OS PROCESSOS ASSISTENCIAIS DA ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE DIABÉTICO COM COMPLICAÇÕES PÓS AMPUTAÇÃO

NURSING ASSISTANCE PROCESSES FOR DIABETIC PATIENTS WITH POST-AMPUTATION COMPLICATIONS AMPUTATION

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7967357


Kécya Hauane Vieira Pinho1
Zandra Antônia De Oliveira Silva2
Jandson de Oliveira Soares3


RESUMO

Introdução: A viabilidade do estudo em questão é notável e imprescindível, pela proposta de aprofundamento acerca das dificuldades que o paciente tende a enfrentar ao longo de sua vida, após amputar algum de seus membros. Pretendendo trazer uma perspectiva da realidade de enfrentamento, abordar questões psicológicas, físicas e sociais, além de propor possíveis soluções que vão do tratamento à abordagem de pacientes amputados. Logo, abordar este conteúdo é claramente importante, pois passa o conhecimento acerca dessa enfermidade que cresce dia após dia, discutindo as consequências da falta de conscientização do indivíduo e sua não aceitação ao tratamento, assim como adicionando informação ao profissional, contribuindo para o desenvolvimento positivo da qualificação profissional. Objetivo geral: o objetivo do estudo é descrever os processos assistenciais da enfermagem frente ao paciente diabético com complicações pós amputação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa dos artigos escolhidos, que constitui uma avaliação ampliada de textos que nos levam a uma reflexão para estudos futuros. Para as pesquisas foram utilizados os descritores: termos como Diabetes, complicações em diabéticos após amputados, pé diabético, complicações nos pós amputação em diabéticos. Nas duas vias utilizadas para pesquisa houve dificuldade em encontrar artigos com a mesma temática, objetivos similares e cujos termos relacionados fossem dos últimos 5 anos, com isso apenas 13 artigos foram encontrados nas duas bases, cinco foram excluídos por não possuir relevância, restando apenas 8 títulos, após essa seleção foram lidos e relidos com a finalidade de realizar uma análise interpretativa baseando-se na problemática e objetivos estabelecidos no presente estudo. Resultados: Para  o presente estudo foram selecionadas 8 produções, que mesmo contendo  objetivos distintos, a junção de conhecimentos conversa entre si, contribuindo para este trabalho. O que tem em comum entre as produções escolhidas, é o entendimento de que uma das maiores causas de amputação é a Diabetes Millitus, quanto ao paciente que é amputado os estudos relatam de igual modo, acerca do sofrimento emocional que enfrentam, além do desenvolvimento de outras complicações como dores fantasmas, ideações suicidas, ansiedade entre outros. Viu-se também, que as complicações na pós amputação envolvem diretamente o emocional por afetar diretamente no seu relacionamento interpessoal e intrapessoal. Sendo a adaptação uma das maiores lutas internas que o paciente enfrenta. Assim, ambos os artigos pesquisados, relatam ter dificuldade em encontrar acervos com esta temática e estimam a ampliação para contribuir com os profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos. Discussão: Há diversos problemas que afetam diretamente e principalmente os pés em diabéticos, por isso o devido cuidado e atenção ao paciente faz-se necessário. Entre eles, os aspectos emocionais é uma complicação da pós amputação que se não tratada pode resultar em situações adversas, cabe salientar que o paciente precisa de muito apoio da família, amigos e de profissionais da saúde que o ajudem na retomada da vida. Em suma, há diversas complicações na pós amputação de um membro, a vida do indivíduo muda totalmente. O físico, psicológico, profissional, a vida afetiva ganha outra perspectiva na visão do paciente, mas o que chama mais atenção é a complicação emocional que se não trabalhada, traz consigo sentimentos de profunda tristeza, abandono, inutilidade, ideações suicidas e a conscientização do tratamento adequado da diabetes no objetivo de evitar agravantes e consequentemente amputação é muito necessária, no entanto não havendo outra alternativa, o cuidado e apoio físico e mental ao paciente na pós amputação é um meio de estabilização. Conclusão: Nesse contexto o profissional de enfermagem tem uma tarefa importante na educação efetiva desses pacientes, conscientizando, instruindo e acompanhando-os nos cuidados com a diabetes e suas possíveis complicações quando não tratadas adequadamente. Dando continuidade aos estudos, foram percebidos que pacientes que passam por amputação sofrem com diversas complicações, físicas, emocionais, profissionais, efetivas entre outras, sendo as mais preocupantes a emocional, pois afeta diretamente a perspectiva de vida do indivíduo em sua não aceitação da realidade. 

Keywords:  Nurses and Nurses; Emergency Medical Services; Nursing Care and Prehospitalk

1 INTRODUÇÃO 

 O objeto de estudo para este os processos assistenciais da enfermagem frente ao paciente diabético com complicações pós amputação. A motivação veio por meio da convivência com parente diabético, por presenciar a perda de membro e conhecer diversas pessoas que sofrem com esse mal.  

Diabetes é uma doença crônica que afeta os níveis de glicose no sangue evidenciando ausência parcial ou total da insulina no organismo, distribuída em tipo I e tipo II, onde o indivíduo acometido pelo tipo I possui baixa produção insulínica enquanto no tipo II o corpo produz, mas não a utiliza adequadamente.

Diabetes e as complicações na pós amputação é uma temática muito pertinente aos dias atuais pois é uma enfermidade que afeta cerca de 422 milhões de pessoas em todo o mundo, com um crescimento tão rápido que a projeção é de afetar 693 milhões de adultos até 2045. (GUALHANO,2022)

A viabilidade do estudo em questão é notável, pela proposta de aprofundamento acerca das dificuldades que o paciente tende a enfrentar ao longo de sua vida, após amputar algum de seus membros.

De acordo com Malta et al (2022) devido às suas inúmeras complicações e causar incapacidade, Diabetes afeta tanto a vida social quanto ocupacional dos pacientes acometidos, nesse sentido é importante ressaltar que é um problema de saúde público pois, na atualidade o Brasil apresenta uma marca de 13 milhões de diabéticos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) publicou que a cada um minuto cerca de 3 pessoas sofrem com amputações dos membros ocorridos decorrentes da doença. 

De acordo com Reis et al (2020) o principal fator agravante para os pacientes com DM está relacionado com o alto índice de complicações que afetam a qualidade de vida, gerando consequências de cunho econômico, social e psicológico. O olhar do paciente para o mundo se torna outro, a perda de um membro do corpo afeta toda sua vida, ‘’Quanto às expectativas pós amputação, os sujeitos expressaram ideias de dependência às atividades diárias; o apego religioso e o medo de reviver uma nova amputação’’, afirma. (LUCAS et al, 2010).

   A pergunta que norteia este estudo é quais são as complicações que o paciente enfrenta logo após amputação de membro? Logo, o objetivo do estudo é descrever os processos assistenciais da enfermagem frente ao paciente diabético com complicações pós amputação. 

O Brasil ocupa um lugar nos países com mais incidência de diabetes no mundo acometendo a população entre 20 e 79 anos e como a maioria dos problemas de saúde, também se associa à alimentação de baixa qualidade, à falta de atividades físicas e ao consumo abusivo de álcool (GUALHANO, 2022).

Ser portador de diabetes e passar pela amputação conceitua uma vivência cercado por diversas dificuldades, limitações e restrições forçada pela situação; o resultado de acordo com Batista e Luz (2012) é sofrer pela dependência de outras pessoas, pela solidão imposta pelo isolamento social; seja por limitações pessoais, econômicas e ou inadequação das políticas públicas.

Outro problema que afeta consideravelmente o paciente pós amputado é o psicológico, pois o indivíduo que outrora era independente, passa a ser dependente seja de pessoas para auxiliar em tarefas corriqueiras, mas essenciais, como também a dependência de cadeira de rodas, por exemplo, para se locomover, além do psicológico, acontece toda uma mudança na vida familiar, amorosa, social, profissional entre outros eixos que de forma direta influenciam em sua recuperação (BERGOI & PREBIANCHI, 2018)

Especificamente pretende-se trazer uma perspectiva da realidade de enfrentamento, abordar questões psicológicas, físicas e sociais, além de propor possíveis soluções que vão do tratamento à abordagem de pacientes amputados.

É importante que os profissionais de saúde, enfermeiros, estejam capacitados e atualizados, cientes dos protocolos e da assistência necessária ao paciente, apesar de no momento haver escassez de estudo sobre essa temática (BERGOI & PREBIANCHI, 2018).

De acordo com Lima et al (2022) identifica-se a necessidade do desenvolvimento de protocolos de assistência individualizados aos profissionais de enfermagem durante o atendimento de pacientes amputados por complicações diabéticas.

Os estudos referentes aos protocolos de enfermagem designado ao paciente com complicações diabéticas existe, todavia ainda há uma falta no que se refere ao conhecimento dos protocolos de cuidados de enfermagem direcionados às pessoas amputadas (LIMA et al, 2022)

Assim, abordar este conteúdo é claramente importante, ampliando conhecimento acerca dessa enfermidade que cresce dia após dia, discutindo as consequências da falta de conscientização do indivíduo e sua não aceitação ao tratamento, assim como adicionando informação ao profissional, contribuindo para o desenvolvimento positivo da qualificação profissional. A perspectiva de vida das pessoas amputadas por complicações diabéticas é bem menor quando comparadas às pessoas com DM sem amputações, isso acontece devido a importante carga de doenças cardiovasculares que tais clientes carregam e que predispõe a ocasião além dos problemas psicológicos e sociais que enfrentam, assim, é de suma importância fortalecer o estabelecimento de medidas eficazes de educação em saúde pela equipe multiprofissional, por conscientização dos profissionais e de uma melhor resolutividade nas ações de prevenção em saúde (Lima et al, 2022).

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que constitui uma avaliação ampliada de textos que nos levam a uma reflexão para estudos futuros. É utilizada para analisar, identificar e sintetizar resultados de estudos independentes sobre uma mesma temática, possibilitando determinar o conhecimento atual sobre o assunto de escolha. A revisão integrativa proporciona suporte para a tomada de decisões e a melhoria da prática clínica, além de apontar a necessidade de realização de novos estudos para preencher as lacunas existentes no conhecimento científico da atualidade (CROSSETTI,2012).

 Os critérios de inclusão adotados para a construção desse estudo, foram artigos disponíveis na íntegra publicados na Scientific Eletronic library online (SciELO) e no PubMed, nos períodos de 2019 a 2023. Foram excluídos artigos que não pertenciam ao escopo do objeto deste estudo. 

Para as pesquisas foram utilizados os descritores: termos como Diabetes, complicações em diabéticos após amputados, pé diabético, complicações nos pós amputação em diabéticos. Nas duas bases houve dificuldade em encontrar artigos com a mesma temática, objetivos similares e cujos termos relacionados fossem dos últimos 5 anos, com isso apenas 13 artigos foram encontrados nas duas bases, cinco foram excluídos por não possuir relevância, restando apenas 8 títulos, após essa seleção foram lidos e relidos com a finalidade de realizar uma análise interpretativa baseando-se na problemática e objetivos estabelecidos no presente estudo.

Conforme descrito na figura (1) mostra um fluxograma modelo prisma, mostrando todo trajeto metodológico de busca de artigos, na qual o resultado deixa uma amostra de 8 artigos para compor a revisão integrativa deste estudo.

Figura 1: fluxograma modelo prisma, cruzamento de dados.

Fonte: Própria da pesquisa,2023

3 RESULTADOS

Para a composição deste estudo foram selecionadas 8 produções, apesar de objetivos distintos, a reunião de conhecimentos conversa entre si, contribuindo para este trabalho. A seguir é apresentado a relação de artigos de acordo com ano, periódico, título do artigo, autor e objetivo.

Quadro 1: quadro de artigos selecionados de acordo com ano, periódico, título do artigo, autor e objetivo.

ANOPERIÓDICOTÍTULO DO ARTIGOAUTOROBJETIVO
2018Psicol. teorAspectos emocionais presentes na vida de pacientes submetidos à amputação: uma revisão de literaturaBERGOI e PREBIANCHIRevisão de literatura sobre os aspectos emocionais presentes na vida de pacientes submetidos à amputação de membros.
2019Rev.Bras ortopPé diabético. Parte 1: Úlceras e InfecçõesFERREIRA R.salientar os principais aspectos da fisiopatologia e do tratamento das complicações do diabetes que afetam os pés,
2020Rev.Bras ortopPé diabético. Parte 2: Neuroartropatia de CharcotFERREIRA R.salientar a fisiopatologia, a avaliação clínica, o tratamento e a prevenção das principais complicações da diabetes relacionadas à NC que contribuem para a piora na qualidade de vida do paciente, reduzindo sua capacidade de deambulação independente e estão direta ou indiretamente associadas com o elevado risco de amputação na extremidade inferior.
2022Revista Ciência & SaúdeDiabetes: um mal silencioso que aumenta no BrasilMINAYO, MCS e GUALHANODescrever sobre diabetes como um mal silencioso.
2022J. Vasc. Bras.Avaliação do autocuidado com os pés entre pacientes portadores de diabetes melitoLIMA et al.Avaliar a prática de medidas de autocuidado com os pés, segundo sexo e escolaridade, em pacientes portadores de DM na região nordeste no estado da Bahia.
2022Cogitare EnfermAMPUTAÇÃO POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES: PROTOCOLO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEMLIMA N.Construir e validar um protocolo de cuidados de enfermagem à pessoa amputada por complicações diabéticas.
2022Editora CientificaAlteração na autoimagem: a percepção do paciente amputado diante da mudança na imagem corporalMELO et alavaliar a percepção do paciente amputado diante da mudança na imagem corporal.
2022
J Ment Health
Ansiedade e/ou depressão: quais sintomas contribuem para desfechos clínicos adversos após amputação?PEDRAS et alEste estudo pretende explorar o papel da ansiedade e depressão na mortalidade, amputação e cura.

Própria da pesquisa,2023

      As produções tem em comum o entendimento de que uma das maiores causas de amputação é a Diabetes Millitus, quanto ao paciente que é amputado os estudos relatam de igual modo, acerca do sofrimento emocional que enfrentam, além do desenvolvimento de outras complicações como dores fantasmas, ideações suicidas, ansiedade entre outros.

Identificou-se que pé diabético é uma das complicações do diabetes e atualmente uma das maiores causas de amputação dos membros inferiores.

Percebeu-se que o profissional de enfermagem tem um papel importante na orientação de pacientes com diabetes com atenção a fatores que podem levar feridas nos membros inferiores e por consequência de tratamento inadequado, levar a amputação.

Identificou-se que o profissional de enfermagem deve estar apto ao atendimento não só físico, mas emocional do paciente, lidando diretamente com ele e explicando cada procedimento realizado, passando-lhe confiança.

Notou-se que há tentativas de melhorar a condição de vida dos pacientes acometidos de alguma infecção nos membros, todavia apesar dos problemas relacionados à amputação, quando não há mais alternativas, ela proporciona uma chance melhor de recuperação quando comparado a múltiplas tentativas de salvamento num paciente doente.

Viu-se que as complicações na pós amputação envolvem diretamente o emocional por afetar diretamente no seu relacionamento interpessoal e intrapessoal. A adaptação é uma das maiores lutas internas que o paciente enfrenta.

Ambos os artigos relatam ter dificuldade em encontrar acervos com esta temática e estimam a ampliação para contribuir com os profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos.

4 DISCUSSÃO 

Segundo Ferreira (2020) diabetes é uma doença sistêmica com sérias manifestações nos membros inferiores, afetando principalmente os pés e causando elevada morbidade e mortalidade para os pacientes. Há diversos problemas que afetam diretamente e principalmente os pés em diabéticos, por isso o devido cuidado e atenção ao paciente faz-se necessário.

  Há diversas infecções nos pés relacionadas com a diabetes, algumas infecções moderadas e outras mais graves, ambas as infecções necessitam de internação hospitalar imediata para início do tratamento o mais rápido possível a fim de reduzir o risco de amputação (FERREIRA,2020)

Segundo Lima et al (2022) a falta de tratamento adequado no controle da glicemia pode resultar em diversas complicações de caráter agudo (hipoglicemia, estado hiperglicêmico hiperosmolar e cetoacidose diabética) e também de condição crônica (pé diabético, retinopatia, cardiopatia, nefropatia, neuropatias, doença cerebrovascular e vascular periférica), sendo o pé diabético uma das principais complicações do DM é uma importante causa de amputação.

Segundo Lima et al (2022) 85% das pessoas com pé diabético sofrem amputações, estimando cerca de 2 amputações por minuto em todo mundo, gerando um impacto social e econômico para as pessoas com a doença.

Há menor expectativa de vida em pacientes amputados por diabetes comparadas às pessoas com DM sem amputações, isto associa-se a importante carga de doenças cardiovasculares que carregam e que predispõem à ocasião. Com isso percebe-se uma necessidade de fortalecimento nas medidas eficazes tanto na educação em saúde para estes pacientes, quanto na conscientização e responsabilização no tratamento, assim a assistência de enfermagem é indispensável para fortalecer todo esse cuidado proporcionando uma maior adesão dos clientes ao tratamento, reduzindo amputações e reamputações. (LIMA et al 2022).

De acordo com BERGOI & PREBIANCHI (2018) uma cirurgia implica grande impacto sobre o bem-estar físico, social e emocional do paciente, com aumento dos níveis de ansiedade e estresse pelo distanciamento, mesmo que temporário, da rede de apoio social e familiar. Em cirurgia, amputação refere-se à retirada de um membro, a percepção de perder parte de seu corpo atrai medo e desestabiliza.

Ainda nessa perspectiva a amputação traz consigo várias mudanças relevantes, de físicas e mentais, o paciente adquire dificuldades com as habilidades básicas e as atividades diárias, passa a ser dependente, convive com sentimentos de inferioridade, problemas relativos ao bem-estar, mudanças negativas em sua vida profissional, mudanças de identidade e mudanças em sua vida afetiva ou sexual, diante disso seu emocional se abala necessitando de apoio psicológico (Bergoi & Prebianchi, 2018).

Os aspectos emocionais são uma complicação da pós amputação que se não tratada pode resultar em situações adversas, cabe salientar que o paciente precisa de muito apoio da família, amigos e de profissionais da saúde que o ajudem na retomada da vida.

De acordo com Melo et al (2022) outra complicação da pós amputação é o processo que muitos pacientes enfrentam como a dificuldade para se adaptar ao novo corpo e com isso sofrem uma intensificação dos seus sentimentos em relação ao membro perdido, o indivíduo se prende a sua imagem de corpo complete e nega o atual.

Os impactos sociais também é uma complicação da pós amputação, o relato dos pacientes amputados, percebeu-se que eles muitas vezes são esquecidos pelos amigos, ou ainda que, a família preocupa-se apenas em prover cuidados físicos, esquecendo da parte social, levando ao isolamento, provocando assim sentimentos de inutilidade, nojo de si mesmo e consequentemente afastamento das pessoas (MELO et al, 2022)  

Há diversas complicações na pós amputação de um membro, a vida do indivíduo muda totalmente. O físico, psicológico, profissional, a vida afetiva ganha outra perspectiva na visão do paciente, mas o que chama mais atenção é a complicação emocional que se não trabalhada, traz consigo sentimentos de profunda tristeza, abandono, inutilidade, ideações suicidas. A conscientização do tratamento adequado da diabetes no objetivo de evitar agravantes e consequentemente amputação é muito necessária, no entanto não havendo outra alternativa, o cuidado e apoio físico e mental ao paciente na pós amputação é um meio de estabilização (Bergoi & Prebianchi, 2018).

5 CONCLUSÃO

A diabetes é uma doença crônica muito séria que vem crescendo cada vez mais em todo o mundo, a falta de conhecimento, de auto responsabilidade no tratamento pode desencadear sérias complicações, sendo mais comum as infecções nos pés.

 Pé diabético é um termo utilizado que se refere a uma síndrome que se apresenta com sinais e sintomas, complicações crônicas e tardias que se não cuidadas levam a necessidade de amputação dos membros inferiores. 

Nesse contexto, o profissional de enfermagem tem uma tarefa importante na educação efetiva desses pacientes, conscientizando, instruindo e acompanhando-os nos cuidados com a diabetes e suas possíveis complicações quando não tratadas adequadamente.

O estudo revelou que pacientes que passam por amputação sofrem com diversas complicações, físicas, emocionais, profissionais, efetivas entre outras, sendo as mais preocupantes a emocional, pois afeta diretamente a perspectiva de vida do indivíduo em sua não aceitação da realidade. 

A escassez de acervo acerca dessa temática deixou uma lacuna no que diz respeito a amplos detalhes das complicações que os pacientes tem na pós amputação como as complicações na vida profissional, o não apoio de amigos e familiares, a influência do enfermeiro na reabilitação, estima-se que os pesquisadores e profissionais de saúde sintam-se desafiados a discorrer sobre esta temática.

REFERÊNCIAS

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Pedras, S., Meira Machado, L., Couto de Carvalho, A., Carvalho, R., & Pereira, M.G. (2020). Anxiety and/or depression: which symptoms contribute to adverse clinical outcomes after amputation? Journal of Mental Health, 1-9. https://doi.org/10.1080/09638237.2020.1836554

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1,2Graduanda do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; Kecya1997@gmail.com, Zandra_s23@hotmail.com
3Prof. Mestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac