OS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS QUE CONTRIBUEM PARA O EMAGRECIMENTO PRODUZIDAS PELAS FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10041818


Thays Lorrany Alves Miranda¹
Geovana Da Silva Luz Tonieto1
Clayton Pereira Silva de Lima2


RESUMO

A fitoterapia é conhecida como a forma mais antiga de tratamento de doenças, vem do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal. Na atualidade é bastante utilizada para diversos tipos de terapia como: anti-inflamatórios, antidepressivos, diuréticos, analgésicos, entre outros. O estudo será direcionado para o uso isolado dessas plantas medicinais voltadas para a obesidade, utilizando fitoterápicos diuréticos que auxiliam na redução do peso. Esses medicamentos diuréticos podem ser feitos apenas com a presença do princípio ativo ou associados a outros ativos com a mesma finalidade pelas farmácias de manipulação, sendo orientados corretamente pelos farmacêuticos. O objetivo da pesquisa que será realizada é mostrar a utilização incorreta e correta do uso exacerbado destes medicamentos pela população, investigando os benefícios e malefícios, os princípios ativos mais utilizados para o emagrecimento no Brasil.

Palavras-Chave: Fitoterapia. Obesidade. Farmacêuticos.

Phytotherapy is known as the oldest form of disease treatment, comes from the greek therapeia=treatment and phyton=vegetable. It is currently widely used for various types of therapy such as: anti-inflammatories, antidepressants, diuretics, analgesics, among others. The study will be directed to the isolated use of these medicinal plants aimed at obesity, using diuretic herbal medicines that help in weight reduction. These diuretic drugs can be made only with the presence of the active ingredient or associated with other assets with the same purpose by compounding pharmacies, being properly guided by pharmacists. With the objective of showing the research that will be carried out and the incorrect and correct use of the exacerbated use of these drugs by the population, investigating the benefits and harms, the most used active principles for weight loss in Brazil.

Keywords: Phytotherapy. Obesity. Pharmacists.

1. INTRODUÇÃO

A discussão sobre a perda de peso continua sendo um tema relevante, principalmente, entre pessoas com alto índice de massa corporal (IMC). O IMC elevado indica sobrepeso e, se não tratado, consequentemente, pode conduzir à obesidade e às doenças associadas (OLIVEIRA et al, 2021).

A obesidade se caracteriza pelo acúmulo de gordura no tecido adiposo em relação à nossa massa corpórea, sendo considerada uma doença crônica não transmissível que compromete a saúde (FERREIRA, 2006; Programa Nacional de Combate à Obesidade,2005). Considerando a alta na taxa de obesidade no Brasil, de acordo com os dados obtidos pela OMS até o ano de 2014, mais da metade da população estava com sobrepeso e a tendência é que continue a aumentar os casos (OMS, 2017). Por este motivo, a procura por produtos, medicamentos industrializados e medicamentos extraídos de plantas medicinais (fitoterápicos) que auxiliam no emagrecimento vem ganhando alta repercussão, especialmente os fitoterápicos, cuja matéria-prima é obtida integralmente pela extração de plantas medicinais, que passaram por um processo de industrialização. Assim, faz-se necessário um controle de qualidade específico dentro da indústria, que realiza diversos procedimentos para atestar a integridade do insumo, para que se mantenha a qualidade e eficácia do produto. Por serem medicamentos extraídos de plantas, sendo de fácil acesso a obtenção, o índice de automedicação vem tendo um progressivo aumento através dos anos (GOMES,2016).

Os fitoterápicos são medicamentos extraídos de várias partes da planta: como folhas, caule, flores, raízes e frutos e, portanto, são considerados medicinais que têm específicos efeitos farmacológicos que atuam em áreas distintas do organismo, os fitoterápicos possuem também uma baixa taxa de efeito colateral, beneficiando assim o paciente que faz uso do desses produtos (ZAMBON et al, 2018). O uso de medicamentos fitoterápicos ocorre desde a antiguidade para tratar doenças, sendo utilizados até hoje. As pessoas acreditam, de maneira incorreta, que por serem produtos considerados “naturais” não causam mal-estar algum, assim aumentando a taxa de automedicação no país (ZAMBON et al, 2018). Os fitoterápicos utilizados para o emagrecimento agem no organismo inibindo o apetite, acelerando o metabolismo e com ação antioxidante. Em razão disso, causam a redução do apetite, levando à diminuição da ingestão de alimentos e, consequentemente, dos níveis de colesterol, de glicemia, além de ação diurética e lipolítica. A adesão ao uso destas medicações naturais envolve o custo-benefício, por terem o mesmo efeito do medicamento tradicional e por serem mais acessíveis nas farmácias por não precisarem da receita médica (OLIVEIRA et al, 2021; ZAMBON et al, 2018).

2. PROBLEMA

Quais os princípios ativos mais utilizados pela farmácia de manipulação para a produção de fitoterápicos utilizados no emagrecimento?

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Determinar quais os fitoterápicos que são utilizados na produção de formas farmacêuticas voltadas para o emagrecimento.

3.2. Objetivos Específicos

  • Avaliar o papel do farmacêutico na orientação do uso correto de fitoterápicos.
  • Determinar o quantitativo de pessoas obesas, por região, no Brasil.
  • Definir os principais princípios ativos utilizados para o emagrecimento nas farmácias de manipulação em diferentes cidades do Brasil.
  • Descrever as características dos principais princípios ativos que compõem os fitoterápicos.

4. JUSTIFICATIVA

Os fitoterápicos são um recurso bastante utilizado para o emagrecimento e no tratamento da obesidade. As plantas medicinais são recursos efetivos quando utilizados na dosagem apropriada, com poucos efeitos colaterais, no tratamento contra a obesidade, além do baixo custo. Portanto, com o auxílio destas medicações, em associação com a dieta orientada por um especialista na área e com exercícios físicos regulares, tem sido reduzido o risco que a obesidade promove à saúde humana. Os fitoterápicos para o emagrecimento são melhores opções de uso para o organismo devido à baixa taxa de efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, diarreias. Como exemplo de medicamento extraído de planta temos a Opuntia fícus “Cactin”, que, além de auxiliar no gerenciamento do peso e na redução da gordura corporal, apresenta propriedades diuréticas, entre outros benefícios. Essa revisão bibliográfica pretende descrever o uso das plantas medicinais no tratamento da obesidade, pontuando seus efeitos benéficos e colaterais.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1. História da Fitoterapia

A fitoterapia vem do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal, é a forma mais antiga de medicina existente na civilização. O início da utilização das plantas medicinais ocorreu na China a cerca de 2300 a.C a 2800 a.C, a primeira obra evidenciada foi do “Nei Jing” que retrata a utilização das plantas como base da medicina em todos os povos da antiguidade. Durante a década de 50 o médico francês Henri Leclerc realizou procedimentos com plantas para a criação de seu “Sumário de Fitoterapia” que relata as fórmulas das plantas (MAZIERO, 2017; DINIZ et al, 2022). 

O desenvolvimento da indústria farmacêutica deu-se início no século XX, inovando tanto nos medicamentos alopatas quanto nas plantas medicinais. No Brasil o uso desses medicamentos deu-se a partir das nossas origens indígenas, em rituais de cura. Com o aumento da tecnologia, os estudos em relação às plantas medicinais e ervas permitiram a análise, identificação e separação dessas plantas. Compreende-se por fitoterápico um medicamento extraído de plantas e seus derivados, que se caracterizam por serem utilizadas em diversas formas farmacêuticas usando como principal substância as de origem vegetal (MARTINS, 2020; MORAES, 2019).

5.2. Farmácia de Manipulação

Devido a necessidade de medicamentos específicos para cada paciente, surgiram as farmácias de medicamentos personalizados e exclusivos, mais conhecida como Farmácia Magistral. A manipulação destes medicamentos são uma constituição de um conjunto de procedimentos farmacotécnicos, que nada mais é do que uma elaborada maneira de fracionar especialidades farmacêuticas para a utilização humana ou animal (SILVA et al, 2020). O primeiro procedimento nesse estabelecimento é o recebimento da prescrição, que tem uma prescrição individual, por um profissional habilitado, outro ponto é a preparação da formulação segundo as orientações descritas na ordem de produção. Uma das formulações que mais saem da farmácia magistral são os fitoterápicos que auxiliam no emagrecimento (MARTINS, 2020; MORAES, 2019).

5.3. Obesidade

A obesidade foi incluída na Classificação Internacional de Doenças pela primeira vez em 1948. A obesidade é considerada uma doença porque leva ao desenvolvimento de outras doenças, podendo causar ainda a morte precoce. O IMC é a principal maneira de diagnosticar a obesidade. A OMS afirma que um IMC acima de 30 kg/m2 é indicativo de obesidade. (ABESO, 2016; Organização Mundial Da Saúde, 2019).

A região Norte do Brasil registra as maiores taxas de obesidade, principalmente em suas capitais, Manaus e Rio Branco, com cerca de 27,2% da população em 2015 e 23,8% em 2016, respectivamente. No Centro-Oeste, Campo Grande apresentou uma taxa de obesidade de 23,4% em 2017, enquanto Cuiabá registrou 23,0% em 2018. No Nordeste, Natal se destacou com uma taxa de obesidade de 22,5% em 2019, e Recife teve 21,9% em 2018. Na região Sudeste, o Rio de Janeiro teve uma taxa de 22,4% em 2018, enquanto São Paulo registrou 21,2% em 2015. Por fim, na região Sul, Porto Alegre teve a taxa mais baixa de obesidade, com 20,9% em 2015, e Curitiba registrou 19,4% em 2019 (MALVEIRA et al., 2021)

A obesidade é um dos problemas médicos mais comuns atualmente e está entre os mais difíceis de tratar. Ainda há pouco progresso na prevenção e tratamento (Papadakis et al., 2015).

A fitoterapia é uma forma de tratar a obesidade através do uso de plantas ou extratos vegetais frescos. Assim, a fitoterapia é considerada uma terapia não agressiva, barata e fácil de usar. Como resultado, a busca por medicamentos fitoterápicos tem aumentado significativamente (CRUZ; ALVIM,2013; AKISUE; 2005).

As vendas de extratos de bioativos derivados de plantas continuam a aumentar a cada ano e representam pelo menos 25% dos lucros da indústria farmacêutica brasileira (FERREIRA; MOREIRA; CÁRIA et al., 2014). Alguns fitoterápicos têm propriedades termogênicas, diuréticas, antioxidantes e/ou promovem a saciedade. É importante que essa medicação seja consumida em conjunto com uma dieta saudável e com atividades físicas regulares e acompanhamento profissional especializado, tendo em vista que o uso adequado desses princípios ativos, requer conhecimento científico (CRUZ et al; 2020).

A correta orientação de um profissional, farmacêutico evita à intoxicação, diarreia, dores de cabeça e desdobramentos mais graves como aborto e problemas renais. Problemas hepáticos podem aparecer através da associação desses medicamentos com bebidas alcoólicas, do uso de vários medicamentos simultaneamente, causando interação medicamentosa, sobrecarregando o fígado (TESSER, SOUSA, NASCIMENTO, 2018).

5.4. Orientação do farmacêutico

Após a declaração de Alma-Ata realizada no ano 1978, o Ministério da Saúde reconheceu o uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças. Com a inserção do uso dos fitoterápicos no Brasil, em 2003, teve início a implantação da Assistência Farmacêutica (BRASIL. Ministério da Saúde, 2015).

O uso em altas doses ou equivocado dos medicamentos extraídos das plantas, sem a devida orientação, leva a graves problemas de saúde. Por outro lado, a correta utilização age retirando a vontade excessiva de comer, acelera o metabolismo, causa a diminuição dos níveis de colesterol, reduz a gordura corporal, tem ação antioxidante, diurética e lipolítica (SILVA et al; 2020).

A importância do profissional farmacêutico consiste em orientar o paciente quanto ao correto uso, de acordo com seu quadro clínico. Além disso, é importante orientar que o paciente tenha uma rotina constante de exercícios e uma boa alimentação, contribuindo para que o paciente tenha uma ótima qualidade de vida (SILVA et al; 2019).

5.5. Princípios Ativos

5.5.1. Chá Verde

A Camellia sinensis que é conhecida como chá verde, o chá branco, o chá preto e o chá da índia são todos extraídos durante o processamento, que ocorre através do processo de filtração por membranas, utilizando-se também a clarificação, purificação e concentração de diversos produtos (REIS et al; 2018). O chá-verde é conhecido por sua abundância de flavonoides, que são substâncias antioxidantes que ajudam a neutralizar os radicais livres que causam envelhecimento precoce das células. O chá verde também acelera o metabolismo e auxilia na queima de gordura corporal. (PAVANELLI; MEZA; TIYO, 2011).

Os constituintes das folhas da Camellia sinensis incluem polifenóis (catequinas e flavonóides), alcalóides (cafeína, teobromina e teofilina, entre outros), óleos essenciais, polissacarídeos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e elementos (Sharangi, 2009).

A absorção reduzida de gorduras e carboidratos, o aumento do metabolismo das lipoproteínas, a proibição da lipogênese “de novo” e o aumento da utilização de carboidratos são os mecanismos de ação associados ao chá verde para o controle da obesidade. (Grove et al., 2010).

O chá verde ajuda a controlar a obesidade por meio da redução da absorção de carboidratos e lipídios, aumento do metabolismo de lipídeos, inibição da rota da lipogênese, da lipogênese e aumento da utilização de carboidratos. (Grove et al., 2010).

De acordo com o que se tem descrito na literatura, o chá verde não é provavelmente teratogênico, mutagênico ou carcinogênico. Seu impacto genotóxico ou tóxico no desenvolvimento é limitado. No entanto, alguns estudos mostram que ela tem efeitos protetivos durante a gravidez. Outros estudos mostram que ele tem efeitos colaterais. Como resultado, para reduzir os possíveis efeitos prejudiciais, é aconselhável usar o chá verde com cautela durante a gravidez ou lactação. É importante pensar nos efeitos prejudiciais causados pela combinação de ácido fólico e cafeína no extrato de chá verde. De acordo com uma compilação de dados, os componentes principais do chá verde têm efeitos citotóxicos seletivos nas células cancerígenas. Isso significa que o chá verde pode ser um complemento útil para terapias oncológicas (Bedrood, 2018).

Figura 1. Extrato seco da planta Camellia sinensis

Fonte: MARTINS, 2023

5.5.2. Garcinia Cambogia – citrin extrato

A Garcinia cambogia é uma planta da família Boraginace que é nativa do sudeste da Ásia. A sua casca pode ser usada como conservante e aromatizante nos alimentos, além de ser usada em suplementos dietéticos para perda de gordura (MANENTI, 2010).

É um redutor de apetite e ajuda na regulação da glicose e da função pancreática. Na primeira semana, o extrato de Garcinia é tomado por via oral em dosagens de 1 g três vezes ao dia e de 500 mg três vezes ao dia, durante trinta minutos a uma hora antes das refeições (BRASIL, 2007).

Os princípios ativos que combatem a obesidade incluem lactonas hidroxicítricas, ácido hidroxicítrico e glicídeos, incluindo pectina, que é um emoliente e fornece à planta sua ação laxante. Ao impedir parcialmente a síntese de ácidos graxos, o ácido hidroxicítrico impede a ação da ATP citrato-liase. Além disso, age na diminuição da conversão de açúcares em ácidos graxos, o que estimula a neoglicogênese, o que resulta em uma diminuição do apetite. (Cortês, 2013).

A Garcinia cambogia combate a obesidade, mas ainda precisam ser feitos mais estudos para determinar seu mecanismo de ação (Heber 2003; Pittler et al., 2005).

Figura 2. Fruto da planta Garcinia Cambogia

Fonte: HABER, S. L.; et al, 2018.

5.5.3. Cactin

É um extrato do cacto Opuntia fícus, mais conhecido como Cactin rico em betanina e indicaxantina. Possui diversas vitaminas, minerais, lipídios, aminoácidos, como cisteína e taurina, antioxidantes como a glutationa, flavonoides, entre outros compostos, apresentando propriedades diuréticas. Com dose de 2g ao dia estando isolado. A Cactin tem ação de drenagem linfática, que age contra a retenção de líquidos e causa à saciedade, é um nutracêutico que auxilia com propriedades antioxidantes e diuréticas. Esse extrato é uma das inovações do mercado farmacêutico contemporâneo (FRANÇA, 2019).

Figura 3: Cacto da planta Opuntia ficus

Fonte: Fabricante Galena, 2021.

5.5.4. Greenselect Phytossome

O Greenselect Phytossome é um dos princípios ativos mais procurados nas farmácias de manipulação, é um extrato purificado de Catequinas que tem teor de 60% do insumo, os outros 40% de galato de epigalocatequina, esse insumo é utilizado para a prevenção e tratamento da obesidade. Neste princípio ativo contém também a fosfatidilcolina que tem função bifuncional com propriedade emulsificante, pela presença da parte lipofílica que é a fosfatidil e a parte hidrofílica é a colina que na molécula auxilia no aumento da biodisponibilidade de fitoativos hidrossolúveis, como presente nas catequinas. A partir das análises realizadas para o estudo sobre o Greenselect, nota-se uma redução de 14,6% do peso corporal e de 12% no IMC, após 90 dias de tratamento. Observa-se também uma melhora no perfil lipídico, com redução dos triglicerídeos no sangue e no colesterol total. Porém é importante ressaltar que o efeito do fitoativo Catequina princípio ativo do Greenselect, um agente termogênico, só ocorrerá como esperado associado a mudança do estilo de vida com a reeducação alimentar e exercícios físicos. Sua dosagem diária varia de 120mg até 240mg (AMIN,2012).

Figura 4: Extrato da planta do Greenselect Phytossome

Fonte: Fabricante Florien Fitoativos, 2022.

5.5.5. Faseolamina

Extraída da planta Phaseolus vulgaris mais conhecida como faseolamina ou feijão branco, é uma glicoproteína que age no nosso organismo inibindo a enzima alfa-amilase, e que comprovadamente age na inibição da digestão e na absorção do amido (PUSZTAI, 2021). Ao contrário dos outros medicamentos que auxiliam na perda de peso, a faseolamina não contém a adição de cafeína ou qualquer adição que cause efeitos colaterais graves. A faseolamina atua ligando-se à enzima alfa-amilase inibindo assim a digestão do amido fazendo com que nosso organismo não absorva um terço do que é ingerido ao longo do dia. A cada grama de faseolamina que é ingerida em nosso corpo, o organismo consegue neutralizar cerca de 2,250 calorias de amido. Logo, a faseolamina é eficaz em dietas de emagrecimento reduzindo a absorção dos provenientes do amido, e tendo um alto benefício no tratamento de pacientes com diabetes mellitus não dependentes de insulina. Sua dosagem recomendada é de 200 mg a 1500 mg ao dia, 30 minutos antes das refeições (PUSZTAI, 2021).

Figura 5: Extrato do Amorphophallus konjac

Fonte: RIBEIRO, 2022

5.5.6. Amorphophallus konjacGlucomanan

É uma planta do qual se utilizam os rizomas tuberculinizados, onde a goma é retirada. A Amorphophallus konjac também é conhecida por Glucomanan (CORTÊS, 2013). As glucomananas e outras mucilagens, a hemicelulose e o amido são fatores que atuam na obesidade. O alto grau de absorção de água do glucomanana resulta em um gel espesso que aumenta o volume do estômago, causando uma sensação de saciedade que reduz o apetite. O Konjak é usado para melhorar a função intestinal, controlar o apetite e reduzir a absorção de gorduras no tratamento da obesidade (CUNHA, 2012).

Ao promover a saciedade por meio de sinais de fase celíaca e gástrica, as glucomannanas ajudam na perda de peso, reduzindo o esvaziamento gástrico e diminuindo o trânsito intestinal por causa da redução da taxa de absorção de alimentos no intestino delgado ( KEITHLEY; SWANSON, 2005).

Figura 6: Extrato do Amorphophallus konjac

Fonte: GELSKI, 2010

5.5.7. Mangabeira – Hancornia speciosa

Conhecida como mangabeira. Seus componentes incluem folhas, casca, caule, fruto e látex. Além de controlar a obesidade, também pode ser utilizado no tratamento das seguintes condições: tuberculose, dores nas costas, problemas renais, cólicas, problemas respiratórios, dismenorreia, luxação, hipertensão, diabetes, doenças de pele, entre outros (Santos et al 2013).

Os compostos bioativos e vitaminas com atividade antioxidante, como β-caroteno, β-criptoxantina, ácido ascórbico, α-tocoferol, α, β e γ-tocotrienóis, tetrahidrofurano (THF), metilfolato ( 5-MTHF), 5-FTHF, vitamina E e ácido fólico podem reduzir a probabilidade de desenvolver câncer, doenças cardiovasculares e doenças cerebrovasculares (Cardoso, 2014).

Figura 7: Fruto quase maduro da variedade típica (speciosa)

Fonte: GOMES, 2013

6. METODOLOGIA

Foi realizada a coleta de dados, sobre o aumento consecutivo da obesidade e dos medicamentos de plantas medicinais mais utilizadas para o emagrecimento no Brasil, de artigos, farmácias de manipulação, google acadêmico, ncbi/pubmed, periódicos da CAPES, do site do ministério da saúde, secretaria de saúde dos Estados, da organização panamericana de saúde, monografias de tese de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado de faculdades pelo Brasil entre os anos de 2019 a 2023.

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¹Acadêmicas de Farmácia Generalista; Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína – TO. E-mail: thayslolo12@gmail.com , geovanatonieto@hotmail.com.

2 Doutor, Professor Assistente, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína – TO. E-mail: clayton.lima@unitpac.edu.br