OZONE THERAPY AS ADJUNCTIVE THERAPY IN THE TREATMENT OFDIABETIC FOOT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410272248
Anna Clara Delgado Bonani; Bárbara Gaspar de Oliveira; Beatriz Nogueira Barbosa; Leonardo Vinícius de Souza Maia; Letícia Cristina Moutinho; Marina da Silva Santos; Orientadora: Profa. Dra. Gabriela Marchiori Carmo Azzolin
RESUMO
Este estudo apresenta como objetivo principal analisar os benefícios da ozonioterapia em pacientes com ferida de difícil cicatrização. Trata-se de uma revisão integrativa realizada por meio de buscas nas bases de dados BVS, SciELO, MEDLINE, PUBMED e LILACS . Foram analisados 10 artigos, os quais foram apresentados em quatro categorias. Destaca-se nos estudos analisados que a ozonioterapia torna-se um tratamento promissor para feridas de difícil cicatrização devido a alta eficiência na aceleração do reparo tecidual, que consequentemente diminui o tempo de internação dos pacientes e melhora a qualidade de vida, quando usado adequadamente, pois o uso irregular do ozônio torna-se lesivo ao reparo tecidual. Portanto, se faz necessário uma maior investigação sobre o uso do tratamento com ozônio em feridas de diferentes etiologias.
Palavras-chave: Enfermagem; Pé diabético; Ozonioterapia; Tratamento; Feridas.
ABSTRACT
The main objective of this study is to analyze the benefits of ozone therapy in patients with wounds that are difficult to heal. This is an integrative review carried out through searches in the VHL, SciELO, MEDLINE, PUBMED and LILACS databases. Ten articles were analyzed, which were presented in four categories. It is noteworthy in the analyzed studies that ozone therapy becomes a promising treatment for wounds that are difficult to heal due to its high efficiency in accelerating tissue repair, which consequently reduces the hospitalization time of patients and improves the quality of life, when used properly, because the irregular use of ozone becomes harmful to tissue repair. Therefore, further investigation is needed on the use of ozone treatment in wounds of different etiologies.
Keywords: Nursing; Diabetic foot; Ozone therapy; Treatment; Wounds;
INTRODUÇÃO
O diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia), devido a defeitos na secreção ou ação da insulina. O controle é feito por meio do tratamento medicamentoso e manutenção de hábitos saudáveis, evitando assim complicações microvasculares, neuropatia e doenças cardiovasculares, tornando-se um indicador importante da carga de doenças crônicas e da eficácia das ações de promoção e prevenção.[1]
O Brasil está em quarto lugar no ranking de países com maior prevalência de DM, atingindo em 2017, 12,5 milhões e com uma projeção para 2045, atingir, 20,3 milhões de pessoas, o que resulta numa sobrecarga nos serviços de saúde, pois indivíduos com diabetes apresentam maiores taxas de hospitalizações se comparados com os que não têm diabetes, além de maior tempo de internação para um mesmo problema de saúde. [2]
Dentre as complicações mais comuns do DM, é o pé diabético, que trata-se de um termo clínico usado para descrever uma série de complicações nos membros inferiores, incluindo infecção, ulceração e gangrena, se destacando como a segunda complicação mais típica do DM após a doença cardiovascular.[3] Entretanto, para tratamento dessas feridas crônicas de pacientes com DM, muitas vezes, o tratamento convencional não é suficiente para atingir a cicatrização no tempo necessário, o que requer a utilização de novas terapias adjuvantes inovadoras para acelerar o reparo tecidual e prevenir amputações. [4]
O pé diabético é uma complicação complexa e grave do diabetes Mellitus, sendo uma das principais causas de amputação do membro inferior, com um risco significativamente maior para pacientes com diabetes. A neuropatia periférica e a limitação da mobilidade articular são fatores de risco importantes para o desenvolvimento do pé diabético. Essa condição pode incluir alterações na sensibilidade dos pés, feridas complexas, deformidades, alterações na marcha, infecções e amputações. O tratamento requer uma abordagem especializada e abrangente, incluindo educação, avaliação de riscos, investigação adequada, tratamento de feridas, cirurgia especializada, uso de dispositivos adequados e reabilitação, visando a prevenção e a restauração funcional da extremidade afetada [5]
A ozonoterapia é utilizada por diversos países, sendo uma prática utilizada desde o século XIX, tem sido um tratamento eficiente e promissor, sobretudo no tratamento de feridas, principalmente em pacientes diabéticos. Esta terapia visa a redução de tecido necrótico, melhora da oxigenação no local da ferida e na formação da neovascularização, resultando na diminuição da dor, contribuindo para uma cicatrização eficiente. [6]
Assim sendo, o tratamento de úlceras nos pés em pessoas com DM pode se beneficiar da ação adjuvante da ozonioterapia, uma vez que a terapia apresenta propriedades oxidantes e desinfetantes, e vem sendo cada vez mais utilizada e estudada tendo em vista que esta pode auxiliar em tratamentos de feridas de difícil cicatrização, extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões isquêmicas e várias outras afecções, tendo se mostrado eficiente na maioria dos casos, principalmente na atuação na desinfecção e cicatrização de feridas extensas. [7]
Em sequência, a concentração de ozônio utilizado varia amplamente, pois tem característica para aumentar a oxigenação tecidual e consequentemente o metabolismo, apresentando uma ação positiva em doenças infecciosas agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias e fungos, em queimaduras e úlceras diabetogênicas. Porém, verifica-se que ainda é preciso estudos mais profundos sobre a mesma para esclarecer com maior detalhe sua forma de ação e comprovar seus benefícios. [6]
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio do Parecer normativo no 001 de 2020, reconheceu e regularizou a ozonioterapia como prática complementar executável por enfermeiros, sob condição de que sejam qualificados, ofertados na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS). O órgão orienta que o profissional alcance 120 horas em cursos na temática. Na enfermagem, a tecnologia pode ser aplicada na melhoria dos resultados no tratamento de lesões de diversas etiologias, assim, elevando a qualidade da assistência ao paciente acometido com lesões de pele. [8]
Por ser uma doença crônica e se caracterizada por uma variedade de complicações, entre as quais se destaca o pé diabético, considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas.[9] O enfermeiro desempenha um papel crucial no cuidado integral, avaliação, prevenção e tratamento do pé diabético. É essencial que este profissional esteja atualizado e capacitado em diversos tratamentos e técnicas de educação em saúde, visando oferecer um cuidado humanizado e acolhedor que promova a adesão dos pacientes ao tratamento. [10]
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica do tipo revisão integrativa utilizada como forma de obter, a partir de evidências, informações que possam contribuir com o processo de tomada de decisão nas ciências da saúde. Este método permite a integração de opiniões, conceitos ou ideias viabilizando a sistematização do conhecimento científico aproximando a problemática a ser investigada em uma evolução ao longo do tempo possibilitando a aquisição de informações amplas sobre determinado tema, estabelecendo assim, um corpo de conhecimento (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008)
Para nortear a pesquisa, será utilizada a estratégia PICO – acrônimo para patient (paciente), intervention (intervenção), comparison (controle ou comparação), e outcomes (resultados) – de forma a auxiliar a formulação da pergunta norteadora e na busca das evidências. Dessa forma elaborou-se a seguinte questão: “Qual a importância da ozonioterapia para cicatrização de feridas de pé diabéticos e qual a importância do profissional enfermeiro frente a esses cuidados?”
Será realizada busca avançada no Portal de pesquisa da BVS (Biblioteca Virtual da Saúde) e outras bases se forem necessárias como SciELO (Scientific Eletronic Library Online), MEDLINE ( National Library of Medicine’s), PUBMED e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). A busca de dados será baseada nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) indexados, sendo eles: “Enfermagem”, “Pé diabético”, “Ozonioterapia”, “Tratamento” e “Feridas”, . isolados ou de forma combinada com a utilização dos operadores booleanos AND, OR e NOT.
O critério(s) de inclusão a serem considerados serão publicações nacionais e internacionais disponíveis com texto completo publicadas no período de 2015 a 2023 que contemplem os objetivos do estudo. Como critérios de exclusão: trabalhos duplicados, publicados em período anterior ao estabelecido, não disponíveis na íntegra gratuitamente e que não se enquadrem na temática do presente estudo.
Foi elaborado um fluxograma contendo o número de trabalhos obtido na coleta inicial e o número remanescente após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, bem como, o número de trabalhos incluídos para esta pesquisa (Figura 1).
Foi elaborado um instrumento para coleta de dados que permitirá a categorização dos artigos facilitando sua análise segundo o título, autoria, ano, periódico, bases de dados, objetivos e principais resultados. Para análise da produção científica será identificado o número de publicações segundo descritores e/ou unitermos, base/banco de dados consultados e distribuição cronológica. A partir desta organização será construído um quadro, procedendo-se deste modo, uma primeira sistematização do conjunto do material selecionado com intuito de obter uma visão panorâmica do que foi publicado sobre a temática.
Na sequência, será realizada a leitura dos resumos das publicações selecionadas, a fim de se definir a inclusão ou exclusão do material de acordo com o interesse específico da pesquisa e seleção destes a fim de classificá-los entre as categorias semelhantes. Nesta fase, os estudos serão agrupados de acordo com seu enfoque principal.
A terceira etapa compreenderá a leitura seletiva das referências selecionadas que serão agrupadas conforme as categorias identificadas nas etapas anteriores, concluindo assim a revisão bibliográfica sobre o tema, nos períodos propostos, e apresentados nas seções Resultados e Discussão.
Este estudo de revisão integrativa não apresentou necessidade de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, porque extrai dados de livre acesso, dessa forma não se trata de documentos que requeiram sigilo. As demais questões éticas foram preservadas, pois os autores consultados foram devidamente referenciados no texto.
Figura 1. Fluxograma dos artigos selecionados segundo as bases de dados e os critérios de inclusão e exclusão com amostra final.
Fonte: Elaboração dos autores
RESULTADOS
As buscas iniciais nos bancos de dados revelaram 348 artigos, dos quais 10 compuseram a amostra final. Os principais resultados obtidos relacionados ao tema abordado se encontram no Quadro 1
Quadro 1 – Artigos selecionados de acordo com título, autor, ano, periódico e tipo de estudo.
N | Base de Dados | Ano | Autor (es) | Periódico | Título | Tipo de estudo |
1 | medline | 2019 | IZADI, Morteza; et al. | Science Direct | Efficacy of comprehensive ozone therapy in diabetic foot ulcer healing | estudo clínico randomizado |
2 | Medline | 2018 | HOSSEINE, Mahboobeh Sadat; et al. | National Library of Medicine | Health-relatd quality of life in patients with chronic wounds before and after treatment with medical ozone | Pesquisa de Campo e Análise de dados |
3 | Medline | 2018 | RAPONE, Biagio; et al. | National Library of Medicine | Research efficacy of gaseous ozone therapy as an adjuvant to periodontal treatment on oxidative | Ensaio clínico randomizado |
4 | Medline | 2022 | ROTH, Alexander.; et al. | Front. Biosci (Elite Ed.) | Ozone as a Topical Treatment for Infected Dermal Wounds | Revisão sistemática |
5 | Medline | 2021 | FARAJI, Navid.; et al. | National Library of Medicine | Ozone therapy as an alternative method for the treatment of diabetic foot ulcer: a case report | Relato de caso |
6 | LILACS | 2019 | MARTINEZ, Amirelia Fabelo.; et al. | Revista Cubana de Ansgiologia y Cirugía Vascular | Evolución de las úlceras de pie diabético con el tratamiento mixto de Heberprot-P® y ozonoterapia | Estudo retrospectivo e descritivo |
7 | LILACS | 2020 | MARCHESIN I, Bruna Fuhr; RIBEIRO, Silene Bazi. | Fisioter Bras | Efeito da ozonioterapia na cicatrização de feridas | Estudo e relato de caso |
8 | MEDLINE | 2022 | JAROSLAW, Pasek.; et al | Advances in Skin & Wound Care | Ozone Therapy in the Comprehensive Treatment of Leg Ulcers: Case Report | Relato de caso |
9 | pubmed | 2015 | LIU, Jian.; et al. | National Library of Medicine | Ozone therapy for treating foot ulcers in people with diabetes | Estudos clínicos randomizados e controlados |
1 0 | Medline | 2021 | BOMFIM | Advances in Skin & Wound Care | Effectiveness of Ozone Therapy as an Adjunct Treatment for Lower-Limb Ulcers: A Systematic Review | Revisão sistemática |
Fonte: Elaboração dos autores
Quadro 2 – Relação objetivos e resultados de cada artigo selecionado
N | Objetivo | Principais resultados |
1 | Mostrar eficácia da ozonioterapia no tratamento de úlceras de pé diabetico | Foi realizado um estudo com duzentos pacientes com úlceras de pé diabetico, onde foi dividido em dois grupos com tratamentos diferentes, o primeiro grupo foi tratado com ozônio, já o segundo grupo recebeu apenas cuidados rotineiros com o pé diabetico. Ao final do estudo, todos os pacientes tiveram fechamento complemento da ferida no grupo de ozônio e a amputação diminui após o tratamento com ozônio em pacientes com infecção do pé diabético |
2 | O estudo atual busca avaliar o efeito da ozonioterapia visando a qualidade de vida relacionada à saúde do paciente com feridas crônicas. | Foi avaliado a qualidade de vida de 86 pacientes com feridas crônicas, a maioria com diabetes Mellitus. A terapia com ozônio foi identificada como um preditor significativo da qualidade de vida, mesmo após ajustes. A história de amputação também teve impacto na qualidade de vida, especialmente quando combinada com antibióticos. A terapia com ozônio pode prolongar a vida relacionada à saúde e ser uma opção terapêutica, além de promover a cicatrização de feridas crônicas. |
3 | determinar a eficácia da ozonioterapia gasosa como uma abordagem alternativa para apoiar a terapia periodontal não cirúrgica (NSPT), com o objetivo de melhorar a maquinaria antioxidante e interferir na produção de ROS nos níveis plasmáticos em indivíduos diabéticos diagnosticados com moderada ou grave periodontite. | Ambos os tratamentos com terapia periodontal não cirúrgica (NSPT) e o grupo de ozônio e NSPT obtiveram a mesma eficiência na melhora dos parâmetros clínicos. A ozonioterapia não apresentou impactos significativos em relação ao efeito do tratamento periodontal na redução do estresse oxidativo nos níveis plasmáticos dos pacientes. |
4 | Avaliar os benefícios e resultados da utilização da ozonioterapia como tratamento para feridas dérmicas infectadas. | A utilização da terapia com ozônio apontou resultados promissores, sendo necessária a consideração e investigação da terapia com ozônio como um tratamento alternativo às terapias tradicionais pelo fato de sua natureza amplamente antimicrobiana e custo-efetivo do tratamento, bem como estimulando feridas a cura. |
5 | Observação da evolução de uma ferida de um paciente submetido ao tratamento de ozonioterapia | Paciente foi submetido ao tratamento de uma úlcera na perna, de difícil cicatrização com tratamento convencional. O paciente foi então submetido a uma dose de 70 μg/dL de ozonioterapia durante um período de 30 dias em 10 sessões (uma sessão de 20 minutos a cada 3 dias), após seis sessões de ozonioterapia, todas as partes profundas da úlcera foram preenchidas devido ao rápido crescimento do tecido de granulação. Com 1 mês de tratamento a úlcera do pé do paciente havia cicatrizado completamente, e ele recebeu alta do serviço. |
6 | Determinando a evolução das úlceras do pé diabético com tratamento misto de Heberprot-P® e ozonioterapia | Grande parte dos pacientes submetidos ao tratamento misto de Heberprot-P® e ozonioterapia tiveram boa resposta ao tratamento, na maioria houve crescimento considerável do tecido de granulação, entre 2 e 4 semanas. A permanência hospitalar é reduzida de 11 a 21 dias. O tratamento realizado proporciona uma resposta rápida e eficaz na cicatrização de feridas. |
7 | Compreender os efeitos da ozonioterapia na cicatrização de feridas crônicas em paciente com diabete mellitus | Na pesquisa foi identificado uma bactéria multirresistente pseudomonas aeruginosas constatando uma redução de 99% de unidades formadoras de colônia, resultando em diminuição de 45,5 cm² do tecido residual. Assim sendo foi quantificado o processo de cicatrização pela área total da lesão tratada e o número da amostra foi insuficiente para obter resultados estatisticamente significativos. |
8 | Avaliação da utilização de equipamentos terapêuticos inovadores na prática clínica para acelerar o processo de cicatrização de feridas clínicas pela aplicação externa de ozônio em diversas formas | resultados positivos em uma mulher de 52 anos com uma úlcera na perna direita. Após 30 procedimentos de terapia com ozônio a úlcera cicatrizou completamente e a dor do paciente foi significativamente aliviada, resultando numa melhora da qualidade de vida da paciente. |
9 | Avaliar os efeitos da ozonioterapia na cicatrização de úlceras nos pés de pessoas com DM | Três estudos foram analisados, envolvendo um total de 212 participantes. Um estudo comparou o tratamento com ozônio com antibióticos para úlceras no pé em pessoas com diabetes Mellitus (DM), mostrando que o tratamento com ozônio resultou em uma maior redução na área da úlcera em comparação com os antibióticos. Os outros dois estudos compararam o tratamento com ozônio mais os cuidados usuais com os cuidados usuais apenas, não mostrando diferenças significativas na redução da área ulcerosa. |
10 | O presente estudo teve como objetivo sintetizar as evidências disponíveis sobre o uso terapêutico do ozônio em pacientes com úlceras venosas, arteriais, mistas e/ou diabéticas de membros inferiores, por meio de uma revisão sistemática da literatura. | Foram identificados 44 estudos que envolvem o tratamento de feridas crônicas, como úlceras venosas ou diabéticas, nos membros inferiores, com a maioria abordando úlceras de pé diabético. Os estudos indicaram que o tratamento com ozônio, tanto tópico quanto sistêmico, associado ao tratamento convencional, foi mais eficaz do que o tratamento convencional isolado, reduzindo as chances de infecção e amputação. |
Fonte: Elaboração dos autores
DISCUSSÃO
Com a análise dos resultados, é perceptível que a ozonioterapia é um tratamento eficaz para o tratamento de feridas de difícil cicatrização, como as de pé diabetico. Entre os resultados positivos, estão a aceleração do reparo tecidual, diminuição da dor e da taxa de amputação, e consequentemente, redução no tempo de internação desses pacientes. Devido seus componentes e ação nas feridas se mostra promissor como tratamento adjuvante.
O ozônio tem um poder oxigenante maior que o oxigênio e sua reação com compostos orgânicos é muito mais seletivo, tendo a melhoria na circulação através dos vasos capilares, causa aumento da capacidade de absorção de oxigênio nos eritrócitos, estimulação dos processos de metabolização do oxigênio através do reativação de vários ciclos bioquímicos, ativação de sistemas de defesa antioxidante e modulação do estresse oxidativo, atua como modulador da resposta biológica e tem o efeito bactericida, fungicida e viricida.
A oxigenação que a ozonioterapia proporciona é favorável para a solução de qualquer condição séptica, atividade germicida de amplo espectro é outra das propriedades da terapia com ozônio e os metabólitos de ozônio, também é usado como agente antisséptico porque tem ação oxidante direta sobre os microorganismos e interage com compostos orgânicos insaturados durante a ozonólise, o que favorece sua ação antimicrobiano.
O Heberprot-P® é um novo medicamento que foi produzido no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, em Havana, em Cuba. O medicamento é aplicado por infiltração intralesional diretamente no local da ferida, com objetivo de acelerar a cicatrização de úlceras profundas, doenças neuropáticas ou neuroisquêmicas, muito úteis em estágios avançados e com alto risco de amputação. [11]
A ozonioterapia resolve o problema da cicatrização de forma rápida e eficaz e até mesmo em feridas de longa evolução e em seu estudo a eficácia do ozônio como agente terapêutico obtido em 70% dos pacientes bons resultados ao final do tratamento e quando avaliados em 3 meses aumentou para 80%, o que demonstra a utilidade dessa terapia. Analisando a evolução dos pacientes submetidos a terapêutica mista com Heberprot-P®, e A ozonioterapia teve uma boa resposta com 60,5%, melhorando a resposta de cicatrização comparado às terapias utilizadas separadamente, já que o tempo de internação e o tempo de granulação dos tecidos foi reduzido com o uso do tratamento. [11]
O alto percentual de boa resposta ao tratamento no grupo de pacientes que receberam ambas as terapias (Heberprot-P® mais ozônio) foi devido aos componentes combinados para cicatrização de lesões e na diminuição considerável do número de amputações menores. [11]
De acordo com Faraji et al (2021), um paciente com histórico de DM2, procurou o serviço de saúde com uma ferida, teve alta hospitalar na qual foi prescrito antibióticos via oral e limpeza da ferida com soro fisiológico, a com terapia inicial não obteve nenhum resultado, o que fez o retornar para o hospital, com a ferida ainda aberta, constatando assim bactéria Staphylococcus aureus no local da úlcera. O hospital adotou um tratamento diferente pois a bactéria era resistente alguns tipos de medicamentos, primeiramente foi realizado desbridamento dos tecidos necróticos, com desbridamento mecânico e soro fisiológico, em seguida submetido a uma dose de 70 μg/dL de ozonioterapia durante um período de 30 dias em 10 sessões (cada sessão de 20 minutos no intervalo de 3 dias) juntamente com um curativo de prata . O processo acima foi conduzido em um saco plástico resistente à camada de ozônio, a fim de reter o gás ozônio e criar exposição excessiva entre o gás e a úlcera. Após realização de seis sessões de ozonioterapia,as partes mais profundas da úlcera foram preenchidas rapidamente com o crescimento do tecido de granulação. A partir dos resultados das seis sessões o paciente foi orientado a tomar sua medicação regularmente e a aderir a um programa de dieta diabética, foi orientado também a evitar pressão sobre o tecido reparador durante todo o período de tratamento. Cerca de 1 mês após o programa de tratamento acima, a úlcera havia cicatrizado completamente, e ele recebeu alta do nosso serviço de tratamento de feridas, foi possível verificar que a ozonioterapia melhorou a cicatrização da úlcera do paciente, além dos efeitos antibacterianos para prevenir a progressão da infecção a terapia libera fatores de crescimento que eventualmente cicatrizam feridas teciduais.[12]
Comparando o tratamento da ferida do pé diabetico com antibiótico e com ozônio, constatou-se que 39 úlceras das 51 (77%) participantes do grupo ozônio e 34 das 49 (69%) participantes do grupo antibiótico cicatrizaram. Não houve diferença significativa entre os dois grupos. Em relação à área da úlcera, no grupo ozônio, a redução média da área da úlcera do início ao fim do estudo foi de 34,66 cm2 e a redução média no grupo antibiótico foi de 14,12 cm2, com isso a ozonioterapia foi associada a uma maior redução da área da úlcera se comparada aos antibióticos. Em relação ao tempo de hospitalização, a duração média da hospitalização foi relatada como 26 dias no grupo ozônio, em comparação com 34 dias no grupo antibiótico, houve evidência de diferença entre os dois grupos a favor do ozônio. [13] [20]
As evidências do estudo comparando a ozonioterapia com antibióticos não sugeriram diferença entre os grupos de tratamento para o número de úlceras cicatrizadas. Mas, houve evidências de uma diferença entre os grupos em termos de redução da área da úlcera e tempo de hospitalização favorecendo a ozonioterapia. Os desfechos de qualidade de vida, eventos adversos e taxas de amputação não foram relatados. [13] [20]
De acordo com Roth et al, ( 2022 ) a ozonioterapia tem se mostrado eficaz no tratamento de feridas dérmicas infectadas, resultando em redução significativa de cargas bacterianas. No entanto, devido à instabilidade do ozônio como gás, é necessário desenvolver uma técnica para sua entrega direta na região da infecção/ferida. A pesquisa comparou pacientes com úlceras de pé diabético tratados com ozonioterapia combinada aos cuidados rotineiros e aqueles que receberam apenas os cuidados convencionais. [14]
A classificação de Wagner foi utilizada para avaliar a gravidade das úlceras, e os resultados mostraram que o grupo tratado com ozônio apresentou um tempo de cicatrização significativamente menor em comparação ao grupo de tratamento convencional. Além disso, a taxa de amputação foi menor no grupo da ozonioterapia, e esta terapia também reduziu os níveis de glicemia em jejum, o que é benéfico para pacientes diabéticos. [14]
Em conclusão, a ozonioterapia é uma terapia adjuvante eficaz, segura e de baixo risco para o tratamento de úlceras de membros inferiores, especialmente em pacientes com úlceras de pé diabéticos. Ela reduz as chances de infecção e amputações, diminui o tempo de internação e o tempo total de tratamento.[15]
Segundo Jaroslaw, et al. (2022), uma paciente de 52 anos com ulceração na parte inferior da perna recebeu tratamento com ozonioterapia local, além de tratamentos adicionais para hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Durante a ozonioterapia local, a perna do paciente é colocada em um saco plástico (o chamado “sapato de ozônio”) e exposta por 30 minutos a uma mistura gasosa de oxigênio e ozônio (5% de ozônio e 95% de oxigênio) com concentração de 50 mg/ml. [15]
As sessões de tratamento ocorreram uma vez ao dia por 5 dias em duas séries compostas por 15 procedimentos de tratamento cada com um intervalo de 3 semanas entre as séries para combater o risco de prejudicar a pele/tecido a longo prazo da terapia com ozônio. Ao longo do tratamento foi notada a cicatrização gradual da úlcera, sendo cicatrizada completamente após 9 semanas. O paciente também relatou alívio gradual da dor até a resolução quase completa da dor. [15]
A doença periodontal é considerada uma possível contribuinte para o estresse oxidativo associado à diabetes e à inflamação crônica. O estresse oxidativo desempenha um papel crítico no diabetes, e a hiperglicemia pode diminuir as atividades enzimáticas antioxidantes, levando a danos celulares. A terapia com ozônio tem sido estudada no diabetes devido à sua relação com o estresse oxidativo, mas os resultados são ainda inconclusivos. [16]
Neste estudo, foi investigado o impacto da ozonioterapia gasosa no tratamento periodontal em pacientes diabéticos com periodontite. Embora a ozonioterapia tenha propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes reconhecidas, os resultados deste estudo não confirmaram um efeito significativo nas defensas antioxidantes endógenas dos pacientes diabéticos. No entanto, os parâmetros periodontais melhoraram significativamente no grupo tratado com ozônio. [16]
O estudo realizado pela Medicina Baltimore, publicado em 30 de novembro de 2018, buscou identificar a qualidade de vida relacionada à saúde em 86 pacientes com feridas de difícil cicatrização submetidos à ozonioterapia. Como forma de metodologia utilizou-se 2 questionários avaliando o impacto da ferida. O primeiro questionário foi projetado especificamente para medir a qualidade de vida em pessoas com úlceras, e o próximo questionário geral foi usado para avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde. Entre as variáveis incluídas, o número de sessões de ozonioterapia foi o preditor mais forte de qualidade de vida para ambos os questionários e permaneceu significativo após diferentes níveis de ajuste.[17]
A análise do modelo final mostrou que, além do número de sessões, o histórico de amputação, a capacidade de viver de forma independente e a qualidade de vida estão associados à ozonioterapia. Isso significa que a capacidade de viver de forma independente tem amputação direta e inversamente proporcional à qualidade de vida. Desse modo, o sistema de tratamento com ozônio para tratamento sistêmico mais tópico foi associado a uma qualidade de vida mais alta. Por conseguinte, não houve relação significativa entre nível de escolaridade.[17]
Portanto, pacientes com feridas crônicas apresentam qualidade de vida consideravelmente diminuída e necessitam de cuidados especiais. A terapia médica com O3 pode aumentar a qualidade de vida relacionada à saúde entre esses pacientes e é uma opção terapêutica valiosa. Assim sendo, a aplicação da terapia medicamentosa com O3, além de seus efeitos positivos no processo de cicatrização de feridas diversas, pode melhorar e aumentar significativamente a qualidade de vida em pacientes. O presente estudo comprovou novamente que a terapia com O3 pode ser um método terapêutico seguro, eficiente e de alto potencial para melhorar a qualidade de vida em casos de feridas de difícil cicatrização. [17]
Trata-se de um estudo baseado em uma coleta de dados que foi realizada no Centro Integrado de Saúde da FSG Centro Universitário. O desenvolvimento da pesquisa iniciou-se mediante avaliação, realizada através de um questionário elaborado pela pesquisadora contendo: informações sociodemográficas; condições inerentes ao paciente (etilismo, tabagismo, doenças associadas, entre outros); avaliação da lesão (etiologia, localização, mensuração, entre outros), com a finalidade de caracterizar o tipo de amostra.[18]
Em seguida foi possível identificar e classificar o grau de comprometimento da região em que se encontrava a ferida, visando o resultado obtido, que deve ser registrado a fim de observar a evolução da reparação tecidual antes e depois do tratamento. Ao longo de todas as sessões, na primeira e na última aplicação da ozonioterapia fora realizada a coleta de material microbiológico através do swab, utilizado a fim de verificar a eficácia do ozônio na redução do crescimento bacteriano.[18]
Por conseguinte, no presente estudo, o processo de cicatrização de feridas foi quantificado pela área total da lesão tratada. Neste aspecto a ozonioterapia demonstrou um resultado promissor, acarretando na diminuição desta área. Desse modo, a terapia com o ozônio traz resultados positivos no reparo tecidual, além de atuar de modo eficiente em outras condições patológicas e fisiológicas. Pode ser considerada uma vantagem para a saúde pública já que é uma alternativa de baixo custo que promove a aceleração do processo cicatricial e que pode ser uma alternativa complementar ao tratamento de feridas.[18]
Portanto, pela cicatrização de feridas ser um processo complexo; portanto, não é possível determinar com exatidão a porcentagem de ozônio responsável, mas, de acordo com a literatura, este relato de caso confirma um importante envolvimento da ozonioterapia no reparo tecidual quando os tratamentos tradicionais não são eficazes.[18]
Existem evidências significativas da utilização da ozonioterapia como terapia adjuvante na rotina de trabalho do enfermeiro, sua competência técnica na administração deste gás e a comprovação científicas de seus benefícios, e ainda com os novos desafios que a enfermagem vem enfrentando diariamente, se faz necessário uma aposto neste novo campo crescente da ozonioterapia como uma técnica terapêutica.[19] Vale ressaltar que, essa é uma terapia totalmente natural e realizada pelo profissional capacitado, conforme diz o Parecer Normativo n° 001 de 2020, os riscos são quase nulos.
Apesar da utilização das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) estarem crescendo, sendo reconhecida pelo Ministério da Saúde, através de portarias ministeriais, elas não escapam de críticas, sendo consideradas como técnicas para utilização de forma experimental, conforme a resolução CFM Nº 2181 DE 20/04/2018, por outro lado, outros conselhos regulamentam a ozonioterapia no âmbito de suas profissões, como o Conselho Federal de Odontologia , através da Resolução n 166, de 24 de Novembro de 2019. De toda sorte, é inquestionável o avanço da utilização do ozônio como terapia complementar em saúde, e também de sua eficácia no tratamento de diversos problemas de saúde. [20]
Outro fato que vale ressaltar, são os importantes estudos de casos que demonstram o sucesso da terapêutica, e ainda que o enfermeiro reúne todas as condições de atuar e prescrever uma plano terapêutico utilizando o ozônio medicinal com segurança e excelentes resultados. [20]
Nesse sentido, a enfermagem tem buscado avançar e se capacitar para oferecer um serviço de qualidade à população, e, em especial, a enfermagem na ozonioterapia tem tido grandes avanços, principalmente, no tratamento de feridas de difícil cicatrização, visando sempre a redução de agravos, como amputação de membros inferiores, redução no tempo de cicatrização, e consequentemente, no tempo de internação. [8]
CONCLUSÃO
Diversos estudos demonstram resultados positivos acerca da utilização do ozônio nas úlceras de pé diabetico, sendo usado como uma terapia adjuvante e com melhores resultados quando combinado ao tratamento convencional. Dentre os benefícios da utilização dessa terapia para o tratamento do pé diabetico, está a cicatrização total em um menor tempo, menor risco de amputação, melhora da marcha e melhora da qualidade de vida das pessoas com pé diabetico.
Com essa terapia, o campo promissor de atuação do enfermeiro é reforçado, porém necessita ser explorado e avançar no protagonismo, logo, faz-se necessário mais estudos atestatórios acerca da eficácia dessa terapia para a cicatrização de feridas crônicas.
É explícito o avanço da utilização do ozônio como terapia complementar em saúde, por sua eficácia no tratamento de diversos problemas de saúde, como nas feridas de difícil cicatrização, pelo aumento tecidual, bem como na redução do crescimento bacteriano. Porém, não é possível determinar a porcentagem de ozônio para todas as feridas, necessário maior investigação, pois o uso irregular do ozônio torna-se lesivo ao reparo tecidual.
REFERÊNCIAS:
[1] HINKLE, J.L.; CHEEVER, K.H. Brunner&Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v.13, n. 1, p. 392-394, 2020. Acesso em: 15 de jul. 2023.
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