OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO NA JUVENTUDE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7362377


Elaine de Cristo Ribeiro¹
Luciana F. M. Colli²


RESUMO

A juventude é um período caracterizado por diversas mudanças no desenvolvimento biológico, psicológico e social. Durante este período são experimentadas vivências significativas que podem trazer uma série de riscos à saúde, o que inclui o uso de substâncias lícitas de maneira exagerada ou inadequada ou até mesmo o uso de substâncias ilícitas. Estudos voltados para a população jovem demonstram que a automedicação nesta faixa etária é frequente, sendo necessário conhecer em que medida estes indivíduos estão sujeitos a esta prática. As classes farmacológicas que estão envolvidas na automedicação são os denominados fármacos de venda livre de prescrição, e vários fatores contribuem para a indução da prática de se automedicar, como fatores financeiros, culturais e sociais.

Palavras chaves: Automedicação na Juventude; Perigos a saúde; Medicamentos; Combate a Automedicação; Atenção Farmacêutica.

ABSTRACT

Youth is a period characterized by several changes in biological, psychological and social development. During this period, significant experiences are experienced that can bring a series of health risks, which include the use of legal substances in an exaggerated or inappropriate way or even the use of illegal substances. Studies aimed at the young population show that self-medication in this age group is frequent, and it is necessary to know to what extent these individuals are subject to this practice. The pharmacological classes that are involved in self-medication are the so-called overthe-counter drugs, and several factors contribute to the induction of the practice of selfmedication, such as financial, cultural and social factors.

Keywords: Self-medication in Youth; Health hazards; Medicines; Combat Self-Medication; Pharmaceutical attention.

1 INTRODUÇÃO

A automedicação é uma prática ligada ao consumo de fármacos, sem prescrição ou orientação médica, que engloba uma diversidade de recursos terapêuticos para o alívio de sinais e sintomas relativos a desconfortos físicos e emocionais (COELHO et al., 2017).

Alguns grupos são mais vulneráveis a esse tipo de exposição a medicamentos, como, por exemplo, os jovens, que correspondem a indivíduos entre 15 e 24 anos de idade (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2015). Algumas vezes se automedicam por conta da dificuldade de locomoção, pela distância até a unidade de saúde e pelo costume que vem de seus antepassados na utilização de medicamentos sem orientação adequada, podendo acarretar sérios problemas a saúde.

Independentemente do nível cultural, do contexto histórico envolvido, da situação econômica ou social do indivíduo, a automedicação é uma prática comum (SILVA et al., 2016).

Conforme pesquisa realizada por uma plataforma de medicamentos, os jovens são os que mais se automedicação, destes 80 % afirmam já ter tomado medicamentos sem prescrição, e o que chama atenção para a gravidade associada ao consumo irracional de medicamentos, pelo fato de que essas substâncias eram consumidas concomitantemente com algum tipo de droga ilícita (ABRAHÃO, 2015).

Outro fator que suscita atenção é que, nesta fase da vida, as mães contribuem bastante para essa automedicação, pois exercem ainda forte influência sobre o comportamento e as escolhas dos jovens. No entanto, essa atitude pode acarretar consequências graves á saúde, visto que não há conscientização sobre esses riscos ou eles são negligenciados (URBANO et al., 2015).

Embora possa ter um aspecto positivo relacionado ao autocuidado, a prevalência da automedicação exige uma atuação para a redução de possíveis intoxicações por medicamentos e efeitos adversos, principalmente em faixas etárias mais jovens, devido à existência de relações significativas quando se associa automedicação com álcool e drogas, e também pelas adaptações e mudanças corporais típicas da idade, as quais podem alterar os mecanismos farmacocinéticos dessas substâncias (ABRAHÃO, 2015).

Devido ao jovem está passando por transformações que irão ocasionar conflitos dentro de si mesmo, às vezes por vergonha ou medo de ser questionado, prefere não procurar uma Unidade Básica de Saúde, fazendo o uso inadequado de medicamentos que podem trazer riscos à saúde. Isso ainda pode ser facilitado pelo ambiente virtual, em que há informações sobre sintomas e tratamentos são amplamente disponibilizadas, assim como pela facilidade da aquisição de medicamentos sem prescrição médica e por preços mais baixos.

2 OBJETIVO

2.1 Objetivo geral:

Orientar os jovens sobre os perigos que a automedicação pode trazer a saúde, além de demonstrar o importante papel do farmacêutico no combate a essa prática, ajudando a prevenir esses riscos.

2.2 Objetivos específicos:

  • Mencionar o que é automedicação e como ela acontece;
  • Listar os prejuízos da automedicação à saúde dos jovens;
  • Identificar quais são os medicamentos mais usados na automedicação;
  • Destacar a importância do farmacêutico no combate a automedicação;
  • Criar uma cartilha de orientação ao paciente para evitar à automedicação.

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi de revisão de literatura no qual abrange sobre automedicação na juventude, além do papel do farmacêutico no combate a essa prática. Para realizar este estudo foram usadas as bases de dados eletrônicos de artigos científicos e revista científica, tais como: Scielo, Google acadêmico, Ministério da saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outros.

Os artigos foram lidos e analisados e aqueles que abordavam os descritores:

Automedicação na Juventude; Perigos a saúde; Medicamentos; Combate a Automedicação; Atenção Farmacêutica; foram selecionados para a realização do trabalho. Foram utilizados artigos entre os anos de 2015 e 2022.

4 JUSTIFICATIVA

Este trabalho justifica-se pelo uso indiscriminado de medicamentos em jovens, ressaltando a importância do profissional farmacêutico no combate a essa prática da automedicação, conscientizando sobre os perigos a saúde com informações e orientações adequadas. Identificando quais são os medicamentos mais consumidos, alertando esses jovens sobre os danos que prática pode levar e que a orientação do profissional de saúde é essencial para combater essa prática.

5 DESENVOLVIMENTO

5.1 Automedicação

O uso de medicamentos sem indicação de profissional habilitado configura a automedicação, prática que precisa ser utilizada com responsabilidade, ou seja, que se faça o uso com segurança, qualidade e eficácia da medicação, observado a posologia correta e possibilidade de interações medicamentosas e as reações adversas (ANVISA, 2015).

O consumo de medicamentos pela população brasileira é influenciado por diversos fatores socioeconômicos, culturais que contribuem para o grande número do seu uso. O aumento da expectativa de vida populacional e seu reflexo em forma de aumento no número de doenças crônicas, bem como o surgimento de novas doenças que surgem a partir da degradação do meio ambiente, poluição ambiental, mudanças climáticas. E mesmo com todo o crescimento na área médica, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde ainda é precária, às propagandas de medicamentos que não precisam de prescrição e à cultura da farmácia caseira somam fatores para a prática da automedicação (ARRAIS et al., 2016).

Dentro do que se pode considerar automedicação, pesquisadores afirmam que o ato de adquirir medicamentos sem a receita médica, bem como compartilhar com família ou conhecidos ou reutilizar prescrições antigas ou o medicamento que sobrou de uma prescrição também fazem parte da prática de se automedicar. Ainda segundo os autores, usar por mais tempo o medicamento prescrito ou interromper tratamento recomendado por médico também é uma forma de automedicação (BECKHAUSER et al., 2015).

Segundo DOMINGUES et al., (2017), indicam que no Brasil, possivelmente cerca de um terço da população adulta pratique a automedicação, e que em uma comparação, países em desenvolvimento tem maior prevalência dessa forma de medicação.

Já em um levantamento realizado pelo Datafolha (2015), a prática da automedicação é feita por 76,4% dos brasileiros, e aponta ainda que pelo menos 32% desses pacientes aumentam as doses das medicações prescritas pelos médicos com o objetivo de potencializar os efeitos dos remédios, diz a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM (2016).

MOURA, GOMES E PEREIRA (2018), em uma revisão da literatura nacional, identificaram que a automedicação na população brasileira se dá na idade adulta, e que os homens atingem um percentual de 40% quando se faz a distinção do gênero, e que as mulheres correspondem a 30% desse número. Afirmam ainda que a procura por serviços médicos é historicamente baixa no caso dos homens.

5.2 Prejuízos da Automedicação

Um fator predominante na automedicação é o uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), estas drogas podem causar um alto risco à saúde do indivíduo, principalmente o uso de paracetamol, dipirona e os salicilatos, estes medicamentos lideram os fármacos que são adquiridos por automedicação, e estão relacionados a sintomas como hemorragias gastrointestinais causadas pelo uso indevido de salicilatos, lesões no fígado causado pelo uso do paracetamol e aplasia medular causado pelo uso indiscriminado de dipirona (OLIVEIRA, 2016).

Os preços mais atrativos e a facilidade de compra de medicamentos controlados pela internet, além da falta de fiscalização, se tornam um problema de saúde, pois é fator determinante para o aumento de internações devido a toxicidade causada pelo consumo irresponsável de medicamentos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2012).

QUADRO 1: RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO COM MIPs SEM ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA

FONTE: (KADOSAKI, SOUSA e BORGES; RAPKIEWICZ; 2012).

5.3 Medicamentos mais utilizados na automedicação

Uma pesquisa realizada pelo ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação), no ano de 2018, mostra que as recomendações de terceiros, como familiares, amigos e vizinhos compreendem respectivamente 68%, 41% e 27% e de balconistas de farmácia cerca de 48%, ou seja, os principais prescritores de medicamentosas são indivíduos que não possuem domínio acerca do tema. Igualmente, a Indústria Farmacêutica está intrinsecamente relacionada com a comercialização de doses fracionadas, o que leva a sobras de medicamentos e estocagem das sobras, o que geralmente culmina na reutilização, caso ocorra repetição dos sintomas apresentados.

Figura 1: ICTQ- Automedicação no Brasil (2018)

FONTE: https://ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/871-pesquisa-automedicacao-nobrasil-2018

Os medicamentos mais comuns na praticada automedicação no Brasil, de acordo com ICTQ, 2018, estão: Analgésicos (48%); Antiinflamatórios (31%); Relaxantes musculares (26%); Antitérmicos (19%); Descongestionantes nasais (15%); Expectorantes (13%); Antiácidos (10%); Antibióticos (10 %).

QUADRO 2 : As reações adversas mais comuns

FONTE: ICTQ, 2018.

5.4 Importância do farmacêutico no combate a automedicação

A atenção farmacêutica é muito importante para que o paciente faça o uso adequado dos medicamentos, orientando sempre o paciente a evitar o uso irracional de medicamentos que podem trazer consequências graves a saúde levando até morte. Os usos racionais desses medicamentos reduzem o índice de mortalidade, por isso devemos visar o bem-estar do paciente, orientando-o sempre a procurar o profissional de saúde para fazer o tratamento correto (LYRA JÚNIOR & MARQUES, 2017).

Nos estabelecimentos comunitários o farmacêutico deve acompanhar a triagem do paciente, orientando e acalmando o paciente, cujo o objetivo principal de conscientizar o paciente que fazer o uso correto do medicamento sob orientação médica pode evitar danos à saúde. O farmacêutico precisa estar sempre atualizado e seguro para fornecer as informações corretas ao paciente. Portanto fazer uso correto e consciente de medicamentos pode evitar prejuízos a saúde (CADOGAN CA e HUGHES CM, 2021).

Segundo SILVA et al., (2015) o farmacêutico deve informar a hora e a forma correta de utilizar o medicamento, promovendo a pessoa melhorias da saúde. o medicamento é uma ferramenta de tratamento muito importante ,mas automedicação, a falta de informação, e falta de conhecimento pode  acarretar reações adversas a saúde.

A presença do farmacêutico é necessária para orientar garantir segurança na utilização dos fármacos, por isso uma anamnese realizada pelo profissional é importante para se coletar informações do paciente como histórico de medicamentos utilizados por ele. A orientação é essencial para o uso adequado dos fármacos e prevenir reações adversas (HERZIK e BETHISHOU, 2020).

5.5 Prevenção a automedicação

Segundo VIEIRA; CAVEIÃO (2016) para os farmacêuticos as ações educativas são muito importantes para os usuários, informando e promovendo orientações sobre uso racional de medicamentos, pois assim os riscos podem ser minimizados se houver uma consciência desses jovens de que procurar um profissional de saúde é necessário para o tratamento correto da enfermidade se conscientizando sobre os malefícios da automedicação.

Pensando no bem-estar dos jovens foi criado uma cartilha no anexo 1 e 2 com orientações sobre como evitar a prática da  automedicação, como promover o uso racional de medicamentos, e os malefícios que  automedicação pode trazer a saúde desses jovens 

ANEXO 1: USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

ANEXO 2: COMO EVITAR A AUTOMEDICAÇÃO

CONCLUSÃO

A automedicação é uma prática preocupante por ser realizada de forma irracional, inadequada e abusiva e na maioria das vezes com medicamentos sujeitos a prescrição médica. Os desacordos posológicos e interrupções de tratamentos identificados possivelmente estão associados a resultados negativos associados à medicação, em função de doses baixas, reações adversas a medicamentos, intoxicações por doses elevadas e não adesão terapêutica.

Além disso, as inadequações de uso foram mais frequentes entre os usuários de medicamentos psicotrópicos e os polimedicados, indicando que um cuidado farmacêutico deve ser dado a esses pacientes.

Portanto o acesso a medicamentos é um importante passo a ser cumprido. No entanto, segundo as diretrizes da Política Nacional de Medicamentos para que seu uso seja adequado ainda se faz necessário um acompanhamento farmacoterapêutico, como, por exemplo, com a participação do profissional farmacêutico nas unidades de saúde, através da Atenção Farmacêutica, tem condições de identificar, corrigir e prevenir os problemas do uso incorreto dos medicamentos, a fim de promover o uso racional dos medicamentos e melhoria do estado de saúde.

REFERÊNCIAS

ABRAÃO RC, Godoy JA, Halpern R. Automedicação e comportamento entre adolescentes de uma cidade do rio Grande do Sul. Aletheia. 2015.

ARRAIS PSD, Fernandes MEP, Pizzol TSD, Ramos LR, Mengue SS, Luiza VL, et al., Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev Saude Publica. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsps2-S01518-87872016050006117.pdf. Acesso em: 18 de setembro de 2022. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Riscos e consequências da automedicação. São Paulo; 2016. Disponível em: https://www.spdm.org.br/blogs/saude-em-geral/item/2296-riscos-e-consequenciasda-automedicaca. Acesso em: 18 de setembro de 2022.

BECKHAUSER GC, Souza JM, Valgas C, Piovezan AP, Galato D. Utilização de medicamentos na Pediatria: a prática da automedicação em crianças por seus responsáveis. Revista Paulista de Pediatria. 2015. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/4060/406038934002.pd. Acesso em: 18 de setembro de 2022.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública nº 95, de 19 de novembro de 2001. 2015. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B273510%5D.PDF. Acesso em: 20 de setembro de 2022.

CADOGAN CA, HUGHES CM. Na linha de frente contra o COVID-19: a contribuição dos farmacêuticos comunitários durante uma crise de saúde pública. Pesquisa em Farmácia Social e Administrativa, 2021.

COELHO MTAD, SANTOS VP, CARMO MBB, SOUZA AC, FRANÇA CPX. Relação entre a autopercepção do estado de saúde e a automedicação entre estudantes universitários. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 2017.

DOMINGUES PHF, GALVÃO TF, ANDRADE KRC, ARAUJO PC, SILVA MT, PEREIRA MG. Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito

Federal: estudo transversal de base populacional. Epidemiol Serv Saude. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ress/v26n2/2237-9622-ress-26-02-00319.pdf. Acesso em: 19 de setembro de 2022.

ICTQ. Pesquisa: Automedicação No Brasil (2018). 2018. ICTQ. Disponível em: https://www.ictq.com.br/pesquisa-do-ictq/871-pesquisa-automedicacao-no-brasil2018. Acesso em: 02 de outubro de 2022.

LYRA JÚNIOR, D.P; MARQUES, T. C. Atenção Farmacêutica no Âmbito do SUS. 2017.                                                 Disponível emhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ensino_pesquisa_farmaceutica_ sus_1ed.pdf. Acesso em: 02 de outubro de 2022.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência. Tecnologia e Insumos. Estratégicos. Uso racional de medicamentos: temas selecionados. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2012.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (BR). Estatuto da Criança e do Adolescente. 13. ed.Brasília: Câmara, 2015.

OLIVEIRA LL. et al. Avaliação da prática da automedicação numa população urbana do Nordeste do Brasil. Scientia Plena. 2016; v.12.

SILVA JAC, GOMES AZ, OLIVEIRA JPS, SASAKI YA, MAIA BTB, ABREU BM. Prevalência de automedicação e os fatores associados entre os usuários de um Centro de Saúde Universitário. RevBrasClin Med. 2016.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS. Dados de intoxicação. Rio de Janeiro: Sinitox; 2016. Disponível em: https://sinitox.icict.fiocruz.br/sites/sinitox.icict.fiocruz.br/files// Brasil9_0.pdf Acesso: 22 de setembro de 2022.

VIEIRA, D. M.; CAVEIÃO, C. Perfil das Intoxicações Medicamentosas no Estado De São Paulo Na Perspectiva da Vigilância Sanitária. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 9, n.5, p. 119-141, 2016. Disponível em: https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/downl oad/521/313. Acesso em: 19 de setembro de 2022.


¹Autora
²Orientadora