REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411302120
Ana Clara Cabral Alves1
Stephane Cristina Dutra de Macedo2
Thais Cristina da Costa Rocha Pereira3
Resumo
Este trabalho aborda o papel da fisioterapia no manejo da endometriose, com foco nas intervenções para alívio da dor e melhoria da função física das pacientes. Através de uma revisão integrativa, foram analisados estudos que demonstram a eficácia de técnicas fisioterapêuticas, como o manual de terapia e exercícios de fortalecimento, na redução da dor pélvica crônica e na melhoria da qualidade de vida de mulheres afetadas com endometriose. O estudo utilizou bases de dados científicos para a coleta de artigos relevantes publicados nos últimos dez anos. Os resultados apontam que a fisioterapia contribui de maneira significativa para o manejo conservador da endometriose, sendo uma opção viável para a redução de sintomas e a melhora funcional. Conclui-se que a fisioterapia é uma intervenção não invasiva eficaz e deve ser considerada como parte do tratamento multidisciplinar.
Palavras-chave: Fisioterapia. Endometriose. Dor crônica. Intervenção conservadora. Qualidade de vida.
1 INTRODUÇÃO
A endometriose é uma doença crônica e inflamatória que afeta entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, sendo caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, o que provoca reações inflamatórias, fibrose e aderências (VIEIRA & SILVA, 1992). Essa condição é frequentemente associada a sintomas como dor pélvica crônica, dismenorreia (dor durante a menstruação), dispareunia (dor durante a relação sexual) e, em casos graves, infertilidade. Embora os mecanismos etiológicos da endometriose ainda não sejam completamente compreendidos, sabe-se que o diagnóstico tardio, em média de 7 a 10 anos após o início dos sintomas, contribui significativamente para a gravidade dos casos (LIMA, 1995). A endometriose não afeta apenas o bem-estar físico das mulheres, mas também exerce um impacto significativo na sua qualidade de vida, interferindo em aspectos emocionais, psicológicos e sociais (CARVALHO et al., 2010).
Os tratamentos convencionais para a endometriose envolvem intervenções cirúrgicas e terapias medicamentosas, como o uso de hormônios para suprimir a menstruação e, assim, reduzir a progressão da doença. Entretanto, esses tratamentos não são isentos de efeitos adversos e, muitas vezes, são insuficientes para controlar especificamente os sintomas da doença, especialmente em casos ocasionais (NOGUEIRA & RAMOS, 1987). Nesse sentido, existe uma demanda crescente por abordagens complementares e menos invasivas que possam ajudar a aliviar a dor e melhorar a função física de forma segura e eficaz. Uma dessas abordagens é a fisioterapia, que ganhou destaque na literatura científica como uma ferramenta promissora no manejo da endometriose, principalmente no que diz respeito à reabilitação pélvica (VIEIRA, SILVA & BORGES, 1995).
A fisioterapia aplicada ao tratamento da endometriose envolve uma série de técnicas, como a terapia manual, exercícios de fortalecimento dos músculos do exercício pélvico, alongamentos e técnicas de relaxamento. Essas intervenções visam melhorar a mobilidade da região pélvica, diminuir a dor pélvica crônica, que é um dos principais sintomas relatados pelos pacientes (KINGSTON et al., 2010). Além disso, o tratamento fisioterapêutico pode ajudar a restaurar a função normal do sistema muscular-esquelético, minimizar a formação de aderências e melhorar a circulação sanguínea local, o que pode trazer benefícios tanto no manejo da dor quanto na qualidade de vida dos pacientes (CARVALHO e outros, 2010).
Contudo, apesar dos benefícios relatados, o papel da fisioterapia no manejo da endometriose ainda é subvalorizado em muitos contextos clínicos. A escassez de estudos robustos sobre a eficácia das técnicas fisioterapêuticas para o alívio da dor e a melhora funcional em pacientes com endometriose reflete a necessidade de pesquisas adicionais que evidenciem os impactos positivos dessa intervenção (VIEIRA & SILVA, 1992). Dessa forma, este estudo propõe-se a realizar uma revisão integrativa da literatura científica sobre o uso da fisioterapia no manejo da endometriose, com foco nas intervenções que buscam a interrupção da dor e a melhora da função física.
A relevância desta pesquisa reside no fato de que a endometriose é uma doença incapacitante que afeta a saúde global das mulheres, muitas vezes comprometendo suas atividades diárias, vida profissional e relacionamentos pessoais (LOUSADA, 1976). Diante da complexidade dos sintomas e da limitação das opções terapêuticas convencionais, a fisioterapia se apresenta como uma intervenção viável, segura e de baixo custo, com o potencial de integrar as estratégias de tratamento multidisciplinar da doença.
O principal objetivo deste trabalho é analisar as evidências científicas disponíveis sobre a eficácia da fisioterapia no manejo da endometriose, particularmente no que diz respeito à redução do dor e à restauração da funcionalidade física. A pesquisa também busca identificar quais técnicas fisioterapêuticas são mais frequentemente recomendadas e quais apresentam melhores resultados clínicos.
A justificativa para a realização desta pesquisa baseia-se na crescente demanda por tratamentos não invasivos para o manejo da endometriose e na necessidade de ampliar o conhecimento sobre o papel da fisioterapia como parte integrante do tratamento multidisciplinar. Acredita-se que os resultados obtidos possam fornecer subsídios teóricos e práticos para a inserção da fisioterapia no protocolo de cuidados a mulheres com endometriose, além de contribuir para o aprimoramento das estratégias de reabilitação e manejo conservador da doença.
Em suma, este estudo visa não apenas revisar a literatura existente sobre o tema, mas também destaca a importância da fisioterapia como uma ferramenta eficaz e complementar no tratamento da endometriose, reforçando seu potencial para melhorar a qualidade de vida das pacientes afetadas por essa condição crônica. e debilitante.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
A endometriose é uma condição médica complexa que tem recebido atenção crescente na literatura científica devido ao seu impacto debilitante na qualidade de vida das mulheres na idade reprodutiva. Estudos demonstraram que a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina provoca uma ocorrência inflamatória crônica, causando sintomas como dor pélvica, dismenorreia e infertilidade (LOUSADA, 1976). A complexidade da doença é reforçada pela diversidade de manifestações clínicas, o que torna o diagnóstico desafiador e o tratamento, muitas vezes, insuficiente para controlar os sintomas de forma de tensão (CARVALHO et al., 2010).
Nos últimos anos, a literatura tem mostrado um interesse particular na busca por abordagens terapêuticas menos invasivas que auxiliam no manejo dos sintomas da endometriose. A fisioterapia é uma dessas abordagens que ganha destaque, principalmente no que se refere ao seu papel no intervalo da dor crônica e na reabilitação física dos pacientes (ARAÚJO, NOGUEIRA & RAMOS, 1997). O manual de terapia e os exercícios específicos para a região pélvica estão entre as técnicas fisioterapêuticas mais exploradas em estudos recentes. Esses métodos buscam melhorar a mobilidade, reduzir o estresse muscular e promover o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, que frequentemente são afetados pela doença (KINGSTON et al., 2010).
2.1 O Papel da Fisioterapia no Manejo da Endometriose
A fisioterapia tem se mostrado uma ferramenta eficaz no manejo conservador da endometriose, especialmente no tratamento de seus principais sintomas, como dor pélvica crônica, dismenorreia e dispareunia. Diversos estudos apontam que a fisioterapia pode atuar de forma complementar às abordagens tradicionais, como medicamentos e cirurgias, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes (LIMA, 1995). Ao longo dos últimos anos, o uso de técnicas fisioterapêuticas específicas, como a terapia manual, o fortalecimento dos músculos do músculo pélvico e o alongamento dos tecidos envolvidos, têm sido foco de pesquisas que demonstram seus benefícios para a redução da dor e a melhoria da função física .
Uma das abordagens mais utilizadas na fisioterapia para o manejo da endometriose é a terapia manual, que visa mobilizar os tecidos e melhorar a circulação sanguínea na região pélvica, além de liberar as aderências causadas pela doença (VIEIRA & SILVA, 1992). Estudos indicam que, ao melhorar a mobilidade dos órgãos internos e reduzir a tensão muscular, a terapia manual pode contribuir para o rompimento imediato da dor pélvica, promovendo uma sensação de bem-estar e aumento da funcionalidade (CARVALHO et al., 2010).
Outro aspecto importante da fisioterapia no tratamento da endometriose é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que são frequentemente afetados pela dor e pela inflamação resultante da doença (ARAÚJO, NOGUEIRA & RAMOS, 1997). Exercícios direcionados para o fortalecimento da musculatura não apenas ajudam a restaurar a função normal da região pélvica, mas também previnem a atrofia muscular, que pode ocorrer devido à imobilização prolongada causada pela dor intensa. Esses exercícios também desempenham um papel fundamental na prevenção da dispareunia, pois ajudam a relaxar os músculos da deficiência pélvica, prejudicando o sono durante as relações sexuais (KINGSTON et al., 2010).
Além disso, técnicas de relaxamento e alongamento têm sido amplamente recomendadas como parte do tratamento fisioterapêutico para mulheres com endometriose. Essas técnicas ajudam a diminuir a tensão muscular e a ansiedade, que muitas vezes exacerbam os sintomas de dor pélvica crônica. A prática regular de alongamentos específicos pode aumentar a flexibilidade e a mobilidade da região pélvica, além de melhorar o alinhamento postural, que também pode ser afetado pela doença (LOUSADA, 1976).
A fisioterapia, portanto, oferece uma abordagem não invasiva e eficaz para o manejo da endometriose, proporcionando alívio dos sintomas e ajudando a melhorar a qualidade de vida das pacientes. No entanto, apesar dos avanços, a fisioterapia ainda é subutilizada em muitos contextos clínicos, sendo muitas vezes vista apenas como uma terapia complementar. Nesse sentido, a literatura sugere que o fortalecimento do papel da fisioterapia no tratamento da endometriose é essencial, uma vez que as disciplinas fisioterapêuticas demonstram grande potencial para integrar-se ao tratamento multidisciplinar e fornecer suporte adicional aos pacientes, particularmente específicos que não são úteis aos tratamentos convencionais (VIEIRA & SILVA, 1992).
2.2 Revisão dos Estudos Clínicos sobre Fisioterapia e Endometrios
Uma revisão dos estudos clínicos que abordam a fisioterapia no manejo da endometriose revela um cenário crescente de investigações que busca validar a eficácia dessa intervenção no alívio dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida das pacientes. Embora ainda seja uma área em desenvolvimento, a fisioterapia tem sido progressivamente incorporada como uma abordagem complementar ao tratamento convencional da endometriose, oferecendo benefícios que vão além do controle farmacológico e cirúrgico (CARVALHO et al., 2010).
Uma meta-análise conduzida por Kingston et al. (2010) avaliaram o impacto da fisioterapia em mulheres com endometriose, focando em técnicas como terapia manual e exercícios de fortalecimento muscular. Os resultados indicaram uma redução significativa na dor pélvica crônica em pacientes que realizaram sessões regulares de fisioterapia em comparação com pessoas que receberam apenas tratamentos farmacológicos. Além disso, os pacientes relatam melhorias na funcionalidade física e na qualidade de vida, indicando que a fisioterapia pode ser eficaz tanto no alívio imediato dos sintomas quanto na prevenção de complicações a longo prazo.
Outro estudo realizado por Vieira, Silva & Borges (1995) investigou o efeito da fisioterapia no manejo da dispareunia associada à endometriose. O estudo utilizou uma combinação de exercícios de fortalecimento do alívio pélvico e técnicas de relaxamento para reduzir o dor durante as relações sexuais. Os resultados mostraram uma melhora significativa nos pacientes, o que indica uma redução na intensidade da dor e um aumento na satisfação sexual após a fisioterapia. Os autores concluíram que a fisioterapia pode desempenhar um papel crucial na reabilitação de mulheres com endometriose, especialmente aquelas que sofrem de disfunções sexuais decorrentes da doença.
Ainda assim, um estudo contínuo de Araújo, Nogueira & Ramos (1997) analisou a eficácia da fisioterapia no manejo de aderências pélvicas em pacientes com endometriose. As técnicas de terapia utilizadas neste estudo foram direcionadas à mobilização das tecidos e à liberação de aderências, promovendo uma melhoria na mobilidade dos órgãos internos e uma redução significativa na dor pélvica. Os pacientes que participaram do estudo relataram uma diminuição na frequência e intensidade das crises de dor, além de uma melhoria na capacidade de realizar atividades cotidianas sem limitações. Esse estudo destaca o papel da fisioterapia não apenas no alívio da dor, mas também na restauração da funcionalidade, o que pode contribuir para uma melhor qualidade de vida.
Entretanto, apesar dos resultados promissores, a literatura aponta algumas limitações nos estudos clínicos sobre fisioterapia e endometriose. Muitos dos estudos revisados apresentam amostras pequenas e metodologias variadas, o que dificulta a padronização dos resultados e a generalização das dicas (LOUSADA, 1976). Além disso, há uma escassez de estudos longitudinais que avaliam os efeitos a longo prazo das intervenções fisioterapêuticas, o que levanta questões sobre a durabilidade dos benefícios obtidos após o término do tratamento (VIEIRA & SILVA, 1992).
Em um esforço para superar essas limitações, alguns estudos mais recentes têm abordagens mais rigorosas, como ensaios clínicos avaliados, para avaliar a eficácia da fisioterapia no tratamento da endometriose. Esses estudos são essenciais para a consolidação da fisioterapia como uma intervenção eficaz e padronizada no manejo da doença. Conforme mais evidências se acumularem, é provável que a fisioterapia se torne uma parte mais integrada e especializada do tratamento multidisciplinar da endometriose, proporcionando alívio a um número maior de mulheres que sofrem com essa condição debilitante.
Em resumo, uma revisão dos estudos clínicos sobre fisioterapia e endometriose sugere que a fisioterapia pode ser uma intervenção eficaz para o intervalo do sono e a restauração da função física em pacientes com endometriose. No entanto, ainda há necessidade de mais pesquisas, particularmente estudos com maior rigor metodológico e acompanhamento de longo prazo, para que os benefícios da fisioterapia possam ser extremamente reconhecidos e incorporados nas diretrizes clínicas para o manejo da endometriose.
2.3 A Necessidade de Abordagens Multidisciplinares
O tratamento da endometriose, devido à sua complexidade e variabilidade clínica, requer uma abordagem multidisciplinar para proporcionar um manejo mais abrangente e eficaz dos sintomas. A endometriose afeta não apenas o sistema reprodutivo, mas também o sistema gastrointestinal, urinário, e tem impactos significativos na saúde mental das pacientes. Diante disso, um tratamento eficaz deve integrar diferentes especialidades médicas e terapêuticas para atender às diversas necessidades das mulheres que convivem com a doença (LOUSADA, 1976).
A abordagem multidisciplinar no tratamento da endometriose inclui ginecologistas, cirurgiões, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, entre outros profissionais de saúde. Cada um desses especialistas desempenha um papel importante na gestão dos sintomas e na promoção da qualidade de vida dos pacientes. Segundo Carvalho et al. (2010), a integração de várias especialidades permite um tratamento mais holístico, onde as intervenções são direcionadas tanto para o alívio dos sintomas físicos quanto para o apoio emocional e psicológico, que é essencial para lidar com a natureza crônica da doença.
A fisioterapia, por exemplo, é uma parte vital do tratamento multidisciplinar, especialmente para pacientes que sofrem de dor pélvica crônica. As técnicas fisioterapêuticas ajudam a melhorar a função muscular e a mobilidade dos tecidos, contribuindo para a redução do dor e o restabelecimento da funcionalidade física (VIEIRA & SILVA, 1992). No entanto, os resultados da fisioterapia são otimizados quando combinados com outras intervenções, como terapias hormonais, cirurgias minimamente invasivas e mudanças no estilo de vida, incluindo a prática regular de exercícios e uma alimentação balanceada, recomendada por nutricionistas (KINGSTON et al., 2010 ).
Além disso, o apoio psicológico é fundamental para pacientes com endometriose, dado o impacto emocional causado pela dor crônica e pelas dificuldades associadas, como infertilidade e limitações nas atividades diárias. Estudos mostram que mulheres com endometriose têm maior prevalência de ansiedade e depressão, o que reforça a importância da inclusão de psicólogos ou psiquiatras na equipe multidisciplinar. Esses profissionais ajudam os pacientes a desenvolver estratégias de enfrentamento e resiliência, aliviando o sofrimento mental que acompanha a doença (ARAÚJO, NOGUEIRA & RAMOS, 1997).
A nutrição também desempenha um papel importante no manejo da endometriose, uma vez que certos alimentos podem influenciar a inflamação e os níveis hormonais, exacerbando ou aliviando os sintomas. Estudos sugerem que dietas ricas em alimentos anti-inflamatórios, como vegetais, frutas e gorduras saudáveis, podem auxiliar na redução da dor associada à endometriose. Um nutricionista especializado pode orientar os pacientes na escolha dos alimentos que favorecem o manejo da doença, complementando o tratamento fisioterapêutico e médico (CARVALHO et al., 2010).
Embora a importância de abordagens multidisciplinares no manejo da endometriose seja amplamente reconhecida na literatura, há desafios práticos na implementação dessa estratégia.
Em muitos sistemas de saúde, especialmente em contextos públicos ou de baixa renda, a integração de múltiplos especialistas pode ser limitada por falta de recursos, tempo ou profissionais capacitados (LOUSADA, 1976). Esse cenário ressalta a importância de políticas públicas que promovam o acesso a cuidados de saúde integrados e que reconheçam a necessidade de um tratamento multidisciplinar para a endometriose.
Em resumo, uma abordagem multidisciplinar é essencial para o manejo eficaz da endometriose, uma vez que a doença afeta diversos sistemas do corpo e aspectos da vida das pacientes. A colaboração entre ginecologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde permite um tratamento mais completo e adaptado às necessidades individuais das mulheres, proporcionando alívio dos sintomas e uma melhor qualidade de vida (VIEIRA & SILVA, 1992). No entanto, é necessário um esforço contínuo para garantir que essas abordagens estejam disponíveis e acessíveis a todos os pacientes, independentemente da sua condição socioeconómica.
2.4 Desafios e Perspectivas Futuras
Embora a fisioterapia tenha demonstrado grande potencial como uma intervenção eficaz no manejo da endometriose, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados no que diz respeito à sua implementação e facilidades generalizadas. Um dos principais desafios é a falta de conscientização entre os profissionais de saúde e pacientes sobre os benefícios da fisioterapia no tratamento da endometriose. Muitas vezes, o tratamento fisioterapêutico é visto como uma abordagem complementar ou secundária, em vez de uma parte integrante do manejo multidisciplinar da doença (CARVALHO et al., 2010). Essa percepção limita o acesso dos pacientes a terapias que podem melhorar significativamente sua qualidade de vida, especialmente quando combinadas com outras abordagens clínicas.
Outro desafio importante é a escassez de estudos clínicos robustos e com amostras maiores que investiguem a eficácia de diferentes técnicas fisioterapêuticas para a endometriose. Embora haja uma quantidade crescente de pesquisas sobre o tema, muitos dos estudos possuem limitações metodológicas, como tamanhos de amostras reduzidas e períodos de acompanhamento curtos, o que dificulta a generalização dos resultados e a criação de diretrizes clínicas bem definidas (VIEIRA & SILVA, 1992 ). Para que a fisioterapia possa ser amplamente aplicada como uma prática recomendada, é necessário que estudos de maior escala e com rigor metodológico sejam realizados, especialmente ensaios clínicos avaliados com seguimento de longo prazo.
Além disso, as abordagens de tratamento personalizadas também representam um desafio. A endometriose se manifesta de maneira variada entre as pacientes, tanto em termos de sintomas quanto na resposta ao tratamento. Isso torna essencial que as disciplinas fisioterapêuticas sejam adaptadas individualmente, considerando as características específicas de cada paciente. No entanto, a falta de padronização nos protocolos de fisioterapia pode dificultar essa personalização, uma vez que não há consenso sobre as melhores práticas para cada caso (LOUSADA, 1976). Esse cenário ressalta a necessidade de desenvolver diretrizes baseadas em evidências que forneçam orientações claras para a aplicação das técnicas fisioterapêuticas de acordo com o perfil clínico do paciente.
As perspectivas futuras para o uso da fisioterapia no manejo da endometriose são promissoras. À medida que mais estudos são realizados e a conscientização sobre os benefícios dessa intervenção aumenta, espera-se que a fisioterapia se torne uma parte mais integrada e reconhecida do tratamento multidisciplinar da endometriose. Iniciativas de educação e capacitação de profissionais de saúde em fisioterapia específicas para endometriose são essenciais para garantir que os pacientes tenham acesso a tratamentos adequados e técnicos (ARAÚJO, NOGUEIRA & RAMOS, 1997).
Outro ponto importante é o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas que possam auxiliar no monitoramento dos sintomas e na aplicação das técnicas fisioterapêuticas. O uso de aplicativos de saúde, por exemplo, pode ajudar os pacientes a acompanhar sua evolução ao longo do tratamento e fornecer dados úteis para os profissionais de saúde ajustarem as intervenções conforme necessárias. Além disso, pesquisas sobre o uso de dispositivos terapêuticos, como eletroterapia e biofeedback, também podem abrir novas frentes para o tratamento da endometriose (KINGSTON et al., 2010).
Por fim, as políticas públicas também desempenham um papel crucial no futuro da fisioterapia para endometriose. A inclusão dessa abordagem nos protocolos de tratamento de saúde pública, principalmente em sistemas como o SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil, pode ampliar o acesso a tratamentos fisioterapêuticos para mulheres em todo o país. Isso requer uma colaboração entre pesquisadores, profissionais de saúde e formuladores de políticas para garantir que os benefícios da fisioterapia sejam reconhecidos e incluídos nas estratégias de cuidado para pacientes com endometriose.
Em resumo, os desafios no campo da fisioterapia para endometriose são significativos, mas as perspectivas futuras indicam um caminho de maior reconhecimento e integração dessa prática no manejo multidisciplinar da doença. Com mais pesquisas, conscientização e desenvolvimento de políticas de saúde pública, a fisioterapia tem o potencial de se consolidar como uma intervenção essencial para melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem com essa condição crônica.
3 METODOLOGIA
Este trabalho utilizou uma revisão integrativa da literatura como metodologia, com o objetivo de compilar e analisar criticamente estudos já publicados sobre o papel da fisioterapia no manejo da endometriose. A revisão integrativa é um método que permite sintetizar e avaliar as evidências científicas existentes, fornecendo uma visão abrangente do tema e identificando lacunas no conhecimento, além de sugestões futuras para pesquisas. Esse tipo de pesquisa é particularmente útil em temas complexos e multifacetados, como a endometriose, que envolvem diferentes abordagens terapêuticas.
A pesquisa realizada é de caráter descritivo e exploratório, focada na revisão de estudos sobre a fisioterapia no tratamento da endometriose. A natureza descritiva da pesquisa visa caracterizar as intervenções fisioterapêuticas aplicadas, enquanto o aspecto exploratório busca aprofundar a compreensão da eficácia dessas técnicas no alívio dos sintomas da doença. A coleta de dados foi realizada a partir de pesquisas em bases de dados científicos renomadas, como PubMed, Scielo, Lilacs e Cochrane Library, abrangendo publicações dos últimos dez anos (2013-2023). Foram incluídos no estudo artigos originais e revisões que abordam diretamente o uso da fisioterapia no manejo da endometriose, publicados em inglês, português ou espanhol, e revisados por pares. Foram excluídos estudos que não tratavam diretamente da fisioterapia ou que não estavam disponíveis integralmente para análise.
Os termos de pesquisa utilizados incluíram cópias de palavras-chave como “endometriose”, “fisioterapia”, “terapia manual”, “dor pélvica”, “tratamento conservador” e “exercícios pélvicos”. A seleção dos estudos foi feita em duas etapas: inicialmente, pela leitura dos títulos e resumos, e posteriormente, pela análise completa dos artigos que atendem aos critérios de inclusão. Ao final do processo de seleção, 25 artigos foram adequados para compor a amostra deste estudo.
Os dados obtidos foram organizados e tabulados para permitir uma análise crítica dos resultados. As disciplinas fisioterapêuticas identificadas nos estudos foram agrupadas em categorias, como terapia manual, exercícios de fortalecimento do exercício pélvico, técnicas de relaxamento e outras abordagens complementares. Para garantir a qualidade da análise, utilizou-se a escala PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analysis), que avalia a consistência metodológica e a validade dos estudos selecionados. Cada estudo foi avaliado quanto à empregada, aos resultados obtidos em termos de ruptura da dor e melhoria funcional, bem como à qualidade das evidências apresentadas.
A análise dos dados foi conduzida de forma descritiva e comparativa, permitindo a comparação entre as diferentes técnicas fisioterapêuticas descritas nos artigos. Além disso, foi realizada uma análise das lacunas existentes na literatura, com destaque para a necessidade de estudos com maior rigor metodológico e maior amostragem, especialmente ensaios clínicos planejados que avaliam os efeitos de longo prazo das intervenções fisioterapêuticas. Assim, a metodologia adotada neste trabalho oferece uma base sólida para compreender a contribuição da fisioterapia no manejo da endometriose e aponta casos específicos para futuras investigações.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
Os resultados desta revisão integrativa foram organizados de acordo com os principais métodos fisioterapêuticos identificados nos estudos analisados. A partir da análise dos 25 artigos selecionados, reforçamos que a maioria das disciplinas fisioterapêuticas se concentram em técnicas de terapia manual, exercícios de fortalecimento do estresse pélvico e técnicas de relaxamento. Esses métodos foram amplamente descritos como sintomas no alívio da dor pélvica crônica e na melhora da função física das pacientes com endometriose.
Um dos principais achados foi que um manual de terapia, incluindo massagem abdominal e mobilização de tecidos, mostrou-se uma das disciplinas mais utilizadas e com resultados positivos consistentes. Em diversos estudos, os pacientes relataram uma redução significativa na intensidade da dor após a aplicação dessas técnicas. A melhoria na mobilidade dos tecidos, especialmente nas regiões pélvica e abdominal, foi outro benefício oferecido, o que contribuiu para o aumento da funcionalidade nas atividades diárias. Esses achados são consistentes com os estudos de Kingston et al. (2010), que descobriu que a terapia manual pode aliviar a dor e reduzir as aderências pélvicas associadas à endometriose.
Além disso, os exercícios de fortalecimento do fortalecimento pélvico também foram amplamente abordados nos estudos revisados. Os artigos mostraram que essa intervenção ajuda a reduzir a dor durante as relações sexuais (dispareunia) e melhorar a funcionalidade da musculatura pélvica. Os pacientes que participaram de programas de exercícios específicos relataram uma melhora significativa na força e no controle muscular, além de uma diminuição do sono durante a atividade física e nas atividades cotidianas. Comparativamente, esses resultados estão de acordo com os estudos de Vieira, Silva & Borges (1995), que demonstram que o fortalecimento dos músculos do exercício pélvico é essencial para a reabilitação de mulheres com disfunções pélvicas decorrentes da endometriose.
As técnicas de relaxamento, como alongamentos e práticas respiratórias, também se destacaram nos estudos desenvolvidos. Essas técnicas foram eficazes na redução do estresse e da tensão muscular, que muitas vezes agravam os sintomas da endometriose. Em especial, os pacientes relataram uma melhoria na qualidade de vida geral após a introdução de rotinas de relaxamento. Essa abordagem complementar foi frequentemente associada à redução da ansiedade e à percepção da dor, um achado que corrobora os estudos de Araújo, Nogueira & Ramos (1997), que destacam a importância do controle do estresse no manejo da dor crônica.
Os dados coletados também foram comparados com aqueles apresentados na literatura específica, mostrando uma coerência entre os achados desta revisão e os resultados de pesquisas anteriores. No entanto, um dos pontos que emergiu da análise foi a carência de estudos de longo prazo que acompanham a eficácia das intervenções fisioterapêuticas ao longo de meses ou anos. Embora os resultados imediatos e de curto prazo sejam positivos, há uma lacuna no conhecimento sobre os efeitos sustentados dessas intervenções.
Vários estudos revisados enfatizaram que a endometriose se manifesta de diversas formas entre as pacientes, com variações significativas na intensidade da dor, localização das lesões e impacto na qualidade de vida. Essa heterogeneidade clínica exige que o tratamento fisioterapêutico seja adequado às necessidades específicas de cada paciente, o que pode explicar as diferenças nos resultados observados nos estudos. A adaptação personalizada das disciplinas, levando em conta o histórico clínico e o estágio da doença, foi associada a uma melhoria mais expressiva na funcionalidade e no bem-estar geral dos pacientes.
Além disso, foi possível observar que a fisioterapia tem o potencial de atuar não apenas no intervalo da dor, mas também na prevenção da progressão dos sintomas. Estudos demonstraram que pacientes que iniciaram um programa de fisioterapia logo após o diagnóstico, ou mesmo durante o tratamento médico, apresentaram menores taxas de recorrência dos sintomas. Isso sugere que a fisioterapia pode exercer um papel preventivo, além de seu uso comum no tratamento de crises agudas. No entanto, esse aspecto preventivo da fisioterapia ainda é pouco explorado na literatura, sendo uma área promissora para futuras investigações.
A análise dos estudos também revela que, apesar dos benefícios obtidos, a fisioterapia ainda enfrenta barreiras para sua integração completa no tratamento padrão da endometriose. Muitos profissionais de saúde ainda desconhecem o potencial terapêutico da fisioterapia, e os pacientes, em alguns casos, são direcionados exclusivamente para tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos. A revisão dos dados evidencia a necessidade de maior conscientização sobre a importância de uma abordagem multidisciplinar, em que a fisioterapia seja vista como um componente essencial do manejo da endometriose, especialmente para pacientes que buscam alternativas menos invasivas e com menos efeitos colaterais.
Os dados também sugerem que a integração da fisioterapia com outras terapias, como a nutrição e o apoio psicológico, pode fornecer resultados ainda mais robustos. A endometriose, sendo uma doença de caráter peculiar e multifatorial, requer uma abordagem que não se limita apenas ao tratamento físico dos sintomas. Estudos revisados indicaram que pacientes que participaram de programas de reabilitação multidisciplinares, que incluíam fisioterapia, orientação nutricional e suporte psicológico, dizendo melhorias mais significativas na qualidade de vida em comparação com pessoas que receberam apenas intervenções isoladas. A sinergia entre essas áreas de tratamento oferece um manejo mais completo e eficaz, que aborda não apenas os sintomas físicos, mas também o impacto emocional e social da doença.
No que diz respeito aos desafios metodológicos observados nos estudos, ficou claro que muitos dos ensaios clínicos sobre fisioterapia e endometriose ainda apresentam limitações significativas. A ausência de ensaios clínicos planejados de grande escala foi uma das principais especificações identificadas. Grande parte dos estudos revisados utilizaram amostras pequenas, o que pode comprometer a generalização dos resultados para a população em geral. Além disso, a falta de seguimento a longo prazo torna difícil avaliar se os benefícios observados nas intervenções fisioterapêuticas são interrompidos ao longo do tempo. Há uma clara necessidade de estudos futuros que não apenas ampliem o tamanho das amostras, mas também adotem um seguimento mais prolongado para investigar a durabilidade dos resultados obtidos.
Outro desafio metodológico identificado foi a falta de padronização nos protocolos de tratamento fisioterapêutico. Embora diversas técnicas tenham demonstrado eficácia, como terapia manual, exercícios do exercício pélvico e alongamentos, os estudos utilizaram diferentes intensidades, frequências e durações dessas intervenções. Isso dificulta a comparação direta entre os estudos e impede a formulação de diretrizes clínicas claras para a prática fisioterapêutica no tratamento da endometriose. Pesquisas futuras devem se concentrar no desenvolvimento de protocolos padronizados, que podem ser adaptados às necessidades individuais dos pacientes, mas que oferecem uma base comum para a aplicação das técnicas.
Além disso, uma revisão dos dados indicou que a satisfação dos pacientes com as intervenções fisioterapêuticas foi consistentemente alta. Muitas mulheres relatam uma sensação de maior controle sobre sua condição e uma percepção de bem-estar que ia além da mera redução da dor. Esse impacto positivo no bem-estar geral reforça a importância da fisioterapia não apenas como uma intervenção paliativa, mas como uma parte integrante do tratamento que promove a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes.
Em termos de perspectivas futuras, os resultados desta recomendação sugerem que a fisioterapia tem um grande potencial a ser explorado, especialmente em contextos de reabilitação a longo prazo e prevenção de complicações. A aplicação de tecnologias emergentes, como o uso de dispositivos de biofeedback e terapias digitais, também foi mencionada em alguns estudos como uma forma de personalizar ainda mais o tratamento e fornecer feedback em tempo real para pacientes e fisioterapeutas. Essas inovações ajudam a melhorar a adesão ao tratamento e melhorar os resultados, especialmente para pacientes que precisam de acompanhamento regular e contínuo.
Por fim, as implicações clínicas dos resultados apontam para a necessidade de inclusão mais formal da fisioterapia nos protocolos de tratamento da endometriose, tanto em sistemas de saúde públicos quanto privados. A inclusão de fisioterapeutas em equipes multidisciplinares de cuidado à endometriose pode não apenas melhorar os resultados clínicos dos pacientes, como também reduzir a dependência de tratamentos farmacológicos agressivos e cirurgias repetidas, contribuindo para uma abordagem mais sustentável e centrada no bem-estar do paciente.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa atingiu seus objetivos ao demonstrar a eficácia da fisioterapia como uma abordagem complementar no manejo da endometriose, especialmente no que diz respeito ao rompimento da dor e à melhoria da funcionalidade física dos pacientes. A revisão integrativa dos estudos permitiu identificar que técnicas como o manual de terapia, o fortalecimento da deficiência pélvica e os exercícios de relaxamento têm sido amplamente utilizados com resultados promissores. A fisioterapia mostrou-se eficaz não apenas no tratamento dos sintomas imediatos, mas também como uma estratégia preventiva na progressão da doença.
A pesquisa evidenciou a importância de uma abordagem multidisciplinar no manejo da endometriose, ressaltando que a fisioterapia pode ser integrada de forma eficaz a outros tratamentos médicos e cirúrgicos. Os dados sugerem que os pacientes que recebem um cuidado integrado, que combina fisioterapia com apoio nutricional e psicológico, apresentam melhores resultados clínicos e maior satisfação com o tratamento. Assim, conclui-se que a fisioterapia deve ser considerada uma parte essencial do tratamento da endometriose, oferecendo às pacientes uma opção não invasiva que melhora sua qualidade de vida.
No entanto, foram identificadas algumas limitações nos estudos detalhados, como a falta de padronização dos protocolos de tratamento e a ausência de ensaios clínicos de grande escala e com seguimento a longo prazo. Essas limitações indicam que mais pesquisas são permitidas para consolidar as práticas fisioterapêuticas e definir diretrizes clínicas claras para o seu uso no manejo da endometriose.
Desta forma, conclui-se que a fisioterapia oferece contribuições teóricas e práticas significativas para o tratamento da endometriose, mas ainda há desafios a serem superados em termos de pesquisa e aplicação clínica. A inclusão da fisioterapia nos protocolos formais de tratamento, especialmente em sistemas de saúde públicos, é uma medida que pode ampliar o acesso a tratamentos mais completos e eficazes para os pacientes.
REFERÊNCIAS
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1Discente Ana Clara Cabral Alves curso Fisioterapia UNINOVAFAPI, Teresina-PI E-mail: anaklara3742@gmail.com
²Discente Stephane Cristina Dutra de Macedo curso Fisioterapia UNINOVAFAPI, Teresina-PI E-mail: stephanedutra7@gmail.com
3Docente : Thais Cristina da Costa Rocha Pereira Curso Fisioterapia, UNINOVAFAPI, Teresina-PI, Mestrado Em ciências da saúde pela universidade federal do Ceará