PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DO SUS ACERCA DO ATENDIMENTO INICIAL REALIZADO POR ESTAGIÁRIOS DE MEDICINA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10378983


Everaldo de Souza Otoni Neto1
Denise Lima de Sousa2
Vivaldo Gemaque de Almeida3
Karine Leão Marinho4
Edilson Santos Silva Filho5
Flávio da Silva Costa Umbelino6
Remita Viegas Vieira7
Flávia Karoline Souza da Silva8
Thiago Eric Monte Borges9
Eduardo Felipe dos Santos Cardoso10


RESUMO

Introdução: Compreender a percepção dos usuários do SUS em relação ao serviço prestado por acadêmicos também possibilita, aos estudantes, apreciar a relevância do ato de examinar, tocar, acolher e ouvir seus pacientes. Justificativa: O estudo tem o propósito de auxiliar os alunos e a própria universidade a entender quais habilidades e competências precisam ser reconsideradas para priorizar o atendimento humanizado. Objetivos: Avaliar a percepção dos usuários do SUS acerca do atendimento inicial realizado por acadêmicos de medicina, através da avaliação da qualidade do atendimento e do grau de satisfação dos usuários. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, assistemático, transversal e descritivo. Foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Santarém-PA, por meio de uma entrevista com perguntas abertas para pacientes atendidos pelos alunos de medicina da Universidade do Estado do Pará. Resultados: Foram entrevistados 15 pacientes. Todos concordaram com a contribuição dos alunos para o aumento da qualidade dos atendimentos médicos. O estudo também apontou a excelente satisfação dos usuários em relação às orientações fornecidas pelos alunos, em linguagem acessível. No entanto, os pacientes reiteraram a falta de agilidade dos acadêmicos durante os atendimentos, apesar de compreender que os alunos ainda estão em processo de formação acadêmica. Conclusão: A percepção dos entrevistados fora homogênea no que se refere a importância da inserção do aluno dentro da realidade do SUS, como ambiente efetivo para a prática das habilidades médicas. Portanto, a avaliação do grau de satisfação dos pacientes tem grande valor para o aperfeiçoamento da formação dos futuros médicos.

Palavras-chave: Atendimento humanizado; Acadêmico de medicina; SUS.

ABSTRACT

Introduction: Understanding the SUS users perception’s regarding the service provided by academics also enables students to appreciate the relevance of examining act, touch and listen their patients. Justification: The study purpose’s help students and the university to understand which skills and competencies need to be reconsidered to prioritize humanized care. Objectives: To evaluate the SUS users about the initial care provided by medical students, evaluating the quality of care and the satisfaction users degree’s. Methodology: This is a qualitative, exploratory, asystematic, cross-sectional and descriptive study. It was carried out in a primary health care in Santarém-PA city, through an interview with open questions for patients assisted by medical students from the local University. Results: Fifteen patients were interviewed. All agreed with the students contribution to increase the quality of medical care. The study also pointed out the excellent users satisfaction in relation to the provided by the students, besides the accessible language. However, the patients reiterated the students lack of agility during the medical care, despite understanding students are still in the academic formation process. Conclusion: The homogeneous perception regarding the insertion student importance in the SUS reality, as an effective environment for practicing medical skill. Therefore, the assessment of the satisfaction patients degree has great value for the future doctors improvement. 

Keywords: Humanized care; Medical students; SUS

1. INTRODUÇÃO

O ingresso estudantil precoce nos ambientes de práticas médicas é importante para a formação do aluno, além de auxiliar na aquisição de experiências que extrapolam os saberes dos livros. O conhecimento adquirido durante os estágios, atendimentos supervisionados por médicos, causam impacto benéfico e essencial na vida acadêmica em geral, especialmente entre os alunos de medicina. O fato é observável em estudos como o de Macias et al. (2017) que enfatiza a importância do início precoce de práticas médicas, além de realçar o contato do aluno com o paciente como mecanismo fundamental para solidificar o aprendizado.

  Apesar do início precoce das práticas médicas ser imprescindível, é necessário atentar para que a relação aluno-paciente não ultrapasse certos limites que, num primeiro momento, podem passar despercebidos pelo estagiário. O intuito é garantir o manejo do atendimento livre de constrangimentos. Portanto, a supervisão médica é imperiosa, uma vez que a experiência do preceptor é essencial para guiar esse atendimento de forma cuidadosa, respeitando as individualidades de cada paciente. Essa circunstância é salientada nos estudos de Almeida et al. (2012) os quais pacientes entrevistados expressaram o incômodo em relação à presença de alunos nos atendimentos médicos.

Rosso e Silva (2006) explanam sobre o interesse em explorar as percepções e considerações dos pacientes, uma vez que o processo é fundamental para a valorização dos saberes e vivências da comunidade. Compreender a percepção do usuário do SUS em relação ao serviço prestado por acadêmicos também possibilita, aos estudantes, apreciar a relevância do ato de examinar, tocar, acolher e ouvir seus pacientes. Além disso, permite reconhecer a importância de conceitos e princípios bioéticos da autonomia e da não maleficência, essencial para a proteção dos direitos e deveres dos pacientes. 

2. JUSTIFICATIVA

Devido crescente número de pacientes atendidos por acadêmicos de medicina, fora decidido fazer uma abordagem direta com os usuários da Unidade Básica de Saúde – UBS do Bairro do Santarenzinho, Município de Santarém – Pará, sobre a forma como eles avaliam o atendimento inicial dos estagiários de medicina da Universidade do Estado do Pará – UEPA, Campus XII Santarém.  Os atendimentos médicos acontecem diariamente nas UBS de todo município de Santarém, que são organizadas em Estratégias de Saúde da Família – ESF, uma forma oferecer a assistência em saúde respeitando os critérios de equidade, universalidade e integralidade, diretrizes básicas do Sistema Único de Saúde – SUS.

O atendimento inicial dos pacientes é, eventualmente, realizado por estagiários de medicina através do módulo da faculdade intitulado Gestão, Interação, Ensino, Serviço e Comunidade – GIESC, no qual os alunos praticam os conhecimentos teóricos, com supervisão médica. Além deste módulo, a UBS do Santarenzinho também recebe os acadêmicos de medicina durante o estágio obrigatório do internato, através do módulo de Atenção Básica. As consultas iniciadas pelos acadêmicos permitem a interação do aluno diretamente com o paciente, solidificando e reforçando o aprendizado adquirido. Ademais, contribuem para entender a realidade dos pacientes inseridos naquela comunidade e, por conseguinte, auxiliam nas condutas e considerações médicas no decorrer da consulta.

 A partir dessa conjuntura, emergiu-se o desejo de investigar e entender qual a percepção do paciente em relação ao atendimento realizado por alunos de medicina, assim como avaliar o grau de satisfação destes usuários em relação ao atendimento dos mesmos. Mediante a proposta, o presente trabalho possui o propósito de auxiliar os alunos e a própria universidade a entender quais habilidades e competências precisam ser enfatizadas e/ou reconsideradas. O intuito foi priorizar o atendimento humanizado, respeitoso, cordial com os pacientes e, através disso, dar um retorno à sociedade sobre a qualidade desse atendimento.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Avaliar a percepção dos usuários do SUS acerca do atendimento inicial realizado por acadêmicos de medicina. 

3.2 Objetivos Específicos

  • Verificar a qualidade do atendimento médico iniciado por estagiários de medicina matriculados na Universidade do Estado do Pará – UEPA na visão do usuário do SUS.
  • Estimar o grau de satisfação dos pacientes cadastrados na Unidade Básica de Saúde – UBS do bairro do Santarenzinho, Município de Santarém – Pará, em relação ao desempenho do atendimento dos alunos de medicina.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

No início do século XX as escolas americanas e europeias de medicina baseavam seu ensino focado nos preceptores, atualmente chamado de modelo “tradicional”. A aprendizagem do aluno dependia fortemente da figura daquele professor-médico que seria seu responsável academicamente, pois ele continha a experiência acadêmica e clínica necessária para assessorar o aluno. Infelizmente esse modelo desconsiderava os saberes populares, assim como pouco se atentava para os estudos científicos e sócio-epidemiológicos. O eixo de ensino era pautado exclusivamente nas vivências e experiências do preceptor, que detinha o conhecimento (COUTO et al, 2018). 

No modelo dito tradicional, as disciplinas eram segmentadas e administradas por departamentos autônomos, com interação limitada entre elas. Por conseguinte, o aluno experimentava uma aprendizagem fragmentada, dispendiosa, não otimizada. As consequências eram expressas na prática clínica, pois o acadêmico apresentava dificuldade para correlacionar as condições físicas e comorbidades dos pacientes, uma vez que o raciocínio também era fragmentado. Tornava-se, então, um desafio assimilar doenças multissistêmicas e compreender o indivíduo como um todo, inserido na comunidade, com seus saberes e culturas (SILVA et al, 2019).

Outro ponto frequente na realidade do ensino tradicional era o excesso de informação e o limitado campo prático. Nos primeiros períodos os acadêmicos eram minados de informações por meio de conferências, palestras, leituras obrigatórias extensas, num contexto passivo de absorção de conhecimento, facilmente esquecível. As práticas eram reservadas aos últimos períodos da vida acadêmica – “Internato”, pois o modelo considerava que somente neste momento o aluno deteria o conteúdo teórico suficiente para entender os procedimentos médicos realizados durante o estágio. Além disso, o ambiente de prática era hospitalocêntrico, o que impossibilitava a aquisição de conhecimento preventivo e inviabilizava a valorização dos saberes e culturas locais (SZWARCWALD et al, 2016).

A desvalorização do ser humano como um todo é a base do desgaste do modelo tradicional, onde os médicos formados por este molde se tornaram cada vez mais insensatos com as individualidades de cada paciente. Soma-se a isso o crescente avanço das tecnologias, que permitiram o compartilhamento do conhecimento nunca antes visto, potencializando os saberes através da medicina baseada em evidências. Portanto, era inevitável a decadência do “padrão” em torno somente das experiências e vivências do médico-professor (MARIN et al, 2011).

Além disso, é interessante considerar que a insatisfação popular em relação ao cuidado não integral ao paciente englobava todos os cursos da área saúde da época. Era frequente a “hipervalorização” de sintomas orgânicos, enquanto o sofrimento psíquico era desprezado. Eventualmente, quando o sofrimento psíquico sobressaia, o paciente era abandonado em “manicômios”, hospitais psiquiátricos. Mais uma vez, a relação entre aluno e paciente era prejudicada, já que nessas circunstâncias, o ensino era pautado em tratamentos unilaterais, ou seja, a responsabilidade do tratamento não era compartilhada com o paciente. Como consequência, tivemos o emprego de terapias extremas e desumanas como uso da força e eletrochoque (GABE et al, 2018).

A partir de meados do século XX, a medicina integrativa iniciou os primeiros passos a partir da reflexão sobre a importância dos aspectos emocionais no contexto de qualquer doença física. Considerar os aspectos psíquicos permitiu entender o doente como ser humano e indivíduo, dotado também de conhecimentos, assim intensificando a relação médico-paciente e, por conseguinte, a relação aluno-paciente. O fato potencializou a chamada “terapia compartilhada” no qual o paciente, além de ser tratado, também era responsável pelo seu próprio tratamento. Sendo assim, a possibilidade de sucesso da terapia era ampliada, visto que naquele momento o profissional e seu acadêmico começaram a valorizar os saberes do paciente (GABE et al, 2018).  

A partir de 1988, no Brasil, a reforma sanitária possibilitou reconsiderar o currículo de instituições mais tradicionais através da visão integrativa de saúde. Nesse contexto nasceram políticas públicas voltadas à reorganização das práticas médicas, das medidas de prevenção e promoção em saúde por meio de equipes multiprofissionais. Os critérios utilizados eram pautados em dados científicos, epidemiológicos e sociodemográficos, com intuito de abranger toda demanda populacional. Portanto, a reforma do modelo universitário anteriormente dito “hospitalocêntrico” é reforçada pela própria criação do Sistema Único de Saúde – SUS ao priorizar relação individualizada com cada paciente (ABREU, 2009). 

A reestruturação do modelo de ensino foi solidificada mediante ao funcionamento da Atenção Primária – AP, que iniciou um movimento em saúde prezando pela compreensão profunda e ampla das individualidades dos usuários. O objetivo era desenvolver um projeto que permitisse o cuidado integral, eficaz e resolutivo dos anseios da comunidade por meio de equipes multidisciplinares, com avaliação contínua e ativa. Dessa forma, surge a Estratégia de Saúde da Família – ESF como projeto sistematizado para suprir as demandas em saúde da comunidade (ABREU, 2009).

O modelo atual de ensino é fundamentado em tornar o acadêmico independente do seu tutor, estimulando o mesmo pela busca ativa do conhecimento. Este mecanismo também visa a inicialização precoce dos estágios como forma de aprimorar os conhecimentos teóricos, bem como reforçar a relação aluno-paciente. Através dos estágios na Atenção Primária – AP, a aprendizagem é concretizada, incentivando o acadêmico a aprofundar nas individualidades e saberes de cada usuário. Neste cenário, a figura do preceptor e professor se mantém necessária e importante, porém com outras atribuições, cuja finalidade é conduzir o ensino e priorizar o cuidado integral ao paciente (CALDEIRA et al, 2011).

Entre as metodologias atuais de ensino, o da Aprendizagem Baseada em Problemas – ABP (do inglês Problem-Based Learning – PBL) se destaca, no qual o tutor/professor propõe uma situação-problema, estimulando os acadêmicos a buscar pela informação através da investigação deste problema. Desse modo o aluno se envolve na construção do conhecimento, compartilha o aprendizado com os demais acadêmicos, sendo responsável pelo próprio processo de ensino. Neste modelo, é fundamental a participação ativa de todos os acadêmicos, pois os questionamentos e dúvidas são insumos para a aquisição de novas informações. E, em paralelo, o aluno aplica os conhecimentos recentemente adquiridos no campo de prática, desde os primeiros períodos da faculdade (ABREU, 2009). 

Sendo assim, o Método PBL é considerado uma forma de ensino colaborativa, construtiva e contextual, além de ser caracterizado como método ativo por estimular o raciocínio clínico e crítico. Ao utilizar as técnicas de questionamentos e hipóteses, os alunos refinam e otimizam as estratégias para solucionar o problema. A partir das reuniões em grupo, com compartilhamento de informações de diferentes fontes bibliográficas, além do próprio conhecimento prévio, bom senso e o raciocínio lógico, os acadêmicos finalmente conseguem traçar a tomada de decisões sobre o diagnóstico e tratamento do caso clínico. Desta forma, a metodologia extrapola as barreiras das universidades e alcança as enfermarias dos hospitais, com discussões de casos clínicos entre internos, residentes e médicos-preceptores (CALDEIRA et al, 2011). 

Nessa conjuntura, a relação aluno-paciente é de extrema importância, pois se por um lado, esta é capaz de engrandecer o conhecimento e aprendizado acadêmico, por outro lado, é capaz de beneficiar o paciente em várias camadas, fornecendo o necessário para o cuidado integral em saúde. Como reiterado anteriormente, é indispensável a figura médica para guiar, adequar e refinar a relação aluno-paciente, com o propósito de evitar constrangimento, insegurança ou desconforto de ambas as partes. Além de atentar para o respeito dos princípios éticos presente na Carta dos Direitos dos Usuários do SUS, que aborda o direito ao: Acesso organizado e ordenado; Tratamento adequado e efetivo para o seu problema; Atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação, prezando pelo respeito a sua pessoa, seus valores e direitos; Comprometimento dos gestores de saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

 Nesse sentido, tornou-se cada vez mais frequente a avaliação do nível ou grau de satisfação dos pacientes atendidos no SUS como mecanismo para verificar a qualidade dos serviços prestados. Inúmeros trabalhos surgem com a premissa de definir um parâmetro de qualidade, entretanto, poucos se atentam ao atendimento realizado por acadêmicos de medicina. Quanto à metodologia, a mais citada para estimar a satisfação em relação aos serviços prestados surgiu a partir de 1978, o qual foram definidos 3 eixos principais: estrutura, processo e resultado. Estes eixos funcionariam como indicadores de qualidade, por exemplo, a estrutura avaliaria os recursos materiais, financeiros e empregatícios, bem como recursos humanos e administrativos. O processo analisaria os serviços e assistência prestada, além dos aspectos éticos relacionados à forma de acolhimento desse paciente. Por fim, o resultado estimaria o cuidado em geral, ou seja, o estado de saúde final do paciente acolhido (MACIAS et al, 2017).

Independente das metodologias, as pesquisas em geral possuem o caráter da subjetividade, porém não deixam de ser importantes para medir a qualidade do acolhimento prestado. O estudo também permite refletir sobre as melhorias necessárias para aperfeiçoar o cuidado ao usuário do serviço. No entanto, o presente estudo possui, como diferencial, partir do pressuposto de que a inserção de alunos de medicina nas equipes de saúde da família poderia melhorar a qualidade da assistência. Ao considerar as mudanças curriculares na maioria das universidades do país perante a adoção do método PBL, torna-se válido estimar a influência dos estudantes nos serviços de Atenção Primária – AP, na percepção dos usuários (PEZZINI, 2002).

5. METODOLOGIA

5.1 Desenho do Estudo

Esta pesquisa é caracterizada como um estudo qualitativo de campo, do tipo exploratório, pois permitiu a análise intensiva de dados. É caracterizada pela heterodoxia da análise em uma observação assistemática, permitindo a livre percepção do entrevistado acerca do atendimento médico iniciado por acadêmicos de medicina, bem como permitiu o registro da realidade do paciente utilizando perguntas abertas. Fora, também, descrita como pesquisa de levantamento pois aplicará interrogação direta aos participantes; descritiva por detalhar variáveis através da análise e da interpretação de dados que foram obtidos. Além de transversal por definir variáveis em um determinado período.

5.2 Local e Contexto da Pesquisa

Este trabalho foi realizado na zona urbana do município de Santarém, localizado no Oeste do Pará, na região do Baixo Amazonas. A Unidade Básica de Saúde do Santarenzinho foi escolhida como local da pesquisa, localizada na rua Tomé de Souza, S/N, Bairro do Santarenzinho, Município de Santarém no Estado do Pará. A pesquisa foi realizada com os pacientes cadastrados na Estratégia de Saúde da Família da própria Unidade Básica de Saúde, escolhidos de forma aleatória. A pesquisa ocorreu durante o mês de dezembro do ano de 2022.

5.3 Sujeitos

O tamanho da amostra que foi utilizada neste estudo foi estimado com base nas amostras utilizadas por trabalhos semelhantes publicados nacionalmente. A amostragem fora randômica simples. Foram entrevistados 15 pacientes cadastrados na Estratégia de Saúde da Família da UBS escolhida, de ambos os sexos. Critérios de inclusão foram pacientes adultos, conscientes e orientados, previamente atendidos por estagiários de medicina regularmente matriculados na Universidade do Estado do Pará – UEPA, Campus Santarém, de qualquer período/semestre. Os Critérios de exclusão: Pacientes adultos não alfabetizados, acamados não responsivos e/ou portadores de algum grau de retardo mental.

5.4 Coleta de Dados 

Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, divididas em 2 etapas: a primeira constituiu-se na entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B). No segundo momento os pacientes responderam perguntas abertas cujas respostas foram gravadas, interpretadas e avaliadas para a obtenção dos dados a serem discutidos.

5.5 Registro dos Dados

As entrevistas gravadas foram transcritas de forma integral. O conteúdo foi analisado de acordo com três etapas: pré-análise, descrição analítica e interpretação inferencial. 

  1. Pré-análise: o material fora organizado e as respostas foram selecionadas de acordo com os objetivos propostos pela pesquisa e a especificação do campo de estudo.
  2. Descrição analítica: o material selecionado foi estudado de maneira aprofundada, fundamentado no referencial teórico. O mesmo codificado, classificado e categorizado, buscando a síntese de ideias coincidentes ou divergentes.
  3. Interpretação inferencial: foram estabelecidas as relações de ideias consonantes.

5.6 Aspectos Éticos e Legais

O presente estudo foi devidamente autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP da Universidade do Estado do Pará – UEPA. Levou em consideração os aspectos éticos, que permitiram garantir meios para que o indivíduo se sinta bem, confortável e livre. Nesse sentido, fora utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B) que visa, através da Resolução 466/12 (CNS/MS) sobre Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos, assegurar os direitos e deveres, que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 2012).

O Termo de consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) fora produzido em linguagem acessível, posteriormente entregue ao entrevistado para que o mesmo tivesse ciência da seriedade da pesquisa, confidencialidade dos dados informados, a não lucratividade da mesma e a possibilidade de desistência a qualquer momento durante a coleta de dados. A coleta de dados seguiu normalmente após o esclarecimento de todas as dúvidas sobre a pesquisa e a assinatura das duas vias do TCLE, ficando uma com o entrevistado e outra com o entrevistador.

5.7 Riscos e Benefícios 

O estudo teve como benefícios investigar e entender qual a percepção do paciente em relação aos objetivos propostos, bem como avaliou o grau de satisfação destes usuários. Aos alunos e à Universidade, o estudo teve como benefício o auxílio no esclarecimento de quais habilidades e competências precisam ser enfatizadas e/ou reconsideradas para melhoria do ensino. Aos participantes e a comunidade, o estudo priorizou o atendimento humanizado, respeitoso, cordial com os pacientes e, através disso, dará um retorno à sociedade sobre a qualidade desse atendimento. Quanto aos riscos, houve a possibilidade de invasão de privacidade através das entrevistas; Divulgação de dados confidenciais registrados no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE; Tomar o tempo do participante da pesquisa ao responder a entrevista/questionário. Para minimizar os riscos, o pesquisador se comprometeu em portar os dados e manuseá-los de maneira adequada. Após a realização e concretização da pesquisa, os dados serão destruídos e deletados. Além disso, para evitar possível exposição de privacidade e constrangimento, a entrevista foi realizada em local fechado, onde esteve presente apenas o participante e pesquisador.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistados 15 pacientes, compondo a amostra final, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão desta pesquisa. As entrevistas duraram, em média, 08 minutos. Durante a seleção randômica dos participantes, observou-se ampla faixa etária, beneficiando indiretamente o trabalho, uma vez que a inclusão de inúmeras gerações contribuiu para incrementar na percepção mais abrangente por parte dos usuários. Para a melhor discussão dos dados coletados, foram selecionadas 05 categorias de análise: (1) Percepção geral; (2) Forma de atendimento; (3) Sanar dúvidas e orientações; (4) Diferença do atendimento com acadêmico e médico; (5) Contribuições e sugestões. Essas unidades de registro foram determinadas com intuito de atender os objetivos propostos pelo projeto e facilitar a fluência da discussão. Através disso, foi possível compreender a percepção dos pacientes atendidos no SUS e avaliar o grau de satisfação acerca do atendimento iniciado pelos estagiários de medicina.

A primeira categoria, “Percepção Geral”, unidade de registro decorrente das perguntas: “Você já foi atendido nesta Unidade Básica de Saúde por algum acadêmico de medicina anteriormente?”; “O que você acha, de maneira geral, sobre a consulta iniciada por alunos?”. A maioria dos participantes nunca foi atendido por acadêmicos. Nos relatos, foi possível perceber o interesse dos usuários pelo tipo de atendimento, considerando uma novidade. Alguns enfatizaram a satisfação pelo atendimento atencioso prestado pelos acadêmicos. Dois participantes apontaram a demora da consulta, porém ressaltaram compreender que os alunos ainda estão em processo de aprendizagem.

Paciente 05: “Olha, pra mim, geralmente as pessoas têm uma resistência para atendimentos com alunos. No meu caso, eu gosto porque eu também já passei por isso, já fui aluna de enfermagem, então, é uma coisa que eu sempre dou espaço, para que aconteça, porque eles precisam, na verdade, todos nós precisamos.”

O fato da maioria dos pacientes se interessar por este tipo de atendimento está em consonância com os estudos de Macias et al. (2017) ao enfatizar que a maioria dos pacientes não sabia que seria atendido por alunos, no entanto, após a consulta, referiu sentir-se seguro com o atendimento prestado. O estudo também reiterou o contentamento dos pacientes por participar do processo de formação dos estudantes. 

Em relação a “Forma de Atendimento”, a categoria buscou analisar a relação entre aluno e paciente, através das seguintes perguntas: “Você acha que o aluno foi atencioso em relação às suas queixas?”; “Você considera que o atendimento realizado pelo acadêmico foi adequado?”; “O aluno soube manejar a consulta de forma respeitosa?”; “Em algum momento você se sentiu constrangido?”. A totalidade dos participantes reforçou a forma respeitosa e atenciosa que fora abordado. Nenhum dos pacientes respondeu sentir constrangimento durante a consulta pelos estagiários. Alguns participantes compararam a consulta dos acadêmicos com consultas médicas anteriores, por exemplo, ao salientar que alunos se mostraram muito mais interessados em ouvir e entender suas queixas.

Paciente 01: “Foram atenciosos com certeza. Por exemplo, no médico anterior que eu sempre ia, ele não ficava me perguntando certas coisas que me perguntaram aqui, não me indagava. Os alunos aqui me perguntaram várias coisas.”

Paciente 03: “Sim, eles foram bastante atenciosos. Porque eles ouvem e perguntam o porquê. Se mostraram interessados em saber o motivo das minhas queixas, por quanto tempo e se eu estava fazendo algo para melhorar.”

Essa situação também foi verificada nas pesquisas de Rosso e Silva (2006) no qual a maior parte dos usuários atendidos pelos estagiários considerou excelente a atenção dada pelo mesmo, em comparação ao atendimento realizado apenas pelo profissional médico. Além disso, o estudo aponta como uma das razões para este acontecimento o interesse do aluno por aprender, motivado pela novidade ao praticar a futura profissão. Ao mesmo tempo, reforça o desgaste do médico devido a rotina exaustiva de atendimentos.

A terceira categoria, denominada: “Sanar dúvidas e orientações” fora criada com objetivo de sintetizar os dados coletados a partir das perguntas: “O aluno conseguiu sanar suas dúvidas e/ou questionamentos de forma clara e objetiva?” e “Qual sua opinião em relação às orientações realizadas pelo aluno?”. Esta unidade de registro avaliou, na percepção e opinião do usuário, a capacidade do aluno de explicar o processo de saúde-doença em uma linguagem acessível. Grande parte dos participantes afirmou ter suas dúvidas sanadas pelos acadêmicos e reiterou sobre a relevância e pertinência das orientações realizadas pelos mesmos.

Paciente 08: “Conseguiram explicar de forma clara, explicaram as possibilidades das condições que eu poderia ter e os exames que seriam necessários para investigar o caso.”

Paciente 12: “Sim, acredito que explicação foi pertinente, tanto que as orientações foram compatíveis com as orientações que o médico reforçou no final da consulta.”

O fato da maioria dos pacientes considerar a excelência da capacidade do aluno ao repassar as informações de forma acessível concorda, em partes, com a pesquisa realizada por Silva et al. (2019). O estudo realizado no Nordeste do país mostrou dualidade de dados, uma vez que metade dos entrevistados apontou a ótima qualidade de comunicação dos alunos durante a consulta, o que permitiu sanar dúvidas e entender as orientações dadas pelos mesmos. No entanto, a outra metade da amostra enfatizou a insegurança dos alunos durante os atendimentos, especialmente durante o momento de repassar as orientações e recomendações preventivas em saúde. O estudo sugere como possível causa para polarização dos resultados o fato dos acadêmicos envolvidos na pesquisa cursarem diferentes semestres da faculdade. Portanto, seria interessante considerar a hipótese de que ao longo do processo de formação acadêmica os alunos adquirirão experiências e o conhecimentos suficientes para aprofundar a interação com os pacientes. 

A quarta unidade de registro: “Diferença do atendimento com acadêmico e com médico” diz respeito às perguntas: “Na sua opinião, o que muda nos atendimentos médicos que são iniciados por estagiários de medicina?” e “Qual sua opinião em relação ao fato do aluno fazer a consulta sozinho e no final chamar o médico para discutir e decidir juntos a conduta?”. Em relação aos objetivos, essa categoria teve o propósito de avaliar o desenvolvimento técnico e a capacidade do aluno de manejar a consulta. Além disso, esta unidade permitiu também verificar a opinião do paciente sobre o modo de atendimento, no qual o preceptor se ausentava do recinto durante a consulta dos estagiários, retornando posteriormente para avaliar e discutir as condutas em conjunto com os mesmos.  

Ao analisar a diferença entre os atendimentos, todos os entrevistados afirmaram a maior dedicação e interesse dos alunos em suas queixas em comparação com a consulta médica. Apenas dois pacientes queixaram do maior tempo de atendimento dos estagiários, embora os próprios tenham justificado, em suas respostas, entender o fato da demora estar associada ao processo de aprendizagem dos alunos.  No que se refere ao modo de atendimento, somente um paciente divergiu dos demais ao considerar importante a presença do médico durante toda a consulta dos estagiários. 

Paciente 14: “Talvez, o que muda é a investigação, porque a maioria dos médicos são apressados, geralmente eles têm muitos pacientes para atender, então acaba que realizam uma consulta bem rápida. Já com os alunos não, eles são mais pacientes, cautelosos, investigam mais e perguntam mais sobre a nossa doença. Então apesar da consulta com os alunos ser mais demorada, acaba que ela é mais completa.”

Paciente 07: “Eu acho que dessa forma, quando o médico chega no final para discutir as condutas é bem melhor porque o aluno se sente à vontade para perguntar qualquer coisa para o paciente, quando comparado com a forma de atendimento onde o médico observa o aluno atender. Ao meu ver essa foi a impressão que eu tive. Os alunos conversam com a gente melhor, sem medo. Registram melhor as queixas do que quando estão com o médico na sala acompanhando em tempo integral.”

Paciente 02: “Eu acho melhor quando o médico participa de todo o atendimento e não só chegar no final pra discutir a conduta, porque dessa forma o médico já consegue corrigir a postura deles ou qualquer erro que eles vão ter durante a consulta.”

A percepção dos entrevistados em relação a maior paciência e apreço dos alunos em comparação aos médicos fora manifestada também nos estudos de Szwarcwald et al. (2016), reforçando a hipótese de que a expectativa pela futura profissão seja um fator motivador para a maior dedicação dos acadêmicos durante os estágios. Ademais, a pesquisa de Almeida et al. (2012) também considerou importante para o processo de aprendizado permitir com que o aluno conduza o atendimento na ausência do médico-preceptor. Esta situação tem o propósito de estimular os acadêmicos a adquirir postura, experiência e segurança ao interagir a sós com o paciente. 

A última categoria “Contribuições e sugestões” foi determinada através das respostas dos entrevistados às perguntas: “Qual sua opinião em relação a unidade básica de saúde servir como campo de prática para acadêmicos de medicina?”; “Você acredita que os acadêmicos possam contribuir para a melhoria da qualidade do serviço prestado a comunidade?” e “Quais sugestões você daria para melhorar o atendimento médico iniciado por alunos?”. Dessa vez, a unidade de registro abordou, além da percepção, a opinião dos pacientes referente fatores que poderiam ser aperfeiçoados durante o atendimento dos acadêmicos. 

Quanto ao campo de prática, todos os pacientes concordaram e reforçaram a importância da Unidade Básica de Saúde – UBS servir como local de estágio para os alunos. Além disso, a maioria dos entrevistados acredita que os acadêmicos colaboram para a melhoria do serviço prestado à comunidade e, por conseguinte, enfatizou a paciência e interesse dos alunos durante os atendimentos. No que diz respeito às sugestões, não houve consenso. Vários pontos foram mencionados, entre eles o mais citado foi a necessidade de aumentar a agilidade das consultas iniciadas pelos alunos. 

Paciente 15: “Com certeza tem que vir para o posto, pra treinar e ter o contato com os pacientes, para aumentar o aprendizado e a experiência. Já cansei de ir em médicos que não me dão atenção. Então acho que essa experiência pode colaborar para que no futuro esses alunos sejam mais atenciosos”

Paciente 11: “Acho que o atendimento com os alunos demora, porque eles estão iniciando, então eles perguntam mais. É bom por um lado porque eles investigam melhor, são atenciosos, explicam direito. Mas por outro lado os pacientes lá fora esperam por mais tempo.”

Os estudos de Caldeira et al. (2011) e Gabe et al. (2018) compartilham os resultados presentes nesta pesquisa, portanto, corroboram a importância que a atenção primária possui na formação dos acadêmicos. Ambas pesquisas também ressaltaram a unidade básica de saúde como local ideal para o estudante abranger o conhecimento através da realidade do Sistema Único de Saúde – SUS. Em relação às sugestões de melhoria, os dados encontrados divergem das pesquisas realizadas por Marin et al. (2011) e Pezzini (2002), no qual a sugestão mais apontada foi tornar a linguagem mais acessível. A maioria dos participantes desses dois estudos disse sentir dificuldade para entender alguns termos técnicos expressados pelos alunos durante os atendimentos, o que pode comprometer a interação com pacientes. 

7. CONCLUSÃO

O presente estudo objetivou a aquisição de dados qualitativos a respeito da percepção dos pacientes em relação ao atendimento médico iniciado por estagiários de medicina. A temática é bastante avaliada e debatida na literatura, até mesmo através de estudos quantitativos. Este fato demonstra a importância de considerar a percepção dos usuários e validar suas opiniões sobre esse contexto. De forma voluntária, os usuários do SUS se dispuseram a responder perguntas abertas sobre o modo de atendimento dos alunos na Atenção Primária em Saúde – APS, representada pela Unidade Básica de Saúde – UBS, campo de prática dos acadêmicos.

Os artigos analisados durante esta pesquisa elencaram vários fatores relevantes a serem avaliados para determinar o grau de satisfação do usuário ao tipo de atendimento iniciado pelos estagiários. Dentre os fatores enfatizados, pode-se correlacionar com a presente pesquisa o contentamento geral dos pacientes ao participar da formação dos alunos. Além da maioria dos pacientes considerar uma novidade essa forma de atendimento, destaca-se o aspecto generoso dos mesmos ao compreender que o processo de formação do aluno é gradativo e, eventualmente, a insegurança pode prejudicar a relação aluno-paciente e diminuir a agilidade dos atendimentos.

Outro fator interessante avaliado durante o trabalho foi a maneira respeitosa e atenciosa que os usuários frisaram ao serem atendidos pelos estagiários. Todos os estudos analisados também abordaram esse ponto e apenas uma porcentagem ínfima de pacientes sentiu-se constrangido durante a consulta. Essa circunstância denota o mérito dos médicos-preceptores ao orientar qual a forma mais adequada de acolher os usuários, ressaltando a necessidade de empatia e respeito por qualquer ser humano. Além disso, é necessário destacar a relevância da linguagem acessível durante os atendimentos, especialmente porque a maioria absoluta dos pacientes não possui grau de instrução necessária para entender termos técnicos. Por consequência, em algum momento, o paciente pode referir constrangimento por não entender as perguntas ou orientações repassadas pelo acadêmico. Sendo assim, este ponto se tornou um dos alvos mais importantes para promover a boa relação aluno-paciente.

Constatou-se que a percepção dos entrevistados fora homogênea no que se refere a importância da inserção do aluno dentro da realidade do SUS, como ambiente efetivo para a prática das habilidades médicas. Além desse contexto contribuir, diretamente, para a melhoria da qualidade do serviço prestado na Unidade Básica de Saúde, através da maior dedicação dos acadêmicos no acolhimento dos usuários e investigação de suas queixas. Portanto, a avaliação do grau de satisfação dos pacientes tem grande valor para o aperfeiçoamento da formação dos futuros médicos. 

8. REFERÊNCIAS

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  2. ALMEIDA, MACIEL, BASTOS et al. Avaliação da Inserção do Estudante na Unidade Básica de Saúde: Visão do Usuário. Revista Brasileira de educação médica. 34 36 (1 Supl. 1) : 33 – 39 ; 2012.
  3. BRASIL, 2012. Diretrizes e Normas Reguladoras de Pesquisas feitas com Seres Humanos. Conselho Nacional de Saúde. Decreto n° 93933, de 14 de janeiro de 1987.
  4. CALDEIRA, LEITE, RODRIGUES-NETO et al. Estudantes de Medicina nos Serviços de Atenção Primária: Percepção dos Profissionais. Revista brasileira de educação médica 35 (4) : 477-485; 2011.
  5. COUTO, BINZ, MORAES et al. Conhecimento, uso e aceitação de acadêmicos de medicina sobre as práticas integrativas e complementares. Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 30, n. 1  56-62. 2018.
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  7. MACIAS, PARAFITA, CALDAS et al. A visão do paciente atendido pelo acadêmico de medicina em um Hospital Escola. Pará Res Med J. 2017;1(2):e12. DOI: 10.4322/prmj.2017. 
  8. MARIN, GOMES, SIQUEIRA JUNIOR et al. O sentido da visita domiciliária realizada por estudantes de medicina e enfermagem: um estudo qualitativo com usuários de unidades de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, 16(11):4357-4365, 2011.
  9. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. Conselho Nacional de Saúde Brasília-DF. 3ª edição Série E. ISBN 978-85-334-1834-9 Legislação de Saúde. 2011.
  10. PEZZINI, Rafael Bittencourt. Grau de satisfação dos pacientes atendidos por acadêmicos da 10° fase de medicina no centro de saúde II lagoa.  Florianópolis Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.
  11. ROSSO, SILVA. Avaliação da qualidade do atendimento em Unidades Primárias de Saúde: comparação de estruturas com e sem a presença de Acadêmicos de Medicina. Arquivos Catarinenses de Medicina 1806-4280/06/35 – 02/47 Vol. 35, no. 2, de 2006.
  12. SILVA, MENEGUETI, ARAÚJO et al. Grau de satisfação dos usuários de um hospital universitário: a influência da presença de alunos. Rev Esc Enferm USP;53:e03498. 2019.
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1Orcid 0000-0002-1631-822X
UEPA campus XII
netootonni@hotmail.com

20009-0004-8632-8230
UEPA campus XII
Denise_sousa2@hotmail.com

3https://orcid.org/0000-0002-2484-7092
UEPA campus XII
vgemaque@gmail.com

4https://orcid.org/0000-0001-7002-9296
Instituição: Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
E-mail: Karine.marinho@hotmail.com

5Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1344-7402
Instituição de ensino: UEPA CAMPUS XII
Email: edilsonsfilho23@gmail.com

6Orcid: 0009-0000-0269-9327
Instituição UEPA campus XII
Email: flaviocosta95@outlook.com

7Universidade Federal do Oeste do Pará
Email: remitaviegas@outlook.com

8Graduada em medicina Pela Universidade Estadual do Pará
E-mail: flaviakarolinesouza@gmail.com

9Universidade Federal do oeste do Pará
E-mail: thiagoborges.tb20@gmail.com

10Email: eduardofelipecardoso91@gmail.com
Centro universitário do Pará – Cesupa