PANCREATITE FELINA: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, DIAGNÓSTICAS E TERAPIAS UTILIZADAS

FELINE PANCREATITIS: CLINICAL FEATURES, DIAGNOSTIC APPROACHES, AND THERAPIES USED

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10249201132


Lídia Ketry Moreira Chaves1
 Lucas de Andrade Oliveira Gaião2
Carla Maciel Carriço3
  Andressa Helen Garcia Pereira4
 Luiza Maria dos Anjos5
  Andreia Oliveira Santos6
 Yaritza de Fátima Andrade Melo7
Isadora Pencarinha Barros8
 Flávia Albeirice Du Rocher9
Mateus de Melo Lima Waterloo10


RESUMO

A pancreatite felina é uma condição inflamatória do pâncreas que pode ter um impacto significativo na saúde dos gatos. Os sinais clínicos mais importantes incluem anorexia, letargia e, ocasionalmente, vômito ou diarreia, sendo a dor abdominal menos comum em comparação com os cães. O diagnóstico é difícil e depende de histórico clínico, exame físico e testes específicos como lipase pancreática felina (fPLI) e imunorreatividade da tripsina (fTLI). Além disso, exames de imagem como ultrassonografia também são necessários. O tratamento inclui manejo nutricional, reposição de fluidos e eletrólitos, controle da dor e do vômito, e, em casos graves, pode ser necessária cirurgia ou antibióticos. As causas primárias da pancreatite devem ser tratadas mediatamente. Com o objetivo de fornecer uma visão atualizada e consolidada da doença, este artigo revisa a literatura existente abordando a fisiologia e anatomia do pâncreas felino, os diferentes tipos de pancreatite, seus sinais clínicos, métodos de diagnóstico e opções de tratamento.

Palavraschaves: Pâncreas. Gatos. Sintomas. Diagnóstico. Tratamento

ABSTRACT

Feline pancreatitis is an inflammatory condition of the pancreas that can have a significant impact on the health of cats. The most important clinical signs include anorexia, lethargy, and occasionally vomiting or diarrhea, with abdominal pain being less common compared to dogs. Diagnosis is challenging and relies on clinical history, physical examination, and specific tests such as feline pancreatic lipase immunoreactivity (fPLI) and trypsin-like immunoreactivity (fTLI). Additionally, imaging exams like ultrasonography are necessary. Treatment includes nutritional management, fluid and electrolyte replacement, pain and vomiting control, and, in severe cases, may require surgery or antibiotics. The underlying cause of pancreatitis should be treated promptly. This article aims to provide an updated and consolidated view of the disease by reviewing existing literature on the anatomy and physiology of the feline pancreas, the different types of pancreatitis, its clinical signs, diagnostic methods, and treatment options Keywords: Pancreas. Cats. Symptoms. Diagnosis. Treatment

1 INTRODUÇÃO 

O pâncreas é uma glândula que funciona tanto em sistemas endócrinos quanto em sistemas exócrinos. A produção de hormônios é a função endócrina, enquanto a secreção de enzimas digestivas é a função exócrina. O pâncreas está localizado na parte superior do abdômen, próximo ao duodeno. Ele controla o metabolismo e a digestão (GARCIA et al., 2018; BERTOLDO et al., 2019).

 A pancreatite é uma doença que se caracteriza pela inflamação das células do pâncreas exócrino e é muito comum nas clínicas de gatos. Obstrução dos ductos pancreáticos, trauma, isquemia, intoxicação por organofosforados e infecções por patógenos como Toxoplasma gondii, parvovírus felino, coronavírus e calicivírus são algumas das causas conhecidas da doença. No entanto, ainda não há uma correlação direta entre a pancreatite e variáveis como escore corporal, uso de medicamentos ou dieta inadequada para gatos (FORMAN et al., 2021). Muitos casos na prática clínica são de natureza idiopática (SON et al., 2010; XENOULIS, 2015). O sexo, a idade ou a raça não indicam uma predisposição específica, mas alguns estudos mostram que é mais comum em gatos com mais de 7 anos e na raça siamês (ARMSTRONG; WILLIAMS, 2012; WHITEMORE; CAMPBELL, 2005).

A pancreatite dos gatos pode ser crônica ou aguda. A análise histológica é usada para distinguir essas formas. A inflamação neutrofílica, necrose da gordura ao redor do pâncreas e necrose das células acinares são características da pancreatite aguda, enquanto a pancreatite crônica apresenta fibrose e atrofia do tecido pancreático (WATSON, 2014)            Os sinais mais comuns incluem anorexia, letargia e falta de líquidos, com a possibilidade de vômito e diarreia. Os gatos raramente têm dor abdominal. Isso pode ser devido à tendência dos gatos a esconder seus sintomas, o que não significa que eles não tenham dor (XENOULIS, 2015; STEINER, 2018). Eles também afirmam que o diagnóstico é difícil devido à inespecificidade dos sintomas e requer uma variedade de exames complementares, incluindo exames físicos, histórico clínico e exames complementares, como hemogramas dosagens de lipase pancreática felina (fPL), ultrassonografia e testes bioquímicos.

O tratamento da pancreatite felina geralmente inclui terapia de suporte e, quando a causa subjacente é identificada, o tratamento da causa subjacente. Fluidoterapia, tratamento nutricional, correção de desequilíbrios ácido-base, analgesia e controle de vômito e diarreia estão incluídos na abordagem clínica (STEINER, 2018).

 O objetivo deste artigo é revisar a literatura existente sobre a pancreatite felina, concentrando-se nas características clínicas, métodos diagnósticos e tratamentos disponíveis. Por meio da análise de estudos já publicados, busca-se consolidar o conhecimento existente sobre essa condição e fornecer uma visão clara e atualizada de sua apresentação clínica, métodos de diagnóstico mais eficazes e opções de tratamento.

2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Anatomia e Fisiologia do pâncreas felino

 O pâncreas é uma glândula que desempenha funções endócrinas e exócrinas, produzindo hormônios e secreções digestivas. Ele possui uma forma alongada de nódulos frouxos conectados próximo à parte inicial do duodeno. A parte endócrina do pâncreas é composta por pequenos grupos de células dispersas chamadas ilhotas pancreáticas. As células alfa dessas ilhotas produzem glucagon, enquanto as células betas produzem insulina. Ambos os tipos de células secretam diretamente na corrente sanguínea. As ilhotas pancreáticas podem ser observadas com facilidade ao microscópio (REECE, 2014).

 A secreção de várias enzimas e pró-enzimas necessárias para a digestão de proteínas, gorduras e carboidratos é parte da função exócrina do pâncreas (REECE, 2014). Os gatos geralmente têm pancreatite e doenças hepatobiliares, pois o ducto pancreático principal se funde ao ducto biliar comum antes de entrar no duodeno (PRATA, 2017).

2.2 Pancreatite felina

 A pancreatite é definida como a infiltração de células inflamatórias no tecido exócrino do pâncreas (NÓBREGA, 2015). Em felinos, a doença geralmente é classificada em duas fases: aguda ou crônica, de acordo com os critérios histopatológicos. Essa diferença é causada pelas alterações histopatológicas permanentes que estão presentes ou não (na forma aguda) (XENOULIS & STEINER, 2009).

 A pancreatite aguda (PA) geralmente começa mais rápido e é mais grave do que a pancreatite crônica (PC). A inflamação neutrofílica, a necrose das células acinares e a necrose da gordura circundante do pâncreas são seus principais sinais (XENOULIS, 2015). Existem duas formas diferentes de manifestação da PA. A forma necrosante, que apresenta muita necrose gordurosa, mineralização, hemorragia e fibrose; a forma supurativa, que não tem necrose gordurosa e a inflamação é principalmente neutrofílica (WASHABAU, 2010). É possível que a histopatologia revele sinais de fibrose em alguns casos. Isso pode dificultar a distinção entre PA e uma exacerbação aguda de PC (WATSON, 2015).

A pancreatite crônica é caracterizada por alterações histopatológicas persistentes, como fibrose e atrofia do tecido pancreático. Além disso, a inflamação linfocítica é frequentemente associada a essa condição. É importante ter em mente que alguns gatos podem apresentar sinais de pancreatite aguda ou crônica, como necrose e fibrose, em conjunto. Alguns autores usam as palavras “pancreatite crônica ativa” ou “pancreatite aguda em crônica” para descrever a presença de características histopatológicas que distinguem a pancreatite aguda da pancreatite crônica (XENOULIS & STEINER, 2009).

2.3 Etiologia e Fisiopatologia

A idade, o sexo ou a raça não são fatores de risco para a pancreatite em felinos. Algumas interações com parasitas (por exemplo, Toxoplasma gondii e Eurytrema procyonis) e vírus (por exemplo, coronavírus e parvovírus) podem ocorrer, embora sejam raras (XENOULIS; STEINER, 2008; ARMSTRONG, 2012). Além disso, biópsias pancreáticas e procedimentos cirúrgicos podem causar pancreatite (ARMSTRONG, 2015). Anormalidades na sinalização de cálcio, autoativação do tripsinogênio, liberação de trombina, ativação do zimogênio pela catepsina B, hipoperfusão e trombose, inflamação sistêmica e obstrução do ducto pancreático são outras possíveis causas (LEHMKUHL, 2022).

Acidentes rodoviários, por exemplo, podem causar isquemia pancreática e são considerados um fator importante (WATSON, 2015). O tumor pancreático pode causar inflamação, mas é relativamente incomum em gatos (ZIMMERMANN, 2013). Várias condições, como diabetes mellitus e colangite, também foram associadas à pancreatite, mas não está claro se essas condições são as causas diretas da pancreatite. A maioria dos casos é idiopática (FORMAN, 2021). 

A ativação precoce de enzimas digestivas nas células acinares, que resulta na autodigestão do órgão, é a principal fisiopatologia da pancreatite. Anormalidades na sinalização de cálcio, autoativação de tripsinogênio, liberação de trombina causada por toxemia ou isquemia, ativação de zimogênios por catepsina B e enteroquinases, hipoperfusão, inflamação sistêmica, inflamação de órgãos vizinhos e obstrução do ducto pancreático são algumas das hipóteses sobre a autodigestão (LEHMKUHL, 2022).

2.4 Sinais Clínicos

 Letargia, anorexia, vômito, perda de peso, diarreia e problemas respiratórios são os sinais mais comuns de pancreatite em gatos. Os gatos que sofrem de pancreatite crônica frequentemente apresentam sintomas sutis, como fraqueza, problemas gastrointestinais leves e anorexia; no entanto, esses sintomas podem dificultar o diagnóstico (FORMAN, 2021). Complicações graves como coagulação intravascular disseminada, tromboembolismo pulmonar, choque cardiovascular e falência múltipla de órgãos podem ocorrer rapidamente em casos graves de pancreatite aguda (XENOULIS, 2015).

Além dos sinais típicos, complicações associadas a outras condições, como poliúria e polidipsia em gatos com diabetes mellitus, também podem ser observadas (XENOULIS, 2009). O exame físico geralmente mostra desidratação, mudanças na temperatura, icterícia, dor no abdômen e massa abdominal. É importante observar que muitos gatos com pancreatite podem não ter sintomas gastrointestinais aparentes. Em vez disso, sintomas como letargia e anorexia são mais comuns (XENOULIS, 2015).

2.5 Diagnóstico 

 A pancreatite em felinos não tem um padrão ouro clínico, o que torna o diagnóstico definitivo da doença complexo (NÓBREGA, 2015). Assim, o diagnóstico deve ser baseado no histórico clínico, exame físico e resultados patológicos, juntamente com testes enzimáticos altamente específicos e sensíveis à doença (XENOULIS & STEINER, 2008).

 A pancreatite felina pode ser diagnosticada com a ajuda de vários exames, como marcadores séricos como a imunorreatividade da lipase pancreatica (PLI – pancreatic lipase immunoreactivity) e a imunorreatividade da tipotripsina (TLI – trypsin-like immunoreactivity). A PLI felina, que atualmente é medida pelo ensaio Spec fPL – lipase especificada para pancreas felino, disponível comercialmente em alguns países é um teste recente que se destaca como o método mais eficaz para o diagnóstico da pancreatite felina. Esse ensaio mede a lipase pancreática felina no soro de maneira precisa, sendo altamente específico para doenças do pâncreas exócrino (XENOULIS & STEINER, 2009).

 A TLI felina (fTLI) é um teste imunológico que avalia os níveis séricos de tripsina e tripsinogênio. Elevados níveis de fTLI podem ser encontrados em gatos com outras doenças gastrintestinais, como insuficiência renal ou IBD, além de pancreatite, embora esses marcadores sejam exclusivos do pâncreas (SWIFT et al., 2000; SIMPSON et al., 2001). 

 Outro método diagnóstico é a radiografia abdominal, porém ela não pode ser utilizada para estabelecer um diagnóstico definitivo de pancreatite, mas pode ajudar a excluir outras doenças que apresentam sintomas semelhantes. A radiografia geralmente mostra resultados normais ou alterações inespecíficas. A diminuição da definição anatômica do abdome cranial, dilatação do intestino delgado devido a fluidos ou gás, hepatomegalia e massa abdominal cranial podem ser sinais radiográficos de pancreatite em alguns casos (HILL & VAN WINKLE, 1993; GERHARDT, 2001; FERRERI, 2003).

 Para avaliar a pancreatite felina, a ultrassonografia abdominal é normalmente mais eficaz do que a radiografia, mas não é suficiente para confirmar o diagnóstico (XENOULIS & STEINER, 2009). A sensibilidade da ultrassonografia dos felinos para detectar pancreatite é baixa, variando de 11% a 35%. Apenas um estudo teve uma sensibilidade de 67% (SWIFT et al., 2000; FERRERI, 2003; FORMAN, 2004;

SAUNDERS, 2002). A eficácia de um exame ultrassonográfico típico não exclui a pancreatite, e o equipamento utilizado, as habilidades do veterinário e a gravidade da lesão determinam a eficácia do exame (SWIFT et al., 2000; GERHARDT, 2001; SAUNDERS, 2002).

 A biópsia pancreática é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da pancreatite felina antes da morte, pois permite distinguir a pancreatite aguda da crônica. O exame histopatológico da biópsia obtida por laparoscopia ou laparotomia é fundamental para esse diagnóstico. No entanto, a distribuição multifocal das lesões no pâncreas pode prejudicar a precisão do diagnóstico. A necessidade de várias biópsias é óbvia, pois apenas metade dos gatos com pancreatite mostram alterações em todas as três partes do pâncreas. O diagnóstico de pancreatite não deve ser descartado (LEHMKUHL, 2022).

Lesões pancreáticas podem ser ocultas durante uma laparotomia. No entanto, os achados macroscópicos, como necrose de gordura peripancreática, peritonite focal, hemorragia, edema ou congestão, bem como mudanças, como diminuição do tamanho, aparência firme, acinzentada, multinodular ou com superfície granular opaca, devem ser registrados e comunicados ao patologista (LEHMKUHL, 2022).

 Técnicas como colangiohepatografia por ressonância magnética (CPRM), tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia endoscópica (USE) e ressonância magnética (RM) são usadas para diagnosticar pancreatite em humanos (BAZELLE; WATSON, 2014; XENOULIS, 2015). No entanto, a tomografia computarizada é inadequada para o diagnóstico da pancreatite em gatos. Por outro lado, os resultados promissores da USE e da CPRM foram demonstrados; no entanto, devido aos custos elevados do equipamento e à sua disponibilidade limitada, suas aplicações são limitadas na prática clínica veterinária (BAZELLE; WATSON, 2014; XENOULIS, 2015).

2.6 Tratamento

 A pancreatite felina é uma doença complexa e o tratamento deve ser centrado em fluidoterapia e reposição de eletrólitos, cuidados nutricionais, controle de vômitos e dor (NÓBREGA, 2015). Em casos de infecções secundárias ou suspeitas, o uso regular de antibióticos pode ser necessário, embora geralmente não seja vantajoso. Em casos complicados, como abscessos pancreáticos ou obstruções do ducto biliar, pode ser necessária a cirurgia (XENOULIS & STEINER, 2008).

 A reposição de fluidos e a correção de anomalias eletrolíticas dependem da fluidoterapia. Para a reposição inicial, soluções como cloreto de sódio a 0,9% ou Ringer Lactato são usadas, e ao longo de 12 a 24 horas, é importante ajustar o volume para compensar as perdas. Os problemas eletrolíticos como hipocalemia e hipocalcemia devem ser monitorados e tratados com cuidado. Isso é particularmente importante em situações graves (NÓBREGA, 2015; XENOULIS & STEINER, 2009).

 A dieta deve ser adaptada às condições do gato. A alimentação oral pode ser usada para alimentar gatos que não vomita, mas a falta de alimentação por mais de dois ou três dias pode requerer sondas nasoesofágicas, esofágicas ou gástricas. É essencial tomar antieméticos e limitar a ingestão de água e alimentos até que o vômito seja controlado, caso ele esteja presente. A mirtazapina e outros estimulantes de apetite podem ajudar a manter a ingestão de calorias e reduzir a necessidade de tubos de alimentação (NÓBREGA, 2015).

 Para gatos que apresentam vômitos, o tratamento antiemético deve ser iniciado com medicamentos como dolasetron ou ondansetron; maropitant, um inibidor NK1, pode ser muito eficaz. Opioides, como buprenorfina para dor leve a moderada e fentanil para dor severa, devem ser usados para tratar a dor abdominal, que pode ser difícil de identificar clinicamente. Em situações extremas, a analgesia multimodal pode ser considerada, que pode ser seguida por adesivos de fentanil para garantir um alívio duradouro (XENOULIS & STEINER, 2009).

 Em situações de infecções secundárias ou suspeita de infecção, os antibióticos são necessários, mas normalmente não são recomendados. A ampicilina, a cefotaxima e a enrofloxacina são capazes de penetrar no pâncreas (XENOULIS & STEINER, 2009). Finalmente, para complicações como abscessos pancreáticos grandes ou obstrução total do ducto biliar, a cirurgia é indicada (NÓBREGA, 2015).

2.7 Prognóstico 

A gravidade da pancreatite em gatos determina o prognóstico. A recuperação de pancreatite aguda em gatinhos geralmente é bem-sucedida. Mas a pancreatite aguda grave, especialmente quando associada a outras condições médicas, geralmente tem um prognóstico mais incerto e pode ser mais preocupante (XENOULIS; STEINER, 2008).

3 METODOLOGIA 

 A metodologia deste artigo é baseada na revisão da literatura existente sobre a pancreatite felina. Para fornecer uma visão abrangente da condição, a técnica envolve a análise e síntese de estudos pertinentes, tanto históricos quanto contemporâneos. O objetivo deste artigo é aumentar o conhecimento sobre as características clínicas da pancreatite em gatos, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.

 O processo de revisão inclui a busca e seleção de fontes pertinentes, com foco em publicações de especialistas na área como Xenoulis, Steiner e Nóbrega. A informação sobre a anatomia e fisiologia do pâncreas felino, a divisão da pancreatite em aguda e crônica, os sinais clínicos comuns e os métodos diagnósticos disponíveis, como testes enzimáticos e ultrassonografia, são usados para analisar os dados. A síntese de informações integra dados de vários estudos para fornecer uma compreensão completa da pancreatite felina. O objetivo é melhorar a compreensão e o tratamento da pancreatite em felinos revisando e consolidando o conhecimento existente.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

 A pancreatite felina é uma doença complicada e difícil de diagnosticar, apresentando uma variedade de sintomas clínicos e problemas para o diagnóstico. Uma abordagem integrada que leva em consideração o histórico clínico e os sinais físicos é necessária, pois métodos diagnósticos como a ultrassonografia e os testes enzimáticos são insensíveis. Fluidoterapia, tratamento nutricional, controle da dor e do vômito, com antibióticos reservados para infecções secundárias, devem fazer parte do tratamento. A cirurgia só é necessária em situações complicadas. A melhoria do tratamento da pancreatite felina requer pesquisa e desenvolvimento contínuos.

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1 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semiárido Campus Mossoró e-mail: lidiaketry@gmail.com

2 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Faculdade Rebouças (FRCG), e-mail: lucasgaiao71@gmail.com  

3 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade Maurício de Nassau
(UNINASSAU), e-mail: carlaamacl@gmail.com

4 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Norte do
Paraná, e-mail: andressa.pereira@discente.uenp.edu.br

5 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade São Judas Tadeu
Campus Unimonte, e-mail: lumajos03@gmail.com 

6 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade Veiga de Almeida, email: andreia_oliversantos@yahoo.com.br 

7 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Faculdade Metropolitana de Manaus
(FAMETRO), e-mail: yaritza.fametro@gmail.com 

8 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária do Centro Universitário Ritter dos Reis
(Unirriter), e-mail: isadora.pencarinha@gmail.com 

9Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária no Centro Universitário de Barra Mansa-UBM, e-mail: flaviadurocher@hotmail.com 

10 Discente do Curso Superior de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), e-mail: mateuswaterloo@icloud.com