OS PROBIÓTICOS NO COMBATE À DOENÇA PERIODONTAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504151236


Sofia Diniz Aguiar1
Ana Caroline de Mesquita2
Mariana Lopes de Moraes3
Flávia Isabela Barbosa4


RESUMO: A doença periodontal (DP), considerada uma significativa preocupação de saúde pública, é a segunda enfermidade bucal mais prevalente, sucedendo a cárie dentária. Caracterizada pela inflamação crônica dos tecidos de suporte dos dentes, envolvendo perda de inserção e destruição óssea. A etiologia multifatorial da DP, associada ao biofilme patogênico, desencadeia respostas sistêmicas desreguladas, denominadas disbiose. O tratamento envolve intervenções mecânicas e higienização bucal, com casos complexos requerendo antibioticoterapia e procedimentos cirúrgicos. A disbiose do biofilme é crucial na periodontite, desencadeando respostas inflamatórias que contribuem para a destruição tecidual. Nesse contexto, a utilização de probióticos, microrganismos benéficos à saúde, emerge como uma abordagem inovadora para modular a resposta do hospedeiro, promovendo um efeito anti-inflamatório e reparo tecidual. Esta revisão integrativa, baseada em pesquisa minuciosa nas principais plataformas acadêmicas, aborda o papel dos probióticos no tratamento coadjuvante à DP, analisando sua eficácia nos tecidos periodontais e na qualidade de vida dos pacientes.  

Palavras-chave: Doenças periodontais, probióticos, periodontite. 

ABSTRACT: Periodontal disease (PD), considered a significant public health concern, is the second most prevalent oral condition, following dental caries. Characterized by chronic inflammation of the supporting tissues of the teeth, involving loss of attachment and bone destruction. The multifactorial etiology of PD, associated with pathogenic biofilm, triggers dysregulated systemic responses, termed dysbiosis. Treatment involves mechanical interventions and oral hygiene, with complex cases requiring antibiotic therapy and surgical procedures. Biofilm dysbiosis is crucial in periodontitis, triggering inflammatory responses that contribute to tissue destruction. In this context, the use of probiotics, beneficial microorganisms for health, emerges as an innovative approach to modulate the host response, promoting an anti-inflammatory effect and tissue repair. This integrative review, based on thorough research on major academic platforms, addresses the role of probiotics in adjunctive treatment for PD, analyzing their effectiveness in periodontal tissues and patient quality of life.  

Keywords: Periodontal diseases, probiotics, periodontitis. 

1. INTRODUÇÃO 

Considerada uma problemática de saúde pública, a doença periodontal (DP) ocupa a segunda posição entre as enfermidades bucais, sucedendo a cárie dentária. Esta condição é caracterizada pela inflamação crônica dos tecidos que sustentam os dentes, envolvendo tanto os tecidos moles quanto os duros. Na fase inicial, a DP está limitada à gengiva, mas pode progredir para uma condição mais avançada, resultando na perda de inserção e destruição do osso alveolar, conhecida como periodontite(4)

A DP possui uma origem multifatorial; no entanto, devido à sua associação direta com o biofilme patogênico, pode desencadear alterações sistêmicas e/ou agravar várias condições que afetam o organismo humano, desencadeando uma resposta imune desregulada denominada disbiose(6). O tratamento da DP envolve a intervenção mecânica do profissional e a correta higienização bucal. Em situações mais complexas, a terapia mecânica por si só pode não ser suficiente para eliminar os patógenos periodontais, necessitando do uso de antibioticoterapia e procedimentos cirúrgicos (1)

A disbiose do biofilme dentário é apontada como o principal fator causador da periodontite, enquanto as respostas inflamatórias do hospedeiro contribuem para a destruição tecidual(10). Nesse cenário, a DP está associada a uma comunidade microbiana disbiótica em um hospedeiro suscetível. Estudos indicam que a utilização de agentes moduladores do hospedeiro pode ter impactos positivos na progressão da doença. Assim, condições relacionadas ao biofilme, como a periodontite, são amplamente disseminadas e requerem estratégias inovadoras para um tratamento eficaz (7)

Os probióticos, microrganismos vivos que proporcionam benefícios à saúde, são comumente empregados como tratamento complementar para distúrbios gastrointestinais(5). Embora os mecanismos fisiopatológicos subjacentes às interações entre a microbiota oral-intestinal ainda careçam de total compreensão, uma abordagem em ascensão explora a utilização de probióticos como uma alternativa ou complemento ao tratamento convencional de doenças associadas ao biofilme dentário(3)

Pesquisas sugerem que os probióticos são promissores como métodos preventivos ou terapêuticos para doenças inflamatórias. Nos tecidos periodontais, esses microrganismos podem modular a resposta do hospedeiro, regulando a inflamação tecidual e atenuando os danos associados à DP, promovendo a anti-inflamação e o reparo tecidual (11)

Dessa forma, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão integrativa sobre o papel dos probióticos no combate e controle dessa condição. Busca-se evidenciar os efeitos benéficos desses microrganismos nos tecidos periodontais como uma abordagem preventiva, analisando os benefícios dessa intervenção na qualidade de vida dos pacientes com base nas evidências científicas atualmente disponíveis. 

2. MATERIAIS E MÉTODOS 

A presente revisão de literatura aborda o papel dos probióticos no enfrentamento da doença periodontal, buscando oferecer uma análise aprofundada sobre esse tema específico. A pesquisa foi conduzida de maneira minuciosa e direcionada, utilizando as principais plataformas de pesquisa acadêmica, incluindo o Portal Regional da BVS, Scielo, LILACS e PubMed. Os critérios de inclusão foram definidos considerando a data de publicação mais recente, com um recorte de até 13 anos. A seleção de artigos foi refinada para incluir apenas aqueles que continham as palavras-chave pertinentes em seus títulos, enquanto os critérios de exclusão foram aplicados a artigos com mais de 13 anos de publicação e sem relevância direta para o escopo científico deste trabalho. Ao explorar o tema “Os Probióticos no Combate à Doença Periodontal”, esta revisão tem como objetivo oferecer uma visão aprofundada dos avanços e da importância desses microrganismos na abordagem preventiva e terapêutica dessa condição bucal específica. 

3. REVISÃO DE LITERATURA 

A cavidade oral constitui um ambiente microbiológico cujo equilíbrio é crucial para a manutenção da saúde bucal. Diversos fatores, como má higiene, alimentação inadequada e imunodeficiência, podem perturbar esse equilíbrio, culminando em doenças infecciosas. As doenças periodontais, uma das condições infecciosas mais prevalentes globalmente, são desencadeadas por microrganismos que formam biofilme na superfície dos dentes e no ambiente subgengival(1, 3, 7). 

Os tratamentos atuais para doenças periodontais podem ser categorizados em três grupos principais, considerando seu impacto nos microrganismos periodontopatogênicos. Estas categorias incluem terapias que eliminam microrganismos por meio de desbridamento mecânico, terapias que afetam o metabolismo dos microrganismos, como antibióticos e antissépticos, e terapias que alteram o ambiente dos microrganismos(3)

Uma estratégia de modificação do ambiente subgengival que tem sido explorada é a ingestão de probióticos. Compostos por diversas cepas de bactérias benéficas, os probióticos, quando consumidos adequadamente, oferecem potenciais benefícios à saúde oral. Apesar de sua utilização para aprimorar a saúde bucal, o mecanismo de ação dos probióticos não está completamente elucidado, variando em eficácia conforme a espécie ou combinação de espécies utilizadas e o estágio da doença periodontal(10, 9)

Os mecanismos de ação propostos para os probióticos incluem a melhoria da barreira epitelial, a inibição da aderência de bactérias patogênicas, a colonização e formação de biofilmes por agentes patogênicos, a exclusão competitiva de microrganismos patogênicos, a modulação do sistema imunológico e a produção de bacteriocinas. A compreensão desses mecanismos é fundamental para avaliar a eficácia dos probióticos no contexto do tratamento e prevenção das doenças periodontais(10)

Após a intervenção de desbridamento mecânico profissional visando à remoção do biofilme bacteriano, é rotineiramente prescrito o uso de antimicrobianos sistêmicos como complemento à terapia cirúrgica da periodontite. Contudo, essa estratégia, apesar de seus méritos empíricos, apresenta consideráveis limitações. A prolongada exposição a antimicrobianos pode ocasionar resistência bacteriana, dada a necessidade de doses elevadas para assegurar concentrações mínimas inibitórias nos tecidos periodontais. Adicionalmente, a administração continuada de agentes antimicrobianos pode provocar alterações na composição da microbiota, desencadeando uma transição do estado simbiótico para um estado disbiótico, com potenciais efeitos adversos, como distúrbios gastrointestinais, vômitos e náuseas(3, 1, 7)

Diferentes estirpes de probióticos, a exemplo de B. bifidum, B. longum, L. acidophilus e L. rhamnosus, foram comparadas à tetraciclina, com avaliação subsequente dos efeitos de uma combinação de ambos, a fim de discernir potenciais vantagens. Os resultados inicialmente revelaram melhorias substanciais nos índices de sangramento e de placa no grupo probiótico em comparação com o grupo sob tratamento antibiótico isolado. Em paralelo, a estirpe probiótica L. brevis em formato de comprimido, contrastando com a doxiciclina. Contrariamente às expectativas, não foram identificadas diferenças significativas nos parâmetros clínicos ou microbiológicos entre os grupos após um período de dois meses, exceto pelo aumento no número de Lactobacillus observado exclusivamente no grupo probiótico e no grupo de combinação. Esses resultados corroboram a assertiva de que, além dos efeitos adversos e da resistência bacteriana, os antimicrobianos interferem de maneira abrangente na flora bacteriana, ocasionando a eficaz redução tanto das bactérias patogênicas quanto das comensais, como o Lactobacillus, culminando em um estado de disbiose(7)

Na avaliação comparativa da eficácia de probióticos em relação aos antimicrobianos, quando empregados em conjunto com a terapia mecânica. Tais investigações corroboram resultados similares, evidenciando melhorias equiparáveis nos parâmetros clínicos e microbiológicos entre grupos que receberam tratamento com probióticos e antibióticos. Dessas constatações, pode-se inferir que, apesar de probióticos e antimicrobianos apresentarem eficácia comparável, os probióticos detêm a vantagem de não estarem associados a efeitos adversos(7)

Apesar da heterogeneidade manifesta nos ensaios clínicos randomizados dissecados, os probióticos conferem vantagens, mormente pela notória carência de efeitos colaterais de monta. Resplandece a segurança intrínseca ao L. reuteri. A multiplicidade de modalidades terapêuticas, desde dentifrícios a enxaguantes, tabletes e alimentos específicos, contribui para a permeação disseminada dessa terapêutica, com potenciais implicações na atenuação dos encargos atinentes à saúde pública(2)

4. DISCUSSÃO 

A relação direta entre a DP e o biofilme patogênico pode desencadear alterações sistêmicas, resultando em uma resposta imune desregulada denominada disbiose(4). Moreira, et al.(12) (2022) destacam que a disbiose do biofilme dentário está associada a mudanças no estado clínico dos tecidos do hospedeiro, sendo um elemento crítico na periodontite, demandando estratégias inovadoras para um tratamento eficaz.   

Os probióticos, microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde, surgem como uma alternativa promissora ou um complemento ao tratamento convencional da DP(10). Estes microrganismos, conforme indicado por Amato et al. (2022), possuem a capacidade de modular a resposta do hospedeiro nos tecidos periodontais, regulando a inflamação e promovendo o reparo tecidual. Essa abordagem ganha relevância diante dos desafios associados ao uso prolongado de antimicrobianos, incluindo a resistência bacteriana e alterações na microbiota(4)

Laleman et al.(7) (2015) realizaram estudos comparativos entre estirpes de probióticos, como B. bifidum, B. longum, L. acidophilus e L. rhamnosus, e a tetraciclina. Os resultados indicaram melhorias nos índices de sangramento e placa no grupo probiótico em comparação com o grupo sob tratamento antibiótico isolado. Entretanto, observou-se aumento no número de Lactobacillus exclusivamente no grupo probiótico, evidenciando que, além dos efeitos adversos e da resistência bacteriana, os antimicrobianos podem interferir abrangentemente na flora bacteriana, resultando em um estado de disbiose(7). Em uma avaliação comparativa da eficácia de probióticos em relação aos antimicrobianos, quando empregados em conjunto com a terapia mecânica, Laleman et al.(7) (2015) observaram melhorias equiparáveis nos parâmetros clínicos e microbiológicos entre grupos que receberam tratamento com probióticos e antibióticos. Esta constatação sugere que, apesar de apresentarem eficácia comparável, os probióticos detêm a vantagem de não estar associados a efeitos adversos(7)

A segurança intrínseca ao uso de probióticos, como destacado por Cambiagiaghi et al.(2) (2013), resplandece em diversas modalidades terapêuticas, desde dentifrícios a enxaguantes, tabletes e alimentos específicos, oferecendo amplas possibilidades terapêuticas. No entanto, ressalta-se a necessidade de mais estudos para elucidar completamente os mecanismos de ação, comparar diferentes estirpes de probióticos e estabelecer diretrizes mais claras para a implementação clínica desses microrganismos benéficos(2, 5, 6). Essa abordagem inovadora, associada à segurança e eficácia clínica, sugere um horizonte promissor para a terapia periodontal baseada em probióticos. 

5. CONCLUSÃO 

A revisão de literatura ressalta o potencial dos probióticos como uma estratégia promissora no combate à doença periodontal, oferecendo uma abordagem terapêutica e preventiva atualizada e eficaz. A análise abrangente destaca sua capacidade de modular a microbiota oral, mitigando desequilíbrios microbianos e contribuindo para a prevenção e controle da periodontite. A administração adequada de probióticos demonstrou melhorias significativas nos parâmetros clínicos e microbiológicos associados à doença periodontal, apresentando-se como uma alternativa viável aos tratamentos convencionais, especialmente após o desbridamento mecânico. Comparativamente aos antibióticos, os probióticos mostraram-se igualmente eficazes, mas sem os efeitos colaterais associados ao uso prolongado de antimicrobianos. No entanto, são necessárias mais pesquisas clínicas robustas para entender completamente seus mecanismos de ação e estabelecer protocolos ideais de administração. 

A incorporação dos probióticos no arsenal terapêutico da odontologia representa uma abordagem inovadora e promissora para a prevenção e tratamento da doença periodontal. Esta revisão proporciona uma base sólida para compreender seu papel na saúde bucal, incentivando futuras investigações e práticas clínicas que promovam uma abordagem integrada e eficaz no manejo da periodontite. Com uma implementação criteriosa, os probióticos podem representar um avanço significativo na promoção da saúde periodontal e, consequentemente, na qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição multifatorial. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

  1. Alshareef A, Attia A, Almalki M, Alsharif F, Melibari A, Mirdad B, et al. (2020). Effectiveness of Probiotic Lozenges in Periodontal Management of Chronic Periodontitis Patients: Clinical and Immunological Study. Eur J Dent, 14(2), 281. 
  2. Cambiaghi L, Sant’Ana ACP, Rezende MLRd, Greghi SLA, Damante CA. Os probióticos na odontologia: história, conceitos e aplicações na periodontia. Perionews 2013; 7(1):18-24. 
  3. Chandra RV, Swathi T, Reddy AA, Chakravarthy RY, Nagarajan S, Naveen A. (2016). Effect of a Locally Delivered Probiotic-Prebiotic Mixture as an Adjunct to Scaling and Root Planing in the Management of Chronic Periodontitis. J Int Academ Periodontol, 18(3), 67-75. 
  4. Farias Naiff P, Orlandi P, Cristina M, Santos, Leal C, 777 A, et al. IMUNOLOGIA DA PERIODONTITE CRÔNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA 1. Scientia Amazonia [Internet]. 2012;(2):28–36. Available from: https://scientia-amazonia.org/wp-content/uploads/2016/06/v1-n2-28-36-2012.pdf
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  6. Hincapie JP, Castrillon CA, Yepes FL, Roldan N, Becerra MA, Moreno SM, et al. (2014). Microbiological effects of periodontal therapy plus azithromycin in patients with diabetes: results from a randomized clinical trial. Acta Odontol Latinoam, 27(2), 89-95. 
  7. Laleman I, Teughels W. (2015). Probiotics in the dental practice: a review. Quintessence Int, 46(3), 255–64. 
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  9. Nadkerny P, Ravishankar P, Pramod V, Agarwal L, Bhandari S. (2015).  A comparative evaluation of the efficacy of probiotic and chlorhexidine mouthrinses on clinical inflammatory parameters of gingivitis: A randomized controlled clinical study. J Indian Soc Periodontol, 19(6), 633. 
  10. Pudgar P, Povšič K, Čuk K, Seme K, Petelin M, Gašperšič R. (2021). Probiotic strains of Lactobacillus brevis and Lactobacillus plantarum as adjunct to non-surgical periodontal therapy: 3-month results of a randomized controlled clinical trial. Clin Oral Investig, 25(3), 1411–22. 
  11. Sajedinejad N, Paknejad M, Houshmand B, Sharafi H, Jelodar R, Shahbani Zahiri H, et al. (2018). Lactobacillus salivarius NK02: a Potent Probiotic for Clinical Application in Mouthwash. Probiotics Antimicrob Proteins, 10(3), 485–95. 
  12. Moreira ALG. “Síndrome Metabólica e Periodontite: um estudo em roedores das conexões patofisiológicas envolvidas e dos efeitos de microrganismos probióticos administrados como estratégia terapêutica e/ou preventiva”. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto; 2022. Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-14022023-111401/publico/DO_Andre_ Luis_Gomes_Moreira_Original.pdf.

1Estudante de graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Itaúna. Minas Gerais. Brasil. 
2Estudante de graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Itaúna. Minas Gerais. Brasil. 
3Estudante de graduação em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Itaúna. Minas Gerais. Brasil. 
4Doutora em Clínica Odontológica. Professora Titular – Universidade de Itaúna. Itaúna. Minas Gerais. Brasil.