa-se nos dados acima, o estado civil das mulheres é entre solteiras (maioria) e casadas, sendo o restante percentuais mais baixos como já foi comentado. Dessa forma, acredita-se que essa situação ligada a eclâmpsia deve-se ao fato de que as mulheres solteiras não possuem ajuda do companheiro nas consultas e exames de pré-natal, o que as deixa sobrecarregadas, podendo essa situação prejudicar sua saúde gestacional.
Nessa perspectiva, é possível considerar que as mulheres que passam por uma gestação sozinhas, possuem muitas responsabilidades, nas quais podem implicar em casos de ansiedade, depressão, e outras doenças associadas, que podem ser fatores de risco para a ocorrência de casos de eclâmpsia. Por isso, é necessário incentivar sempre a participação dos familiares na gestação para que a mulher seja melhor cuidada e acompanhada nessa fase da sua vida (SARMENTO et al., 2020).
No que se refere a etnia, os dados coletados na plataforma DATASUS, registram que no período investigado (2011-2021), no Brasil, 959 (57%) das mulheres que sofreram eclâmpsia eram pardas, 417 (25%) eram brancas, 205 (12%) eram pretas, 65 (4%) ignoraram essa informação, 40 (2%) eram indígenas e 7 (0%) eram amarelas, de acordo com as informações expostas na Figura 5 a seguir.
Figura 5 – Etnia de mulheres acometidas por eclâmpsia no Brasil (2011-2021)
Fonte: DATASUS (2023).
A etnia também pode ser um fator a se considerar nessa avaliação sobre as possibilidades e fatores que podem desencadear casos de eclâmpsia nas mulheres. Na data investigada nessa pesquisa, as mulheres de etnia parda foram as que mais foram registrados os seus casos de eclâmpsia no Brasil. No entanto, a etnia isoladamente não caracteriza uma questão de pré-disposição ao desenvolvimento da eclâmpsia, mas sim esse fator associado a outros, como classe social, faixa etárias, e outros comentados nesse estudo.
Por esse motivo, as pesquisas científicas apontam a necessidade de as mulheres frequentarem o pré-natal corretamente, informando sempre seu médico sobre qualquer histórico familiar de pré-eclâmpsia ou outras complicações da gravidez, pois isso pode influenciar o risco. Isso ajuda o médico a nortear o acompanhamento das pacientes, tendo sempre um alerta sobre a situação de saúde de cada uma delas (MEDEIROS et al., 2020).
No entanto, como observou-se nos dados coletados, a pré-eclâmpsia pode ocorrer mesmo em mulheres que sigam todas as diretrizes de prevenção, e por isso o acompanhamento médico é fundamental. Se forem identificados sintomas de pré-eclâmpsia, como pressão arterial elevada, inchaço repentino, dor de cabeça persistente ou alterações na visão, é importante procurar atendimento médico imediatamente, pois essa condição requer tratamento adequado para proteger a saúde da mãe e do bebê (MEDEIROS et al., 2020).
6. CONCLUSÃO
Essa pesquisa teve como objetivo investigar o perfil epidemiológico da mortalidade materna por eclâmpsia, no Brasil, entre 2011 a 2021, por meio da coleta de dados na plataforma DATASUS. Considera-se que esse objetivo foi alcançado, visto que encontrou-se na plataforma os dados buscados, e os mesmos foram úteis para apoiar as discussões realizadas nessa pesquisa sobre o tema em questão.
Sobre a eclâmpsia, verificou-se na pesquisa que é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, uma condição que afeta algumas mulheres grávidas. Ela é caracterizada por convulsões, geralmente acompanhadas de hipertensão arterial e danos aos órgãos, sendo esta, uma doença de emergência médica que requer atenção imediata para proteger tanto a mãe quanto o feto.
Em relação aos dados coletados na plataforma DATASUS, é possível realizar um recorte nos mesmos, apontando que a pesquisa realizada pode considerar que no período investigado, mulheres com faixa etária entre 30-39 anos, de etnia parda, solteiras, nordestinas e com uma média de nível de escolaridade entre 8-11 anos, são as que mais registraram casos de eclâmpsia no país.
Esses dados servem de alerta para as mulheres que se enquadram nesses fatores. Dessa forma, concluiu-se que o cuidado durante a gestação é uma das melhores formas de se prevenir o desenvolvimento da eclâmpsia, ou nos casos onde a mesma é inevitável, o acompanhamento adequado com a equipe de enfermagem pode ajudar a controlar o caso, por meio de um pré-natal diligente, a enfermagem desempenha um papel vital na prevenção e no controle da eclâmpsia, para que o mesmo não venha afetar a saúde e a vida da mãe e do bebê durante, ou após o período gestacional.
REFERÊNCIAS
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¹Bacharel em Enfermagem, pelo Curso de Enfermagem da Faculdade LS.
²Orientadora: Profa. Patrícia Galdino de Andrade.