REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7114244
Autoria de:
*Guilherme Tanajura de Amorim
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2474-7486
**Menandro Araujo Chantel Hora
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3664-4556
Orientador:
***Ronald Bispo Barreto
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8500-1904
*Acadêmico em Medicina, Lattes: http://lattes.cnpq.br/8528241267727027,
**Acadêmico em Medicina, Lattes: http://lattes.cnpq.br/8153113708113372,
***Graduado em Medicina, Mestre em Ortopedia e Traumatologia, Doutor em Doutorado em Saúde,
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2652616949314569
Resumo
Introdução: A osteomielite é uma infecção que acomete o osso e pode cursar com destruição desse tecido. Possui importância devido às suas complicações relevantes para os pacientes.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de pacientes acometidos por osteomielite em Sergipe no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2021.
Método: estudo descritivo transversal, através da coleta de informações no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS durante os anos de 2012 a 2021. Os dados foram registrados e analisados em uma planilha do Microsoft Office Excel (versão 2010).
Resultados: Durante os anos de 2012 a 2021 em Sergipe houve 1.746 internações por osteomielite em Sergipe. Houve 1255 homens internados e 491 mulheres no período estudado. A média de valor gasto por internação no período total estudado foi de R$961,79. A faixa etária com o maior número de internações foi dos 30 aos 39 anos. Sergipe registrou 71 óbitos e taxa de mortalidade de 4,07 no período estudado.
Conclusão: Foi constatado como grupo de maior risco o sexo masculino e faixa etária entre 30 e 39 anos. O município e hospital com maior número de internações foi Aracaju e o HUSE, respectivamente. O custo médio por internação foi menor em Sergipe, quando comparado ao Brasil e a região Nordeste. Sergipe apresentou a maior taxa de mortalidade, nacional, para o período estudado. Identificados os fatores de risco e perfil epidemiológico da doença em Sergipe, faz-se necessário implementação de políticas públicas de saúde voltadas ao cuidado dos pacientes do sexo masculino, adultos jovens (30 a 39 anos), diabéticos e vítimas de fraturas expostas.
Palavras-chave: Epidemiologia; Infecção; Osteomielite
Resumo: este presente estudo visa analisar o perfil epidemiológico de pacientes acometidos por osteomielite em Sergipe, entre 2012 e 2021. Trata-se de um estudo descritivo transversal, com informações obtidas através do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). Houve 1.746 internações neste período, com 1255 homens e 491 mulheres internados. A faixa etária mais acometida foi de 30-39 anos. A taxa de mortalidade por osteomielite em Sergipe foi 4,07 A média de valor gasto por internação foi de R$ 961,79. O sexo masculino e a faixa etária de 30-39 anos foram considerados fatores de risco para a osteomielite. Sergipe apresentou a maior taxa de mortalidade nacional. Este fato evidencia a necessidade urgente de implementação de políticas públicas de saúde voltadas para a osteomielite no estado, além de novos estudos com a finalidade de identificar possíveis causas para o número elevado de mortalidade.
Abstract: The present study aims to analyze the epidemiological profile of patients affected by osteomyelitis in Sergipe, between 2012 and 2021. It is a descriptive cross-sectional study, with information obtained through the Hospital Information System of the Unified Health System (SIH- SUS). There were 1,746 hospitalizations during this period, with 1,255 men and 491 women hospitalized. The most affected age group was 30 to 39 years. The osteomyelitis mortality rate in Sergipe was 4.07. The average amount spent per hospitalization was R$ 961.79. Male sex and age group from 30 to 39 years were considered risk factors for osteomyelitis. Sergipe had the highest national mortality rate. This fact highlights the urgent need to implement public health policies aimed at osteomyelitis in the state, in addition to new studies with the objective of identifying possible causes for the high number of mortality.
Keywords: epidemiology, infecção, osteomyelitis
Introdução
A osteomielite é uma infecção que acomete o osso e pode cursar com destruição desse tecido, acometendo medula, cortical, periósteo e tecidos vizinhos. É uma doença historicamente significativa, sendo descrita inicialmente por Hipócrates (KLENERMAN, 2007). Tornou-se temida devido às particularidades do tecido ósseo, a aderência bacteriana e a resistência dessas bactérias aos antimicrobianos (LEW; WALDVOGEL, 2004; SCHMITT, 2017). De acordo com o mecanismo fisiopatológico pode ser classificada em três tipos: osteomielite hematogênica, secundária a insuficiência vascular e sistêmica e secundárias a foco infeccioso ou por contiguidade (LEW; WALDVOGEL, 1997). O principal agente etiológico da osteomielite é o Staphylococcusaureus,seguidodoStaphylococcuscoagulasenegativo, sendo o mais comum em próteses articulares infectadas (KREMERS et al., 2015). Outros microorganismos, como Streptococcus, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus, cocos Gram-negativos, Mycobacterium tuberculosis, Aspergillus e Candida albicans, estão associados à osteomielite. O S. aureus possui propriedades que o torna capaz de aderir ao tecido ósseo e mecanismos para se proteger do sistema de defesa do hospedeiro (FOSTER; HÖÖK, 1998; LEW; WALDVOGEL, 2004).
O quadro clínico em crianças geralmente tem início abrupto, com dor, sinais flogísticos e aumento do volume no local acometido, podendo ou não cursar com febre. Nessa faixa etária, as metáfises de ossos longos são as regiões mais acometidas. No adulto, tem início insidioso e pode ter como sintomas, dor, febre, calafrios, edema e abscesso (JONES; ANDERSON; STILES, 1987; URISH; CASSAT, 2020). Deve-se investigar história de traumas, cirurgias prévias, infecções e piodermites. O diagnóstico é feito pela história e exame clínico. Alguns exames complementares auxiliarão no diagnóstico, biópsia com isolamento do microorganismo, hemocultura, PCR, VHS e hemograma (BECK-BROICHSITTER; SMEETS; HEILAND, 2015). Exames de imagem, radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética (RM) e ultrassonografia de partes moles, também auxiliarão no diagnóstico. A radiografia, o exame de imagem mais disponível na maioria dos serviços no Brasil, mostrará sinais de destruição óssea após o décimo dia da doença (PÄÄKKÖNEN; PELTOLA, 2014; UNKILA-KALLIO et al., 1994). A RM é considerada o exame de imagem padrão-ouro para o diagnóstico precoce da osteomielite (CONNOLLY et al., 2002).
O tratamento deve ser instituído precocemente, dado que o retardo em seu início está diretamente ligado a um maior número de complicações e piores desfechos. A infecção na fratura aberta é um dos principais motivos que impedem a junção das extremidades ósseas, bem como o principal motivo pelo insucesso nas artroplastias articulares (URISH et al., 2018). A osteomielite é uma causa importante de amputação de pés diabéticos (JOHNSON et al., 2019). A taxa de mortalidade por osteomielite pode chegar até 8% (NOSKIN et al., 2005; SANTOS et al., 2021). Considerando a morbimortalidade causada pela doença, sua relevância econômica e social, faz-se relevante estudos epidemiológicos acerca da enfermidade a fim de identificar a população mais vulnerável e assim intervir de forma efetiva e resolutiva.
Nesse sentido, o presente estudo visa analisar o perfil epidemiológico da osteomielite no estado de Sergipe de 2012 a 2021. Assim, possibilitando uma melhor compreensão acerca da doença no estado e permitindo, posteriormente, intervenções que contribuam para o tratamento do paciente e fomentem ações efetivas pelo sistema de saúde.
Métodos
Foi realizado um estudo descritivo transversal através da coleta de informações realizada no aplicativo TABNET, um tabulador genérico de domínio público, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde – SIH/SUS (BRASIL, 2022). Foram selecionados os pacientes com diagnóstico principal de osteomielite, de acordo com a Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à saúde (CID-10).
Utilizou-se como critérios de inclusão os seguintes dados epidemiológicos, número de internações, sexo, faixa etária, média de dias internado, número de óbitos, taxa de mortalidade, valor total por internações e valor médio por internação no Estado de Sergipe no período de janeiro 2012 a dezembro 2021 devido a internações por osteomielite. Foram critérios de exclusão os dados coletados que não foram por internações devido a osteomielite.
Os custos médico-hospitalares foram avaliados com informações extraídas a partir dos registros de pagamentos das Autorizações de Internamento Hospitalar (AIH), sistema que registra os atendimentos provenientes das internações financiadas pelo SUS. Esses custos englobam toda a logística de um paciente internado, compreendendo valores dos serviços hospitalares, custos com diárias, higiene, alimentação, medicamentos, serviços auxiliares de diagnóstico e terapia, além dos custos com os serviços multiprofissionais (BRASIL, 2014).
Os dados foram lançados e analisados em planilha do Microsoft Office Excel, versão 2010, de modo a permitir analisar os dados epidemiológicos de acordo com cada ano do intervalo definido. Após a esquematização em tabelas, tornou-se possível a análise quantitativa e descritiva dos dados, definindo o perfil epidemiológico da população estudada quando se aborda a osteomielite.
Como este trabalho se trata de informações cujo conteúdo é de domínio público, o estudo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) em Seres Humanos. Entretanto, é necessário frisar que os pesquisadores seguiram todos os preceitos éticos e legais, garantindo-se a preservação da identidade dos sujeitos, em concordância com os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS – N° 466/2021 que trata de pesquisas envolvendo seres humanos.
Resultados e discussão
Durante os anos de 2012 a 2021 em Sergipe houve 1.746 internações por osteomielite em Sergipe (tabela 1). As cidades com o maior número de casos foram Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Estância, São Cristóvão, Lagarto e Itabaiana, com 442, 157, 88, 85, 79 e 70 casos, respectivamente.
Tabela 1: Dados epidemiológicos da osteomielite no estado de Sergipe de 2012 a 2021. Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
Alguns grupos de risco foram identificados após análise dos dados. Sendo o sexo masculino e adultos dos 30 aos 60 anos. Houve 1255 homens internados e 491 mulheres no período estudado. As faixas etárias com maior número de internações foram 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 a 69 e 20 a 29
anos, com 309, 301, 299, 227 e 221 internações, respectivamente. Foi notado que na faixa etária com 80 anos ou mais as mulheres possuem mais internamentos do que os homens, 39 versus 46, respectivamente (tabela 2). Nas demais faixas etárias os homens possuem um número maior de internações. Essas informações estão de acordo com os dados nacionais (SANTOS et al., 2021).
Tabela 2: Acometimento por faixa etária e sexo pela osteomielite no período de 2012 a 2021 no estado de Sergipe. Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
Os hospitais com maior número de internações foram o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), o Hospital de Cirurgia e o Hospital Regional Amparo de Maria, com 734, 555 e 206 internações, respectivamente. A partir desses dados pode-se inferir que há uma maior concentração de pacientes internados por osteomielite na capital sergipana, Aracaju, em detrimento dos hospitais do interior do estado (BRASIL, 2022).
Os anos que registraram maior número de óbitos por causa da osteomielite foram 2012, 2016 e 2013, com 13, 13 e 11 casos, respectivamente. Já os anos com menor número de óbitos por osteomielite foram 2017 e 2018, ambos com 3 óbitos registrados. A taxa de mortalidade para o período estudado foi de 4,07, valor que é acima da taxa registrada para igual período no Brasil, 1,08, e na região Nordeste, 1,18. Fazendo de Sergipe o estado da federação com maior taxa de mortalidade para o período estudado (BRASIL, 2022). Esse fato é relevante para que os gestores do sistema de saúde possam nortear esforços para diminuir a taxa de mortalidade no estado de Sergipe.
A média de valor gasto por internação no período total estudado foi de R$961,79. O valor total gasto com internações por osteomielite de 2012 a 2021 foi de R$1.679.226,34. Os custos médico-hospitalares foram avaliados com informações extraídas a partir dos registros de pagamentos das Autorizações de Internamento Hospitalar (AIH), sistema que registra os atendimentos provenientes das internações financiadas pelo SUS. Esses custos englobam toda a logística de um paciente internado, compreendendo valores dos serviços hospitalares, custos com diárias, higiene, alimentação, medicamentos, serviços auxiliares de diagnóstico e terapia, além dos custos com os serviços multiprofissionais (BRASIL, 2014). Após análise dos dados foi constatado que Sergipe gasta R$961,79 por internação, enquanto que no Brasil a média de gasto é de R$1.057,62 e na região Nordeste é de R$984,00 por internação para igual período (BRASIL, 2022).
Alguns fatores podem contribuir para o maior número de casos de osteomielite. Mecanismos moleculares de defesa das bactérias favorecem o aumento da resistência aos antibióticos (BLAIR et al., 2015). Pacientes diabéticos com má adesão ao tratamento estão mais propensos a desenvolverem úlceras nas extremidades e evoluir com osteomielite (GIURATO et al., 2017).O tempo prolongado de exposição da fratura exposta está associado a um maior grau de contaminação, com risco maior de desenvolver osteomielite. Portanto, faz-se necessário que o tratamento adequado seja instituído precocemente para menor taxa de complicações para o paciente (METSEMAKERS et al., 2020).
O presente estudo possui limitação, visto que depende de um fluxo de preenchimento para que seja alimentado corretamente e, assim, serem adequadamente analisados. É importante frisar que os dados obtidos através do SIH/SUS do DATASUS são referentes a internações hospitalares financiadas pelo SUS (BRASIL,2022). Desse modo, os dados apresentados nesse estudo não dizem respeito a internações por osteomielite não financiadas pelo SUS, o que prejudica uma análise completa acerca da epidemiologia da osteomielite em Sergipe. Faz-se necessário estudos que contemplem os hospitais com internações por osteomielite não financiadas pelo SUS no estado de Sergipe para maior compreensão de sua epidemiologia.
Conclusão
O estudo objetivou avaliar o perfil epidemiológico da osteomielite em Sergipe de 2012 a 2021 da população mais suscetível à doença, a fim de que o sistema de saúde possa intervir antes da incidência da enfermidade. De acordo com os dados analisados no estudo foi constatado como grupo de maior risco o sexo masculino e faixa etária entre 30 e 39 anos, do mesmo modo que os dados nacionais.
O município e hospital com maior número de internações foi Aracaju e o HUSE, respectivamente. O custo médio por internação foi menor em Sergipe, quando comparado ao Brasil e a região Nordeste. Sergipe apresentou a maior taxa de mortalidade quando comparado aos demais entes da federação.
Identificados os fatores de risco e perfil epidemiológico da doença em Sergipe, faz-se necessário implementação de políticas públicas de saúde voltadas ao cuidado dos pacientes do sexo masculino, adultos jovens (30 a 39 anos), diabéticos e vítimas de fraturas expostas.
Referências
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