PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA HEMORROIDÁRIA NO PIAUÍ E SEUS CUSTOS HOSPITALARES ENTRE 2013 E 2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10302046


Antônio Gabriel Coimbra Rocha,
Coautor(es):
Maria Eduarda Cunha de Azevedo,
Aminadá Vieira da Silva Neto,
Romulo Ayres Dias Pinheiro,
Tércio Emanuel Oliveira Melo,
Orientador: Felipe José Mendes Raulino Neto


RESUMO 

INTRODUÇÃO: As hemorroidas são vasos que auxiliam na continência fecal em situações de aumento da pressão retal. A doença hemorroidária (DH) surge quando essas estruturas prolapsam, inflamam e produzem sintomas, podendo levar o paciente à internação. OBJETIVO: Identificar epidemiologia da doença hemorroidária no Piauí e seus custos hospitalares. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo quantitativo e documental, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS. A amostra foi composta de pacientes internados para tratamento de DH em hospitais públicos no Piauí de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. RESULTADOS: Houve 2.537 internações, com custo médio de R$ 356,88, sem registro de óbitos. Foram 1.565 no sexo feminino (61,7%) e 972 no masculino (38,3%). 2.219 (87,5%) foram atendimentos eletivos e 318 de urgência (12,5%). Quanto à faixa etária, 83,2% (2.111) tinham de 20-59 anos, e houve declínio a partir de 50-59 (453, 17,9%), e maior tempo de internação foi de 3,0 dias em 15-19 anos, e o menor foi de 1,0 dia em 1-4 anos. Quanto à cor, 1.482 (58,4%) eram pardos, tendo o maior tempo de permanência (1,9 dias). Teresina foi a cidade com maior número de internações (1.111, 43,8%). CONCLUSÃO: As internações predominaram em caráter eletivo, em mulheres, pardas, de 20 a 59 anos. Os casos aumentaram de acordo com a idade, porém declinaram progressivamente a partir da quinta década de vida. Pacientes pediátricos apresentaram maior tempo de internação e adolescentes, o menor. No mesmo período, apesar de a taxa de mortalidade por internação no Brasil ser de 0,04%, no Piauí não houve registro de óbitos. Assim fica nítida a relevância de direcionar medidas ambulatoriais e cirúrgicas a esse perfil epidemiológico de paciente no Piauí. 

PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia, Internações, Doença Hemorroidária

Referências 

BRASIL. Banco de dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Ministério da Saúde. Disponível em:<http://www.datasus.gov.br>. Acesso em: 18 de junho, 2023. 

DURÉ, Carolina Lançanova; VIEIRA, Yuri Zamban; FILLMANN, Lúcio Sarubbi. Doença hemorroidária. Acta Méd., Porto Alegre, v. 7, n. 1, p. 28-31, 2013. 

Rohde L, Osvaldt AB, et al. Rotinas em cirurgia digestiva. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. Townsend CM, editor. Sabiston tratado de cirurgia. 17ª. ed. Rio de Janeiro:  Guanabara Koogan, 2005.


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