MAIN BENEFITS OF THE CHILD HEALTH HANDBOOK IN THE CHILD HEALTH MONITORING: SYSTEMATIC REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10613077
Harry Francisco Monteiro de Lima1
Alanna Ferreira Alves2
Resumo:
Introdução: A caderneta de saúde da criança (CSC) surgiu em 1948 no Japão e desde então passou por modificações; foi implantada no Brasil em 1984 e seu uso se disseminou desde então, mas faltam estudos sobre o tema. Objetivo: Avaliar os principais benefícios da CSC no seguimento da saúde infantil, por meio de revisão sistemática de literatura. Método: trata-se de revisão sistemática realizada conforme as diretrizes preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses (PRISMA). Foi realizada busca nas bases de dados PubMed, LILACS e MedLine, para encontrar artigos que abordassem em sua temática o uso da CSC, seus benefícios para a saúde infantil e a comparação (ou não) de sua eficácia com outras formas de registro em saúde; que tivessem texto completo acessível e que haviam sido publicados entre 2018 e 2023. Resultados: Foram identificados inicialmente 481 artigos; desses, sobraram 400 após remoção das duplicatas. Houve exclusão de 388 artigos após leitura dos títulos e dos resumos. Sobraram 12 estudos que tiveram seu texto completo lido na íntegra para avaliar os critérios de elegibilidade; dos 12, 9 foram incluídos e sumarizados; 3 foram excluídos porque tinham desfecho diferente do proposto ou população diferente da proposta. O processo de filtragem foi realizado por meio do software Rayyan™. Conclusão: foram descritos os principais benefícios do uso da CSC (melhora da continuidade do cuidado, maior autonomia por parte dos responsáveis pela criança, melhora do vínculo entre mãe e filho, alcance de crianças de baixa renda e/ou de locais distantes dos grandes centros aos serviços de saúde) encontrados nos estudos eleitos, além de tendências, como uso de tecnologia para aprimoramento da CSC.
Abstract:
Introduction: The child health handbook appeared in 1948 in Japan and has since undergone modifications; It was implemented in Brazil in 1984 and its use has spread since then, but there is a lack of studies on the subject. Objective: to evaluate the main benefits of the child health handbook in monitoring child health, through a systematic literature review. Method: this is a systematic review carried out in accordance with the preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses (PRISMA) guidelines. A search was conducted in the PubMed, LILACS and MedLine databases, in order to find articles that addressed the use of child health records, their benefits for children’s health and the comparison (or not) of their effectiveness with other forms of health records; that had an accessible full text and that had been published between 2018 and 2023. Results: 481 articles were initially identified; of these, 400 remained after removing duplicates. 388 articles were excluded after reading the titles and abstracts. There were 12 studies left that had their full text read to assess whether it met the eligibility criteria or not; of these 12, 9 were included and summarized in a table; 3 were excluded because they had a different outcome or a different population from what was proposed. The filtering process was carried out using Rayyan™ software. Conclusion: the main benefits of using child health handbook were described (improved continuity of care, greater autonomy of those responsible for the child, improved bond between mother and child, reach of low-income children and/or those from places far from large centers to health services) found in the chosen studies, in addition to tendencies, such as the use of technology to improve the child health handbook.
Introdução:
A primeira ideia de registro que abordasse a saúde da criança surgiu no Japão em 1948, com a criação de uma caderneta que servisse para prover informações acerca de gravidez, nascimento, cuidados com recém-nascido e infância até os 6 anos de idade. Essa iniciativa foi responsável por reduzir a taxa de mortalidade infantil no referido país, incentivando sua adoção em muitos outros países (CARANDANG et. al, 2021).
No Brasil inicialmente foi lançado o Cartão da Criança em 1984, que posteriormente foi modificado e chamado de caderneta de saúde da criança (CSC), em 2005, com o intuito de promover a vigilância à saúde integral da criança. Foi implementada para ser utilizada por todas as crianças brasileiras (BRASIL, 2005).
Desde então a CSC passou por várias modificações, todas visando a melhora do instrumento e aperfeiçoamento da vigilância à saúde da criança. Conta com informações sobre gravidez, parto e puerpério, alimentação saudável, higiene, gráficos de crescimento da criança, informações sobre prevenção de acidentes, marcos do desenvolvimento, entre outros (LIMA et. al, 2016).
É inquestionável o benefício deste instrumento quanto à possibilidade de prevenção e proteção à saúde da criança, contudo, algumas dificuldades como preenchimento inadequado e subutilização da mesma enfraquece a coordenação do cuidado (CAMINHA et. al, 2017; ROSOLEM et. al, 2019).
Apesar de ter ocorrido mudança no perfil epidemiológico de crianças brasileiras, com redução de cerca de 20% no déficit de crescimento em menores de 5 anos, e de vários países adotarem a CSC, muitos outros ainda não a usam, principalmente os da África sub-saariana (BALOGUN et. al, 2023).
Mesmo com o uso já disseminado no Brasil, estudos nacionais acerca do tema ainda são escassos e endossam algo também visto em outros países, como por exemplo a incompletude dos dados registrados na caderneta (GAÍVA & SILVA, 2014). Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é avaliar os principais benefícios da caderneta da criança no seguimento da saúde infantil, por meio de revisão sistemática de literatura.
Metodologia:
Trata-se de uma revisão realizada de acordo com os itens do relatório para as diretrizes de revisão sistemática e meta-análises (PRISMA). (MOHER, 2009).
Foi feita busca de artigos nas bases de dados PubMed, LILACS e MedLine, usando os seguintes descritores, tanto em inglês quanto em português: “child health handbook”, “public health”, “caderneta de saúde da criança” e “saúde pública”.
Os estudos foram selecionados primeiramente de acordo com o título e depois de acordo com o resumo. Após exclusão de estudos que não se enquadram na temática estabelecida, foi feita leitura do texto completo para avaliar os critérios de elegibilidade.
Os critérios de inclusão foram: (1) estudos qualitativos, quantitativos ou quali-quantitativo; (2) trabalhos que tivessem como população estudada pais/responsáveis e crianças até 5 anos de idade; (3) estudos que incluíssem em sua temática uso da caderneta de saúde, seus benefícios para saúde infantil e comparação (ou não) de sua eficácia com outros métodos de registro; (4) estudos que estivessem entre os anos de 2018 e 2023 e com texto completo disponível. Não foram incluídas dissertações e teses
A extração dos dados e as variáveis selecionadas incluíram: tipo de publicação, ano de publicação, características da população estudada e desfechos encontrados.
Toda a filtragem dos artigos foi feita por meio do software Rayyan™ (OUZZANI, et al., 2016), com importação dos estudos das bases de dados supracitadas, remoção de duplicatas, leitura de títulos e resumos para identificar o tipo e a temática de estudo, exclusão dos artigos que não se enquadraram nos critérios de inclusão e a leitura do texto completo dos artigos que permaneceram após a filtragem descrita.
Resultados:
Foram identificados inicialmente 481 artigos; desses, sobraram 400 após remoção das duplicatas. Houve exclusão de 388 artigos após leitura dos títulos e dos resumos. Sobraram 12 estudos que tiveram seu texto completo lido na íntegra para avaliar se estaria de acordo com os critérios de elegibilidade. Três estudos foram excluídos porque os desfechos e a população apresentados não estavam de acordo com a proposta desta revisão, apesar do objeto estar de acordo.
Finalizou-se com 9 estudos (sendo 6 em língua inglesa e 3 em língua portuguesa), que encontram-se identificados e sumarizados na tabela 1, abaixo. A figura 1 demonstra o processo de seleção dos artigos.
Figura 1: diagrama da seleção dos artigos
Autor | Designação | Ano | Tipo de estudo | Título | Objetivo |
Rosolém et al. | 1 | 2019 | Transversal descritivo | Caderneta de saúde da criança: coordenação do cuidado e acesso à saúde. | Analisar fatores associados ao registro da caderneta de saúde da criança para fomentar a coordenação do cuidado e acesso à saúde. |
Gai Tobe et al. | 2 | 2022 | Ensaio clínico randomizado | Maternal and child health handbook to improve continuum of maternal and child care in rural Bangladesh: Findings of a cluster randomized controlled trial. | Avaliar a efetividade a caderneta de saúde da criança aprimorada por ferramentas eletrônicas e gerar evidência acerca da implantação do programa em Bangladesh |
Nishimura et al. | 3 | 2023 | Revisão sistemática e Metanálise | Maternal and Child Health Handbook on Improving Maternal, Newborn, and Child Health Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis | Sintetizar o papel da caderneta em melhorar o uso do serviço de saúde, gerar mudança de comportamento e melhorar resultados de saúde |
Areemit et al. | 4 | 2020 | Ensaio clínico não randomizado | A Mobile App, KhunLook, to Support Thai Parents and Caregivers With Child Health Supervision: Development, Validation, and Acceptability Study. | Descrever os requerimentos de usuário e o desenvolvimento do aplicativo Khunlook; validade das curvas de crescimento acessadas pelos pais, além de sua aceitabilidade e viabilidade dadas ao aplicativo. |
Carandang et al. | 5 | 2022 | Revisão sistemática | Effects of the maternal and child health handbook and other home-based records on mothers’ non-health outcomes: a systematic review. | Investigar os efeitos da caderneta de saúde da criança e de outros registros de saúde sobre os resultados não relacionados à saúde das mães, através de uma revisão de estudos publicados em inglês e japonês |
Coelho et al. | 6 | 2021 | Descritivo | Mapeamento do uso da caderneta de saúde da criança por pais e profissionais: um estudo descritivo. | Identificar o conhecimento dos pais acerca da Caderneta de Saúde da Criança, mapear o preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança pelos profissionais de saúde e averiguar se há relação entre o preenchimento dos itens da Caderneta com a orientação dos pais por profissionais de saúde |
Carandang et al. | 7 | 2021 | Revisão sistemática | Roles of the Maternal and Child Health Handbook and Other Home-Based Records on Newborn and Child Health: A Systematic Review. | Avaliação sistematizada acerca da evidência disponível nas línguas inglesa e japonesa dos registros antropométricos domiciliares e seus papéis na saúde de neonatos e crianças |
Areemit et al. | 8 | 2023 | Ensaio clínico duplo-cego randomizado | Effectiveness of a Mobile App (KhunLook) Versus the Maternal and Child Health Handbook on Thai Parents’ Health Literacy, Accuracy of Health Assessments, and Convenience of Use: Randomized Controlled Trial. | Comparar a efetividade do aplicativo Khunlook com o uso da caderneta |
Pedraza ; Oliveira | 9 | 2021 | Transversal | Estado nutricional de crianças e serviços de saúde prestados por equipes de Saúde da Família. | Analisar se o estado nutricional de crianças está associado aos serviços de saúde oferecidos por equipes de Saúde da Família |
Tabela 1: Características dos estudos incluídos
Dos 481 artigos encontrados inicialmente, 294 foram da PubMed, 40 da LILACS e 147 da MedLine. Dos 12 artigos restantes, 3 foram excluídos, 2 porque não tiveram a população definida e 1 porque não apresentou o desfecho de interesse. Sobraram então 9 estudos, sendo que 3 são do tipo transversal descritivo, 3 do tipo revisão sistemática e 3 do tipo ensaio clínico randomizado.
Discussão:
O objetivo inicial do presente estudo foi avaliar os benefícios advindos da caderneta de saúde da criança, algo que foi descrito. A CSC é uma ferramenta de saúde de baixo custo e amplamente disponível em todo território brasileiro e tem vários modelos diferentes ao redor do mundo.
Têm sido realizados vários estudos acerca de seus papéis e os benefícios que acarretou para as crianças ao longo das décadas que se passaram. A intenção inicial é vista até hoje. Dos 6 estudos em língua inglesa, 4 demonstraram benefícios, tais como: maior uso dos serviços de saúde, melhora da comunicação (tanto dentro da família da criança quanto com profissionais de saúde), reforço da continuidade do cuidado, maior autonomia por parte dos cuidadores, entre outros (GAI TOBE et. al., 2022) (NISHIMURA et. al., 2023) (CARANDANG et. al., 2022) (CARANDANG et. al., 2021).
Estudo número 2, realizado em Bangladesh, identificou melhora dos cuidados em saúde infantil com uso da caderneta, com maior procura, por parte das mães, de serviços de saúde durante o pré-natal e no período neonatal, pois fomenta a continuidade do cuidado (GAI TOBE et. al., 2022), achado também visto por Rosolém et al. (ROSOLEM et. al., 2019). Chama atenção o fato disso se dar entre mães de zona rural, o que também ocorreu, mais especificamente em maior procura de serviço de saúde durante o pré-natal, em estudo feito na África por Balogun et al. (BALOGUN et. al., 2023)
Por ser intervenção relativamente simples e que contempla informações básicas e necessárias sobre saúde da criança, um ganho esperado para populações longe dos grandes centros. De forma semelhante a Balogun et al. e Gai Tobe et al., Keiko et al. identificou melhora da continuidade do cuidado, principalmente na melhora nutricional das crianças (OSAKI et. al., 2018). Interessante perceber que a caderneta é usada, inclusive no Brasil, como um dos métodos de avaliação nutricional da criança, por meio das curvas de crescimento (PEDRAZA & OLIVEIRA, 2021).
A abrangência dos benefícios atinge até mesmo características que não tem necessariamente a ver com saúde, conforme demonstrou Carandang et al. Viu-se, em mais de uma localidade, tanto em países de baixa renda como em países de alta renda, melhora, após instituir uso da CSC, na comunicação entre os membros da família que cuidam de determinada criança e até mesmo melhora dos laços entre mãe e filho (CARANDANG et. al., 2022).
Mesmo com tantos benefícios já vistos, ainda há dificuldades no que diz respeito ao uso correto do instrumento. Dos três estudos em língua portuguesa, dois identificaram baixo preenchimento da caderneta como um todo, mas principalmente na seção de informações sobre o período neonatal (ROSOLEM et. al., 2019) e no que diz respeito aos marcos do desenvolvimento e parâmetros antropométricos (COELHO et. al., 2021).
Tais achados são congruentes com a literatura já existente sobre o tema. Os registros incompletos da caderneta prejudicam a continuidade do cuidado à saúde da criança, especialmente a falta de registro dos dados sobre desenvolvimento infantil (GAÍVA & SILVA, 2014) e tem como um dos motivos a falta de capacitação dos profissionais de saúde, conforme apontou Coelho et al. no estudo 6 (COELHO et. al., 2021).
Tem sido visto também o impacto da tecnologia no uso da caderneta. No estudo de número 2, Gai Tobe et al. identificou que a continuidade do cuidado apresentou maior impacto positivo e com maior significância estatística (em relação ao uso apenas da caderneta e ao grupo controle) quando o uso da CSC foi combinada à ferramentas eletrônicas, isto é, orientações em forma de mensagem de texto e áudio aliadas às informações da caderneta.
Nesse mesmo sentido, também investigando os desdobramentos da tecnologia, dois estudos, conduzidos pelo mesmo grupo de pesquisadores, ambos na Tailândia, mostraram automatização da caderneta, isto é, criação de um aplicativo (Khunlook) que contivesse as mesmas informações da CSC com linguagem mais acessível (AREEMIT et. al., 2020) e comparação de seu uso com a caderneta, para avaliar qual intervenção traria mais benefício para o público infantil (AREEMIT et. al., 2023). O que se viu foi que a capacidade de entendimento dos responsáveis acerca da saúde infantil aumentou, com maior compreensão das curvas de perímetro cefálico e dos marcos do desenvolvimento. Isso mostra como é possível aprimorar um instrumento de baixo custo com uso de tecnologia, melhorando o entendimento dos pais acerca da saúde da criança e até mesmo a satisfação com isso, conforme demonstrou Areemit et. al. nos estudos 4 e 8.
Conclusão:
O presente trabalho mostrou como a caderneta de saúde da criança é útil para a saúde infantil e como seus benefícios, ressaltados ao longo do estudo, são de grande valia para a população pediátrica. Seu uso rotineiro, conforme descrito, traz como repercussões: melhora da continuidade do cuidado, maior autonomia por parte dos responsáveis pela criança, melhora do vínculo entre mãe e filho e principalmente alcance de crianças de baixa renda e/ou de locais distantes dos grandes centros aos serviços de saúde.
As consequências do não uso ainda se fazem presentes, como a falta de preenchimento principalmente dos marcos do desenvolvimento, que faz com que não sejam vistos atrasos dos marcos que mostram, grande parte das vezes, um problema que pode ser resolvido com estímulo em determinada janela de oportunidade. Os benefícios podem ser melhorados e os malefícios podem ser contornados com uso de tecnologia que esteja próxima da vivência diária dos pais e responsáveis, como por exemplo um aplicativo de telefone celular; ou também algo mais simples, como treinamento dos profissionais ou mesmo campanhas de conscientização, haja vista o sucesso no que diz respeito ao preenchimento da seção acerca do calendário vacinal, que fez o Brasil ser exemplo por muitos anos.
As limitações do estudo são devidas à heterogeneidade dos estudos, tanto em sua metodologia quanto em seus achados, o que dificulta comparações; à falta de significância estatística em achados relevantes (tais como melhor seguimento para crianças de baixo peso). Chama atenção também a falta de estudos acerca do tema, o que limita o escopo de pesquisa. Há uma urgência para se publicar mais acerca do assunto, bem como chamar atenção para a adaptação tecnológica que tem sido feita, uma tendência que pode alterar positivamente o perfil epidemiológico da pediatria, algo que foi feito no passado e certamente pode ser feito novamente.
Referências:
- CARANDANG, R. R. et al. Roles of the Maternal and Child Health Handbook and Other Home-Based Records on Newborn and Child Health: A Systematic Review. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 18, n. 14, p. 7463, 13 jul. 2021.
- Brasil. Ministério da Saúde. Manual para a utilização da caderneta de saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ manual%200902.pdf.>
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- Gaíva MAM, Silva FB. Caderneta de Saúde da Criança: revisão integrativa. Rev Enferm UFPE On Line, v. 8 n. 3, p. 742-9, 2014.
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1Médico Residente em Pediatria. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – monteiroharry@gmail.com
2Médica Pediatra. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – alanna.afa@gmail.com