REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7957855
Beatriz Tres
Janaina De Morais Ruschel
Jacqueline Ramos Da Silva
Silviane Galvan
resumo
Introdução: A primeira hora de vida, conhecida também como hora dourada é caracterizada pelo contato pele a pele entre mãe e bebê no momento do nascimento, essa ação atua como uma terapêutica recomendada pelo Ministério da Saúde, pois possui inúmeros benefícios, tais como facilidade de eliminar o mecônio, redução de morbidade infantil, prevenir hipotermia e promover o aleitamento materno. Objetivo: Verificar a percepção da equipe multidisciplinar sobre a amamentação na primeira hora de vida. Método: Trata-se de um estudo exploratório com abordagem quantitativa, realizado com a equipe multidisciplinar, realizado no Hospital e Maternidade de Itaipulândia, para a coleta de dados utilizou-se um questionário com 34 perguntas fechadas. Foram empregados métodos de estatística básica para análise de dados. Conclusão: A amamentação na primeira hora de vida do bebê é motivada por diversas razões maternas no ponto de vista deste trabalho que é pelo ponto profissional os trabalhadores sabem da devida importância do contato pele a pele, do alojamento conjunto, e sempre estão a favor desta prática. Porém há alguns fatores associados à amamentação que interferem na adesão a essa prática para a amamentação na primeira hora de vida. O reconhecimento desses fatores, podem se manifestar positivamente ou negativamente.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Trabalho de Parto. Pele. Terapêutica. Vida. Saúde
1 INTRODUÇÃO
A primeira hora de vida, conhecida também como hora dourada é caracterizada pelo contato pele a pele entre mãe e bebê no momento do nascimento, ainda na sala de parto, essa ação atua como uma terapêutica recomendada pelo Ministério da Saúde (SHARMA, 2017; WYCKOFF, 2015). Trata-se de um procedimento seguro, barato e que permite benefícios de curto e longo prazo (SANTOS 2014; MOORE, 2012).
Este ato é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1996, e permanece até o momento como uma experiência positiva dos cuidados da equipe multidisciplinar, lembrando que essa estratégia é orientada na primeira hora de vida para os neonatos sem complicações, por prevenir hipotermia e promover o aleitamento materno (OMS, 1996; OMS, 2018).
Neste momento da hora dourada a amamentação prolongada possui inúmeros benefícios, tais como facilidade de eliminar o mecônio e redução de morbidade infantil (LEAL et al., 2014). Evidências científicas comprovam que o leite materno é o maior responsável pela proteção do recém-nascido (RN), protegendo-o de infecções e também da mortalidade neonatal, além disso proporcionando uma proteção para a mãe (OMS, 2020). Por essa razão tem se aumentado a promoção e o incentivo ao aleitamento materno.
Estudos científicos frisam a superioridade do leite materno em relação a outros leites e fórmulas. São fartos os argumentos a favor do aleitamento materno (BRASIL, 2015), Tais benefícios como evitar mortes infantil. Estima-se que o leite materno pode evitar até 13% da mortalidade em crianças menores de 5 anos no mundo, graças aos seus inúmeros fatores imunológicos que protegem contra infecções. Evita a diarreia, infecções respiratórias, diminui o risco de alergia, hipertensão, diabetes, colesterol alto, reduz a chance de obesidade, nutre melhor a criança, há evidências também que comprovam que o aleitamento materno influencia no desenvolvimento cognitivo (BRASIL, 2015).
Amamentar vai além de alimentar a criança. É um processo que possui interação profunda entre mãe e filho, com resultado no estado nutricional da criança, em sua capacidade de se defender de infecções, promovendo o desenvolvimento cognitivo e emocional, e em sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe (BRASIL, 2015). A OMS reconhece que a amamentação exclusiva é quando a criança não recebe nenhum outro alimento além do leite materno, até os seis meses de idade, e após essa idade inicia-se a introdução a alimentos sólidos (OMS, 2001).
Além destes benefícios o ato da criança mamar, melhora o desenvolvimento da cavidade bucal, o exercício que a criança faz para retirar o leite da mama é de extrema importância para o desenvolvimento efetivo de sua cavidade oral, possibilitando uma melhor formação do palato duro, o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma boa oclusão dentária. Portanto, o desmame precoce pode levar ao mal desenvolvimento motor oral adequado, podendo afetar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora oral (BRASIL, 2015).
Dessa maneira podemos ter uma visão mais ampla e saber que a equipe multidisciplinar tem um papel de suma importância, na orientação, correção e no incentivo ao aleitamento materno. Essas orientações devem estar alinhadas com as boas práticas e levar em conta o conhecimento prévio e desejo dessa mãe que amamenta. Para Matos et al. (2009), a equipe multidisciplinar quando afetada pela ansiedade em realizar os cuidados cotidianos, pode influenciar no tempo de prolongação desse contato pele a pele, se preocupando principalmente com os nascimentos perto do término do turno, ou sobrecarga do trabalho. Sendo assim a equipe precisa estar preparada para suprir necessidades, encorajando e incentivando a amamentação (MONTEIRO; NAKANO; GOMES, 2006).
Apesar de todas as evidências científicas e esforços de diversos órgãos nacionais e internacionais, o predomínio do aleitamento exclusivo no Brasil, está em um nível inferior ao que é recomendado, e o profissional de saúde tem papel fundamental na reversão desse quadro. Mas para isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele seja nos aspectos, o seu trabalho de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem-sucedido se ele não tiver um olhar atento, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros. Esse olhar necessariamente deve reconhecer a mulher como protagonista do seu processo de amamentar, valorizando-a, escutando-a e empoderando (BRASIL, 2015).
Sob o mesmo ponto de vista pouco se sabe sobre as vivências dos profissionais que atendem essas mulheres no âmbito hospitalar em relação à amamentação na primeira hora de vida (SAMPAIO et al., 2016). Baseado nessas perspectivas, alguns questionamentos manifestaram-se para nortear esse estudo: A equipe multidisciplinar conhece a importância da hora dourada e consegue praticar o contato pele a pele a estimulação da amamentação na primeira hora de vida conforme a recomendação do Ministério da Saúde?
Antunes et al. (2017) identificaram em seus estudos que ainda existem alguns déficit entre os profissionais da equipe multidisciplinar sobre a amamentação na primeira hora de vida, encontrando também algumas dificuldades na prática na instituição onde foi realizado o estudo. Levando em conta as divergências de opiniões, condutas, acrescentado de uma rotina corrida, e a falta de profissionais, são motivos que dificultam as práticas orientadas pelo ministério da saúde. Neste estudo os profissionais sugeriram uma atenção maior na hora do pré-natal, para que essa mãe fique munida de conhecimento para a hora do parto e pós-parto. Sugerindo-se uma reorganização na rotina hospitalar.
2 OBJETIVOS
Verificar a percepção da equipe multidisciplinar sobre a amamentação na primeira hora de vida.
3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório com abordagem quantitativa, realizado com uma equipe multidisciplinar. A pesquisa quantitativa é realizada de forma numérica, sem a presença de descritiva e costuma ser aplicada em estatística ou matemática. A maneira de avaliação dessa pesquisa foi realizada por meio iterativo em que as evidências são avaliadas. Os resultados foram frequentemente apresentados em tabelas e gráficos de forma conclusiva, podendo assim, ser utilizada para investigação e tomada de decisão (GARCES, 2010; ARAGÃO, 2011).
Já a pesquisa Exploratória busca novos acontecimentos, auxiliando dessa forma a demanda do pesquisador por um melhor entendimento, sendo capaz de testar a possibilidade de um estudo mais extenso ou definir os melhores métodos a serem utilizados em um estudo (SITTA et al., 2010; GARCES, 2010).
A presente pesquisa realizou-se no Hospital e maternidade de Itaipulândia, localizado na Rua XV DE NOVEMBRO CEP: 85880-000, Centro – Itaipulândia – PR, o hospital possui aproximadamente 1500m2, e encontra-se cadastrado no CNPJ 95725057000164, que realiza atendimento contínuo de 24 Horas por dia, que presta atendimento ao sistema único de saúde (SUS). O município conta com uma população estimada em 11.588 habitantes segundo o IBGE (2021).
A população de estudo foi constituída pela equipe multidisciplinar que consiste em médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudióloga e nutricionista atuante nos setores que trabalham na primeira hora de vida no Hospital Maternidade de Itaipulândia, uma maternidade de risco habitual do Paraná, que conta com 28 leitos totais, e atende uma média de 10 partos no mês. Para o cálculo amostral foi considerado a equipe que atua no parto de baixo risco que são 5 profissionais, erro amostral de 5% e nível de confiança de 90% a amostra será constituída de 5 participantes.
Foram critérios de inclusão todos os profissionais que atuam na maternidade que aceitarem participar do estudo e assinarem o TCLE: enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, pediatra e obstetras.
Para os critérios de exclusão foram considerados os profissionais que se encontram afastados, seja por motivos de saúde ou férias no período de coleta de dados, e/ ou não aceitaram assinar o TCLE.
O instrumento de pesquisa de dados partiu do instrumento desenvolvido por Cristina de Freitas Rodrigues (2019), em seu artigo nomeado “Protocolo de amamentação na primeira hora de vida”.
O questionário conta com três dimensões que foram aplicadas aos profissionais que atuam no processo de cuidado na maternidade, sendo estas: Dimensões I – Dimensão do perfil sociodemográfico dos profissionais;
Dimensão II – Dimensão materna e Dimensão III – Dimensão profissional.
A coleta aconteceu através de um questionário semiestruturado, que conta com questões fechadas, apontando uma proposta de pesquisa a respeito das dimensões que compõe a prática do aleitamento materno na primeira hora de vida. O questionário foi aplicado em uma sala do hospital que foi autorizada e reservada pela diretora do próprio.
Para a análise de dados coletados por meio do instrumento de pesquisa, as informações foram transcritas em um arquivo Microsoft Office Excel para a análise quantitativa. Sendo assim foi aplicado os métodos da estatística básica, tais como média, moda, desvios padrão e entre outros.
Seguindo os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus de Medianeira (UTFPR) (CAAE: 65612922.7.0000.0165) (Anexo B). Todos aqueles que aceitaram participar do estudo assinaram, juntamente com o pesquisador, duas vias, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo que uma via assinada ficou em posse do participante da pesquisa e a outra em posse do pesquisador responsável.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Realizaram-se 5 entrevistas com profissionais que desempenham funções no serviço obstétrico, através de um questionário composto por três dimensões. Dimensão l relacionado ao perfil sociodemográfico, com a intenção de conhecer a equipe, atuação profissional e institucional e seu tempo de formação.
As informações da tabela 1 referente ao perfil sócio demográfico apresenta que a formação prevalente é de enfermeiros sendo 3 (60%) do total, no que se relaciona-se a idade dos profissionais 2 (40%) estão com 27 anos.
Quanto ao tempo de formação 2 (40%) encontra-se com 3 anos. Observou-se que 2 profissionais estão com 2 anos (40%) de atividade neste hospital. Ademais, o tempo de atuação na área da maternidade apresentou que cerca de 2 (40%) profissionais estão atuando há um ano.
Logo após foram investigados a prática atual de amamentação na primeira hora de vida, foram analisadas dimensões tanto profissionais como maternas. Os aspectos estão estruturados na tabela 2 e 3, sendo tabela 2 com dados referente as respostas maternas e tabela 3 com respostas dos profissionais.
Tabela 02 – Aplicação do entendimento sobre a amamentação no ponto de vista materno. Itaipulândia, Pr, 2023.
As instruções no pré-natal a respeito do aleitamento materno na primeira hora de vida demonstraram que 3 (60%) profissionais consideram que foi eficaz a orientação, e cerca de 2 (40%) não compartilham da mesma opinião. De modo que os mesmos 3 (60%) relatam que a maioria destas mães não vem com uma experiência prévia de amamentação, mas 5 (100%) diz que todas demonstram interesse em realizar o ato. Levando em conta o ambiente de parto 5 (100%) dos profissionais relatam que as puérperas se sentem à vontade para expor suas dúvidas, anseios e desejos para a promoção eficaz e também sempre estão livres para a escolha do acompanhante.
Em todos os casos 5 (100%) dos profissionais relatam que as puérperas estão efetivamente orientadas sobre ingesta hídrica, alimentação, uso de bicos, chupetas, mamadeira, introdução precoce de chás e outros alimentos antes dos seis meses de idade, posição favorável para amamentação e também possíveis complicações nos seios como fissuras, mastite e ingurgitamento, sempre bem orientadas sobre a ordenha manual para evitar esses problemas, porém 4 (80%) relatam que nem todas estão devidamente informadas sobre o preparo e armazenamento correto do leite que foi ordenhado.
Ainda de acordo com os dados a equipe 4 (80%) explana que a puérpera solicita complementação na amamentação com fórmulas infantis. 2 (40%) dos profissionais afirmam que as mães não estão por dentro dos seus direitos no período de lactação.
Tabela 03 – Aplicação do entendimento sobre a amamentação no ponto de vista profissional. Itaipulândia, Pr, 2023.
As instruções oferecidas às puérperas pelos profissionais presentes neste local apresentou a seguinte informação: cerca de 3 (60%) dos profissionais orienta e explana sobre a norma que apoia a promoção, proteção do aleitamento materno, neste mesmo ramo, os mesmos 3 (60%) dos profissionais instrui sobre os direitos que a lactante tem, e os benefícios de amamentar, 4 (80%) dos profissionais estão sempre dispostos a ouvir os anseios e preocupações desta puérpera no quesito amamentação, mas os 5 (100%) encoraja a livre demanda e a inicialização do ato na primeira hora de vida, os riscos de usar fórmulas/leite artificial, uso de bicos e mamadeiras, orientam sempre também o cuidado com a mama pós mamada.
Alguns profissionais 3 (60%) relatam que não a treinamento e orientações periodicamente para a equipe, 4 (80%) diz que sempre informa sobre a forma correta de amamentar, 3 (60%) instrui sobre a amenorreia lactacional e 3 (60%) relatam que não possui um grupo de apoio sobre amamentação para todas as gestantes e familiares.
Tabela 04, ainda sobre a dimensão profissional.
Fonte: Dados da pesquisa
A equipe reconheceu que seu acompanhamento durante a amamentação na primeira hora de vida foi de 2 (40%) acompanham sempre que possível e 2 (40%) a partir da primeira mamada e 1 (20%) acompanha durante todo o pós-parto.
As dificuldades que ocorrem para promover o aleitamento materno no ambiente de parto são 2 (40%) por falta de tempo e 2 (40%) porque atrasa os procedimentos de rotina, tais como, pesagem e medidas antropométrica e 1 (20%) não marcou nenhuma alternativa, pois disse que para ele não era por nenhum dos dois motivos.
Sobre sua autoanálise de participação no serviço cada um se classificou de uma maneira, ficando assim 1 (20%) com 5 pontos, outros com 7, 8, 9 e 10 pontos.
O presente estudo quis conhecer as evidências científicas em relação ao aleitamento materno na primeira hora de vida. O profissional incluído neste contexto apresenta uma função valorosa na execução das práticas. A Dimensão l refere-se ao perfil sociodemográfico da equipe, nota-se o predomínio de Enfermeiros, apesar de estudos comprovarem que de acordo com a OMS destaca-se que a maioria dos profissionais são de níveis médios (WHO, 2005). Na mesma dimensão observou-se que a idade média foi de 33 anos, confirmando este dado a (FIOCRUZ, 2013) destaca que a idade média desses profissionais no Brasil é de 31 a 35 anos. Referente ao tempo de formação destes profissionais foi de 3 anos. Observando o tempo de atuação na maternidade é de 1 ano. E neste hospital é de 2 anos.
A dimensão II referente a dimensão materna, destaca-se orientações como a pega correta 80% e isso é um fator para o sucesso da amamentação e não aconteça o desmame precoce (GIUGLIANE, 2000). Em anexo a orientação de não usar bicos e mamadeiras está presente em 100% dos profissionais. Os mesmos devem estar sempre atentos a esses quesitos pois os mesmos artefatos podem ser julgados como um problema no aleitamento materno (BULHOSA, et al., 2007).
Na condição do interesse em amamentar 100% das puérperas estão dispostas a praticar o aleitamento. Almeida et al. (2007) destacou que o alojamento conjunto e a amamentação após o parto trazem vantagens para o sucesso do aleitamento materno.
A escolha do acompanhante foi em um total de 100% das respostas, lembrando que este ato é respaldado pela Lei federal n°. 11.108/2005, com a intenção de incluir a família neste momento e contribuir para as boas práticas obstétricas.
Na Dimensão III, observa-se que 100% dos profissionais orientam o contato pele a pele e a amamentação após o parto, e também encorajam a amamentação sob livre demanda. Os profissionais têm um papel importante na assistência aos cuidados de rotina com as puérperas, podendo facilitar o contato entre mãe e bebê, estimulando a conexão dificultando o desmame precoce. (OPAS, 2001).
No que se refere a orientações sobre: cuidados da mama, após amamentar, 100% dos profissionais realiza isso e sempre que possível 40% dos profissionais ficam acompanhando a amamentação na primeira hora de vida e outros 40% acompanha a partir da primeira mamada, 20% fica durante o pós-parto. Araújo (2004) destaca a importância do acompanhamento da equipe de saúde durante uma mamada, visto que impediria dúvidas, desejos maternos que seriam capazes de levar ao desmame.
Em relação ao tempo de acompanhamento durante a amamentação 80% dos profissionais responderam que depende de cada puérpera. Nesse contexto, quando não há uma padronização nos atendimentos, pode-se compreender e respeitar a particularidade de cada uma, contribuindo para uma assessoria qualificada e personalizada a cada uma (BULHOSA et al., 2007).
Sobre os motivos que dificultam a promoção do aleitamento materno ainda em ambiente de parto 40% diz ser por falta de tempo, e 40% diz que é por conta de atrasar os procedimentos padrões como medidas antropométricas pesagem e atividades de rotina, mas obtivemos 20% que optou por não marcar nenhuma das alternativas, pois relatam que não acha que seria por nenhum destes motivos. Conforme Bulhosa et al. (2007) deve haver uma priorização de tempo para determinadas atividades, e rotineiramente revisada, tendo como princípio a ética.
No que se diz respeito a autoanalise de escala 1 a 10 de participação cada entrevistado se julgou de uma forma, resultados indo de 5 a 10. Desta maneira aponta para uma reflexão o quanto essa equipe está imersa na assistência obstétrica, em uma visão humanística e ajudando na qualidade de supervisão do cuidado mãe – bebe (CASTRO et al., 2018).
5 CONCLUSÃO
Conclui-se que a amamentação na primeira hora de vida do bebê é motivada por diversas razões maternas, neonatais, institucionais e profissionais. No ponto de vista deste trabalho que é pelo ponto profissional os trabalhadores sabem da devida importância do contato pele a pele, do alojamento conjunto, e sempre estão a favor desta prática. Porém há alguns fatores associados à amamentação que interferem na adesão a essa prática para a amamentação na primeira hora de vida, que são os atrasos e exames de rotina.
O reconhecimento desses fatores, podem se manifestar positivamente ou negativamente, é de suma importância para o enfermeiro, reflexões de mudanças nas práticas assistenciais e gerenciais, abrangendo melhorias nas taxas de amamentação na primeira hora de vida. Verificou-se que é necessário promover a capacitação periódica da equipe multidisciplinar, pois a maioria relatou que não há regularmente.
REFERÊNCIAS
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