PANORAMA DA SEPSE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7831469


Érica Beatriz Oliveira Borges¹
Prof.ª Dr.ªNazaré Pellizzetti Szymaniak²
Hillary Florênça Sousa Tobias Angotti³
Angélica Domingas de Castro³
Álvaro da Silva Santos³
Rodrigo Euripedes da Silveira³
Fernanda Dib Campos Ferreira³


1 INTRODUÇÃO

A sepse é considerada um problema de saúde pública mundialmente e está entre uma das maiores causas de morte em pacientes hospitalizados. Origina-se de uma cascata de eventos inflamatórios superando condições clínicas de doenças cardiovasculares (MEADOW; RUDINSKY,1995). Além disso a sepse é uma síndrome fisiológica, patológica e bioquímica que ocorre de forma sistêmica em resposta a uma dada infecção (MEDEIROS et al., 2016; SINGER et al., 2016). Mundialmente a sepse é uma das principais causas de morte também em crianças inclusive recém-nascidos, o que contribui para o aumento dos índices de mortalidade dessa população (MANGIA et al., 2011). Segundo o DATASUS, no Brasil 60% dos casos de mortalidade infantil ocorre devido às complicações da sepse. Alguns processos são indispensáveis para a redução em potencial da sepse e dos índices de mortalidade, sendo um deles e não menos importante o conhecimento dos profissionais acerca da doença para a efetivação do cuidado e para o diagnóstico precoce e adequação do tempo de internação para se evitar internações prolongadas (MANGIA et al., 2011; BARRETO et al.,2016). Quanto aos resultados esperados e ao potencial impacto do atual estudo estão relacionados à melhoria da qualidade assistencial evidenciando um panorama do diagnóstico de sepse em crianças hospitalizadas no Brasil e em comparação com outros países. Desse modo, o estudo justificase pela relevância do tema sepse em crianças hospitalizadas, requerendo a contextualização dos achados de Marques (2015) com outras instituições hospitalares.  

2 OBJETIVO

O objetivo deste estudo é delinear o panorama da sepse em crianças pela  análise comparativa dos dados epidemiológicos. 

3 MÉTODO

Trata-se de uma recensão crítica utilizando como referencial teórico os achados de Marques (2015) obtidos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). O período de estudo equivale a 5 anos (2015-2020). Para a análise dos dados foram lidos na íntegra 18 artigos, das bases de dados Scientifc Eletronic Library Online (Scielo), ), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Durante a análise dos 17 artigos, relativos a ocorrência de sepse infantil no período de 5 anos, foram registradas 7602  internações (Tabela 1 – ANEXO 1 – Gráfico 2 – ANEXO 2) ,  prevalecendo crianças do sexo masculino 55%, e sexo feminino 44%, sendo 82% menores de 1 ano (Gráfico 3) , e a maior parte com foco infeccioso no trato respiratório (Tabela 1 – ANEXO 1), o potencial de letalidade não foi possível observar em todos os estudos pela falta de dados sufientes nos artigos. Nos Achados de Marques (2015), as internações do sexo masculino prevaleceram com 59,8%, o percentual de crianças internadas menores de 1 ano foram de 44,5%, com incidência no trato respiratório de 38,8% e com potencial de letalidade de 23,9%. As evidências demonstram que o perfil epidemiológico manteve-se o mesmo na comparação com os Achados de Marques com maior incidência em crianças menores de 1 ano de idade, sexo masculino com foco infeccioso no trato respiratório. Além disso foi analisado o Perfil da sepse infantil em outros países, como os da América Latina, Japão, Nova Zelândia e Cuba, demonstrando o crescente potêncial de infecção, assim como no Brasil, constatando que a sepse é um problema mundial (Gráfico 1 – ANEXO 2). Desse modo, faz-se necessário ações direcionadas ao risco de sepse em crianças menores de 1 ano com complicações decorrentes de infecções no trato respiratório, reduzindo o potêncial de morbimortalidade infantil.

5 CONCLUSÃO

A análise comparativa dos dados epidemiológicos evidenciou que o panorama da sepse em crianças no período de 5 anos manteve um perfil epidemiológico, sendo 55%, e sexo feminino 44%, sendo 82% menores de 1 ano, e a maior parte com foco infeccioso no trato respiratório. Portanto, deve-se considerar ações que regridam a sepse decorrente de infecção no trato respiratório e medidas que reduzam o tempo de internação dessas crianças, com o intuito de diminuir os riscos de sepse e também os índices de morbimortalidade infantil mundialmente.  

REFERÊNCIAS 

BARRETO, M. F. C. et al. Sepsis en un hospital universitario: estudio prospectivo para análisis de costo de la hospitalización de pacientes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 50, n. 2, p. 302-308, 2016. 

MANGIA, C. M. F. et al. Bacterial sepsis in Brazilian children: a trend analysis from 1992 to 2006. PloS one, v. 6, n. 6, p. e14817, 2011. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0014817

MARQUES, A. L. N. Sepse em crianças hospitalizadas. LIPH Science Journal, v. 2, n. 3, p. 37-50, jul./set., 2015.

MEDEIROS, F. do V. A. et al. A correlação entre procedimentos assistenciais invasivos e a ocorrência de sepse neonatal. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 29, n. 5, 2016.  

ANEXOS

Gráfico 1:

Gráfico 2:

Gráfico 3:


¹Autor Princial-UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM-PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO.
²Orientador-UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM-PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO.
³Colaboradores-UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO – UFTM-PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO.