REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10829793
Gilberto Pereira Dutra, Gisele Pereira Dutra, Aline Vieira da Silva, Juliana Claudino Pereira Lopes, Hélio Marco Pereira Lopes Júnior
RESUMO
O presente artigo tem como objeto ressaltar a importância do bullying,ou intimidação sistemática, na vida de crianças e adultos dentro da sociedade ou até mesmo na escola. Para isso, foi realizada uma análise precisa relatando todos os problemas e consequências, causados pelo bullying, um problema global que vem acontecendo durante muitos anos. O bullying também pode ser feito virtualmente, chamado cyberbullying, feito atrás de uma tela e sendo mais difícil de ser reconhecido, pelo o fato de não saber quem está atrás dessas telas. Apresenta-se ainda, a caracterização das vítimas e dos agressores, bem como o papel da família e da escola diante desse fenômeno em nossa sociedade. a metodologia desse estudo é Por fim, colocando propostas de intervenção para esse comportamento agressivo na escola, que podem vir abalar a autoestima, a saúde mental e o emocional das crianças e adolescentes para que possa ter uma vida escolar e social mais saudável, através de programas e projetos de conscientização, orientando os alunos a como lidar com esse tipo de agressão e relatando o ocorrido tanto à família quanto a direção escolar, para que possam tomar as medidas adequadas, colocando esse problema em questão e se possível resolvê-lo.
Palavras-chave: Bullying. Violência. Família. Escola.
ABSTRACT
This article aims to highlight the importance of bullying in the lives of children and adults within society or even at school. For this, I performed a precise analysis reporting all the problems and consequences caused by bullying, a global problem that has been happening for many years. Bullying can also be done virtually, called cyberBullying, done behind a screen and being more difficult to be recognized for not knowing who is behind these screens. It also presents the characterization of victims and aggressors, as well as the role of the family and school in face of this phenomenon in our society. Finally, putting proposals for intervention for this aggressive behavior at school, which can undermine the self-esteem, mental and emotional health of children and adolescents so that they can have a healthier school and social life, through awareness programs and projects , advising students on how to deal with this type of aggression and reporting what happened to both the family and the school administration, so that they can take appropriate measures, putting this problem into question and, if possible, solving it.
Keywords: Bullying. Violence. Family. School.
INTRODUÇÃO
Segundo Lopes Neto, 2005 p.165. O bullying ou intimidação sistemática, é um comportamento violento que existe há muito tempo, mas no mundo de hoje, esse tipo de agressão tem sido mapeado e combatido de forma ampla e mais eficaz nas escolas. Esse ataque pode ser realizado por uma pessoa ou grupo de pessoas contra outras pessoas causando dor, sofrimento e angústia.
O tema ganhou destaque em discussões educacionais, trabalhos acadêmicos, programas de televisão e publicações em vários meios de comunicação, como revistas e jornais. Em muitos estados e cidades, leis específicas sobre bullying e projetos de combate a essa violência têm sido discutidos dentro e fora do ambiente escolar.
Até recentemente, o bullying era visto e aceito nas escolas como um fato isolado ou uma briga entre alunos, porém no mundo contemporâneo, essa prática é considerada uma atitude negativa, que pode trazer consequências tanto psicológicas quanto físicas, por exemplo: crianças que tendem a ser isoladas, têm dificuldade de se socializar, medo de voltar à escola devido a algum tipo de bullying.
O exercício da docência não aceitando o desenvolvimento desta prática, deve-se utilizar métodos de ensino concisos e novos recursos que sejam eficazes para combater o bullying possibilitando a chegada de zero estatística, ou seja, eliminá-lo.
Compreende-se que o bullying só deixará de ser um problema mundial, quando os pais orientarem seus filhos de acordo com a pluralidade cultural, diferenças e características individuais, com disciplina dentro de um ambiente familiar saudável, e que a comunidade escolar não omita ou minimize as ocorrências internas.
Na maioria dos ensinamentos, o bullying é conceituado, com as seguintes características: “vítima”, “autor” e “testemunha”. Além do mais, pesquisas sugerem ações para combater o bullying nas escolas que ensinem valores morais e planos para combater e repudiar tal ação.
Segundo Lopes Neto, 2005 p.165.
Compreende todas as atividades agressivas intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma relação desigual de poder. Essa assimetria de poder associada ao bullying pode ser consequência da diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional, ou do maior apoio dos demais estudantes.
Diante disso, a escola pode ser o caminho para influenciar nas mudanças dos ideais, comportamentos e valores, tanto para os profissionais atuantes que precisam estar preparados para enfrentar o bullying, quanto para os alunos que serão capazes de agir de forma responsável, consciente e autônoma, frente às diversas situações cotidianas.
Entende-se que o ambiente escolar precisa ser um local seguro, tranquilo e agradável que permitirá à criança aprender a socializar-se, desenvolver responsabilidades, defender ideias e assumir uma autonomia, porém, para que a escola atinja esse objetivo, é necessário resgatar esse ambiente para desenvolver efetivamente o processo de ensino.
O assunto sobre o bullying só tende a crescer e a se multiplicar, pois vivemos em novos tempos onde a integração do meio tecnológico facilita o acesso ao conhecimento e a aproximação com informações de suma importância como o bullying e suas formas de prevenção.
É imprescindível a realização de um trabalho de compreensão e sensibilização dos pais e educandos, agregando valor à comunidade escolar e norteando-os para o conhecimento dos possíveis sinais de que o aluno está sofrendo ou possa vir a sofrer qualquer exposição.
Os professores podem discutir o assunto de forma em que seja possibilitado aos alunos entenderem que o comportamento agressivo não deve ser tolerado. O bullying é um comportamento violento, não um comportamento lúdico. Isso incentiva a denúncia de casos e dá aos alunos a oportunidade de desenvolver atitudes antibullying.
O primeiro capítulo trata do entendimento acerca do cyberbullying, pouco comentado no ambiente escolar e em outros meios de comunicação, embora, existem muitos casos, a tecnologia pode enriquecer a aprendizagem, agregando nos estudos, mas traz consigo alguns problemas.
Já o segundo capítulo em torno do bullying na escola, um problema que ainda deve ser discutido pela comunidade escolar, segundo uma pesquisa realizada pelo jornal da Universidade Estadual de Maringá, está cada vez mais comum ver casos de bullying na escola e na maioria das vezes são situações sérias e que exigem extrema importância e cuidado, embora não seja isso que vimos nas escolas atualmente.
Terceiro capítulo é sobre as ideias de combate ao bullying, onde o objetivo é amenizar esses acontecimentos principalmente nas escolas, com crianças e jovens, para que não fique um trauma diante desses fatos, buscando ações que agregam formas de amenizar o bullying seja na escola e/ou na sociedade.
MÉTODO
O presente estudo tem como objetivo apresentar as tendências atuais na literatura brasileira sobre os reflexos da intimidação sistemática na escola, foi realizado uma revisão integrativa de literatura científica baseado em evidência, que consiste nas etapas seguintes: identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa, estabelecimento para de critérios para inclusão e exclusão de estudos, definição das informações a serem extraídas dos dos estudos selecionados, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados, apresentação da revisão e síntese do conhecimento.
Todos os artigos científicos analisados foram provenientes de periódicos nacionais escritos em língua portuguesa, o material bibliográfico encontrado a partir dos descritores técnicos mencionados foi selecionado de acordo com o seguintes critérios: relevância do tema e do conteúdo, qualidade técnica da pesquisa, atualidade do material bibliográfico (2020 a 2024), método, confiabilidade dos resultados e conclusões da pesquisa. A busca foi realizada nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (Bvs), biblioteca eletrônica Scielo e Lilacs.
Buscou-se critérios de exclusão onde foram descartados estudos que não convergiam com o objetivo da pesquisa e as publicações indexadas duplamente, as informações selecionadas foram acrescidas de outras para relatar o contexto histórico cultural e contemporâneo, logo o presente artigo contribui na produção científica sobre: os reflexos da intimidação sistemática na escola, conforme as referências bibliográficas fundamentadas.
REFERENCIAL TEÓRICO: BULLYING
O bullying é qualquer forma de agressão sofrida repetidamente no ambiente da criança e do adolescente. Esse comportamento violento pode envolver uma ou mais agressões, que são prejudiciais ao desenvolvimento saudável dos jovens. Existem várias formas de bullying, mesmo que não sejam muito comentados esses outros tipos, podem ser entendidos como: físico, moral, psicológico, material, verbal, social, sexual, preconceituoso e o cyberbullying.
Segundo Neto (2005 p. 78) esse problema é universal .O termo bullying engloba várias formas de agressões, deliberados e repetitivos que não possuem uma razão óbvia e são usados por um ou mais alunos na tentativa de causar algum trauma por estarem em desigualdade dentro de um relacionamento. O comportamento grosseiro de um grupo de alunos para com outros colegas de classe sem motivo é chamado de “bully” em todo o mundo, e “bullying” significa agressor, brigão, xingamentos. O bullying é um problema que existe em todas as áreas escolares do mundo. Aqueles que já sofreram esse tipo de agressão tendem a se tornar adultos, com comportamentos antissociais e violentos e podem até aplicar atitudes criminosas ou ilegais.
Em termos gerais, a violência e a intolerância assumiram um lugar central nas relações sociais contemporâneas e têm desencadeado condições comportamentais de indivíduos e grupos sociais. Seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, já são mostradas diferentes formas, temas, sem espaços predeterminados acontece e, na maioria dos casos, sem motivação.
Segundo Lopes Neto (2005), alguns comportamentos grosseiros e agressivos em adolescentes são normais, mas precisam ter um olhar especial e atento.
O comportamento agressivo entre estudantes é um problema universal, tradicionalmente admitido como natural e frequentemente ignorado ou não valorizado pelos adultos. Estudos realizados nas duas últimas décadas demonstraram que a sua prática pode ter consequências negativas imediatas e tardias para todas as crianças e adolescentes direta ou diretamente envolvidos. Neto (2005 p.78)
O bullying ocorre quando certos grupos são estabelecidos e dentro desses grupos alguns alunos adotam certas posições de liderança em relação a outros colegas.
De um modo geral, os jovens precisam desse alto grau de afirmação, que faz parte do desenvolvimento deles, mas quando eles começam a assumir posições ou práticas violentas como forma de concretizar sua autonomia, para com seus colegas. Na construção da identidade social das crianças e do jovem, existe uma relação entre poder e controle muito frágil. Se esta relação não for determinada pelo treinamento, pessoas mais velhas (teoricamente mais fortes) tendem a maltratar os mais jovens.
BULLYING FÍSICO
O bullying físico é caracterizado por agressão física à vítima. Esses incidentes violentos acontecem com frequência e sempre visam à mesma pessoa, o que é característico do bullying. Para algumas pessoas que se entendem como fisicamente mais fortes, é comum usar esse poder para humilhar e constranger os mais fracos, sabendo que não conseguirão se defender ou revidar.
Como resultado, a vítima é frequentemente agredida, chutada, espancada, puxada ou estrangulada. Como a intensidade da agressão costuma ser baixa, os adultos ou responsáveis prestam menos atenção à agressão, que é uma ocorrência comum entre os jovens.
BULLYING MORAL
O bullying moral ocorre sem o uso da força, nesse caso, a vítima sofrerá humilhação, o que envolve questões morais. Frequentemente, as vítimas sofrem difamação, na qual indivíduos ou grupos violam seus princípios e valores. Pessoas que sofrem com esse tipo de agressão podem ser facilmente ridicularizadas ou imitadas para denegrir seu estilo de vida e se sentir envergonhadas pelos grupos sociais dos quais participam.
BULLYING PSICOLÓGICO
De um modo geral, o bullying psicológico é uma ameaça violenta ou chantagem. Como resultado, faz com que a vítima se comporte de acordo com o interesse de seu agressor. Este tipo de bullying é caracterizado pelo medo ou necessidade de ser aceito por um grupo para deixar uma impressão no mundo exterior.
BULLYING MATERIAL
O bullying material ocorre quando o agressor quebra ou destrói algum bem material da vítima, normalmente esse tipo de bullying ocorre junto com o tipo moral e o verbal em alguns casos pode chegar a agressões.
BULLYING VERBAL
O bullying verbal ocorre por meio do uso de linguagem que magoa ou atenua a vítima. As vítimas geralmente são xingadas ou recebem apelidos dos quais se envergonham. Normalmente, neste caso, o agressor se esconde em estado de anonimato e deixam mensagens ofensivas em paredes, mesas ou outros locais onde a turma tem mais acesso.
BULLYING SOCIAL
O bullying social é baseado na necessidade de adaptação ou pertencimento a um grupo (social). Como resultado, a vítima é forçada a ser excluída por falta de pertença ou, em alguns casos, imposta a si mesma. A vítima é privada da oportunidade de participar em grupos de trabalho, tarefas ou atividades sociais e, portanto, se sente inadequada ou isolada.
BULLYING SEXUAL
O bullying sexual é baseado em questões que envolvem o comportamento sexual da vítima. Normalmente, na adolescência, os jovens despertam o desejo sexual de diferentes maneiras, por isso alguns grupos dominam e tentam expor ou impor certos comportamentos às vítimas. Nessas situações, o assédio é generalizado e a vítima pode ser agredida por diversos motivos.
BULLYING PRECONCEITO
O bullying que envolve preconceito é uma série de comportamentos radicalizados de preconceito na sociedade. Esses incidentes são baseados na intolerância e no desrespeito às diferenças. As vítimas são perturbadas por certas questões raciais ou étnicas, sua orientação sexual, seu status social entre outros. Portanto, o uso de insultos ou apelidos reforçam esses fatores de diferenciação e, às vezes, é aceito pela sociedade de forma branda. Nesses casos, apelidos (entendidos como inadequados) que mencionam raça, sexo ou questões relacionadas à localização são muito comuns.
BULLYING FAMILIAR
O bullying familiar também pode incluir outras categorias, mas o grupo social onde ele ocorre é o próprio núcleo familiar. Desta forma, as vítimas serão atacadas por seus parentes, e os mesmos muitas vezes reduzirão ou rirão de aspectos físicos, ou de comportamento. Frequentemente, um ou mais membros da família tentam impor padrões familiares de que a vítima não participe.
CYBERBULLING
Finalmente, o cyberbullying ou bullying virtual, como o familiar, podem ser uma mistura de diferentes tipos de agressões. No entanto, o ambiente em que isso acontece é uma função especial. Ao contrário de outros tipos de bullying, o cyberbullying ocorre na internet e nas redes sociais. Nestes incidentes, o anonimato do agressor é geralmente baseado no uso de informações falsas a partir das quais uma série de informações destinadas a insultar, caluniar ou prejudicar a personalidade é enviada a partir das fake News.
No entanto, há outra característica marcante desse tipo de violência em função dos novos recursos, que extrapola limites invadindo e se fazendo presente em espaços que antigamente eram considerados protegidos e seguros, para as crianças e adolescentes, o que amplia e muito o alcance dessas agressões sobre as vítimas. O cyberbullying é uma destas formas de agressão que atinge milhares de pessoas em simultâneo, e pode causar problemas que podem ser difíceis de resolver ou até mesmo impossíveis, visto que as informações e comentários jogados na rede podem nunca mais sair de lá ou serem apagados.
Rocha (2012, p. 134) cita que:
O termo cyberbullying faz referência a um tipo de agressão repetitiva e intencional que ocorre por meio das redes sociais, bate papo, celular, mensagens eletrônicas, facebook, twitter e com a expansão do uso da internet. A facilidade do uso da informação através da tecnologia permitiu que novas relações se estabelecessem e desta forma ocorreu o crescimento de comportamentos deliberados com a intenção de propagação da violência virtual.
Os autores do cyberbullying agem muitas vezes de forma grosseira para que suas vontades sejam realizadas para que se torne continuamente o centro das atenções no ambiente. Sentindo-se satisfeitos por conseguirem o que almejam pelas ameaças, sentindo prazer em ridicularizar as vítimas. Algumas vítimas de cyberbullying podem ter como consequência depressão, baixa autoestima e até um desequilíbrio total. Fazendo com que as vítimas chegam até mesmo cometer ou tentar o suicídio, provando que não conseguiram encarar essa situação diariamente.
O aluno ao receber uma foto constrangedora de um colega compartilha com outros alunos, sem pensar nas consequências que essas atitudes irão trazer. A maldade não tem término, uma vez que as brincadeiras visivelmente inocentes podem provocar um comportamento social desumano, podendo ser um agravante quanto à faixa etária fazendo com o problema aumente e que ele tome uma proporção ainda maior. As agressões podem trazer consequências inconvertível para seu desenvolvimento e, em casos extremos, levar ao suicídio.
É notável a falta de maturidade emocional advindo com a chegada da internet que tende a gerar problemas ainda mais avassaladores. Afinal, a rede oferece agilidade e alcance para difamar qualquer pessoa, e o fato de estar abstruso atrás de um computador, com a ilusão de que não será desmascarado, torna o agressor mais ousado e impiedoso. Um dos principais problemas para a vítima do cyberbullying é na hora de denunciar uma vez que a dificuldade de reconhecer o agressor, que normalmente se esconde por trás de perfis falsos e contas fictícias que usam para difamar, ridicularizar e humilhar seus alvos.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (2010, p. 186).
O cyberbullying extrapola, em muito, os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio público. Os praticantes desse modo de perversidade também se valem do anonimato e, sem nenhum constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível. Traumas e consequências advindos do bullying virtual são dramáticos.
Conforme os avanços da tecnologia surgiram novas medidas de proteção às vítimas sendo essa uma possibilidade e uma forma de diminuir a impenitência, porém, tudo deixa rastro. Hoje em dia é possível mapear as comunicações virtuais, mediante autorização judicial, e isso ocorre muito em casos de ofensas pelas redes sociais.
Assim a escola vira corresponsável nos casos de bullying e consequentemente o cyberbullying, pois é lá onde as atitudes agressivas e transgressoras se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes.
Dessa forma podemos perceber que para trabalharmos essas questões de violência nas escolas em especial o bullying e cyberbullying é essencial um trabalho conjunto de todos os segmentos da escola. As conversas, discussões, debates e um olhar diferenciado tanto para vítimas quanto para o agressor.
Quando o ser humano entender que o respeito ao próximo é um dos bens mais valiosos então poderá compreender e colocar-se no lugar do outro e perceber como as pessoas podem sofrer com algumas atitudes e comentários.
Dessa forma as instituições devem estar sempre atentas para novos meios disponíveis e suas ameaças intrínsecas, assim como para os mecanismos securitários a serem implementados como, monitoramento das redes e um regimento interno que deixa claro que esse tipo de comportamento não será tolerado na instituição.
Por isso deve-se ressaltar a importância de denunciar o cyberbullying para que o agressor seja punido. É de suma importância que a vítima procure a Delegacia de Polícia mais próxima e tome as medidas necessárias. Os crimes pela internet devem ser registrados em cartório, pois é um importante mecanismo de prova permitindo que a vítima possa tomar as medidas necessárias a qualquer tempo, ainda que nem saiba a origem das agressões.
Colocar-se no lugar do outro e entender as consequências do cyberbullying pode ser um bom começo para acabar com o problema. Nesse caso, a família e a escola têm uma função fundamental para orientar as vítimas. É importante que pais e professores entendam o que caracteriza o bullying e estejam atentos às relações que são estabelecidas pelas crianças.
Com a chegada da internet, o bullying ganhou força no mundo virtual, e suas consequências tem afetado muito a realidade das crianças e jovens. O caminho através de uma formação humanista pode ser o ponto crucial de discussão e reflexão dentro das escolas.
Por meio de diálogos, reuniões e discussões realizadas nas escolas sobre o uso das tecnologias, internet, redes sociais entre outras, os atores envolvidos neste processo podem delinear e debater as situações de violência sofridas tanto dentro como fora das unidades escolares. O bullying hoje apesar de já ter uma variação sua acontecendo nas redes sociais que é o cyberbullying, continua existindo nas escolas.
É de grande importância que tanto a escola quanto seus profissionais devam estar sempre preparados para esses novos desafios até mesmo os que ainda estão por vir já que as capacitações dos profissionais da educação serão cada vez mais necessárias, para lidarem com estas questões relacionadas à violência virtual, assim como as discussões em relação a este tema de forma preventiva seja em relação ao bullying ou cyberbullying.
Compreende-se que é fundamental um novo olhar da escola para estas questões relacionadas à tecnologia. Olhar este que envolva o aluno instigue a curiosidade, faça com este jovem reflita sobre as suas atitudes perante as novas tecnologias e possa utilizá-la da melhor maneira possível. A escola deve e pode fazer parte deste processo de transformação, uma escola que vá além dos conteúdos e saberes historicamente produzidos sem deixar estes de lado, mas que possa conciliar todo o aprendizado histórico com o bom uso da tecnologia e insira está em sua prática cotidiana.
DISCUSSÃO
Sabe-se que a escola não é vista apenas como uma instituição social de ensino, mas também como um lugar onde se podem fazer amigos, se desenvolver, conversar, brincar, rir e jogar. Essa cena é muito comum no período de recreação dos alunos, é também um espaço onde todas as diferenças se encontram e nesse sentido também um local permanente de conflitos, pelas inúmeras formas de educação e valores distintos como os familiares, culturais, étnicos, religiosos, entre outros.
Pais e professores têm estado cada vez mais distante de seus filhos e alunos respectivamente, visto que os abusos físicos estão cada vez mais presentes, dado que as pessoas estão prestando mais atenção à violência entre crianças e adolescentes. Uma abordagem nova e mais cruel surgiu: o bullying ocupa espaço no ambiente escolar a cada dia.
Guareschi (2008, p. 77) destaca que:
É indispensável uma relação respeitosa entre alunos e professores, de forma a garantir possíveis trocas de ambas as partes e liberdade de expressão aos alunos. Muitas escolas promovem atividades e jogos em grupo como rodas de conversas, nas quais os alunos possam expor suas idéias sobre diferentes assuntos, incluindo violência, preconceito e exclusão.
É perceptível que a prática do bullying por determinados alunos se tornou um verdadeiro pesadelo nas escolas, crianças e adolescentes têm sido vítima constantemente desse mal que assola o âmbito educacional. O comportamento grosseiro entre jovens estudantes é um problema global e a sua conduta pode ter efeitos negativos tanto imediatos quanto tardios no que se referem às brigas, as ofensas, a disseminação de comentários maldosos, agressões físicas, psicológicas e repressão. A escola pode ser palco de todos esses comportamentos, transformando a vida escolar de muitos alunos em um verdadeiro terror.
A questão da violência na escola ainda é muito discutida atualmente sob o nome de bullying, que é exatamente o uso de práticas violentas, baseadas na força e no poder.
Para o autor do bullying, suas ações são interessantes porque insultam a vítima. Quando foi aceito de forma pacífica, também se tornou motivo de chacota para outros espectadores. O agressor se sente bem por ser uma pessoa poderosa para sua equipe e fica feliz ao ver o riso de seus colegas, ou muitas vezes usa as agressão ou humilhação que sofreu em outros ambientes como forma de justificativa, incluindo familiares, ou outros porque a educação agressiva que recebem dos pais pode acabar fazendo com que o aluno transfira para as vítimas.
Entende-se que a pessoa que comete o ato de bullying já foi agredida alguma vez, porque a vítima não cometeu nenhum comportamento que estimula a agressão. Geralmente ocorre por motivos discriminatórios como, por exemplo, raças diferentes, bom aprendizado e boas notas, a pessoa ser frágil ou pequena, usar óculos, uma atitude digna para com os homens ou um sentimento masculino para com as mulheres, podem ser também pelo tamanho físico, por suas atitudes e valores e assim por diante.
Mesmo o bullying sendo um fenômeno antigo, ainda se mantém atual uma vez que as vítimas não formalizam a agressão, seja ela do tipo que for. Contribuindo assim para com o descaso e com a indiferença sobre o assunto por parte dos profissionais ligados à educação. Podendo ser manifestado em qualquer lugar onde existam relações interpessoais, principalmente na escola e no ambiente familiar.
Percebe-se que são muitas as consequências que este ato provoca dentro do ambiente escolar, uma vez que todos os sujeitos desse espaço então envolvidos sejam de forma direta ou indireta. Essa agressão é uma ação muito séria, causando desde o mais simples problema de aprendizagem até sérios transtornos de comportamento humano.
Nota-se que as causas do bullying nas escolas podem ser as mais variáveis, desde as sociais, tais como a vigência de políticas públicas, de exclusão social que não oportunizaram uma educação de qualidade e trabalho digno, ausência de valores, de limites, até causas psicológicas que convertem à baixa autoestima em respostas antissociais que se representam como única alternativa de sobrevivência.
Crianças que sofrem bullying podem crescer com emoções negativas, especialmente baixa autoestima, sérios problemas interpessoais como o processo de aprendizagem, boicote ou recusa em ir à escola, mudanças frequentes de comportamento ou abandono escolar.
A escola deixou de ser um lugar protegido e seguro, hoje se tornou um lugar onde a violência faz parte da vida do aluno cotidianamente uma vez que os alunos sofrem algum tipo violência, com certa crueldade.
Essa atitude afetará negativamente as vítimas, afetando seus aspectos psicológicos, emocionais e a educação social. O bullying ocorre em todos os espaços da escola, salas de aula, terraços, banheiros, corredores e outros locais.
Na educação, o bullying se tornou comum, o que tem aumentado de forma significativa a violência seja ela psicológica ou verbal e até mesmo física com atitudes deliberadas e repetidas. Essas agressões são praticadas por um ou mais alunos podendo acontecer com ou sem nenhuma motivação, causando todo e qualquer tipo de sentimento desagradável ao indivíduo agredido. Como resultado, essa violência causa medo, dor, dificuldade na aprendizagem ao longo da vida além de diversos traumas.
Sabe-se que o bullying é classificado atualmente de duas formas, sendo elas: direta com agressões ou indireta, apenas com palavras ofensivas. Essa agressão direta é tipicamente usada por meninos em seus atos repetitivos, agressivos e indiretos muito usados pelas meninas.
Segundo Pereira (2009), alguns danos causados pelos agressores podem ser muito mais graves do que possamos imaginar:
Pereira afirma que o bullying na forma indireta é a que “mais provoca danos psicológicos em suas vítimas e de mais difícil detecção” quanto à forma direta “inclui agressões físicas como: bater, empurrar, tomar pertences, enquanto as agressões incluem a agressão verbal, apelidar de maneira pejorativa e insultar e a psicológica, meter medo, constranger, intimidar, fazer gozações e acusações injustas, assim como ridicularizar e infernizar a vida de outros alunos”. (Pereira 2009, p.47-48)
O bullying feminino ocorre de forma indireta uma vez que a mulher é mais sutil. Para evitar a oposição social, as meninas se esconderam sob sua aparência doce e não mostraram fraqueza diante de outras pessoas. O objetivo desse comportamento é evitar a exposição, a punição e são muito populares em ambientes de classe média.
Compreende-se que a forma com que o aluno reage determinará se ele será ou não vítima de bullying. Normalmente, os alvos preferidos pelos agressores são alunos mais tímidos, isolados, tranquilos, pacíficos e que não gostam de confusão por isso mesmo, sentem dificuldades em se defender. Ao perceberem que elas não apresentam nenhum risco, pois não sabem agir com agressão, os agressores se aproveitam disso para praticar seus atos.
EDUCAÇÃO INFANTIL
O bullying na educação infantil pode se manifestar nas crianças como formas de brigas estão geralmente relacionadas a disputas por território, propriedade ou atenção, mas o bullying ainda não foi demonstrado. Mas, por exemplo, se a criança tiver uma particularidade, como não conseguir segurar a urina, e os colegas continuar a ofender por esse motivo ou por apelidos, é uma situação de bullying.
Por volta dos três anos de idade, as crianças começam a se identificar como indivíduos diferentes entre si e podem torná-las alvo ou vítima de bullying. Porém, esse comportamento se tornará mais frequente à medida que o relacionamento entre os pares se aproxima, aumentando a cada dia e estabelecendo contato com outras pessoas.
Para evitar que a criança passe por esses transtornos a escola deve confirmar o princípio de respeito desde cedo. Crianças mais novas costumam argumentar que não gostam umas das outras, mas os educadores precisam apontar que, independentemente de se relacionarem bem ou não com outros colegas, todos devem ser respeitados.
Quando os adolescentes são vítimas de bullying, os educadores devem ajudar a vítima da agressão a lidar com a dor causada pelo conflito. Normalmente, o professor não mostra como resolver a batalha por meio do diálogo, mas incentiva a paz sem um senso de injustiça.
Na educação infantil, os professores devem construir e ao mesmo tempo desconstruir os conhecimentos. Esta é uma etapa muito importante, pois permite que escolas, professores e pais se envolvam em conteúdos que inspirem nas crianças o amor, o respeito e a solidariedade com os outros. Em relacionamentos interpessoais muito pequenos, as disputas se tornaram uma forma de exercer poder entre as pessoas, e as crianças usam e abusam dessa disputa para atingir seus objetivos.
Se o processo não parar rapidamente, o bullying pode deixar uma impressão negativa e profunda na criança. Alguns alunos deixam de ir à escola, outros apresentam dificuldades de desenvolvimento e começam a ter dificuldade de comunicação. Trazer essas consequências para a vida adulta levará a doenças psicossomáticas.
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS
O bullying no ensino fundamental anos iniciais já é um pouco mais difícil de controlar do que na educação infantil. A maioria dos traumas causados por essa ação foram feitos a partir desse nível de ensino nos anos iniciais, onde as crianças começam a entender e passam a fazer de forma consciente mesmo sabendo, que pode ferir ou machucar seu colega. Falar sobre esse assunto com as crianças e responsabilidade dos pais é da escola, cada um tendo que falar sobre esse assunto em seus respectivos ambientes.
Traçar um caminho entre educadores e pais para junto poder identificar o bullying, tanto na escola quanto na sala de aula, ter uma conexão entre os dois para assim entender a vítima e punir o agressor. Ensinando as crianças a viver em harmonia respeitando assim as diferenças, a individualidade e o espaço de cada um na sociedade.
Embora o termo bullying tenha se tornado o foco da mídia, ele não é ideal, especialmente quando entramos na formação dos cursos de educação inicial do ensino fundamental anos iniciais. Vale lembrar que nesta fase as crianças passaram por inúmeros conflitos interpessoais e estão aprendendo a delimitar seu espaço, o que normalmente produz condições agressivas do corpo ou da fala, levando os problemas aos pais e aos educadores.
A violência escolar é um fato universal e ela afeta todos os aspectos da sociedade. Um caso típico desse tipo de violência está associado ao bullying, uma vez que ele está pautado no comportamento agressivo na busca de poder. Esse comportamento se caracteriza de forma intencional e repetidamente com intenções de abusar, humilhar com o objetivo de ridicularizar o outro.
Embora seja um ensino de crianças saindo da educação infantil, eles também podem compreender o bullying, quando ele é bem argumentando tanto em casa, como no ambiente escolar, onde pode ocorrer com mais frequência.
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Quando os alunos estão nessa fase escolar, começa a complicar ainda mais o bullying, grande parte das tragédias escolares causadas por influência do mesmo são no ensino fundamental anos finais ou no ensino médio, infelizmente temos esse problema que afeta muitas escolas, desde escolas públicas a escolas particulares.
A convivência no ambiente escolar deve incluir toda a comunidade docente: professores, alunos, famílias e gestores. Para todos os envolvidos na experiência é importante que o sistema educacional reconheça as suas responsabilidades já que deseja fazer da escola um espaço de segurança e suporte estabelecendo um compromisso com o trabalho, fortalecendo a cultura democrática da escola com o objetivo de garantir os direitos iguais a todos os membros da comunidade.
A escola é um lugar importante para a socialização. A este respeito, a situação do bullying pode danificar o desenvolvimento geral dos alunos e também pode ocasionar possíveis violências no ambiente escolar, para evitar que os alunos se sintam estranhos e desamparados pelos professores.
Os jovens ou a maioria deles estão associados à violência, status de relacionamento. Oprimir, intimidar, zombar e perseguir é comum em sua vida diária. Obviamente, nem todos esses eventos podem ser descritos como bullying. Conforme enfatizado na pesquisa, o bullying pode ser causado por jovens, mas pode aparecer nas relações entre pais e filhos e entre professores e alunos, também pode se apresentar nas redes sociais e no ambiente de trabalho. segundo Pereira, (2009, p.47-48), afirma que o bullying na forma indireta é a que mais provoca danos por ter uma difícil detecção.
A diferença entre abuso e má conduta é baseada em frequência e intensidade de ocorrência, o bullying marca a autoestima, a personalidade e a vida dos jovens. E a partir do momento que começam a concordar porque realmente se sentem excluídos, culpados e desvalorizados, e assim e quando infelizmente chegam ao seu limite tirando a própria vida.
ENSINO MÉDIO
O ensino médio é muito complicado, porque o público já possui idade igual ou superior a 15 anos. Embora saibam que o bullying não é algo para ser propagado, eles ainda continuam fazendo pelo simples fato de se acharem superiores aos outros e também é nessa fase que eles não obedecem aos professores que não se rendem e preferem a discussão visto que não gostam de serem contrariados.
É por isso que os casos de bullying nesse segmento são mais intensos, pois não envolve apenas discussões envolvendo também agressões físicas e em consequência vem às tragédias.
O bullying tornou-se parte da vida escolar diária, levando a violência física e psicológica, ferindo crianças e jovens que estão sendo preparados para a vida escolar e adulta. Vivemos em uma sociedade, que as crianças e jovens são criados nas chamadas famílias tradicionais. A escola finalmente se torna o palco para mostrar comportamento violento. Falta muita consciência, cidadania e respeito pelos outros que devem ser dados desde o início da relação entre os filhos no ambiente familiar. Fante e Pedra, (2008, p.208) a escola, a família e a comunidade têm papel fundamental na contribuição do combate às diferenças e preconceitos.
RESULTADOS: AS ESTRATÉGIAS DE COMBATE AO BULLYING
A instituição educacional pode lidar com essa agressão buscando medidas de prevenção e estratégias de intervenção para combater o bullying. Para isso é necessário que seja trabalhado na escola a conscientização dos alunos e da família acerca do assunto, deixando claro que é uma prática negativa, imoral e que, caso ocorra os agressores sofrerão as suas devidas penalidades. Essa medida é importante, pois muitos estudantes não sabem da gravidade do bullying é que existe uma lei cujo objetivo é a criminalização dessas ocorrências.
Fante e Pedra ,(2008, p.208). falam do prejuízo na descoberta do sujeito. Portanto, a melhor forma de trabalhar a prevenção do bullying na escola é por meio do desenvolvimento sócio emocional dos educandos, visto que será possível moldar a formação do aluno para que ele se torne uma pessoa mais empática e saber lidar melhor com conflitos em geral.
Isso será feito a partir do momento que os alunos passarem a respeitar as diferenças, do outro, estabelecendo uma comunicação de forma mais clara e com menos anseio para que ocorra uma agressão e que ele se sinta mais confortável para procurar a direção da instituição escolar e pedir ajuda. As escolas precisam capacitar os educadores e toda a equipe pedagógica para que eles saibam como identificar e lidar com o conflito assegurando assim que as vítimas recebam o suporte necessário para superar e enfrentar o que aconteceu, além de garantir também que o agressor seja punido de forma que fique claro que seus atos foram errados e que isso não deverá ocorrer novamente.
No entanto, omitir o bullying não ajuda a vítima a superar esse desafio, e nem os autores a entenderem que se trata de um comportamento inadequado. A negação do problema tende a piorar as consequências, resultando em um ambiente contaminado. Por isso, é papel de toda a comunidade escolar e da família trabalharem juntas para combater esse comportamento que assola a escola.
Se o aluno está sendo vítima dos agressores, ele deve se sentir confiante para reportar o bullying aos pais e aos professores para que as providências sejam tomadas. Os adultos devem deixar claro para as crianças que estão dispostos a ajudá-la.
Geralmente os educadores e os pais se omitem por acreditar que o bullying é apenas uma “brincadeirinha de mau gosto”, dizendo ainda que esse desafio servirá para poder fortalecer a criança no futuro, mas, na verdade, não é bem assim. Como todos sabemos, se as crianças sentirem que seus pais e professores acreditam nesse conceito, eles se sentem ofendidos, dessa maneira se isola, com certeza evitarão contar-lhes sobre os problemas que estão enfrentando.
Se porventura a criança venha relatar que está sendo vítima de agressões na escola, a família deve manter calma e evitar um confronto com o autor da agressão. Pois, o melhor a se fazer é conversar com o professor relatando o ocorrido e, se necessário, marcar uma reunião com os pais do agressor, mantendo-se calmo para que se tenha um diálogo de forma tranquila.
É de suma importância que a criança e o adolescente estabeleçam uma boa relação com seus colegas na escola, pois ao contrário, poderá ser prejudicada em relação ao desenvolvimento social, já que o estresse psicossocial está envolvido na saúde do indivíduo. O mesmo deve participar de grupos sociais e ser incentivado a comunicar a alguém caso sofra alguma agressão ou mesmo presencie atos de violência, devendo sempre ser encorajado a enfrentar o problema.
É essencial que todos os educadores desenvolvam trabalhos e projetos que visem o bem estar físico e emocional dos alunos, proporcionando uma educação de qualidade lutando contra qualquer forma de preconceito com o intuito de evitar o bullying.
Segundo Lopes Neto (2003, p. 338):
Todos devem estar de acordo com o compromisso de que o bullying não será mais tolerado. As estratégias devem ser definidas em cada escola, observando-se as suas características e as da sua população. O incentivo ao protagonismo dos alunos, permitindo sua participação nas decisões e no desenvolvimento do projeto é uma garantia de maior sucesso.
Como todos sabemos, as medidas preventivas visam avaliar o bom desempenho dos alunos através de notas em testes, e concluir tarefas não é suficiente. É necessário observar e monitorar as habilidades e dificuldades que os jovens podem encontrar nas atividades sociais com os colegas, portanto, devem ser responsáveis pela educação, saúde e segurança dos alunos, pacientes e crianças.
O programa de combate à intimidação sistemática é projetado de acordo com cada sistema dinâmico da escola. Em cada caso, deve-se formular uma estratégia de desenvolvimento, que deve sempre ser considerada conforme as características sociais, econômicas e culturais de sua população. A grande participação de professores, pais e alunos é fundamental para a implementação de programas de redução do bullying e com a participação de todos, visa estabelecer regras, diretrizes e ações consistentes. As ações devem priorizar a conscientização geral, apoiar as vítimas de bullying para que se sintam protegidas, estar atento ao comportamento inadequado do agressor e garantir um ambiente escolar saudável e seguro.
Observe que o bullying é complexo e difícil de resolver, por isso é necessário dar continuidade ao trabalho. Essas ações são relativamente simples e de baixo custo, podendo ser inseridas no cotidiano da escola e inseridas em todos os momentos da vida escolar como um tema horizontal.
Todos os alunos devem ser incentivados a participar ativamente do acompanhamento e intervenção do comportamento de bullying, pois assim eles terão um suporte psicológico para tratar melhor as agressões sofridas. O treinamento no uso de técnicas dramáticas pode ser útil para que eles adquiram a habilidade de lidar de maneiras diferentes. No caso de outra estratégia, um grupo de apoio é formado para proteger o alvo e ajudar a resolver a situação de bullying.
É importante destacar que o grau de vandalismo e problemas disciplinares diminuiu com isso alunos, e professores estão mais satisfeitos com a escola, pois os alunos participam ativamente em várias tomadas de decisão e organizações e têm alcançado um desenvolvimento satisfatório.
Sabe-se que os por meio da intervenção precoce de pais, alunos e educadores, os resultados podem ser obtidos com mais clareza. Essa prática vem sendo aplicada e acompanhada com muito mais intensidade do que acontecia no passado. O bullying prejudica alunos, pois os mesmos podem ser ofendidos verbalmente e até fisicamente por outros da mesma escola e também de forma ampla.
Segundo Fante e Pedra, (2008, p. 208):
O papel da escola, da família e da comunidade, onde se inserem crianças e adolescentes, tem papel fundamental na contribuição da descoberta do sujeito, isso também se faz necessário para que se possa conhecer quem está ao seu lado, dessa forma compreendendo e respeitando as diferenças, atitudes e reações do outro.
É possível prevenir o bullying por meio da conscientização e a criação de um ambiente positivo na escola, pois essas são as melhores maneiras de não ter problemas. Porém, a rápida ação da escola, a adoção de medidas de punição adequadas e o diálogo com as famílias entre as vítimas e agressores são recursos fundamentais para resolver o problema. Entende-se que é dever da escola, montar uma estrutura que permita o combate permanente aos casos de intimidações, com programas e ações pontuais, como palestras e teatros para conscientizar sobre o problema.
É muito importante manter os pais sempre a par da vida escolar dos filhos, pois o contato próximo entre escolas e famílias é um dos melhores meios de identificar qualquer problema, melhorando a comunicação escolar, alcançando melhores resultados na vida estudantil e pessoal da criança e do adolescente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A violência é o cotidiano da sociedade, e a escola é um lugar que é frequentada nas primeiras experiências de vida, os objetos sociais não estarão isentos deste problema. Na escola, a violência ocorre de várias formas, uma delas é o bullying. A escola visa transferir conhecimento, aprendizagem, valores e princípios éticos. Logo é necessário que as instituições educacionais se tornem um ambiente harmonioso sem qualquer forma de violência, injustiça ou desigualdade.
Em relação a este assunto, deve ter muito cuidado, devido às consequências como ansiedade, depressão, dificuldade de se socializar com outros alunos entre outras, educadores e pais devem tomar medidas preventivas, por isso a importância de desenvolver esse recurso de explicar e procura entender o bullying, verificar a ocorrência desse fato nesta escola, localizada em uma área raramente explorada neste assunto, e verificando o significado da vida escolar da vítima e o desempenho da escola enfrentando o bullying.
As pesquisas mostram que o bullying só vem crescendo e cada vez mais e como seres humanos formadores de opinião devemos sempre fazer algo para que essa estatística diminua. No entanto, os problemas são vários, a vítima tem que ter apoio familiar e escolar para que isso não interfira no seu desenvolvimento social, as consequências advindas por meio do bullying são milhares e algumas até muito extrema.
A valorização da troca de informações oportuniza uma visão solidária das relações humanas a partir dos projetos sobre o tema bullying desenvolvidos em sala de aula por meio das atividades com os grupos de alunos. Acredita-se ser possível amenizar os casos de bullying tanto quanto na forma direta e indireta ou virtual no caso do cyberbullying, por meio da conscientização dos alunos e pais esses que por sua vez deverão observar em casa o comportamento do filho podendo caracterizá-lo como vítima ou agressor.
Por esse motivo que professores, futuros educadores têm que ter essa sensibilidade para tratar desse assunto, sabem que não será fácil, afinal cada dia o mundo muda e se desenvolve. É necessário ter consciência que o bullying não é uma simples “brincadeirinha”, ele é grave e deixa sequelas que na maioria das vezes são irreparáveis na vida da vítima e que será preciso todo um tratamento para amenizar o problema causado por essa ação. de acordo com Lopes Neto (2003, p.338). todos tem que estar de acordo de que o bullying não deve mais ser tolerado, essas palavras são indícios mais que suficientes para que se seja excluídos do âmbito escolar os preconceitos e diferenças e não os alunos.
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