REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202411161002
Vitória Keitilane da Silva Santos;
Orientadora: Prof.ªDr.ª Paola Almeida de Araujo Goes;
Coorientador: M.V. Esp. Rodrigo Brasil Fernandes.
Resumo
A medicina integrativa oferece uma ampla variedade de terapias, as quais podem ser associadas à medicina convencional, oferecendo aos pacientes um tratamento adequado e com resultados satisfatórios. Dentre as terapias utilizadas na medicina integrativa, temos a ozonioterapia, a qual é muito utilizada para diversas finalidades por conta das suas propriedades bactericidas, fungicidas e viricidas e por apresentar efeitos colaterais praticamente nulos e de baixa toxicidade, sendo utilizada em patológicas de caráter crônico, em casos de dermatites, úlceras e vermelhidões, queimaduras e processo de cicatrização de feridas. O relato de caso evidencia um processo cicatricial promovido pela ozonioterapia e terapias associadas em um cão, apresentando resultados positivos. O ozônio é de um gás incolor de odor característico de funções analgésicas e anti-inflamatórias, contribuindo também no sistema imunológico e na oxigenação corporal dos animais. A aplicação do mesmo pode ser feita de diversas formas, dividida em locais ou sistêmicas, podendo ser via subcutânea, intravaginal, hemoterapias, métodos em bagging e cupping. Além disso, a técnica oferece baixo custo e promove melhora na qualidade de vida do animal.
Palavras-chave: tratamento, medicina integrativa, ozonioterapia, cicatrização.
Abstract
Integrative medicine offers a wide variety of therapies that can be associated with conventional medicine, providing patients appropriate treatment with satisfactory results. Among the therapies used in integrative medicine, we have ozone therapy, which is widely used for various purposes due to its bactericidal, fungicidal and virucidal properties and the fact that it has practically no side effects with low toxicity, being used in chronic pathological conditions, in cases of dermatitis, ulcers and redness, burns and wound healing processes. The case report shows a healing process promoted by ozone therapy and associated therapies in a dog, presenting positive results. Ozone is a colorless gas with a characteristic odor and analgesic and anti-inflammatory functions, also contributing to the immune system and body oxygenation of animals. It can be applied in distinct ways, split into local or systemic, and can be subcutaneous, intravaginal, blood therapies, bagging and cupping methods. In addition, the technique offers low cost and promotes an improvement in the animal’s quality of life.
Keywords: treatment, integrative medicine, ozone therapy, healing.
Introdução
A presença de animais de estimação no lar traz grandes benefícios para diversas faixas etárias da vida. Crianças que possuem convívio com um pet criam um senso maior de responsabilidade por ter um animal e conseguem desenvolver maior sensibilidade, afetividade e amparo. A presença de um pet também faz com que elas desenvolvam uma maior compreensão referente ao do ciclo de vida. Além disso, os pets podem promover benefícios a saúde, principalmente de pessoas sedentárias e obesas, estimulando a prática de exercícios (Tatibana, Costa-Val, 2009). Em faixa etária mais avançada, além de estimularem uma convivência social e melhora na auto estima, os animais conseguem promover o sentimento de conforto (Costa, 2006). Além de serem animais de companhia, eles têm uma grande importância no auxílio de pessoas que possuem dificuldade de locomoção (Garcia, 2009).
Os animais considerados como membros da família desenvolvem uma interação com as pessoas, podendo até mesmo provocar modificações na rotina de seus tutores. Tais modificações ocorrem para que os pets sejam incluídos nas atividades desenvolvidas pela família em conjunto, desde uma fotografia ou até mesmo viagens e comemorações. Ademais, em algumas situações os tutores podem renunciar de algumas atividades por conta do pet, optando, por exemplo, em retornar mais cedo para casa ou deixar de viajar. Todas essas modificações reafirmam o pet como membro familiar (Lima, 2016). Outro ponto de grande importância a se destacar é a preocupação com a saúde dos seus pets, com o principal foco em abstê-los de sofrimento ou até mesmo da morte.
A medicina integrativa é caracterizada pela junção da medicina convencional juntamente à medicina integrativa e complementar (Otani, Barros, 2011). Seu surgimento se deu a partir da busca por práticas que fossem efetivas em doenças de caráter crônico, e que provoquem menos efeitos colaterais (Otani & Barros, 2011). A junção de ambas as técnicas tem promovido a cura em diferentes estágios patológicos. Na medicina integrativa temos diversas técnicas que podem ser abordadas, dentre elas a acupuntura, homeopatia, florais, cromoterapias, o uso do reiki, dentre outras (CRMV-SP, 2019). Contudo, mesmo com o avanço nas pesquisas, a falta de divulgação da técnica ainda faz com que profissionais tenham incertezas referentes à eficácia, risco e limites impostos na medicina veterinária integrativa (Reis et al., 2018).
Durante a Primeira Guerra Mundial ocorreu a primeira utilização do ozônio no tratamento de queimaduras e feridas infectadas dos soldados, caracterizadas por gangrena gasosa (Silva et al., 2018). O ozônio é a forma alotrópica do oxigênio. Dentre suas características, é um gás instável, incolor e possui um odor característico quando exposto à temperatura ambiente (Riegel, 2017). Em modalidade terapêutica, a técnica pode se destacar, pois sua ação em efeitos conservadores consegue promover uma redução nos efeitos colaterais, contribui para a redução de gastos com fármacos e, em relação a antimicrobianos, promove uma diminuição da sua resistência (Wollheim et al., 2020).
Temos um amplo tratamento promovido pela ozonoterapia. Por meio dessa técnica, pode ser feito o melhoramento da oxigenação e do metabolismo (Pino et al., 1999). O ozônio é utilizado como alternativa em diversas patologias, pois além de efetuar a inativação de diversos patógenos, dentre suas características, ele pode efetivar uma estimulação a células que estão presentes no sistema imunológico (Sciorsci et al., 2020), apresentando efeitos bactericidas, fungicidas e viricidas (Guerra et al., 1999) e promovendo melhora na circulação sanguínea, pois ajuda na oxigenação corporal (Gonçalves et al., 2020). Promove efeito analgésico e anti-inflamatório e redução da adesão plaquetária (Hernández E González, 2001). Gurley (1985), relata que o ozônio age promovendo a lise celular. No interior da célula, o ozônio age na parede celular da bactéria.
Figura 1. Fases da destruição da Bactéria no tratamento com Ozônio. 1- Bactéria sadia; 2 – Ozônio agindo na parede celular da bactéria; 3 – Processo de oxidação da parede celular; 4,5 e 6 – Processo de rupturas e a destruição da bactéria.
A formação do ozônio se dá mediante dois mecanismos: de forma artificial, por meio de geradores que promovem descargas elétricas e por voltagem alta para que sejam produzidos (Silva et al., 2018). Por meio dessas descargas elétricas, o O² sofre o processo, sendo rompido, e ocorre a reação de um átomo individual (O) com uma molécula O², formando a molécula de ozônio (O³) (Nogales et al., 2008). A segunda forma é através dos raios ultravioletas (UV): a radiação do sol acaba desenvolvendo o mesmo papel das descargas elétricas quando apresenta ondas de 180 a 200 nânometros (Gimenes, 2008).
Figura 2. Gerador de Ozônio
Figura 3. Formação do Ozônio por UV
A ozonoterapia pode ser considerada uma terapia natural, que apresenta baixo risco, desde que seja realizada por profissionais com formação adequada (Pena, 2006). A contraindicação da técnica é destinada a animais idosos, que possuem enfermidades como anemia, hiperglicemia ou hipertiroidismo, ou animais que tenham a anomalia hereditária chamada de Favismo, que consiste na deficiência de Glicose-6-Fosfato-Desidrogenase, e que afeta o sangue, podendo ocorrer a hemólise (Pena, 2006). O ozônio também pode ser nocivo ao sistema pulmonar, podendo causar uma toxicidade progressiva e levar a óbito. Por este motivo não deve ser inalado (Rodriguez et al., 2018).
A aplicação da ozonioterapia pode ser feita de diversas formas, podendo ser local, sendo aplicada em forma de bagging ou cupping; subcutânea; intravaginal; uretral; ótica; conjuntiva e intra-auricular; além de sistêmica, sendo feita a aplicação em auto-hemoterapias, maior ou menor, intrarretal e intramuscular. A escolha da forma de aplicação é variante, levando em consideração quais são as características patológicas do paciente e o estado de saúde em que o ele se encontra (Rodriguez et al.,2018).
Aplicações do ozônio
Método de bagging: antes de dar início à técnica, é necessária a higienização do local a ser tratado com água ozonizada. Bagging é um sistema fechado, onde é necessária a utilização de um material que seja resistente ao gás ozônio, podendo, assim, utilizar bolsa ou saco plástico resistentes, que devem ser selados para que não aconteça a saída do gás (figura 4). Por meio de uma mangueira, que está ligada diretamente ao gerador de ozônio, ocorre a introdução do gás, fazendo com que a bolsa ou saco infle e tenha, dessa forma, a atuação do ozônio por alguns minutos. É a técnica mais apropriada a ser utilizada em feridas abertas ou que tenham extensões aos membros dos animais (Argudo & Soria, 2017; Kosachenco et al., 2018, Yoldi et al., 2019).
Figura 4. Aplicação do método de bagging
Método de cupping: sua recomendação se dá a lesões que seja pontuais, como lesões de pele, fraturas, dermatites ou em procedimentos pós cirúrgicos (Rodriguez et al., 2018). Utiliza-se sobre a área lesionada uma ventosa de vidro (Argudo & Soria, 2017, Baía et al., 2023, Kosachenco et al., 2018, Yoldi et al., 2019). Com o auxílio de uma seringa contendo o gás, ou ligado diretamente ao gerador de ozônio, é realizada a introdução lentamente para que não ocorra sua dispersão (figura 5).
Figura 5. Aplicação do método de cupping
Auto hemoterapia maior: consiste na mistura de sangue com o ozônio. É feita a coleta de sangue do animal de acordo com o seu peso e a quantidade de sangue varia de 5 a 150 ml. Em seguida, é coletada uma seringa de ozônio, que deve ser misturada ao sangue em movimentos circulares de forma lenta. Após esse preparo, a mistura deve ser aplicada no animal por via intravenosa (Beck et al., 1989).
Auto hemoterapia menor: com o auxílio de uma seringa que contenha anticoagulante, a coleta do sangue é feita em pequena quantidade, sendo cerca de 2 a 5 ml. Após ozonização, o conteúdo é aplicado em via intramuscular (Beck et al., 1989)
Insuflação retal: essa via de aplicação é utilizada para a estimulação do sistema imune, quando animal apresenta alterações gastrointestinais e desordens circulatórias. Essa aplicação não causa desconforto ao animal e não apresenta necessidade de equipamentos especiais. Para a aplicação do gás até o reto do animal, é feita a utilização de um cateter de material que resista ao ozônio como, por exemplo, o silicone (Oliveira, 2007).
Injeção intramuscular: sua aplicação é feita nas áreas musculares paravertebrais e bíceps femorais. A aplicação intramuscular é indicada para tratamento de patologias que afetam o sistema musculoesquelético (Rodriguez, et al., 2018).
A pele é classificada como o maior órgão dentre os organismos e dentre as suas funções temos as percepções sensoriais, como dor e tato, as quais podem sentir frio e calor, mas a sua principal função é a de proteção (Reese & Budras, 2016) contra entrada de microrganismos e toxinas, evitando a perda de água. Possui sua anatomia dividida em epiderme, derme e hipoderme (Halata et al., 2003).
A ferida é uma lesão caracterizada pela interrupção da integridade funcional do tecido do corpo, podendo ser anatômica ou fisiológica (Amalsadvala & Swain, 2006). Podem ser ocasionadas por diversos fatores, podendo ser extrínsecos, em casos de incisões para realização de procedimentos cirúrgicos e lesões acidentais, ou fatores intrínsecos, ocasionados por infecções, ulcerações crônicas, neoplasias ou por defeitos metabólicos (Knutson et al., 1981, Wendt, 2005).
As feridas podem ser classificadas como fechadas ou abertas e recebem as classificações de acordo com a sua aparência e a forma que o animal adquiriu. As fechadas ocorrem em situações em que não há ruptura da pele; já as feridas abertas são casos nos quais ocorre a perda cutânea, a qual pode acontecer das seguintes formas: por incisão, punção, laceração, abrasão e avulsão (Melo et al., 2009). São resultados de mordeduras, queimaduras, podendo ocorrer também por procedimentos cirúrgicos oncológicos ressectivos ou em deiscência de suturas cirúrgicas e por lesões de desenluvamento (Fahie & Shettko, 2007). Em tais lesões a pele sofre a ruptura anatômica ou fisiológica e são ocasionadas por conta de forças de rotação a que pele e tecidos de sustentação são submetidos. Lesões dessa particularidade são comumente causadas por pneus em acidentes automobilísticos (Slatter, 1998).
Após a ocorrência de um trauma, ocorre a descontinuidade anatômica da pele e, com suas funções comprometidas, ocorre a entrada de microrganismos, o que causa a inflamação ou infecção, podendo ela ser local ou sistêmica (Lopes, 2016, Zahedi et al., 2010). Por vez, podem também receber classificação de acordo com a forma a ser tratada, podendo ser de primeira intenção, quando é feita uma sutura para aproximação dos bordos da ferida; por segunda intenção, quando ocorre grande perda cutânea tornando inviável a sutura e por terceira intenção, onde a ferida primeiro recebe um tratamento para promover diminuição de tamanho e, em sequência, é possível efetuar a sutura (Waldro & Zimmerman-Pope, 2007). Para uma abordagem cautelosa ao tratamento das feridas é de grande importância o entendimento do processo cicatricial (Liptak, 1997, Pavletic, 2010).
O principal objetivo no desenvolvimento deste trabalho, é a importância e necessidade de levar informações fidedignas para profissionais da área da saúde de medicina veterinária, mostrando os resultados de uma das técnicas utilizadas pela medicina veterinária integrativa utilizando um relato de caso onde demonstra-se efeitos positivos da técnica.
Relato de caso e discussão
Em junho de 2023, realizou-se atendimento médico, pelo departamento de clínica médica geral do Hospital Veterinário Isaac Newton, de um paciente da espécie canina, da raça buldogue inglês, macho, em fase adulta, de médio porte. O animal em questão era orquiectomizado, com atualização da vacinação e livre de ectoparasitas e endoparasitas, para triagem cirúrgica e execução de caudectomia total por injúria tissular de cauda secundária à saculite anal crônica bilateral refratária aos tratamentos clínico-alopáticos convencionais (figura 6).
Figura 6. Ferida cirúrgica de caudectomia total com início de contaminação pós-operatória, com deiscência de pontos cirúrgicos
Nos dias atuais, em que os animais de estimação estão cada vez mais inseridos como membros da família, tendo uma grande convivência no ambiente doméstico e, compartilhando além de momentos em casa com os tutores, viagens, passeios de carro, idas ao shopping, dentre outros momentos, os tutores sempre prezam pela higiene de seus pets.
A secreção das glândulas anais em seu ciclo normalmente é eliminada junto às fezes dos animais. No entanto, por vezes acaba ocorrendo a retenção dessas secreções anais, o que acaba provocando a inflamação das glândulas, ou a sua liberação ocorre em outras situações como, por exemplo, em momentos de medo ou estresse, como medo de chuva, de ficarem sozinhos, de idas ao médico veterinário, realização de exames, de outros animais e diversas situações que podem estimular o animal a liberar a glândula, a qual possui característica pastosa ou liquida e com odor fétido, o que acaba gerando dor e desconforto aos animais e situação desagradável aos tutores por conta do cheiro.
Muitas vezes os tutores, na tentativa de evitar o forte odor pela casa, carro, ou até mesmo seu próprio colo, ao levarem os pets ao serviço de banho e tosa, acabam solicitando que essas glândulas sejam espremidas, o que não é o correto, pois pode agravar ainda mais o processo inflamatório dessas glândulas. Alguns tutores conseguem observar os sinais clínicos apresentados pelo seu animal de estimação em sua mudança de comportamento e até mesmo conseguem observar a presença da fístula ao lado da região anal dos cães quando apresentam a inflamação dessas glândulas.
Hedlund (2008) nos descreve que os sacos anais são anexos de pele modificadas. Essas estruturas servem como reservatório de secreção produzidas pelas glândulas sebáceas e hepatoides. Essas glândulas produzem secreção de aspecto pastoso e fétido, presentes no epitélio escamoso de revestimento. A saculite anal é um processo de inflamação ou infecção do saco anal e tem dentre suas causas a inflamação ou a obstrução do ducto. Relata-se também que essas afecções estejam correlacionadas a um esvaziamento inadequado desses sacos. Alguns outros fatores, como apresentação de um tônus muscular fragilizado em caso de cães obesos, a permanência de fezes amolecidas nos sacos anais, e a retenção dos conteúdos do saco por seborreia generalizada podem estar associadas a saculite anal (Aronson, 2007).
Essa patologia não tem raça, idade ou até mesmo gênero definido, porém tem um maior acometimento em cães pequenos e de raça toy ou animais que tenham associação a dermatites, dentre elas a seborreica (Curti et al., 2012, Fosuum, 2014, Henrique et al., 2017). Dentre os sinais clínicos que podem ser apresentados por animais acometidos pela saculite estão a irritação da região anal, na qual animais com abcessos podem apresentar de forma recorrentes as fístulas, apresentação também a disquezia e constipação (Curti et al., 2012). Além disso os animais apresentam pirexia e edema, vermelhidão, presença de secreção purulenta sanguinolenta e apresentando odor desagradável na região dos sacos anais (Hendlund, 2008). Para um diagnóstico sugestivo, realiza-se o exame físico e digital do reto, pois é possível observar a dificuldade em compressão, pois o saco anal encontra-se dolorido e apresentando distensão (Curti et al., 2012, Henrique et al., 2017).
No mesmo mês, em pós-operatório, houve contaminação da ferida cirúrgica devido a sua proximidade anatômica em relação a região anal, com subsequente agravamento da cicatrização e refratariedade à antibioticoterapia convencional (figura 7). O animal foi encaminhado de prontidão para o departamento de reabilitação integrativa e medicina natural a fim de otimizar a blindagem corporal e a reparação tecidual. Inicialmente, as sessões integrativas foram realizadas duas vezes por semana, com subsequente desmame de sessões, uma vez por semana, de acordo com a evolução clínico-dermatológica cicatricial do paciente (figura 8).
Os resultados com o uso da ozonoterapia são satisfatórios por conta da sua ação oxidativa, tornando possível comprovar segundo Seidler et al. (2008) que as bactérias em poucos segundos após o contato com o gás perdem a capacidade de desenvolvimento no organismo. Entre as bactérias gram positivas e gram negativas, as positivas acabam tendo uma maior sensibilidade. Atuante também na liberação de citocinas, inativando os mediadores da dor e diminui a produção de mediadores da inflamação (Schwatrz, Sánchez, 2012). Contribui, assim, com a ação antibiótica do fármaco (Morette, 2011).
Figura 7. Ferida cirúrgica de caudectomia total com contaminação multirresistente pós-operatória ativa, com sinais de necrose tissular grave e refratariedade à antibioticoterapia convencional (oral e tópica)
Figura 8. Ferida cirúrgica pós-primeira sessão integrativa de reabilitação dermatológica
Em estudos apresentados por Gonçalves et al. (2020), são apresentados os diversos pontos em que a ozonioterapia tem se mostrado eficiente, sendo utilizada desde processos alérgicos, nos quais sua atuação é na desinfecção, como no caso apresentado acima, em tratamento de feridas de difícil cicatrização em áreas extensas. Outro estudo que nos comprova a eficiência da utilização do ozônio nas feridas foi relatado por Mota (2020), no qual foi feito o tratamento de feridas de pele em cães e gatos utilizando de forma exclusiva o ozônio, apresentando a redução da contaminação e a cicatrização de ambas as feridas.
Além disso, o ozônio apresentou efeito analgésico, promovendo redução da dor e redução da infecção por meio do seu efeito anti-inflamatório. O ozônio estimula o metabolismo do animal, podendo ser de forma sistêmica ou local por meio da oxigenação. Já Marques e Campebell (2017) relatam que essa terapia complementar proporciona qualidade de vida, pois além de colaborar no processo cicatricial de feridas e evitar até mesmo amputações, melhora a oxigenação de tecidos e a resposta imune.
De acordo com Ackermann (2018), quando é proposta a utilização de ozônio na medicina, é preciso apresentar uma concentração de 95% oxigênio e 5% de ozônio. A presença do oxigênio puro evita a presença de outros gases que tenham o potencial tóxico. Referente ao tratamento de lesões severas na pele, Scheide et al. (2019 apud Castro, Simões, 2024), retratam êxito na associação do gás ozonizado juntamente a outras práticas terapêuticas. É valido ressaltar que este protocolo é necessário a realizar várias aplicações para obter bom resultado através da oxigenação terapêutica, sendo de grande importância essa compreensão tanto por parte do tutor quanto do médico veterinário (Penido, Lima, Ferreira, 2010). A técnica possui uma maior acessibilidade e boa aceitação pelos tutores principalmente por apresentar prognóstico positivo. É bem indicada em cicatrização de ferimentos e em persistências de afecções (Shen et al., 2017).
Ainda no que diz respeito ao caso relatado, a alopatia havia sido interrompida e foi iniciada a naturopatia, exclusivamente, incluindo as sessões integrativas de reabilitação dermatológica (Figura 4 – 11). Houve abordagem médica na ferida cirúrgica com uso de ozonioterapia (hemoterapia); laserterapia (luz azul, luz vermelha e luz infravermelha); terapia neural (com cloridrato de procaína a 0,7%); nutracêuticos orais (com ômega 3 e própolis verde) e melhoramento dietético.
Quadro 1. Terapias e frequências utilizadas.
Ozonioterapia | In cupping (inicialmente: 60 ml de ozônio a 30 mcg/ml; finalmente: 60 ml de ozônio a 10 mcg/ml); duas vezes por semana. |
Insuflação retal (inicialmente: 60 ml de ozônio a 10 mcg/ml; finalmente: 60 ml de ozônio a 10 mcg/ml); duas vezes por semana. | |
Autohemoterapia menor/autohemopuntura em acuponto VG14 (Vaso Governador 14) (inicialmente: 03 ml de sangue a 30 mcg de ozônio em proporção. | |
Autohemoterapia menor/autohemopuntura em acuponto VG14 (Vaso Governador 14) (inicialmente: 03 ml de sangue a 30 mcg de ozônio em proporção de 1:1 da mistura de volumes; finalmente: 03 ml de sangue a 30 mcg de ozônio em proporção de 1:1 da mistura de volumes); uma vez por semana. | |
Laserterapia | Luz azul (fotobiomodulação: emissão contínua e em varredura, com aplicação em 60 segundos por campo tecidual); previamente às luzes vermelha e infravermelha; duas vezes por semana. |
Luz vermelha e luz infravermelha (fotobiomodulação: emissão pulsada e pontual, com aplicação de 4J por campo tecidual); duas vezes por semana. | |
Terapia Neural | Realizada aplicação de cloridrato de procaína a 0,7% (Inject Center) na região periferida cirúrgica, uma vez por semana. |
Nutracêuticos orais | Houve prescrição médica de: ômega 3 1000 mg (EPA:DHA) (01 cápsula – via oral ou via refeição – uma vez ao dia – uso contínuo) e extrato aquoso de própolis verde (10 gotas – via refeição – uma vez ao dia – até novas recomendações). |
Melhoramento dietético | O paciente foi encaminhado para o departamento de nutrologia veterinária, principalmente por conta da alergopatia de base (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas, hipersensibilidade alimentar e atopia). |
Nas sessões, houve higienização prévia da ferida cirúrgica com solução fisiológica a 0,9% e digliconato de clorexidina a 2%; incluindo aplicação tópica posterior de óleo de girassol ozonizado. Como relatado por Penido, Lima e Ferreira (2010), os óleos ozonizados atuam de forma segura e eficaz no problema de cicatrização de feridas. Di Filippo et al. (2020), retratam que a taxa do óleo de girassol ozonizado tem a sua concentração entre 20% a 38%. Além das propriedades bactericidas fúngicas e viricidas, ele ativa a granulação e epitelização do tecido (Marchesini, Ribeiro, 2020).
A medicina integrativa ainda é tratada de forma receosa por muitos médicos veterinários, os quais ainda não possuem conhecimento sobre as aplicações técnicas e resultados oferecidos pela mesma. A falta desse conhecimento causa um bloqueio em apresentar ao tutor a utilização de forma complementar ao tratamento convencional dos animais. É uma área ampla que promove uma abordagem diferenciada, a qual pode-se beneficiar de diversas técnicas em conjunto, desde a ozonioterapia, acupuntura, hemoterapias, dentre outras.
A medicina integrativa fornece tratamento ao animal de forma completa, abordando todos os fatores que afetam a saúde do animal e promovendo um atendimento individual abordando e tratando corpo, mente e espiritualidade. Tem como principal objetivo identificar a causa principal e saná-la para que, assim, possa evitar reincidência ou até mesmo a persistência da patologia ou de processo inflamatório. Quintero e Minguell (2020), explicam que a medicina integrativa não trata de forma isolada a doença, mas sim o doente. É de grande importância que o médico veterinário clínico tenha uma boa compreensão de como funcionam as terapias para que o paciente possa receber uma opção terapêutica adequada para o estado clínico em que se encontra.
Segundo Bettiol (2012), mesmo que a medicina complementar e alternativa apresente diferentes práticas, sua abordagem acaba sendo solicitada somente quando os animais não estão respondendo bem a tratamentos convencionais ou até mesmo é utilizada como última alternativa para melhorar a qualidade de vida. O autor ainda retrata a necessidade de um maior conhecimento das práticas alopatas por parte dos médicos veterinários para que possam promover maiores informações sobre as técnicas e práticas da medicina alternativa, com indicação de informações corretas aos tutores, para assim fornecer opções de melhores tratamentos ao seu animal. A medicina moderna vem avançando de forma abrangente, o que exige que o profissional da saúde esteja qualificado para orientar e intervir particularmente em cada animal com o uso de terapias integrativas (Brito et al., 2017).
A etiologia é descrita por uma doença é dividida em três patamares, onde temos os agentes internos, que estão diretamente ligados às emoções do paciente (sentimentos como a raiva, alegria medo); os fatores externos, que estão relacionados ao clima (calor, frio, vento, de acordo com a medicina tradicional chinesa) e, por fim, a patologia propriamente dita (Rodrigues, 2022).
Figuras 9 a 16. Evolução clínico-cicatricial da ferida cirúrgica pós sessões integrativas de reabilitação dermatológica
Como planejamento clínico, caso houvesse refratariedade às manobras integrativas iniciais de reabilitação dermatológica, triaríamos para terapia fotodinâmica (através da laserterapia, com auxílio de azul de metileno). Tavares (2002) nos relata que o uso da laserterapia tem a sua aplicabilidade bem aceita em feridas, acelerando esse processo cicatricial e reduzindo os efeitos do processo inflamatório. É uma terapia utilizada em feridas abertas, enxertos, animais com queimaduras ou que tenham passado por processos de laceração, além de apresentar um efeito antibacteriano (Demir et al., 2004). O paciente descrito recebeu alta médica em setembro de 2023, com reepitelização e reepilação positivas (figura 17).
Figura 17. Animal em novembro de 2024, com a pele integra e pelagem reestabelecida, sem apresentar quaisquer sinais de refratariedade
Conclusão
De acordo com o trabalho desenvolvido, a medicina integrativa vem crescendo e evoluindo. Porém, precisamos do conhecimento, de modo geral, por parte dos médicos veterinários. A medicina integrativa possui diversas técnicas, dentre elas a ozonioterapia, que apresenta resultados benéficos, podendo ainda ser associada a outros tipos de tratamento na clínica veterinária. Se faz importante o conhecimento por parte do médico veterinário para orientação aos tutores sobre a introdução do tratamento de forma precoce podendo, assim, privilegiar o animal ofertando maior qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
Ackermann, M. R. (2018). Inflamação e cicatrização. In zachary, J. F., McGavin, M. D. Bases da patologia em veterinária (6. ed, pp. 73 –131). Elsevier.
Amalsadvala, T., Swain, S. F. (2006). Management of hard-to-heal wounds. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 36(4).
Argudo, D., & Soria, C. (2017). La ozonoterapia como alternativa de tratamiento para la mastitis clínica en ganado de leche. Maskana, 8, 37–40.
Aronson, L. Reto e Ânus. (2007). In Slatter, D. Manual de cirurgia de pequenos animais (3. ed, pp. p. 697 – 701). Manole.
Baía, L. S. L., Andena, S. & Coutinho, T. A. (2023). Tratamento integrativo com ozonioterapia e fotobiomodulação em ferida causada por loxoscelismo cutâneo em cão: Relato de caso. PUBVET, 17(3), e1360, 1-9. https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n03a1360.
Beck E. G., Wasser, G., Viebahn-Hansler, R. (1989). The current status of ozone therapy. Empirical developments and basic research. Medicinal Society for the Use of Ozone in Prevention and Therapy. 5(1),61-75. Forsch Komplementarmed.
Bettiol, G. (2012). Medicina integrativa no tratamento de linfoma canino. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Brito, F. M., Oliveira, A. de F. P., Costa, I. C. P., Andrade, C. G., Santos, K. F. O. & Anízio, B. K. F. (2017). Fitoterapia na atenção básica: estudo com profissionais enfermeiros. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental, 9(2), 480–487. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i2.480-487.
Castro, T. R. de, Simões, A. N. (2024). Uso da ozonioterapia em cães e gatos –estudo de casos. Brazilian Journal of Development, 10(6), 01-19. https://doi.org/10.34117/bjdv10n6-059
Costa, E. C. (2006). Animais de estimação: uma abordagem psico-sociológica da concepção dos idosos. (Dissertação – Mestrado em Saúde Pública) – Universidade Estadual do Ceará.
CRMV-SP. (2019). Terapias inovadoras surgem como complemento aos tratamentos convencionais e ganham espaço na Medicina Veterinária (p. Informativo 73). Conselho Regional de Medicina e Veterinária.
Curti, F., Sampaio, G. R, Cossi, L. B, Barros, R, Faria, L. G; Kawamoto, F. Y. K. (2012). Consideração clínicas e cirúrgicas das principais afecções dos sacos anais de cães: revisão de literatura. Revista Veterinária e Zootecnia em Minas, p. 30-34.
Demir, H. et al. (2004). Comparison of the Effects of Laser, Ultrasound, and Combined Laser + Ultrasound Treatments in Experimental Tendon Healing. Lasers in Surgery and Medicine, 35, 84–89.
Di Fillippo, P. A. et al. (2020). Effects of pure and ozonated sunflower seed oil (Helianthus annuus) on hypergranulation tissue formation, infection and healing of equine lower limb wounds. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, 42(1).
Fahie, M. A., Shettko, D. (2007). Evidence-based wound management: a systematic review of therapeutic agents to enhance granulation and epithelialization. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 37(3).
Fosuum, M, T. W. (2014). Cirurgia de Pequenos Animais. 4. ed. Elsevier.
Garcia, M. P. (2009). Classes de comportamentos constituintes de intervenções de psicólogos no subcampo de atuação profissional de psicoterapia com apoio de cães. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina.
Gimenes, C. (2008). Aplicações do ozônio. Diário do Nordeste. http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=543761
Gonçalves, B. P., Castro, L. M. de, Pinto, H. G. F., Santos Filho, M. dos. (2020). Adjuvant therapy using ozonated saline in a dog with persistent thrombocytopenia – case report. Research, Society and Development, 9(9): e167997234. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7234
Goulart, L. (2024). Ozonioterapia. Lara Goulart. https://laragoulart.com.br/#ozonioterapia
Guerra, X. V., Limonta Y. N., Contreras I. H., Freyre R. L., Ramírez A. M. P. (1999). Resultados de los costos en ozonoterapia. Revista Cubana Enfermer, p. 104-108.
Gurley, B. (1985). Ozone: pharmaceutical sterilant of the future? Journal of Parenteral Science and Technology, 39, p. 256-261.
Halata, Z., Grim, M. & Bauman, K. I. (2003). Friedrich Sigmund Merkel and his “Merkel cell”, morphology, development, and physiology: review and new results. The anatomical record. Part A, Discoveries in molecular, cellular, and evolutionary biology, 271(1), 225–239. https://doi.org/10.1002/ar.a.10029
Hedlund, C. S. (2008). Cirurgia do sistema digestório. In: Fossum, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 3 ed. Elsevier.
Henrique et al. (2017). Saculite anal polimicrobiana em cão com hipotireoidismo: Relato de caso. Pubvet, 11(9). https://doi.org/10.22256/PUBVET.V11N9.913-916
Hernández O., González, R. (2001). Ozonoterapia En Úlceras flebostáticasin. Rev Cubana Cir, 40(2):123-129.
Knutson, R.A., Merbitz, L.A., Creekmore, M.A., Snipes, H.G. (1981). Use of sugar and povidone-iodine to enhance wound healing: five years’ experience. Southern Medical Journal, 74(11), 1329-1335.
Kosachenco, B., Calliari, C., Appel, B., Mentz, F., & Malschitzky, E. (2018). Efecto terapéutico de la Ozonoterapia en la cicatrización de heridas en perros: Reporte de casos. Ozone Therapy Global Journal, 8(1), 197–210.
Lima, G. M. (2016). A eficácia incompleta das normas constitucionais: desfazendo um mal-entendido sobre o parâmetro normativo das omissões inconstitucionais. In Maliska, M. A. Revista direitos fundamentais e democracia, 20(20), 174-192.
Liptak, J. M. (1997). An overview of the topical management of wounds. Australian Veterinary Journal, 75(6), 408-413.
Lopes, M.A.I. (2016). Abordagem e maneio médico-cirúrgico de feridas abertas em cães e gatos: caracterização etiológica e estudo de padrões traumáticas. Dissertação (Mestrado integrado em medicina veterinária) – Pós-graduação em medicina veterinária, Universidade de Lisboa.
Marchesini, B. F. & Ribeiro, S. B. (2020). Efeito da ozonioterapia na cicatrização de feridas. Fisioterapia Brasil, 21(3), 281–288. https://doi.org/10.33233/fb.v21i3.2931.
Marques, A. S. & Campebell, R. C. (2017). Ozonioterapia em feridas de equinos-revisão. Revista Científica de Medicina Veterinária Do UNICEPLAC, 4(2), 31–45.
Melo, U. P. et al. (2009). Fisiopatologia da cicatrização das feridas nos equinos. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária, 15(48), 32-42.
Morette, Daniela Affonso. (2011). Principais aplicações terapêuticas da ozonioterapia. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
Mota, I. V. Uso da ozonioterapia em animais de campanha: relato de caso. Orientador: Carolina Mota Carvalho. (2020). Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Medicina Veterinária) – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos.
NaturalTec. (2017). Ozônio na desinfecção de água e efluentes. NaturalTec. https://naturaltec.com.br/ozonio-desinfeccao-agua/
Nogales, C. G., Ferrari, P. H., Kantorovick, E. O., Marques, J. L. L. (2008). Ozone Therapy in Medicine and Dentistry. The Journal of Contemporary Dental Practice, 9(4).
Oliveira, J. T. C. de. Revisão sistemática de literatura sobre o uso terapêutico do ozônio em feridas. (2007). Dissertação (Mestrado) – Departamento de Enfermagem, Proesa.
Otani, M. A. P., & Barros, N. F. (2011). A Medicina Integrativa e a construção de um novo modelo na saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 16, 1801–1811. https://doi.org/10.1590/S1413- 81232011000300016
Pavletic, M. M. (2010). Atlas of small animal wound management and reconstructive surgery. 3. ed. Wiley-Blackwell.
Pena, S. B. (2006). Frequência de dermatopatias infecciosas, parasitárias e neoplásicas em cães na região de garça, São Paulo – Brasil. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária.
Penido, B.R., Lima, C.A., Ferreira, L. F. L. (2010). Aplicações da ozonioterapia na clínica veterinária. Pubvet, 4(40): e145. https://doi.org/10.31533/pubvet.v04n40e145
Pino, E., Serrano, M.A., Rodríguez Del Rio, M. (1999). Aspectos de la ozonoterapia en pacientes con neuropatía periférica epidémica. Rev. Cubana Enferm., 15, 114-118.
Quintero, O. L. & Minguell, F. (2020). Medicina veterinaria integrativa y aplicaciones prácticas en la clínica de pequeños animales. Medicina Veterinaria, 5070(2).
Reis, B. O., Esteves, L. R., & Greco, R. M. (2018). Avanços e desafios para a implementação das práticas integrativas e complementares no Brasil. Revista de APS, 21(3), 355–364. https://doi.org/10.34019/1809-8363.2018.v21.16383
Reese, S., Budras, K. D. (2016). Tegumento Comum. In König, H. E.; Liebich, H-. G. Anatomia dos animais domésticos: Texto e Atlas Colorido. 6 ed. Artmed.
Riegel, R. J. (2017). Laser therapy for the treatment of equine wounds. In: Riegel, R. J., Godbold, J. C. Laser therapy in veterinary medicine. John Wiley & Sons.
Rodrigues, C. P. (2022). Medicina veterinária integrativa no tratamento da dermatite atópica canina (DAC): acupuntura, ozonioterapia, homeopatia e fitoterapia. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Rodriguez, Z. B., González, E., Urruchi, W. et al. (2017). Ozonioterapia em Medicina Veterinaria. Multimídia Editora.
Schwartz, A. & Sánchez, G. M. (2012). Ozone therapy and its scientific foundations. Ozone Therapy Global Journal, 2(1), 199–232.
Sciorsci, R. L., Lillo, E., Occhiogrosso, L. & Rizzo, A. (2020). Ozone therapy in veterinary medicine: a review. Research in Veterinary Science, 130, 240–246. https://doi.org/10.1016/j.rvsc.2020.03.026
Seidler, V. et al. (2008). Ozone and Its sage in general medicine and dentistry: a review article. Prague Medical Report, 109(1), 5-13.
Shen, L., Yuan, T., Chen, S., Xie, X. & Zhang, C. (2017). The temporal effect of platelet-rich plasma on pain and physical function in the treatment of knee osteoarthritis: systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of Orthophedy Surgery Research, 12(16), 1-12.
Silva, T. C.; Shiosi, R. K. (2018). Ozonioterapia: um tratamento clínico em ascensão na medicina veterinária – Revisão de literatura. Revista Científica de Medicina Veterinária, 31.
Slatter, D. (1998). Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 2 ed, v. 1 Manole.
Tatibana, L. S. & Costa-Val, A. P. (2009). Relação homem-animal de companhia e o papel do médico veterinário. Revista Veterinária e Zootecnia em Minas, 103.
Tavares, M. R. (2002). Efeito do Laser Terapêutico na Cicatrização Tendinosa: estudo experimental em ratos. Dissertação (Mestrado em Bioengenharia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/D.82.2002.tde-08012003-141011
Waldron, D. R, Zimmerman-Pope, N. (2007). Ferimentos cutâneos superficiais. In Slatter, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 3 ed (p. 259-273). Manole.
Wendt, S. B. (2005). Comparação da eficácia da calêndula e do óleo de girassol na cicatrização por segunda intenção de feridas em pequenos animais. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) – Universidade Federal do Paraná.
Wollheim, C. (2020). Efeito microbiano do ozônio gasoso em Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Candida albicans. Revista Ibero-americana de Podologia, 2(1), 121-121.
Yoldi, C. F., Hidalgo, Ó., Ramos, J. F., & Sánchez, R. (2019). Medida de la concentración del ozono en agua en dosis bajas. Revista Española de Ozonoterapia, 9(1), 61–73.
Zahedi, Payam et al. (2010). A review on wound dressings with an emphasis on electrospun nanofibrous polymeric bandages. Polym. Adv. Technol, 2.