REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.6639534
Autores:
Lori Josefa Roden Verza¹; Polyana Primaz²; Jacqueline Ramos da Silva³; Silviane Galvan Pereira4.
Coordenadora:
Beatriz Tres.
RESUMO
Introdução: Com manifestações tardias, o câncer desenvolve-se silenciosamente necessitando de realização de exames rotineiros com intenção de detectar alguma anomalia no corpo. Sendo que a prática da atividade de preservação da saúde não é realizada pela maioria da população, procurando assistência quando o este já está instalado. Com a finalidade de detectar qualquer alteração celular no colo uterino, o exame citopatológico conhecido popularmente como Papanicolau, também chamado de esfregaço cérvico vaginal e colpo citologia oncótica cervical, é o exame que diagnostica lesões precursoras do câncer de colo de útero. O rastreamento é capaz de ser também fonte importante na determinação do risco de câncer cervical resultante de exames complementares, principalmente em idosas. Objetivo: Identificar o perfil das idosas que coletaram o exame citopatológico no último triênio na Estratégia de Saúde da Família do Posto Panorama do município de São Miguel do Iguaçu. Método: estudo descritivo quantitativo caracterizado como estudo documental. Foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde no município de São Miguel do Iguaçu, estado do Paraná. Resultado: Foram coletados no triênio um total de 82 preventivos, sendo 53,65% coletaram apenas 1 vez, 31,70% 2 vezes e 14,65% os 3 anos seguidos. Obtendo resultado com alteração citopatológica significante para Câncer de colo uterino em 1,63%. Conclusão: Conforme os resultados identificados é possível evidenciar a falta de adesão das idosas da unidade de saúde na procura em realizar exames preventivos visto que os dados são preocupantes, encorajar as idosas na busca por ajuda em se prevenirem deve partir da assistência de profissional de saúde em campanhas junto as famílias para conscientização e apoio emocional.
PALAVRA-CHAVE: Gestão de qualidade. Papanicolau. Idoso. Enfermagem em Saúde Comunitária.
1. INTRODUÇÃO
O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) tem o objetivo de garantir os direitos a pessoa idosa, com idade igual ou superior a 60 anos (MS, 2003).
Com manifestações tardias, o câncer desenvolve-se silenciosamente necessitando de realização de exames rotineiros com intenção de detectar alguma anomalia no corpo. Sendo que a prática da atividade de preservação da saúde não é realizada pela maioria da população, procurando assistência quando este já está instalado (SILVA, 2019).
Mundialmente, o câncer do colo uterino ocupa a sétima posição, encontrando-se na quarta posição do tipo mais comum na população feminina. Incidência de 500 mil anualmente, sendo responsável por 265 mortes ano, tornando-se a quarta causa de óbito por câncer no mundo em mulheres, terceira posição no Brasil, descartando pele não melanoma (INCA, 2018).
O Papiloma Vírus Humano (HPV) como importante fator de risco para o câncer de colo de útero subdivide-se em mais de 200 tipos, entre eles, quatro sorotipos em maior ocorrência para o desenvolvimento do câncer cervical: 6, 11, 16, 18, sendo 16 e 18 os tipos oncogênicos transmitidos por via sexual ou outras vias de transmissão (OLIVEIRA, 2018).
Em 1998, o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Combate ao Câncer (CA) de colo de Útero, através da Portaria GM/MS 3040/9810 para mobilização e captação das mulheres. Depois de alguns anos estas ações foram transferidas para o Instituto Nacional do Câncer (Portaria GM/MS nº 788/99) e criação do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SIS – COLO) (SILVA et al., 2019).
Com a finalidade de detectar qualquer alteração celular no colo uterino, o exame citopatológico conhecido popularmente como Papanicolau, também chamado de esfregaço cérvico vaginal e colpocitologia oncótica cervical, é o exame que diagnostica lesões precursoras do câncer de colo de útero (SILVA et al., 2019).
O exame Papanicolau, recebe esse nome em homenagem ao patologista George Papanicolau que no início deste século, precisamente em 1943, descobriu o método do esfregaço. Sendo usado no Brasil tanto na Estratégia da Saúde pública, como no particular, para rastreio das alterações cervicais (HPV), reduzindo o número de óbitos por essa doença (BRASIL, 2016; INCA, 2018).
Segundo o Ministério da Saúde (MS), após o início da atividade de vida sexual todas as mulheres aos 25 anos devem iniciar a rastreamento anualmente, tendo resultados de dois exames consecutivos negativos, o intervalo entre os exames poderá ser de três anos até atingir a longevidade (SILVA et al., 2019).
O rastreamento é capaz de ser também fonte importante na determinação do risco de câncer cervical resultante de exames complementares, principalmente em idosas (WANG et al., 2019).
O objetivo do estudo é identificar o perfil das idosas que coletaram o exame citopatológico no último triênio na Estratégia de Saúde da Família do Posto Panorama do município de São Miguel do Iguaçu.
- METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo quantitativo caracterizado como estudo documental.
O estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de São Miguel do Iguaçu, estado do Paraná. No censo do IBGE de 2010, a população do município era de 25.769 pessoas, com uma estimativa para 2021 de 27.696 pessoas. A população atual indicada pelo IBGE é de 27.401 pessoas.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Panorama localiza-se na Rua Euclides da Cunha n°2000, Bairro Panorama, se distingue por apresentar uma população crescente oriunda de outros municípios principalmente de Foz do Iguaçu e do País vizinho Paraguai, destacando uma diversidade socioeconômica muito marcante, a qual se subdivide em duas estratégias de saúde, sendo Santo Antônio, com uma unidade descentralizada na comunidade de Santa Rita que atende a população de uma determinada região do interior do município, assentados e do acampamento e a unidade de estratégia Manoel Nicolau Bauer atendendo a população do Bairro e região de invasões beira rio.
A comunidade do bairro Panorama, local onde está situada a referida UBS, conta com a instalação do Parque Industrial, comércio, Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), escola, faculdade, área de lazer para comunidade, Igreja e salão comunitário, bem como salão de festas para eventos.
A população do referido estudo foi constituída de idosas de 60 anos e mais de idade que coletaram o exame de citopatológico no período de 2019 a 2021 nas ESFs Santo Antônio e Manoel Nicolau Bauer do município de São Miguel do Iguaçu.
Para critérios de inclusão foram verificados os registros das mulheres pertencentes a Unidade de Saúde Panorama, com cadastro atualizado, moradoras no município a mais de 6 meses, com idade igual ou superior a 60 anos para observar o perfil dos exames citopatológico coletados.
Como critérios de exclusão foram considerados os registros incompletos ou com rasuras, usuárias que não completaram 60 anos de idade, que residem a menos de 6 meses no município e exames com resultados de coletas incompletas por falta de material.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado (Apêndice A), sendo os itens de caracterização, dados sociodemográficos a serem obtidos no prontuário da paciente. E como Instrumento de pesquisa o Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem: PAPANICOLAU: razões para as mulheres não buscarem o resultado deste exame; de Michele Fernandes Andrade Silva da Universidade Federal de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2010.
O presente estudo examinou as variáveis utilizando os dados de registro de requisição para a coleta de material citopatológico registrados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) com os indicadores específicos, I- Idade, II- Paridade, III- Uso de anticoncepcional (qual e quanto tempo de uso), IV- Idade a menarca, V- Menopausa, VI- Gestação (partos, abortos). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) sob o parecer 54035421.5.0000.0107.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontradas 228 idosas, dentre essas apenas foram analisados dados dos prontuários de 61 idosas (26,75%) das quais no último triênio realizou a coleta do exame, da Unidade de Saúde Panorama. Observando os dados, 51 mulheres têm entre 60 a 70 anos, um percentual de 83,60%, 9 mulheres têm entre 71 a 80 anos (14,77%) e uma mulher tem 85 anos (1,63%). Predominando a raça branca (80,34%).
Segundo a pesquisa, 31,14% das mulheres tiveram sua menarca entre os 10 a 12 anos, 59,01% tiveram entre os 13 a 15 anos, 9,85% entre os 16 e 18 anos. E quanto a menopausa, 31,14% das idosas, tiveram sua menopausa entre os 35 a 45 anos; 60,67% entre os 46 a 55 anos e 8,19%, entre os 56 a 65 anos.
A menopausa é o processo de esgotamento dos ovários que tem início na vida intrauterina quando determina o término das atividades foliculares, estudos demonstram que é considerada precoce ao ocorrer antes dos 40 anos, trazendo alterações metabólicas importantes e um aumento no tecido adiposo em até 20% na circunferência abdominal (88 cm) desenvolvendo cardiopatias, hipertensão, obesidades (FONSCECA et al., 2020).
Em estudo realizado por Muka et al (2016) com 9.522 mulheres de todas as regiões do Brasil sobre a idade em que iniciou a menopausa. Destas destacamos 1.470 da região Norte (15,4%), outras 2.734 da região Nordeste (28,7%), região Sudeste com 2.726 (28,6%), da região Sul 1.464 (15,4%), sendo do Centro-Oeste 1.128 (11,8%). Destacando que nas regiões Norte e CentroOeste foi identificado que as mulheres tiveram uma menopausa precoce entre 45 e 49 anos (34,1% e 31,8% de amostra); nas outras regiões a menopausa teve seu início entre 50 e 54 anos destacando região Sudeste 36,0%, região Nordeste 34,8% e região Sul 33,9%.
Segundo Gold (2011) nos países em desenvolvimento a média de idade da menopausa natural é de 50 a 52 anos, diferente dos países com renda baixa que elas entram na menopausa aos 48 anos (MACEDO et al., 2021).
Antes do início da menopausa a mulher passa por um período chamado de climatério que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma fase biológica da vida de uma mulher e não uma doença, este compreende a passagem entre o período reprodutivo e o período não reprodutivo, muitas conseguem passar por ela sem queixas ou medicamentos. Já outras apresentam uma diversidade de sintomas com diferentes intensidades. (BRASIL, 2003).
A menopausa só é diagnosticada após passados 12 meses da última data do ciclo menstrual e geralmente isto ocorre entre os 40 – 45 anos de idade, no Brasil a idade mediana é de 51,2. E está é tida como tardia quando acontece após os 55 anos de idade (ALVES, 2015).
Dentre as idosas, 83,60% tiveram entre 0 a 5 filhos; 13,11%, de 6 a 10 filhos e 3,29%, 11 filhos ou mais. Destas 68,97% dos filhos nasceram de parto normal, 18,16% de cesárea, e 12,87% tiveram abortos.
Parto define-se como o método em que o feto deixa o útero para o meio esterno, sendo normal quando a mulher passa por um período de dores fisiológicas, e consegue o auge no momento da passagem do canal de parto, ambos encontram-se em boas condições. Antigamente o parto natural eram feitos por via das chamadas “parteiras” estas vinham até a gestante para realizálo quando as contrações já tinham tido início. Após alguns anos o parto teve a intervenção da medicina e esse passou do natural para as cesarianas, feitas por médicos em hospitais, onde a modalidade teve um grande crescimento na mortalidade de puérperas e neonatos, diante do alto número de mortalidade começou-se a repensar o parto cesariana (LEISTER et al., 2013).
De acordo com Zanardo et al., (2017) o recomendado pela OMS é 10 a 15 % de cesárias, vindo em contra ao estudo de 23.940 puérperas de várias regiões do país onde analisou que 56,8% das obstetrizes apresentavam risco habitual de parto, ou seja, sem necessidade de procedimento cesariano, mas que em 45,5% realizou-se cesárea; 54,5% parto normal sendo que destes somente 5,6% sem nenhuma intervenção (LEAL et al., 2014).
No estudo Fecundidade e Dinâmica da População Brasileira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), podemos ressaltar alguns dados sobre a fecundidade e porcentagem de filhos por mulheres, na região Sul que era em 1960 de 6,01 para 1,66 em 2010; região Sudeste em 1940 de 5,98 para 1,67 em 2010; região Centro-Oeste em 1950 de 6,8 para 1,82 em 2010; região Nordeste em 1950 de 7,4 para 1,92 em 2010; região Norte em 1960 de 8,33 para 2,34 em 2010. Neste estudo observa-se também que predomina a raça preta, baixa ou nenhuma escolaridade e serem da zona rural por ter número maior de filhos. Em uma estatística do Censo de 2010 nos relata uma pesquisa com indígenas rural de 4,96 e para indígenas urbanos 2,73 (UNFPA, 2019).
Numa revisão de UN Population Prospects, 2017 (Perspectivas Populacionais da ONU) destaca neste presente estudo taxas de filhos por mulheres no Continente. O Brasil apresenta uma taxa de 1,8; América latina <= 2,5; América do Norte 1,9; Oceania 2,4; Europa Oriental 1,6; Europa Ocidental 1,7.
Sobre o uso de anticoncepcional, 62,30% usaram algum tipo de anticoncepcional e 37,70% nunca usaram.
Um estudo feito na Faculdade de medicina de Olinda apresentou que 58% de 212 mulheres não usavam anticoncepcional oral e 42% usavam (CABRAL et al., 2018).
Nos relatos da Organização Mundial da Saúde (OMS), (1985) o uso de anticoncepcional por muitos anos pode aumentar o risco de câncer de útero, fatores que também influenciam são: número de parceiros sexuais e idade da primeira relação sexual. O processo de maturação do epitélio cervical pode ser interferido pelo mecanismo do efeito progestacional da pílula (ABRÃO, 2006; ALEIXO, 1991).
Foi observado que 88,52% vivem com companheiro e 11,48% vivem sozinhas ou acompanhada por familiar.
Tabela 1. Dados Sociodemográficos São Miguel do Iguaçu 2019, 2020, 2021.
IDADE | NÚMERO | % |
60-70 ANOS | 51 | 83,60% |
71-80 ANOS | 9 | 14,77% |
81 ANOS OU MAIS | 1 | 1,63% |
RAÇA/COR | ||
BRANCA | 49 | 80,34% |
PARDA | 11 | 18,03% |
PRETA | 1 | 1,63% |
1º MENSTRUAÇÃO | ||
10-12 ANOS | 19 | 31,14% |
13-15 ANOS | 36 | 59,01% |
16-18 ANOS | 6 | 9,85% |
ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO | ||
35-45 ANOS | 19 | 31,14% |
46-55 ANOS | 37 | 60,67% |
56-65 ANOS | 5 | 8,19% |
NÚMERO DE FILHOS | ||
0-5 | 51 | 83,60% |
6-10 | 8 | 13,11% |
11 OU MAIS | 2 | 3,29% |
PARIEDADE | ||
PARTO | 209 | 68,97% |
CESÁREA | 55 | 18,16% |
ABORTO | 39 | 12,87% |
USO DE ANTICONCEPCIONAL | NÚMERO | % |
SIM | 38 | 62,30% |
NÃO | 23 | 37,70% |
CONVIVE COM COMPANHEIRO | NÚMERO | % |
SIM | 54 | 88,52% |
NÃO | 7 | 11,48% |
Foram coletados no triênio um total de 82 preventivos, sendo 53,65% coletaram apenas 1 vez, 31,70% 2 vezes e 14,65% os 3 anos seguidos.
Obtendo resultado com alteração citopatológica significante para CA de colo uterino em 1,63%.
Embora as pesquisas dos últimos anos revelem que mulheres acima de 60 anos de idade ainda procurem por exames preventivos em decorrência de manterem a vida sexual ativa por mais tempo com o uso de medicamentos e reposição hormonal para tal fim, por exemplo, ainda existem mulheres que sentem vergonha ou pensam que não precisam de tais cuidados depois de certa idade (LEITE et al., 2019).
Segundo estudo de Bruno (2019), nas idosas acima de 60 anos o reconhecimento de carcinoma cervical invasivo é de maior risco pela dificuldade de diagnosticar as anomalias; cerca de 70% das mulheres que chegam a apresentarem alterações tem idade maior que 40 anos, contudo apresentam resultado negativo para HPV.
Complementando com o estudo que avaliou 553 idosas no Maranhão com média de idade de 69,91 apresentando-se baixa escolaridade, pardas e casadas (MEDEIROS e SARDINHA, 2018).
No estudo realizado dos Registros Hospitalares de Câncer disponibilizados pelo Instituto Nacional de Câncer e pela Fundação Oncocentro de São Paulo com 37.638 casos de câncer de colo de útero; relata que até descobrir a doença em idosas aumenta 2 vezes diante de mulheres com idade entre 30 e 39 anos (THULET, 2014).
Já o estudo de Mary et al., (2017) relata os casos de realização de histerectomia em idosas para tratamento de câncer bem como o aumento de mulheres não rastreadas de 12,1% para idade de 41 a 45 anos e 18,4% para idade de 61 a 65 anos como triagem de rotina Papanicolau.
Os resultados permitiram também a identificação de alterações benignas para tratamento, como COCOS, 10,99% e GARDNERELLA 8,53% e os demais 66 exames não apresentaram nenhuma alteração, 80,48%.
Através do diagnóstico precoce, o câncer de colo de útero passa a ser curável em 100%. Para rastreamento do câncer de colo de útero, é indispensável a realização do Papanicolau entre mulheres de 25 a 64 anos que é o públicoalvo, sendo assim possível reduzir a mortalidade (BRINGEL, 2012).
Com maior frequência foi encontrado nos exames, Cocos, Lactobacilos e Gardnerella. Uma amostra com 782 exames em um estudo feito no Ceará mostrou que houve presença de Cocos, Bacilos e Lactobacilos porém estes fazem parte da microbiota vaginal e não precisam de tratamento específico. (ABOIM, 2012).
Pesquisas discutem que a Gardnerella é a maior das queixas clínicas durante o exame Papanicolau. A proliferação da mesma se dá através de diversos fatores como: início precoce da atividade sexual, grau de escolaridade e aspectos socioculturais. (WHO, 2013; SOARES e SILVA, 2010; LEITE et al., 2011).
Tabela 2. Resultado do exame citopatológico no triênio 2019, 2020 e 2021.
QUANTIDADE DE EXAMES | NÚMERO | % |
1 EXAME NO TRIÊNIO | 44 | 72,13% |
2 EXAMES NO TRIÊNIO | 13 | 21,31% |
3 EXAMES NO TRIÊNIO | 4 | 6,56% |
ALTERAÇÃO CITOPATOLÓGICA PARA CÂNCER | ||
RESULTADO POSITIVO | 01 | 1,63% |
RESULTADO NEGATIVO | 60 | 98,37% |
ALTERAÇÃO CITOPATOLÓGICA | ||
COCOS | 09 | 14,75% |
GARDENERELLA | 07 | 11,47% |
SEM ALTERAÇÕES | 45 | 73,78% |
- CONCLUSÃO
Conforme os resultados identificados é possível evidenciar a falta de adesão das idosas da unidade de saúde na procura em realizar exames preventivos visto que os dados são preocupantes, a abordagem a fim de encorajar as idosas na buscar da detecção de agravos no colo do útero como inflamações, infecções e doenças venéreas como o câncer de colo de útero, que faz parte de uma das prioridades do Ministério da Saúde a partir da assistência do profissional de saúde em campanhas junto as famílias para conscientização da importância deste para o seu bem-estar, bem como com apoio multiprofissional.
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS
- Instrumento de coleta de dados
- Idade
- Paridade
- Uso de anticoncepcional (qual e quanto tempo de uso)
- Idade da menarca
- Menopausa
- Gestação (partos, abortos)
- Termo de Aprovação do CEP
Acadêmico concluinte do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Uniguaçu. 2. Acadêmico concluinte do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Uniguaçu. 3. Enfermeira. Mestre em Saúde da Criança pela PUC-RS, Orientador(a) do presente trabalho. 4. Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde, Professora da Disciplina de Seminário e Monografia II da Faculdade Uniguaçu. loriverza@outlook.com.br¹; polyprimaz@hotmail.com²; jackifoz@hotmail.com³; sil_galvan@hotmail.com4.