PERCEPÇÃO DE MULHERES ACERCA DA ASSISTÊNCIA PRÉ E PÓS CESARIANA

Women’s perception of pre- and post-cesarean section care Percepción de las mujeres sobre los cuidados pre y post cesárea

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10257275


Maria Laís Sousa Alencar Pereira
Lorena Karen de Morais Moura Castro
Patrick Dean Pereira de Sousa Santos
Fernanda Silva Lopes de Macedo

RESUMO

Objetivo: Conhecer a percepção de mulheres acerca da assistência pré e pós- cesariana, bem como caracterizar o perfil das mulheres assistidas em uma maternidade do Maranhão a partir das seguintes variáveis: idade, escolaridade, número de partos, situação conjugal, renda, religião, comorbidades e idade gestacional. Ainda, discutir a assistência à mulher no pré e pós-operatório cesariano com base no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN). Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, conduzida com 12 mulheres, puérperas e multíparas, com idade maior igual a 18 anos. As entrevistadas foram investigadas quanto ao seu perfil socioeconômico e quanto a sua percepção acerca da assistência pré e pós cesariana. Os dados obtidos foram analisados qualitativamente e descritos nos resultados da pesquisa. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A maioria relatou terem sido bem tratadas do momento que foram admitidas no hospital, até retornarem para o quarto compartilhado com outras puérperas. Conclusão: Conclui-se que obter informações sobre a característica de determinada população é o princípio para elaborar planos de intervenção fundamentados nas necessidades encontradas e tornar eficaz a assistência do serviço de saúde.

Palavras-Chave: Cesária, Assistência, Percepção.

ABSTRACT

Objective: To understand the perception of women regarding pre- and post-cesarean section care, as well as characterize the profile of women assisted in a maternity hospital in Maranhão based on the following variables: age, education, number of births, marital status, income, religion, comorbidities and gestational age. Furthermore, discuss assistance to women in the pre- and post-operative cesarean section based on the Pre-Natal and Birth Humanization Program (PHPN). Methods: This is an

exploratory and descriptive research, with a qualitative approach, conducted with 12 women, postpartum and multiparous women, aged over 18 years. The interviewees were investigated regarding their socioeconomic profile and their perception regarding pre- and post-cesarean section care. The data obtained was qualitatively analyzed and described in the research results. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results: The majority reported that they were well treated from the moment they were admitted to the hospital, until they returned to the room shared with other postpartum women. Conclusion: It is concluded that obtaining information about the characteristics of a given population is the principle for developing intervention plans based on the needs found and making health service assistance effective.

Key words: Cesarean section, Assistance, Perception.

RESUMEN

Objetivo: Comprender la percepción de las mujeres sobre la atención pre y post cesárea, así como caracterizar el perfil de las mujeres atendidas en una maternidad de Maranhão a partir de las siguientes variables: edad, escolaridad, número de nacimientos, estado civil, ingresos, religión, comorbilidades y edad gestacional. Además, discutir la asistencia a la mujer en el pre y postoperatorio de cesárea a partir del Programa de Humanización del Prenatal y del Nacimiento (PHPN). Métodos: Se trata de una investigación exploratoria, descriptiva, con enfoque cualitativo, realizada con 12 mujeres, puérperas y multíparas, mayores de 18 años. Las entrevistadas fueron investigadas sobre su perfil socioeconómico y su percepción sobre la atención pre y post cesárea. Los datos obtenidos fueron analizados cualitativamente y descritos en los resultados de la investigación. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación. Resultados: La mayoría informó que fueron bien tratadas desde el momento en que ingresaron al hospital, hasta que regresaron a la habitación compartida con otras puérperas. Conclusión: Se concluye que obtener información sobre las características de una determinada población es el principio para desarrollar planes de intervención basados en las necesidades encontradas y hacer efectiva la asistencia de los servicios de salud.

Palabras clave: Cesárea, Asistencia, Percepción.

1 INTRODUÇÃO

      A gestação compreende um período de formação de um novo ser, que se inicia na concepção, estendendo-se por um período de cerca de 40 semanas, e termina com o parto, em que ocorrem alterações profundas no que respeita ao estilo de vida, provocando mudanças não apenas na vida pessoal, mas também na vida do casal e de toda a família, sendo uma fase de preparação física e psicológica, para o nascimento e para a parentalidade (MENDES, 2009; COUTINHO et al., 2014).

      A assistência pré-natal é o primeiro contato das mulheres com os serviços de saúde devendo ser organizada para atender suas principais necessidades, por meio de conhecimentos técnico-científicos e dos recursos preconizados. Dessa forma, o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) institui um conjunto de procedimentos e exames a serem oferecidos a todas as gestantes durante a atenção pré-natal: (a) início da assistência até o quarto mês de gestação (16ª semana); (b) mínimo de seis consultas, preferencialmente uma no primeiro trimestre gestacional, duas no segundo e três no terceiro; (c) rotina de exames laboratoriais e vacinação, (d) atividades educativas e (e) consulta puerperal (MENDES et al.,2020).

      O puerpério compreende o tempo de seis a oito semanas após o parto, pode ser dividido, didaticamente, em três períodos: imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45º dia) e remoto (a partir do 45º dia). Nesse período, ocorrem modificações internas e externas, modificando a parte psíquica, em que a mulher necessita de cuidado e proteção, sendo necessário atendimento em sua totalidade, por meio de uma visão integral que considere o contexto sociocultural e familiar. Por isso, os profissionais de saúde devem estar atentos e disponíveis para perceber as reais necessidades apresentadas por cada mulher (ANDRADE et al., 2019).

      O PHPN do Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria n° 599 de 01 de Junho de 2000, instiui o acesso das gestantes e recém-nascidos a atendimentos dignos, humanizados e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e período neonatal, organizando as rotinas dos procedimentos e da estrutura física, bem como a incorporação de condutas acolhedoras e não-intervencionistas (BRASIL, 2000).

      Diante do exposto, o PHPN enfatiza o adequado acompanhamento do parto e puerpério, tendo uma assistência obstétrica e neonatal humanizada. A humanização compreende, entre outros, dois aspectos fundamentais: o primeiro relacionado à adoção de uma postura ética e solidária por parte dos profissionais e diz respeito à convicção de que é dever das unidades de saúde receber com dignidade a mulher, seus familiares e o recém-nascido, na qual, a instituição deve organizar-se de maneira a criar um ambiente acolhedor, adotando condutas hospitalares que rompam com o tradicional isolamento imposto à mulher (PHPN, 2002).

      O segundo refere-se à adoção de medidas e procedimentos benéficos para o acompanhamento do pré-natal, do parto e do pós-parto, evitando práticas intervencionistas desnecessárias que, embora possam ser realizadas, não beneficiam a mulher, nem o recém-nascido e que, com frequência, acarretam maiores riscos para ambos (PHPN, 2002).

1.1 Objeto de estudo

  • A percepção de mulheres acerca da assistência pré e pós- cesariana.

1.2 Questão norteadora

  • Qual a percepção de mulheres acerca da assistência pré e pós- cesariana?
1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

• Conhecer a percepção de mulheres acerca da assistência pré e pós- cesariana.

1.3.2 Objetivos específicos
  • Caracterizar o perfil das mulheres assistidas em uma maternidade do Maranhão a partir das seguintes variáveis: idade, escolaridade, número de partos, situação conjugal, renda, religião e comorbidades.
  • Discutir a assistência à mulher no pré e pós-operatório cesariano com base no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN).
1.4 Justificativa

É necessário que se tenha maior segurança e compreensão nos atendimentos relacionados às mulheres no pré-natal e no puérperio, a equipe de saúde deverá proporcionar informações claras, seguras que atendam à mulher de forma integral e acolhedora, engajando-a ao serviço e fazendo com que ela realize o acompanhamento no pré-natal, garantindo assim, a assistência especializada na promoção à sua saúde e prevenção de agravos para o bebê, diminuindo os riscos de morbimortalidade materna e fetal.

2 REFERENCIAL TEMÁTICO
2.1 Pré- natal e a importância da assistência médica

              No período gravídico, a mulher passa por alterações psicobiológicas e precisa receber orientações dos profissionais da saúde, seja ele médico, enfermeiro, dentista ou nutricionista. Sendo assim, a assistência pré-natal é o princípio para o profissional incentivar a gestante a ter cuidados específicos com sua saúde e passar conhecimentos a cerca da gravidez, exames que precisam ser realizados, quantas consultas a cada mês, tipos de parto, amamentação e métodos contraceptivos no pós- parto (CARDOSO et al., 2019).

              O pré-natal é o acompanhamento que se dá por meio de um conjunto de condutas- consultas, exames, prescrições, aconselhamentos, apoio e educação em saúde- que têm por objetivo garantir que as fases da gestação (contadas em trimestres e semanas), do parto e puerpério (até 45 dias após o parto) sejam livres de intercorrências e doenças, que possam afetar não só a mãe, como o feto, em exemplo da diabetes gestacional, eclâmplsia e morte materna (MARQUES et al., 2021).

  A assistência gestacional de qualidade envolve ações que contemplem melhoria e garantia do acesso das gestantes, bem como cobertura e qualidade na assistência às gestantes no pré-natal, parto e puerpério e ao recém-nascido, levando em consideração que as mesmas sejam atendidas em rede de atendimento próprio, ou seja, que possam aderir ao programa de consultas, realização de exames, participação em seminário e rodas de conversas sobre a gestação e demais assuntos (SILVA, 2012).

  No entanto, apesar da alta cobertura de pré-natal entre as gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), estudo com amostra nacional realizado em 2011/2012 que analisou a adequação pré-natal conforme as recomendações do Ministério da Saúde demonstrou que apenas 21,6% das mulheres receberam acompanhamento pré-natal considerado. Então, a pesquisa reforça que somente a alta cobertura de consultas no acompanhamento pré-natal não garante necessariamente a qualidade da assistência prestada (DOMINGUES et al., 2015).

  Tostes e Seidl (2016) afirmam que o transpassar de informações corretas para as gestantes e acompanhantes, esclarecendo dúvidas e uma escuta qualificada a respeito dos anseios relativos ao trabalho de parto e ao parto são fatores que favorecem as vivências desses momentos, diminuindo o medo e, também, a promoção de palestras é a principal fonte de informações e esclarecimento de dúvidas no pré-natal, aproximando o profissional da mulher gestante.  

  Destarte, a assistência obstétrica precisa ter como foco a identificação de fatores de risco para morbimortalidade materna e os profissionais de saúde incorporar em sua prática clínica abordagens que contribuam para a promoção da igualdade de gênero e dos direitos humanos das mulheres. Acompanhamento e cuidado desta mulher incluem, além da atenção diferenciada aos fatores determinantes do risco, respeito ao desejo de ser mãe, aos aspectos culturais e sociais e à prestação de uma assistência humanizada e acolhedora (CABRITA et al., 2015; MARCELINO et al., 2017).

2.2 Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento e a tentativa de minimizar mortes maternas e fetais

              O Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) foi criado pautado em dois princípios: toda gestante tem o direito de atendimento humanizado, seguro e de qualidade na gestação, parto e puerpério de acordo as condições estabelecidas pela prática médica e, todorecém-nascido tem direito à assistência neonatal humanizada e segura. Para tanto, essas atividades devem ser abrangentes com consultas gestacionais e pediátricas, exames laboratoriais, exames de imagem, imunização, classificação de risco gestacional e atividades educativas (BRASIL, 2000). 

              Apesar dos avanços nas ofertas de assistência pré- natal, o número de mortes maternas e perinatais ainda é grande quando se trata do contexto mundial. Estimativas feitas através de grupos orientados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que, no ano de 2017, cerca de 290 mil mulheres vieram a óbito por complicações durante a gravidez e parto. Ainda, conforme dados a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 2,8 milhões de mulheres e recém- nascidos morrem todos os anos, o que equivale a um a cada 11 segundos e, que a vulnerabilida da mulher e do bebê aumento durante e após o parto (ONU, 2019). 

              Embora as políticas criadas- Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (2000), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, ambos em 2004, e o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal (2009)- tenham garantido progressos no direito à saúde, com acesso praticamente universal ao pré-natal e ao parto hospitalar e redução da morbimortalidade materna e infantil, a manutenção desses indicadores em valores elevados em comparações internacionais indicam obstáculos a superar (GAMA; THOMAZ; BITTENCOURT, 2021).

              Dentre eles encontram- se o predomínio de causas evitáveis de óbito materno e infantil, a alta frequência de intervenções obstétricas desnecessárias, como a cesariana e a concentração de óbitos neonatais nas primeiras horas de vida. Esta situação remete à gestão dos serviços e aos processos de trabalho no cuidado à saúde da mulher e ao neonato, especialmente no ambiente hospitalar, no qual um percentual importante de eventos adversos ocorre (GAMA; THOMAZ; BITTENCOURT, 2021).

              Segundo o PHPN, uma assistência pré- natal (PN) ideal corresponde ao cumprimento das seguintes recomendações: início da assistência PN até o 4° mês de gestação; número mínimo de seis consultas para uma gestação a termo; aplicação de vacina antitetânica dose imunizante ou dose de reforço em mulheres já imunizadas; realização de atividades educativas; classificação de risco gestacional e garantia de acesso à unidade de referência para atendimento ambulatorial e/ou hospitalar à gestação de alto risco e realização de exames laboratoriais no primeiro e terceiro trimestre (BRASIL, 2000).

2.3 Parto cesáreo e a assistência à mulher no pré e pós- operatório

             A primeira gestação e parto causam os sentimentos de ansiedade e medo na mulher, por não se ter experiência real e escutar relatos de pessoas próximas que não tiveram boas memórias do momento de parir. Ainda, a mídia influencia no que seria melhor para a mulher, mesmo sem conhecer as fases do parto, as complicações e indicações (DAMACENO; MARCIANO; ORSINI, 2021).

              Na atualidade, a principal ideia relacionada ao trabalho de parto é a de dor e

sofrimento. Tais ideias são transferidas através das gerações com base na vivência feminina e, com a aproximação da realização do parto, além da aflição pela dor, surge o medo de prejudicar a saúde fetal, medo da anestesia, do desconhecido, dos riscos e da recuperação de uma cesárea. Por isso, a equipe de saúde, que acompanha o pré-natal, também contribui para confirmação dessas impressões maternas (DAMACENO; MARCIANO; ORSINI, 2021).

              Em um estudo realizado em 2015 na maternidade pública da Região Metropolitana de Belo Horizonte– MG, os pesquisadores analisaram dados de 82 parturientes e compararam os números entre partos cesárea e normais, além das variáveis aplicadas ao parto, verificando que, das 82 parturientes, 52 tiveram o parto cesáreo, correspondendo a 63,41% do número total, enquanto que 36,59% das mulheres passaram pelo parto eutócico, o que corresponde a 30 casos. A respeito das variáveis, as maiores indicações para cesariana estavam entre os casos de Desproporção Céfalo-Pélvica (DCP) (42,31%) (MOREIRA et al., 2016).

              Devido ao número elevado de cesarianas, o Ministério da Saúde promove ações para humanização da assistência aos partos e aos nascimentos baseando-se em normas da OMS e nas desvantagens que a cesárea possui quando comparada ao parto vaginal em relação à mortalidade perinatal e materna. Portanto, recomenda- se que apenas 10 a 15% dos partos sejam cesarianos (CAMPOS et al., 2017).                Dessa forma, o programa PHPN, visa ao longo do processo parturitivo resgatar a dignidade da mulher em trabalho de parto, suas transformações quanto aos cuidados durante a gravidez, parto e puerpério, não expondo a gestante ao uso excessivo de terapia medicamentosa e procedimentos cirúrgicos sem que haja real necessidade (BARROS, 2015). 

              A preocupação atual com a humanização no parto implica dar liberdade às escolhas da parturiente, prestar um atendimento focado em suas necessidades, aliviar seus anseios, esclarecer as suas dúvidas, para que exista confiança entre a parturiente e a equipe que a assiste. Depois, a assistência no pré e pós- parto deve ser pautado em um pré- natal responsável, com o mínimo de consultas e exames realizados, observar o uso de medicações, patologias associadas, orientar, acalmar e apoiar, bem como, no pós- parto, acompanhar a puérpera e o bebê, esclarecer sobre o estado de saúde, prestar cuidados associado com a equipe multiprofissional e saber agir diantes das complicações que podem vir a aparecer (GUIMARÃES et al., 2021). 3 MÉTODOS

O presente estudo trata-se de de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. Segundo Gil (2017), as pesquisas descritivas têm como objetivo principal de descrever características de uma determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis e, a pesquisa exploratória, proporciona uma maior familiaridade com o problema.

A pesquisa será realizada na Unidade de Internação Obstétrica do Hospital Regional Alarico Nunes Pachêco, localizado na Avenida Luís Firmino de Sousa, nº 2258, no bairro São Benedito, na cidade de Timon- Maranhão, em que são realizados atendimentos na área clínica cirúrgica, pediátrica, obstetrícia e ambulatorial.

A população base foi obtida com base na quantidade de partos cirúrgicos realizados no Hospital Regional Alarico Nunes Pachêco, sendo uma média de 180 partos cirúrgicos por mês. Dessa forma, foi utilizada uma calculadora oline para cálculo amostral, com confiabilidade de 95% e com margem de erro de 5%, resultando em uma amostra de 123 puérperas.

 No que tange à amostragem, devido a natureza qualitativa do estudo, a preocupação está centrada no aprofundamento e na abrangência da compreensão acerca do objeto de estudo, entendendo como o número adequado de entrevistas aquele capaz de refletir a totalidade nas suas dimensões. Assim, o estudo objetiva o esgotamento das categorias e a saturação das falas dos sujeitos de pesquisa (FONTANELLA; RICAS; TURATO, 2008).

Dessa forma, participaram da pesquisa 12 mulheres, puérperas e multíparas, selecionadas a partir da análise da quantidade de mulheres que são atendidas diariamente no Hospital Regional Alarico Nunes Pachêco. Os critérios de inclusão definidos para o estudo são: ter idade ≥ 18 anos e ter sido submetida à cirurgia de cesariana. Os fatores de exclusão são: ter tido parto vaginal e ter sido diagnosticada com alguma condição que inviabilize a participação na pesquisa por meio de entrevista, de acordo com o diagnóstico da equipe do hospital. 

A amostra foi selecionada mediante busca ativa de indivíduos que cumprem os critérios da pesquisa. Em seguida, foi realizado um convite para participar da pesquisa e, caso a paciente aceite, os questionamentos da entrevista serão aplicados.

Os dados foram coletados através de um roteiro de entrevista semiestruturada, contendo questionamentos que caracterizam o perfil das participantes da pesquisa e uma questão subjetiva relacionada ao objeto de estudo. Para esse propósito, as pesquisadoras identificaram as mulheres conforme os critérios de inclusão estabelecidos no estudo. Após identificadas, foi realizado um convite para participar da pesquisa e, após aceito, os questionamentos da entrevista foram aplicados, em um período de tempo de aproximadamente 30 minutos.

As puérperas responderam à entrevista aplicada pelas pesquisadoras e, em seguida, as respostas foram interpretadas na íntegra e analisadas individualmente. As informações que caracterizam o perfil socioeconômico das participantes foram tabuladas estatisticamente e analisadas descritivamente nos resultados da pesquisa. Ainda, no que se refere ao questionamento acerca da assistência da mulher no pré e pós-operatório cesariano, foram levados em consideração para o estudo tanto dados convergentes quanto dados divergentes entre as respostas das entrevistadas, podendo estabelecer, assim, relações de comparação.

A pesquisa iniciou-se após a autorização e aprovação do Comitê de Ética, obedecendo a resolução 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e respeitando a ética em pesquisa com seres humanos. Possui CAAE 74624723.5.0000.5210 e número de parecer 6.542.179.

Os riscos dessa pesquisa incluem a exposição de dados pessoais dos envolvidos no estudo durante a entrevista realizada com as pesquisadoras, podendo, assim, perder a confidencialidade das informações.

Para a redução desses riscos, não será permitido foto ou uso de qualquer outro dado que possibilite identificar as pacientes envolvidas na pesquisa. Os  benefícios da pesquisa serão proporcionados  pelo levantamento de dados a respeito da assistência a mulher no pré e pós-operatória cesariano, possibilitando acesso a resultados importantes que almejam uma  assistência holística à mulher, além de instigar a realização de estudos nesse campo de pesquisa e consequentemente, maior embasamento multidisciplinar.

4 RESULTADOS

              Participaram da pesquisa 12 puérperas de parto cesáreo, com a média de faixa etária de 26,25 anos. Dentre elas quatro (33,3%) possuiam ensino fundamental incompleto, três (25%) possuiam ensino fundamental completo e cinco (41,7%) ensino médio completo. Em relação ao parto, cinco dessas mulheres já estavam no terceiro parto e a média entre elas foi de 2,4 (Tabela 1).

              Em relação à situação conjugal, seis (50%) eram solteiras, três (25%) estavam em união estável, duas (16,7%) eram casadas e uma (8,3%) divorciada. Quanto à renda mensal, apenas uma recebia um salário mínimo e as demais relataram receber bolsa família ou não ter renda. Depois, cinco delas declararam não possuir religião, quatro são católicas, duas evangélicas e uma relatou ter outra crença. Por fim, nenhuma possui comorbidades (Tabela 1).

Tabela 1. Perfil socioeconômico das puérperas participantes da pesquisa. Timon, 2023. (n=12)
                           Variáveis                                       n % Média
Faixa etária                                          26,25
14 a 20 anos3 25 
21 a 27 anos7 58,5 
28 a 34 anos2 16,5 
Escolaridade    
Ensino fundamental incompleto4 33,3 
Ensino fundamental completo3 25 
Ensino médio incompleto0 0 
Ensino médio completo5 41,7 
Ensino superior incompleto0 0 
Ensino superior completo0 0 
Nº de partos   2,4
12 16,7 
23 25 
35 41,7 
41 8,3 
>41 8,3 
Situação conjugal    
Solteira6 50 
União Estável3 25 
Casada2 16,7 
Divorciada1 8,3 
Renda mensal    
Sem renda11 91,7 
1 salário mínimo1 8,3 
2 salários mínimos0 0 
3 salários mínimos0 0 
4 salários mínimos0 0 
Religião    
Sem religião5 41,7 
Católica4 33,3 
Evangélica216,7                      
Espírita0      0                      
Outra18,3 
Comorbidades  
HAS0
DM0
Outras0
Sem comorbidades12100 

              Ao final do questionário as puérperas puderam descrever a experiência que tiveram durante o estágio do pré e pós- cesariano. Diante disso, a maioria relatou terem sido bem tratadas do momento que foram admitidas no hospital, até retornarem para o quarto compartilhado com outras puérperas:

              Puérpera 05. “Meu parto foi programado e quando cheguei ao hospital fui bem tratada pela equipe da enfermagem e a médica que realizou meu parto foi legal…”

              Puérpera 07. “Eu tive três partos cesáreos e no terceiro meu filho nasceu morto, não sei se foi devido a isso, mas no sábado minha bolsa estourou e quando cheguei no hospital não tinha dilatação, então o médico decidiu não induzir, já fui para o cesáreo e foi bem tranquilo, já até tomei banho…”

             Todavia, duas citaram sofrer violência obstétrica:

              Puérpera 01. “Eu cheguei sentindo muitas dores e fiz xixi com sangue, mesmo assim o médico induziu ao parto normal. Só depois de 6 horas que fui para o cesáreo. Ainda sinto bastante dores e estou aqui há uma semana…” 

             Puérpera 10. “Fui no hospital da minha cidade por que estava com corrimento verde e lá disseram que poderia ser uma infecção vaginal e passaram uma pomada, eu não usei e vim direto para Timon, quando cheguei e o médico fez o toque ele disse que o bebê estava em sofrimento, fui para a sala de cirurgia e tiraram meu filho, mas não pude ficar com ele pois estava com 34 semanas e passei algumas horas sem notícias dele…”

5 DISCUSSÃO

              O parto cesáreo (PC) é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns no Brasil (RIBEIRO, 2016). Um comparativo entre as vias de parto no Brasil foi realizado entre os anos 2008 e 2016 e, apenas no ano de 2008 o parto natural (PN) foi predominante à cesariana, com uma diferença de quase 100 mil casos. Nos anos subsequentes, a cesárea prevaleceu com variações entre 300 e 400 mil casos (ANS 2016; BRASIL 2016).

              Algumas razões são definidas para o aumento dos casos de cesáreas no país nas últimas décadas, entre elas, a maneira como a assistência ao nascimento é organizada no país (centrada na atuação individual dos profissionais), as características socioculturais, o medo de sentir dor e não conseguir realizar o parto normal, a flexibilidade de decidir o dia e o horário do nascimento, manter a integridade da vagina e do períneo e a qualidade da equipe obstétrica e tecnologias utilizadas (SILVA et al., 2019; MELO et al., 2015).

              A operação cesariana traz benefícios a gestantes e crianças quando sua indicação é bem determinada, por isso, nas maternidades públicas brasileiras a recomendação feita aos profissionais é que se tenha boa comunicação e troca de informações com a paciente em todo processo de acompanhamento e o direito dela de participar sobre as decisões e saber sobre condutas a serem tomadas, riscos e benefícios. A negativa dessa conduta se caracteriza como violência obstétrica, por privar a mulher de conhecer e exercer seus direitos, calar sua voz diante de seus medos e desejos, e por favorecer a desumanização da assistência (BRASIL, 2017).               Além disso, o pós-parto é caracterizado, muitas vezes, por sentimentos ambivalentes tais como: angústia e alívio, experiência do parto (seja boa ou ruim) e nascimento do filho saudável, desconforto físico (inerente ao tipo de parto), medo de não conseguir amamentar, sentimentos de decepção com o filho (pelo sexo ou aparência física), receio da incapacidade de cuidar e responder às necessidades do bebê e não ser uma boa mãe (SANTOS; CAMPO, 2022).

              Com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência e garantir que a mulher passe a ser vista como sujeito do seu processo de saúde, no âmbito da atenção obstétrica, o MS instituiu PHPN, que tem como elementos estruturadores a humanização da assistência e os direitos reprodutivos das mulheres (BRASIL, 2014).               As puérperas dessa pesquisa têm média de faixa etária de 26,25 anos e o estudo realizado em um município de São Paulo registrou a faixa etária materna mais frequente foi de 25-29, com média de 27 anos. Também, ao comparar a idade da mulher e o tipo de parto, nota- se que as mulheres em idade reprodutiva e na fase adulto jovem preferem o parto cesáreo (CARVALHO; ZUIM, 2023). Uma outra pesquisa realizada em Feira de Santana, na Bahia, indica que a maioria das gestantes possui idade entre 20 e 30 anos (AVANZI et al., 2023). Sendo assim, revela que as mulheres estão tendo filhos em boa idade reprodutiva, ou seja, com menor risco de complicações no parto e de anomalias ou patologias no bebê.

              Quanto ao tempo de escolaridade os dados revelam que a maioria possui ensino médio completo e, ao relacionar com a pesquisa supracitada, a maior parte possui o ensino fundamental completo ou médio incompleto (42,4%) (AVANZI et al.,

2023). Além disso, ao realizar a pesquisa, observou- se que há uma diminuição de nascidos vivos com mães de 14-20 anos, que naturalmente, é a maior representante da faixa com menos instrução educacional, visto que, não teriam tempo de completar os oito anos de instrução (SANTOS; GOUVEIA, 2023).

              Em relação ao parto, cinco dessas mulheres já estavam no terceiro parto cesáreo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza em até 15% a proporção recomendada de PC (BRASIL, 2014).  Um estudo que avaliou a associação entre fatores institucionais, perfil da assistência ao parto e as taxas de cesariana no estado de Santa Catarina, demonstrou que as cesarianas corresponderam a quase o dobro nas maternidades privadas, quando comparados às do Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando que o PC no Brasil parece estar associado às condições socioeconômicas e ao direito de escolha, aliado aos avanços tecnológicos na área da medicina (FREITAS; FERNANDES, 2016; GUIMARÃES et al., 2021). 

              Destarte, outros estudos desenvolvidos frente a essa temática demonstram a soberania do PC em detrimento do PN, com ênfase em instituições privadas. Todavia, em alguns hospitais públicos a cesariana apresenta-se como mais prevalente, pois dados da pesquisa intitulada- Indicações de partos cesáreos em hospitais de atendimento ao Sistema Único de Saúde: baixo e alto riscos- revelaram que houve realização de PC em 56,3% e 32,4% dos casos. As indicações prevalentes de cesáreas foram: sofrimento fetal, falha na indução ao parto e iteratividade e desproporção céfalo-pélvica (NOVO et al., 2017).

              Desse modo, um estudo realizado em um hospital municipal do estado de São Paulo, também demonstrou a maior ocorrência de PC entre os partos correspondendo a 60,4% dos nascimentos. Chama-se atenção para o fato de que das 331 pacientes com um parto anterior ou mais do tipo cesariana, foram submetidas ao PC novamente, o que demonstra que há uma forte associação entre cesárea prévia e via de parto em gestações posteriores (CRUZ, 2018).

              As mulheres solteiras e com união estável somam o maior número de partos cesáreo, relacionando com o estudo feito no Hospital Municipal Geral e Maternidade da cidade de Pedreiras, no município do Maranhão a grande maioria (74,4%) das entrevistadas eram solteiras (FERNANDES; ALMEIDA; NASCIMENTO, 2021). Em contrapartida aos resultados desta pesquisa, um estudo realizado em Santa Catarina revelou que a menor parte das gestantes eram solteiras (JUNIOR; STEFFANI; BONAMIGO, 2013). Portanto, com o passar de uma década, as relações se modificaram, o casamento já não é tão importante para formar a família, e isso condiz com a falta de crença das puérperas, em que quase metade das entrevistadas (41,6%) relataram não possuir religião.

              Ainda, O predomínio de mães com apoio de um companheiro favorece sua recuperação, uma vez que a situação conjugal segura traz melhorias quanto à situação psicológica e estabilidade econômica (SILVA; CAVALCANTE; OLIVEIRA, 2019). Depois, as mulheres que não possuem companheiro e nem crença religiosa, se sentem inseguras e mais propensas a terem depressão pós- parto.

              Quanto à renda mensal, apenas uma recebia um salário mínimo e as demais relataram receber bolsa família ou não ter renda. Em contrapartida, um estudo realizado na Zona da Mata Mineira, demonstrou que grande parte das mulheres (35,8%) trabalhavam e tinham renda entre 1 e 3 salários mínimos (PAIVA et al., 2023).              As puérperas não tinham comorbidades que pudessem colocar suas vidas e de seus bebês em risco, tal fato é importante para chegar bem ao fim da gestação e desenvolvimento da criança. De fato, a hipertensão arterial sistêmica pode causar alta abrupta da pressão e levar à pré- eclâmpsia; o diabetes gestacional afeta não só a mãe, como a criança pode herdar o diabetes tipo 1 (que vem do nascimento); as infecções sexualmente transmissíveis, se não tratadas durante o pré- natal, causam sequelas irreversíveis e podem levar ao óbito materno- fetal, bem como outras patologias que podem acometer a mulher (NERBASS et al., 2023).

              Para realizar a entrevista não houve resistência das puérperas ou profissionais do hospital. Ademais, para a maioria das mulheres, houve boas práticas na assistência ao parto, observado no relato verbal no momento da aplicação do formulário de pesquisa. Logo, no que tange à presença do acompanhante, contato com bebê após o parto e amamentação na primeira hora de vida, corroboraram com a literatura (CARVALHO et al., 2019).

6 CONCLUSÃO

              Ao se tratar de boas práticas de assistência ao parto, ainda existe forte interesse do setor público em associar ao parto normal, por isso, existe a necessidade de voltar atenção ao parto cesáreo, visto que, o Brasil é um dos campeões nesse tipo de cirurgia. 

              Dessa forma, obter informações sobre a característica de determinada população é o princípio para elaborar planos de intervenção fundamentados nas necessidades encontradas e tornar eficaz a assistência do serviço de saúde.               O perfil das puérperas atendidas na maternidade do Hospital Regional Alarico Nunes Pachêco é de mulheres jovens, a maioria com ensino médio completo, solteiras e submetidas a parto cesáreo, sem religião, grande parte recebem bolsa família e sem comorbidades. Desse modo, se vê que não há tanta preparação ou cuidados para chegar com sucesso ao parto normal, e então, precisam ser submetidas ao parto cesáreo, seja por escolha própria ou por intercorrências que podem colocar a vida da mãe e do bebê em risco. 

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