PERFIL CIRÚRGICO DAS INTERNAÇÕES OCASIONADAS POR COLECISTECTOMIAS ABERTAS VS VIDEOLAPAROSCÓPICAS NO SUS DO PIAUÍ DURANTE O PERÍODO DE 2018 A 2022 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10303832


Ilana Maria Maia Santos,
Coautor(es):
Wanderson da Silva Nery,
Ana Klara Rodrigues Alves,
Glouberg Nóbrega dos Santos,
Josemar Sales de Sousa Serra,
Orientadora: Caroline Carvalho de Araújo


RESUMO 

INTRODUÇÃO: A colecistectomia consiste num procedimento desenvolvido para remover a vesícula biliar, dentre os principais problemas que justificam o emprego dessa técnica podemos citar a colecistite e a colelitíase. Tal procedimento pode ser executado de duas formas: cirurgia aberta ou videolaparoscópica, sendo a segunda geralmente preferida devido apresentar menor incisão e dor no pós-operatório, recuperação mais rápida e menor índice de complicações. OBJETIVOS: Comparar o perfil das internações realizadas após colecistectomia aberta e a vídeo no Piauí, durante o período de 2018 a 2022. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo obtido por meio dos dados de produção hospitalares do departamento de informática do sistema único de saúde do Brasil (DATASUS), relacionados às internações por colecistectomia no Piauí, entre 2018 e 2022. RESULTADOS: Durante 2018 a 2022 realizou-se no Piauí 15327 colecistectomias, das quais 9126 foram abertas e 6201 à vídeo, dentre elas 20 abertas evoluíram para óbito associadas a 6 por vídeo. As médias permanências das internações de ambas as modalidades foram semelhantes, resultando em 2,5 dias para as abertas e 2,6 dias para a videolaparoscopia. As internações por cirurgia aberta geraram para o erário público R$ 1.066,71 por dia, enquanto as videolaparoscopias R$ 899,65. Os 3 primeiros municípios com mais cirurgias abertas foram: Teresina(N=2516), Parnaíba (N=1429) e Esperantina (N=705) enquanto das videolaparoscopias os líderes são: Teresina(N=3773), Luzilândia(N=990) e Parnaíba (N=245). CONCLUSÃO: Verificou-se, nos últimos 5 anos, uma tendência de crescimento das cirurgias baseadas em vídeo perante as tradicionais, ressalta-se que apesar das colecistectomias no Piauí apresentarem baixa mortalidade, os procedimentos por vídeo possuem montantes ainda menores. Ainda são necessários mais estudos para compreender os determinantes influenciadores desses dados, a fim de que a mortalidade e a média permanência hospitalar sejam cada vez menores, em virtude desses parâmetros refletirem maior sucesso e menor taxa de complicações devido ao ato cirúrgico. 

PALAVRAS-CHAVE: Colecistectomia. Epidemiologia. Cirurgia Geral.

Referências 

DE ALMEIDA RIBEIRO, Pedro Henrique; QUEIROZ, Aline Trovão. LAPAROTOMIA VS LAPAROSCOPIA NA COLECISTECTOMIA: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO TEMPO MÉDIO DE INTERNAÇÃO NOS ÚLTIMOS ONZE ANOS. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 7, p. 834-841, 2022. 

DE ARAÚJO, Victor Andrade et al. Colecistectomia aberta versus laparoscópica no Sistema Único de Saúde brasileiro: evolução e panorama atual. Revista Científica do Hospital e Maternidade José Martiniano Alencar, v. 1, n. 1, p. 19-22, 2019. 

DOS SANTOS, Laura Santana Rangel; BRAZ, Henrique D.’Antônio; BORGES, Genésio Augusto. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DAS POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA. In: Anais Colóquio Estadual de Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-2527-2500) & Congresso Nacional de Pesquisa Multidisciplinar. 2023. 

Romucho Aguilar FB, Zapata Ormeño GC, Alzamora de Los Godos Urcia LÁ, Calderón Saldaña JP, Ausejo Galarza JR. Efficacy of mini-laparoscopic cholecystectomy and laparoscopic cholecystectomy in acute cholecystitis. Rev Esp Enferm Dig. 2023 Sep;115(9):521. doi: 10.17235/reed.2022.9362/2022. PMID: 36454081.


Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – IESVAP