OS IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NA SAÚDE MENTAL DE IDOSOS

THE IMPACTS OF THE COVID-19 PANDEMIC ON THE MENTAL HEALTH OF THE ELDERLY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7829360


Anna Victoria Leal Pinheiro Mendes¹
Isadora Carvalho Marques¹
Prof. Laio Santana Passos²
Andressa Vieira Magalhães Costa³


RESUMO

Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do isolamento social na saúde mental de 103 idosos que frequentam o Centro Integrado de Saúde da Uninovafapi, traçar seu perfil sociodemográfico e avaliar autonomia e funcionalidade. Para obtenção dos dados, foi utilizado um questionário sociodemográfico. Além disso, aplicou-se o Mini Exame de Estado Mental para avaliar a cognição, as escalas de Katz e Lawton para verificar o grau de autonomia dos idosos, e a Escala de Depressão Geriátrica para rastrear o grau de depressão. O estudo constatou que 69,9% dos idosos apresentaram cognição normal de acordo com o Mini Exame de Estado Mental, e nenhum comprometimento cognitivo grave. O perfil dos participantes correspondeu a 62,1% da população feminina, entre 60 e 79 anos, casadas e ensino médio completo. A maioria da população apresentou grau satisfatório de independência e funcionalidade, com 87% como independente pela Escala de Katz e 97 idosos pontuando entre 19 e 27 pontos na Escala de Lawton. Através da Escala de Depressão Geriátrica, 24,27% da população correspondeu a escores de 11 a 15,  considerado depressão leve, e nenhum idoso apresentou depressão grave. Esse fato pode ser explicado pela frequência de acompanhamento terapêutico com psiquiatra e psicólogo, que foi de 84,5%.  Os resultados destacaram que, a taxa de prevalência de depressão foi relativamente baixa considerando que a maior parcela do público possui acompanhamento psicológico, apontando desse modo a importância de investir em políticas públicas e ações direcionadas à saúde mental dos idosos.

PALAVRA-CHAVES: Saúde mental; Idosos; Pandemia; COVID-19.

ABSTRACT

In addition, the Mini Mental State Examination was applied to assess cognition, the Katz and Lawton scales to verify the degree of autonomy of the elderly, and the Geriatric Depression Scale to track the degree of depression. The study found that 69.9% of the elderly had normal cognition according to the Mini Mental State Examination, and no severe cognitive impairment. The profile of the participants corresponded to 62.1% of the female population, between 60 and 79 years old, married and with complete high school. The majority of the population presented a satisfactory degree of independence and functionality, with 87% as independent by the Katz Scale and 97 elderly scoring between 19 and 27 points on the Lawton Scale. Through the Geriatric Depression Scale, 24.27% of the population corresponded to scores of 11 to 15, considered mild depression, and no elderly had severe depression.This fact can be explained by the frequency of therapeutic follow-up with psychiatrist and psychologist, which was 84.5%. The results highlighted that the prevalence rate of depression was relatively low considering that most of the public has psychological monitoring, thus pointing out the importance of investing in public policies and actions directed to the mental health of the elderly.

KEYWORDS: Mental health; Elderly; Pandemic; COVID-19.

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 11 de março de 2020 a sexta grande pandemia do século. A primeira grande pandemia da história mundial foi causada pela bactéria Yersinia pestis, popularmente conhecida como peste bubônica (MIRANDA; MARTINS, 2021). A pandemia durou cerca de seis anos (1346-1352) e foi transmitida devido à precarização do saneamento básico da época. Estima-se que a peste tenha resultado em 200 milhões de mortes e, embora tenha atingido o pico epidemiológico no século XIV, casos e epidemias provenientes da bactéria ainda são relatados até os dias atuais (DO NASCIMENTO; DA SILVA, 2013).

Já no século XXI, mais precisamente em 2009, o mundo foi atingido pela primeira grande pandemia do século, dessa vez causada pela mutação do vírus da gripe, a cepa H1N1, que consiste na combinação de diferentes tipos de vírus influenza (SCHWARCZ, 2020). A infecção causada pelo vírus oportunizou o aumento de quadros de pneumonias bacterianas, sinusites agudas e, em sua forma mais grave, doenças cardíacas e pulmonares crônicas, levando 18,6 milhões de pessoas a óbito (RIEDER; EIFLER; VIANA, 2022). Dez anos após o surto de H1N1, o mundo vivenciou novamente um cenário pandêmico, uma crise de saúde global que, até o momento, é considerada a maior pandemia do século, tendo como agente patógeno o vírus pertencente à família dos coronavírus, o SARS-CoV-2 (Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2) (VARGAS; LAWALL, 2020).

A pandemia foi nomeada de COVID-19, onde COVID refere-se à cepa Corona Vírus Disease (causadora da doença), e o número 19 ao ano de 2019, quando houve o primeiro caso notificado da doença (DE SOUZA et al., 2020). O primeiro caso registrado ocorreu na província chinesa de Hubei, mais especificamente no mercado de frutos do mar e animais da cidade de Wuhan (FRANCO; OLIVEIRA, 2020). Durante o período, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou a região sobre um surto de pneumonia local e, após alguns meses de estudo sobre a razão do aumento significativo no número de crises respiratórias, ocorreu a identificação do agente etiológico. O crescente e descontrolado número de óbitos relacionados ao vírus recém-identificado fez com que a OMS emitisse um alerta global sobre a crise de saúde que se instalava em 11 de março de 2020 (ROSA, 2016).

O termo “pandemia” refere-se ao aumento desmedido de casos patológicos, com ocorrência em ampla e densa área geográfica (ADORNO, 2020). Para se caracterizar como uma doença pandêmica, ela deve ter a capacidade de se espalhar rapidamente, possuindo o potencial de contaminar um grande número de indivíduos (FREIRE et al., 2021). Mundialmente, a pandemia da COVID-19 causou cerca de 6,28 milhões de mortes dentro de um total médio de 670 milhões de casos, sendo que apenas no Brasil, o total de casos equivale a 36,8 milhões (ESQUIVEL, 2022). Ao todo, no Brasil houve cerca de 697 mil óbitos notificados, dos quais 71% correspondem a idosos (ORELLANA et al, 2022).

A COVID-19 é uma infecção pulmonar grave que pode causar principalmente dispneia (desconforto respiratório) através de pressão ou dor contínua na região torácica, o que propicia a diminuição da saturação de oxigênio no organismo (DE SOUZA; DE MEDEIROS FILHO; DE SOUSA, 2020). A doença pode manifestar-se de diversas maneiras, causando sintomas leves e moderados, como febre e tosse controladas, ou sintomas graves críticos, que vão desde insuficiência respiratória até a falência respiratória total (BARBOSA; SILVA, 2022).

Dentre os grupos considerados de risco para o desenvolvimento da forma grave da doença, encontra-se a população com idade de 60 anos ou mais, como verificado no estudo de BRANDÃO et al. (2020). A associação entre a idade mais avançada e o desenvolvimento crítico da doença ocorre como consequência do enfraquecimento do sistema imunológico e anti-inflamatório, impedindo o organismo de combater eficientemente as altas “enxurradas” de toxinas e citocinas provocadas pela presença do vírus no organismo. Assim, essa parcela da população tende a desenvolver infecções de maneira mais vigorosa (DE CARVALHO, 2021). O estudo preditivo baseado em três metodologias matemáticas distintas, elaborado por Martins et al. (2020), apontou que o número total de óbitos provenientes da pandemia em todos os cenários propostos na investigação foi superior entre os idosos, sendo que a probabilidade de óbito entre indivíduos na faixa etária de 70 a 79 anos foi o dobro em relação à faixa de 60 a 69 anos.

Além dos sintomas e implicações que a COVID-19 causa à saúde no momento da infecção ou da presença do vírus no organismo, a doença deixa como sequela determinadas sequelas, principalmente em pacientes do grupo de risco (ALMEIDA FILHO, 2020). Dentre os resultados, os infectados podem desenvolver fibrose pulmonar e nefrogênica, bronquiolite obliterante, além de um declínio cognitivo, como a perda da memória, dificuldade de atenção, falta de foco, depressão e ansiedade (FREITAS et al., 2022).

Como alternativa para prevenir o desenvolvimento da forma grave da COVID-19, evitando também as sequelas deixadas pela doença e diminuindo a sobrecarga do sistema de saúde, os órgãos governamentais indicaram, durante o período de maior taxa de transmissão do vírus, o isolamento social (LIMA, 2020). O isolamento social pode ocorrer de duas maneiras: de maneira vertical, onde as medidas de isolamento são voltadas somente para os grupos de risco, como no caso de idosos, ou de maneira horizontal, onde há a imposição de regras de distanciamento que abrangem a população como um todo, como, por exemplo, a restrição de circulação de indivíduos em serviços considerados não essenciais (SCHUCHMANN et al., 2020).

A medida do isolamento vertical surgiu como resposta à crise econômica global que se mostrava iminente, entretanto, tal medida manifestou-se como completamente ineficaz. Uma vez que isolar somente aqueles indivíduos com certa comorbidade ou idade mais avançada não diminuiu o desenvolvimento de casos mais graves da doença, ao contrário, com a implementação do isolamento vertical, além da crise que já estava instaurada na saúde, deu-se início a uma nova grande emergência, dessa vez de natureza psiquiátrica, uma vez que os sujeitos pertencentes aos grupos de risco passaram a se considerar insuficientes socialmente em relação àqueles que não se encaixavam em tais conjuntos (MAIA; DIAS. 2020).

Segundo estimativas da OMS, o primeiro ano de pandemia provocou um aumento de 25% na prevalência global de ansiedade e depressão (MOCELIN; ALVES FILHO, 2022). Os transtornos de humor, principalmente a depressão, são mais comuns em indivíduos com mais de 60 anos, em decorrência da diminuição de energia e da limitação que ela provoca. Um fator a ser considerado em relação ao isolamento social de idosos é a suscetibilidade que esses indivíduos possuem de desenvolver tais problemas de saúde mental. Em uma análise comparativa realizada por GLÓRIA et al. (2022), os pesquisadores dividiram dois grupos de idosos: os que realizaram o isolamento social e os que não realizaram. Como conclusão, evidenciou-se que 88% dos idosos participantes do estudo que praticaram o isolamento total desenvolveram sintomas indicativos de depressão, enquanto essa taxa não passou de 10% entre os indivíduos que não praticaram. Além da própria saúde mental dessa parcela da população, outros fatores, como apontado por STELLA et al. (2002), surgem como causas do estresse agravado pelo isolamento, como o desenvolvimento de distúrbios neurocognitivos, principalmente em pacientes que já tenham a pré-disposição genética, como no caso do Alzheimer.

A depressão não possui uma causa específica. Ela provém de uma série de fatores biológicos, sociais e psicológicos que, quando existentes em agrupamento, acarretam no quadro final (VIANA; DE LIMA SILVA; DE LIMA, 2020). Em idosos, os fatores que desencadeiam crises depressivas relacionam-se a problemas resultantes da própria terceira idade, dentre esses: a perda do papel social em função da aposentadoria, o afastamento da família, o falecimento do cônjuge e de entes queridos, assim como a própria solidão vivenciada por muitos idosos (VÖLZ et al., 2021)

Como seguimento da depressão em idosos, essa população etária, principalmente aqueles que já possuem alguma comorbidade, tende a ver o agravamento de outras doenças físicas. Isso ocorre porque a enfermidade, além de todo seu papel na indisposição e tristeza crônica provocada pela baixa hormonal de neurotransmissores relacionados à felicidade e prazer (endorfina, serotonina e melatonina), desencadeia uma diminuição da ação do sistema imunológico (BARROSO et al., 2018). A partir da diminuição dos agentes responsáveis pela defesa do corpo humano, o indivíduo torna-se propício a desenvolver problemas de saúde (DE LIMA; DE LIMA; DANTAS, 2020).

No dia 17 de janeiro de 2021, o Brasil deu um passo importantíssimo em direção à erradicação da COVID-19 (MIRANDA; MARTINS, 2021). Nessa data, ocorreu a primeira aplicação de vacina contra o SARS-CoV-2. O desenvolvimento de vacinas e a imposição da obrigatoriedade da imunização contra a COVID-19 possibilitaram a flexibilização das normas vigentes de isolamento social, tornando a medida opcional e não mais obrigatória. Entretanto, os impactos causados pelo período de isolamento social ainda persistem na sociedade, especialmente entre os idosos, uma vez que com a redução das medidas de distanciamento, essas pessoas voltaram a se envolver em atividades sociais (LEAL, 2022). Diante disso, o presente estudo teve como pergunta norteadora: “Como a pandemia afetou e continua afetando a saúde mental dos idosos?”. Além de examinar o impacto do isolamento social na saúde mental dos idosos, o estudo caracterizou o perfil sociodemográfico da população amostral e avaliou o grau de autonomia e funcionalidade dos idosos afetados pela depressão decorrente do isolamento social.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Depressão

A afetividade humana é composta por uma combinação de estados emocionais e sentimentais, como a sensação de satisfação, tristeza, alegria e prazer. Qualquer circunstância que altere o ambiente familiar comum do ser humano pode levar a um desequilíbrio emocional (DA SILVA PINHEIRO, 2022). Essas alterações podem resultar em mudanças positivas, como a felicidade, ou negativas, como o surgimento de crises depressivas (BOTEGA, 2022).

A depressão é classificada como uma psicopatologia que altera o estado afetivo do indivíduo, levando-o a desenvolver tristeza patológica e desânimo excessivo (QUEVEDO, 2018). Vale ressaltar que a tristeza, a falta de motivação, o pessimismo e outras comorbidades emocionais são estados naturais dos seres humanos, decorrentes da própria atividade neurológica (FONSECA, 2021). No entanto, quando esses sintomas são vivenciados de maneira intensa e por períodos prolongados, são classificados como sintomas depressivos (BECK, 2016). De modo geral, esses sentimentos “ruins” servem como alerta para um possível progresso patológico, que, quando intensificado, pode levar os indivíduos a cometerem atos contra a própria vida (DE LIMA et al., 2022).

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu estudo epidemiológico, indicou que mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão. A prevalência da depressão varia de acordo com a idade, gênero e país. Em geral, as mulheres são duas vezes mais propensas do que os homens a ter depressão, devido a questões hormonais e estruturação social. Além disso, é importante ressaltar que a prevalência da depressão varia mundialmente de acordo com diversas circunstâncias, incluindo fatores culturais, ambiente social e acesso a cuidados de saúde mental.

A quantificação do índice de depressão no Brasil representa um grande desafio para os órgãos de saúde e estatística devido a muitos casos não serem diagnosticados, notificados ou relatados. Entretanto, de acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão. Além disso, dados do Ministério da Saúde indicam que em 2019 foram registrados mais de 220 mil casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho, sendo a depressão uma das principais causas, responsável por cerca de 30% dos afastamentos do trabalho no país.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revelou que 7,6% dos brasileiros com 18 anos ou mais relataram ter diagnóstico médico de depressão em algum momento da vida, enquanto 4,2% dos entrevistados afirmaram ter recebido esse diagnóstico nos 12 meses anteriores à pesquisa. A PNS também investigou a prevalência de sintomas depressivos na população e encontrou que 9,3% dos entrevistados apresentaram sintomas de depressão nos 30 dias anteriores à pesquisa. Entre as mulheres, a taxa de sintomas depressivos foi maior do que entre os homens, sendo 11,2% versus 7,2%, respectivamente (STOPA et al., 2020).

A depressão consiste em uma condição complexa e multifatorial, que pode ser influenciada por diversas causas cerebrais, como indicado por SADOCK; SADOCK; RUIZ (2016). Tais condições incluem:

Disfunção nos neurotransmissores: a desregulação dos neurotransmissores, que consistem em substâncias químicas responsáveis por transmitirem sinais entre as células nervosas do cérebro, são um dos principais apontados como propiciadores de crises depressivas. Dentre os neurotransmissores mais estudados no contexto da depressão encontram-se a serotonina, noradrenalina e dopamina.

Alterações nos circuitos cerebrais: considerando que o cérebro possui uma rede de ligações que é responsável por promover a manutenção emocional e comportamental, quaisquer variações nesses circuitos, em especial no córtex pré-frontal e na amígdala, podem contribuir para o desenvolvimento da depressão.

Inflamação: inflamações crônicas podem desempenhar um importante papel no agravamento de crises depressivas, considerando que o cérebro pode ser afetado por moléculas inflamatórias que prejudicam a função cerebral, alterando desse modo, os níveis de neurotransmissores.

Estresse: por sua vez, o estresse crônico pode danificar o hipocampo cerebral, que se configura como uma região do cérebro imprescindível para o aprendizado, para a memória e para a regulação do humor, o que acaba por fim, contribuindo para o desenvolvimento da doença.

Genética: a carga genética também implica no surgimento e desenvolvimento da patologia em indivíduos pré-dispostos, ou seja, pacientes com um histórico familiar no qual há quadros de depressão em parentes próximos, possuem uma maior probabilidade de desenvolver a doença.

Vale ressaltar, ainda, que essas são apenas algumas das causas cerebrais da depressão, uma vez que a doença pode ter uma origem multifatorial, sendo influenciada por uma combinação desses fatores e outros, como traumas emocionais, condições médicas, estilo de vida e outros fatores ambientais (SOUTO,2020).

2.2 Quadros depressivos

Os casos de depressão podem ser divididos de acordo com o tipo de distúrbio que o enfermo vivencia (RAMOS, 2018). Ao todo, são relatados oito tipos de depressão: depressão unipolar, distimia, depressão pós-parto, depressão psicótica, depressão sazonal, depressão consequente de condições médicas, transtorno disfórico pré-menstrual e depressão atípica (Figura 1) (PIFFER; SCHMIDT; JÚNIOR, 2021)

Figura 1: Tipos de quadros depressivos

Fonte: autores, 2023.

A depressão unipolar é comumente nomeada como transtorno depressivo recorrente, ou seja, as crises depressivas podem ocorrer em um único episódio ou em vários ao longo da vida (BENNEMANN, 2022) A depressão unipolar diferencia-se da distimia, que também pode ser chamada de depressão de longa duração, uma vez que implica na convivência entre os pacientes e a doença por longos períodos de tempo, sendo necessário o acompanhamento psiquiátrico e, normalmente, o consumo de medicamentos controlados, como os benzodiazepínicos (SILVA-COSTA; GRIEP; ROTENBERG, 2022).

Por sua vez, as mudanças hormonais que ocorrem no corpo feminino podem acarretar em crises depressivas, como as alterações provenientes do parto e de períodos pré-menstruais (DE SOUZA; D’ARAUJO, 2017). Tais quadros podem tornar-se persistentes e patológicos. A depressão que ocorre no período que sucede o momento do parto é denominada também de depressão pós-parto e acomete cerca de 15% da população feminina (ARRAIS, 2019). Dentre os fatores que promovem o surgimento da depressão pós-parto, como apontado por CORRÊA; SERRALHA (2015), estão a falta de suporte social e emocional que muitas mulheres sofrem após ou durante a gestação, além de fatores sociais, como riscos financeiros e instabilidade profissional.

Outra categoria de depressão que afeta a população feminina ocorre como um agravamento da síndrome pré-menstrual, ou popularmente conhecido como tensão pré-menstrual (TAVARES, 2022). O quadro depressivo decorrente de tal mudança hormonal é denominado de transtorno disfórico pré-menstrual, sendo resultante da baixa de serotonina propiciada pela oscilação de hormônios decorrente do ciclo menstrual feminino (REZENDE et al., 2022).

Um fator que contribui para o desenvolvimento de crises depressivas é a diminuição recorrente da luminosidade, conhecida no meio científico como Transtorno Afetivo Sazonal ou, popularmente, como depressão sazonal (D’INCAO; GASTUD, 2015). Além da variação climática, pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados ou com iluminação fria tendem a desenvolver sintomas depressivos (CAMPOS, 2022).

Embora toda crise depressiva seja uma situação de alerta, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 2014), quando a depressão varia para quadros psicóticos e obsessivos, como ocorre na depressão psicótica e atípica, a patologia torna-se mais extrema. Nesses casos, a anamnese do caso terá que distinguir os sintomas depressivos de outros problemas psiquiátricos, como a bipolaridade e, em situações mais graves, a esquizofrenia.

De maneira geral, a depressão é mais comum em indivíduos que possuem doenças pré-existentes (HAERTEL, 2020). Esse fato é alarmante porque os quadros de depressão podem agravar as comorbidades, devido a fatores comportamentais, como estilo de vida e medicação. CAVALCANTE; MINAYO; MANGA (2013) analisaram seis casos de suicídios indicados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro e apontaram que os episódios ocorreram como consequência do agravamento de crises depressivas em indivíduos com doenças pré-existentes. Os casos relatados no estudo envolveram idosos com adoecimentos físicos, mentais ou com limitações funcionais. Entre eles, os autores destacaram o suicídio cometido por uma idosa com câncer em fase terminal, que desencadeou uma depressão psicótica. É importante destacar que a seleção dos casos foi por conveniência, o que pode limitar a generalização dos resultados.

2.3 Diagnóstico e tratamento da depressão    

O diagnóstico de depressão consiste em um grande dilema na área médica, em decorrência da ausência de um exame laboratorial capaz de detectar com precisão a existência da doença nos pacientes (COSTA, 2020). Desse modo, o diagnóstico de depressão é realizado por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra, psicólogo ou médico clínico geral, por meio da avaliação dos sintomas e do histórico clínico e familiar do paciente. Os critérios de diagnóstico para depressão são estabelecidos pelo American Psychiatric Association (2014). Essas fundamentações incluem: a presença de sintomas como humor deprimido, perda de interesse ou prazer em atividades, alterações no sono e apetite, fadiga, baixa autoestima, dificuldade de concentração e ideação suicida, duração dos sintomas por pelo menos duas semanas e a avaliação se os sintomas causam sofrimento significativo ou prejudicam o funcionamento social, profissional ou pessoal do indivíduo (CAMPOS; FEITOSA, 2018). Ainda, o profissional da saúde pode realizar uma avaliação física e solicitar exames laboratoriais para descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas (MELO, 2022).

Os centros de Atenção Básica no Brasil são encarregados de atender os casos de depressão e de indicar o melhor tratamento (PRANDINI, 2020) Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro assegure o tratamento da doença, essa cobertura pode demorar meses e até anos para iniciar-se. Em consonância com esse fato, DE ALBUQUERQUE et al. (2022), em um estudo transversal descritivo, indicaram que, de um total de 90.846 participantes do estudo de prevalência da depressão, 47,5% dos indivíduos acometidos pela enfermidade utilizam o atendimento psicológico e psiquiátrico de redes privadas, alegando a demora e a dificuldade de conseguir atendimento pelo SUS. Ainda, DE ALBUQUERQUE et al. (2022) apontaram que as mulheres (Figura 2) correspondem ao grupo com maior prevalência da doença, sendo um total de 14,7%.

Figura 2: Dados de prevalência de depressão no Brasil: 2013-2019

Fonte: adaptado de ALBUQUERQUE et al., 2022.

Os dados epidemiológicos de prevalência da doença no Brasil disponibilizados pelo Ministério da Saúde indicam que 15,5% da população brasileira é acometida por algum grau de depressão, sendo que 10,4% são considerados casos graves e preocupantes. Além disso, o órgão de saúde pública apontou que a cada ano cerca de 800 mil brasileiros cometem suicídio como consequência da depressão (ATAIDE, 2021).

O método mais utilizado no combate à depressão é a administração de drogas antidepressivas. Até meados dos anos 80, os medicamentos voltados para o tratamento da depressão dividiam-se em duas categorias: medicamentos tricíclicos (ADTs) e as drogas inibidoras da enzima monoaminoxidase (IMAOs) (JÚNIOR; TREVISAN, 2021). Embora os medicamentos pertencentes a essas duas classes tenham sido um grande avanço no tratamento da doença, eles apresentavam uma certa instabilidade em relação ao mecanismo de ação farmacológico, que não era delimitado ou até mesmo reconhecido, além de possuírem diversos efeitos adversos, principalmente em relação à superdosagem (DELUCIA, 2022).

Com a evolução da psicofarmacologia, RODRIGUES (2020) estima que a cada década surgem novas classes terapêuticas, e a cada avanço, o mecanismo de ação torna-se mais eficaz, seguro e com menos efeitos colaterais. Atualmente, o tratamento da depressão é realizado com a administração de inibidores seletivos (Tabela 1), como os inibidores seletivos de serotonina (ISRS), de serotonina e noradrenalina (IRSN) e de dopamina e norepinefrina (ISRN).

Tabela 1: Classes e exemplos de psicofarmácos

Fonte: adaptado de DRAGIOTI et al., 2019.

Embora existam muitos antidepressivos atualmente, esses medicamentos não possuem uma seletividade exata, como é o caso dos ISRS, que inibem a receptação pré-sináptica da serotonina, mas resultam na resposta orgânica do próprio organismo, que acaba promovendo a produção de uma quantidade maior do hormônio (NASCIMENTO et al., 2022). Como apontado por DRAGIOTI et al. (2019), o constante ajuste e aumento da dosagem de antidepressivos pode acarretar em crises de ansiedade, disfunção sexual e até mesmo crises psicóticas e alucinações.

Os medicamentos antidepressivos são usados para tratar, além da depressão patológica, problemas como ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (ABREU, 2020). No entanto, como acontece com todos os tipos de medicamentos, o consumo desses fármacos implica no possível desenvolvimento de efeitos colaterais. Uma das reações adversas mais comuns associadas aos antidepressivos é a xerostomia, ou boca seca. Isso pode ser um efeito colateral de muitos antidepressivos, incluindo os ISRS e os ISRSNs (KOTHE; BARBOSA, 2022). Outra reação adversa comum é a sonolência, provocada em especial pelos ATCs. Os antidepressivos também podem causar náusea e vômito, ganho de peso, sudorese excessiva, tontura, dor de cabeça e insônia (CORREIA, 2021).

Dado o grande número de Reações Adversas a Medicamentos (RAM) provocadas pelo uso de antidepressivos, nem todos os quadros clínicos exigem a utilização de fármacos que promovam a regulação da atividade química cerebral (SILVA, 2016). Na maioria dos casos, principalmente quando não se trata de uma depressão psicótica ou distimia, tratamentos psicoterapêuticos realizados com profissionais da área da psicologia tendem a reduzir, ou até mesmo eliminar, crises depressivas periódicas ou ocasionais. Além disso, uma grande parcela da população como um todo (depressiva ou não) apresenta aversão ao consumo de medicação, considerando a probabilidade de RAM. CUNHA (2006), ao analisar as razões da adesão ou não adesão farmacológica dos pacientes diagnosticados com depressão em um Centro de Atenção Básica à Saúde na cidade de Uberlândia – MG, apontou que dentre os 915 prontuários disponibilizados no local, 30,7% dos pacientes abandonaram o tratamento, e dentre as principais causas apontadas pelos não adeptos ao tratamento (farmacológico ou psicoterapêutico) tem-se o não reconhecimento da depressão como uma doença, a falta de suporte familiar e o preconceito social em relação ao diagnóstico.

2.4 Isolamento social e depressão

A escassez de um alicerce social pode ser um gatilho para o desenvolvimento crônico da depressão, tornando o tratamento mais difícil. A presença de um suporte social adequado, incluindo o apoio de amigos, familiares ou outros indivíduos, promove a redução do estresse e estimula o aumento do bem-estar emocional (ARAÚJO et al., 2006). Por outro lado, a ausência desse amparo tende a gerar sentimentos de solidão e isolamento. Além disso, a falta de suporte pode limitar o acesso a recursos e tratamentos para a depressão, como terapias, medicamentos e outras formas de intervenção (RODRIGUES, 2018).

A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, apresentou desafios consideráveis para a sociedade em todo o mundo. Entre as estratégias adotadas para conter a disseminação do vírus, a mais recomendada pelos profissionais epidemiológicos foi o isolamento social, que consiste em uma medida que restringe atividades e reduz o contato físico entre as pessoas (PEREIRA et al., 2020). Essa medida foi adotada durante os períodos mais críticos da pandemia, uma vez que o SARS-CoV-2 é altamente contagioso e pode ser transmitido de pessoa para pessoa por meio do contato físico e de partículas expelidas pela boca e nariz durante fala, tosse ou espirro. Ao reduzir o contato físico, é possível reduzir a disseminação do vírus e a sobrecarga no sistema de saúde (DA SILVA et al., 2022).

Embora seja uma excelente medida para evitar a disseminação de doenças potencialmente pandêmicas, o isolamento social também tem efeitos negativos, tanto do ponto de vista social quanto econômico (SOARES; ORAIR, 2021). Durante o isolamento experimentado a partir de meados de 2020, muitos indivíduos tiveram que interromper suas atividades profissionais e comerciais, o que provocou uma grande recessão econômica em diversos países (PASSOS, 2020). Além disso, o isolamento social teve um impacto extremamente negativo na saúde mental, especialmente na população idosa, que consiste em uma parcela populacional já fragilizada em decorrência de razões relacionadas à perda da função social (PORTES, 2020).

Portanto, o isolamento social evidencia-se como um fator agravante para a depressão, uma vez que promove a sensação de solidão, que equivale ao sentimento de estar sozinho mesmo quando cercado por outras pessoas (RIBEIRO et al., 2020). A solidão decorrente do isolamento social é particularmente comum em idosos e pessoas que vivem sozinhas, uma vez que esses sujeitos se tornam, em sua maioria, privados de atividades sociais, como festas e encontros, o que pode agravar a depressão e aumentar o risco de problemas de saúde física e mental (ESSLIN, 2018).

Afim de definir parâmetros para avaliar o impacto do isolamento social em idosos, SANTOS; BRANDÃO; ARAÚJO (2020), definiram métricas e sugestões de intervenções a serem consideradas quando tenciona-se avaliar tais quadros, dentre essas:

A avaliação da saúde mental por meio de escalas de avaliação de depressão, ansiedade e bem-estar subjetivo.

A análise do funcionamento cognitivo através da aplicação de testes de memória, atenção, linguagem e habilidades visuais-espaciais.

A aferição da saúde física executando-se de medidas de aptidão física, como força muscular, equilíbrio e flexibilidade.

Verificação da qualidade de vida por intermédio de questionários de avaliação da qualidade de vida, que abrangem áreas como saúde, bem-estar emocional, socialização e atividades de lazer.

O estudo conduzido por Fhon et al. (2022) propôs avaliar a prevalência de sintomas depressivos durante a pandemia em idosos da cidade de São Paulo, além de identificar os fatores associados à depressão. Os resultados demonstraram que a prevalência de sintomas depressivos foi de 48,2%, sendo que a população representada pelo sexo feminino apresentou uma porcentagem maior em comparação à população masculina. Além disso, os idosos com mais de 80 anos e aqueles que viviam sozinhos também apresentaram uma maior prevalência de sintomas depressivos. Dentre os fatores associados aos sintomas, os autores indicaram que os idosos que já possuíam doenças crônicas, percepção negativa da própria saúde, vivenciavam o sentimento de solidão e medo de infecção pela Covid-19 foram mais suscetíveis ao desenvolvimento da patologia. Por fim, Fhon et al. (2022) salientaram a importância de considerar os fatores associados a crises depressivas em idosos e ter sempre em mente ideias de implementação de intervenções preventivas e tratamentos adequados para a saúde mental.

2.5 Pandemia da COVID-19 e prevalência da depressão em idosos

A pandemia da COVID-19 trouxe uma série de desafios e mudanças significativas na vida das pessoas, especialmente para os idosos, que são considerados grupo de risco para a doença mais grave (ROSA et al., 2022). Além dos riscos físicos, a pandemia também afetou a saúde mental dessa população, aumentando o risco de depressão e outros transtornos psicológicos, e gerando uma nova crise de saúde global (DOS SANTOS et al., 2022).

Os idosos são considerados um grupo de risco devido ao próprio envelhecimento do organismo. Com isso, ao longo da vida, o sistema imunológico tende a enfraquecer, tornando esse grupo mais vulnerável a doenças infecciosas e crônicas (MATERKO; FERNANDES; DE VASCONCELOS, 2020). Isso implica diretamente em maior susceptibilidade ao agravamento de infecções, incluindo pneumonia e insuficiência respiratória, além de outras condições de saúde, como doenças cardíacas, diabetes e câncer (ARAUJO; DE FIGUEIREDO, 2021). Além disso, muitos idosos têm uma ou mais condições médicas crônicas que podem comprometer sua saúde, limitando, assim, a capacidade de uma recuperação rápida. Tal situação inclui doenças pulmonares, cardíacas, problemas renais, etc. Devido a esses fatores, os idosos correm maior risco de desenvolver complicações graves e potencialmente fatais de muitas doenças, incluindo a COVID-19, que se tornou particularmente perigosa para esse grupo etário (VERAS et al. 2019).

Dentre as principais mudanças relacionadas ao estilo de vida dos idosos, resultantes da COVID-19, pode-se citar o isolamento social, já que foi recomendado a essa parcela da população permanecer em suas casas, afim de evitar o contato com terceiros e, assim, reduzir o risco de infecção por COVID-19 (SOUSA; MONTEIRO, 2022). Considerando a indicação do isolamento, houve também uma drástica mudança em relação às rotinas dos idosos, que foram afetadas em virtude das restrições impostas para o controle da pandemia, como o fechamento de centros de atividades, lojas e outros locais públicos (MACHADO, 2021). Outro ponto agravante da depressão e que promoveu a mudança na vivência dos idosos e de toda população durante os períodos mais críticos da pandemia, diz respeito ao acesso aos serviços de saúde, que foi afetado pelas restrições ou pelo medo de infecção. Além dessas modificações, pode-se apontar ainda a perda de emprego ou renda, gerando insegurança financeira, além do aumento da dependência de familiares (MONTENEGRO et al., 2021).

A depressão em idosos é frequentemente subdiagnosticada e subtratada, o que aumenta o risco de doenças físicas e declínio cognitivo. Isso foi demonstrado em um estudo conduzido por MENDES-CHILOFF (2006), que investigou a prevalência de declínio cognitivo em idosos com sintomas depressivos. O autor selecionou 72 pacientes idosos hospitalizados em um hospital de ensino, com idade média de 78 anos. Os resultados mostraram que a prevalência do declínio cognitivo relacionado aos sintomas depressivos foi de 63,9%. Isso destaca a importância de avaliar cuidadosamente a saúde mental e cognitiva dos pacientes idosos hospitalizados e a necessidade de intervenções adequadas para melhorar sua qualidade de vida.

Os sintomas de depressão em idosos podem ser diferentes dos sintomas em pessoas mais jovens. Ao invés de tristeza constante, os idosos podem apresentar perda de interesse em atividades que antes gostavam de praticar, insônia, falta de energia, dificuldade de concentração, sentimento de inutilidade, culpa, perda de apetite ou excesso de alimentação, irritabilidade e pensamentos de morte ou suicídio (FREITAS; BARBOSA, 2016). Além da ampla variedade de sintomas, diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da depressão em idosos, como perda de entes queridos, doenças crônicas, isolamento social, solidão, aposentadoria e declínio cognitivo (CORRÊA et al., 2020). O tratamento da depressão em idosos é semelhante ao tratamento em outras faixas etárias, mas alguns fatores específicos devem ser considerados. O primeiro passo é realizar uma avaliação médica completa para determinar se a depressão é causada por uma condição médica subjacente, como problemas de tireoide ou deficiências nutricionais. Se houver uma condição médica subjacente, tratá-la pode ajudar a aliviar os sintomas depressivos (MACHADO et al., 2016).

O segundo ponto a ser avaliado deve ser a possibilidade de o tratamento envolver a combinação entre terapia e medicamentos. A terapia pode ajudar os idosos a lidar com problemas emocionais que podem contribuir para o agravamento da depressão (CIASCA, 2017). A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma forma de terapia que pode ser particularmente útil para idosos, pois ajuda a mudar padrões de pensamento e comportamentos negativos (WRIGHT, 2018). Por sua vez, os medicamentos antidepressivos também podem ser prescritos para tratar a depressão em idosos (QUEMEL et al., 2021). Entretanto, vale ressaltar que idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais dos antidepressivos, portanto é necessário monitorar de perto qualquer RAM (REA; BITTENCOURT, 2022). Além disso, os antidepressivos podem interagir com outros medicamentos que os idosos podem estar tomando. Desse modo, é importante que o médico esteja ciente de toda a lista de medicamentos do paciente (VIEIRA; SILVA; DE LIMA, 2018). Além do tratamento com intervenção médica e farmacológica, existem tratamentos alternativos que possibilitam a redução de sintomas depressivos, como a prática de exercícios físicos regulares, além da participação em atividades sociais e comunitárias (BARBOSA, 2020). É essencial incentivar os idosos a manterem uma dieta saudável e equilibrada, evitando o consumo excessivo de álcool e outras substâncias (CRUZ, 2016). Em suma, é fundamental que a depressão em idosos seja reconhecida e tratada precocemente, uma vez que o tratamento e o diagnóstico prematuro implicam diretamente na melhora da qualidade de vida e na redução de potenciais riscos de complicações físicas e mentais (ABRAMOFF, 2017).

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo (BORDALO, 2006). Para a realização da mesma, as etapas metodológicas foram divididas em duas partes. A primeira integrou-se acerca da delimitação do local de pesquisa e da população amostral. A segunda, por sua vez, compreendeu-se aos procedimentos de coletas e análises de dados.

Vale ressaltar que o projeto contou com a aprovação através de um parecer positivo (ANEXO A) do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário UNINOVAFAPI, que por sua vez corresponde a entidade de natureza técnico-científica, vinculada ao Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Destaca-se ainda, que todos os participantes da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A) (CASTRO et al., 2020).

3.1 Delimitação do local e população amostral da pesquisa.

A coleta do dados foi realizada integralmente no Centro Integrado de Saúde (CIS) do Centro Universitário UNINOVAFAPI, localizado na Rua Vitorino Orthiges Fernandes, nº 6123 – Bairro Uruguai, Teresina – PI.

Afim de delimitar-se a população amostral, foram definidos critérios de inclusão e exclusão, como pode ser observado na Figura 3.

Figura 3: Critérios de inclusão e exclusão

Fonte: autores, 2023.

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão na população pré-selecionada, definiu-se o tamanho da amostra por meio da efetuação do cálulo de delimitação populacional (Equação 1). Para isso, considerou-se o grau de confiança igual a 95%, tendo uma margem de erro de 5%, e um tamanho populacional geral igual a 238 individuos. Desse modo, determinou-se que o tamanho amostral igual 103 participantes aptos a integrarem o estudo (Equação 2).

3.2 Coleta e análise de dados

Os participantes do estudo, enquanto agurdavam na sala de espera ambulatórial do CIS, foram convidados de maneira individual a uma sala privativa. A abordagem ocorreu de forma ética e organizada, de modo que o participante não fosse prejudicado de seu  atendimento. O acompanhante, quando houve, também foi convidado a acompanhá-lo. Após coleta, tabulou-se os dados e realizou-se a análise estatitica dos mesmo por meio do Software estatistico OriginPro®, viabilizando assim a avaliação, coleta, gerenciamento e análise de dados    (CAMP et al., 2018).

3.2.1 Mini Exame De Estado Mental

Inicialmente, afim avaliar se todos os indivíduos disponíveis a integrar a pesquisa, enquadravam-se no screaming do estudo, aplicou-se o Mini Exame de Estado Mental, que por sua vez consiste em uma avaliação subdivida em 5 etapas: orientação, memória imediata, atenção e cálculo, evocação e linguagem. Aa soma de cada etapa do teste integra 30 pontos, onde as pontuações variantes de 25 a mais são considerados como quadros normais, de 21 a 24, perda cognitiva leve, entre 10 a 20 perda cognitiva moderada e menor ou igual a 9, configura-se como uma perda cognitiva grave (ANEXO B).

3.2.2 Perfil sociodemográfico dos participantes

O perfil sociodemográfico dos participantes do estudo foram realizados através de um questionário estruturado em duas partes. A primeira parte do questionário dividiu-se em 5 perguntas, que corresponderam a identificação do sexo, idade, naturalidade, estado civil e grau de escolaridade (APÊNDICE B).

3.2.3 Grau de autonomia e funcionalidade

Para determinação da independência diante ações básicas da vida cotidiana dos indivíduos participantes do estudo, aplicou-se dois testes: Escala de Katz (ANEXO C) e a Escala de Lawton (ANEXO D).

A Escala de Katz atribui uma pontuação de 0 a 6 para cada atividade avaliada, sendo: tomar banho, vestir-se, higiene pessoal, transferência, continência e alimentação. A soma das pontuações de todas as atividades resulta em um score total que indica o nível de independência funcional do indivíduo.

Por sua vez, a Escala de Lawton, avalia o nível de independência funcional em atividades mais complexas, como cozinhar, limpar a casa, fazer compras, gerenciar dinheiro e usar o telefone. A escala considera o grau de independência do indivíduo com uma pontuação que varia de 0 a 8, e a soma dessas pontuações resulta em um score total.

3.2.4 Avaliação do grau de depressão

Para avaliar o grau de depressão em idosos provenientes da COVID-19, julgou-se o resultado obtido por intermédio da aplicação da segunda etapa do questionário sociodemográfico (APÊNDICE B) e da Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale – GDS-15), que por sua vez, consiste em um instrumento utilizado para triagem, diagnóstico e avaliação de depressão em idosos (ANEXO E).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Perfil sociodemográfico dos participantes e Mini Exame De Estado Mental

O Mini Exame de Estado Mental apontou que nenhum participante da pesquisa apresentou uma demência cognitiva considerada grave. A maior parte da população a qual o teste foi aplicado, 69,9%, apresentou um score total variando de 25 a 30, como pode ser visto na Figura 4.

Figura 4: Resultado do Mini Exame de Estado Mental (MEEM)

Fonte: autores, 2023.

Score: perda cognitiva grave: <9; perda cognitiva moderada: 10-20; perda cognitiva leve: 21-24; cognição normal: >24.

Para uma melhor compreensão dos dados obtidos por meio do questionário sociodemográfico, o mesmo foi dividido em duas partes. A primeira teve como objetivo caracterizar o perfil da amostra, enquanto a segunda definiu as circunstâncias agravadoras de síndromes depressivas em termos percentuais. A amostra analisada foi composta por um total de 103 idosos frequentadores do CIS-UNINOVAFAPI. Dentre esses, 62,1% correspondiam ao público feminino e 43,69% estavam na faixa etária de 70 a 79 anos. Além disso, a maioria era casada (51,5%) e possuía apenas ensino fundamental completo (57,28%). Foi observado também que a maior parte dos participantes (51,46%) eram idosos naturalizados em outros municípios do estado do Piauí, fora da capital Teresina, como José de Freitas, Altos, Luzilândia, Piripiri, Barras, Campo Maior, Santa Cruz do Piauí, Oeiras, Inhuma e Parnaíba (Tabela 2).

Tabela 2: Caracterização do perfil amostral por intermédio do questionário sociodemográfico

4.2 Grau de autonomia e funcionalidade

A independência pessoal, financeira e social é um aspecto fundamental para a saúde dos idosos, uma vez que as habilidades cognitivas e motoras tendem a diminuir naturalmente com o envelhecimento. À medida que a autonomia e a funcionalidade tornam-se mais difíceis de serem asseguradas, pode ocorrer um agravamento dos sintomas depressivos (HAMMERSCHMIDT, 2020). Nesse sentido, a avaliação e quantificação do grau de autonomia é crucial e foi obtida no presente estudo por meio da aplicação da Escala de Katz e da Escala de Lawton. Essas escalas são instrumentos avaliativos que definem as atividades da vida diária (AVDs) e promovem a determinação do nível de independência funcional de indivíduos idosos ou em recuperação de doenças ou lesões. Embora as escalas avaliem a capacidade do indivíduo de realizar as AVDs, elas diferem em sua abordagem e estrutura, sendo escalas complementares (MARTINS, 2018).

A Escala de Katz avalia seis AVDs básicas, como a independência no ato de banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação. Dentre os 103 idosos participantes do presente estudo, apenas 1,9% apresentou um grau de dependência importante, e como pode ser observado na Figura 4, a maioria, totalizando 87,4%, apresentou pontuação 6, indicando um elevado grau de independência.

Figura 5: Resultado da aplicação da escala de Katz (%)

Fonte: autores, 2023.

Resultados semelhantes a estes foram encontrados por SILVA; GOMES; CHAVES (2022), os quais avaliaram o grau de independência de 20 idosos sobreviventes da COVID-19. Verificou-se que o percentual de autonomia nos seis pontos indicados pela escala de Katz foi de 85%, enquanto 15% apresentaram dependência apenas em relação à continência, o que, por sua vez, é uma circunstância comum, visto as alterações físicas decorrentes do envelhecimento.

Considerando a população amostral analisada e a aplicação da Escala de Lawton, o score total variou de 0 a 27, sendo que 0 representa um nível de dependência grave, enquanto 27 representa um nível de independência total. Como pode ser observado na Figura 5, apenas 2 indivíduos apresentaram um nível de dependência grave, enquanto 5 apresentaram uma dependência parcial (10-18). O maior quantitativo da população amostral, correspondente a 97 indivíduos, demonstrou um elevado nível de independência, com scores totais variando de 19 (1 indivíduo) a 27 (60 indivíduos).

Figura 6: Resultado da aplicação da escala de Lawton

Fonte: autores, 2023.

Score: dependente: <9; dependente parcial: 10-18; totalmente independente: 19-27.

DINIZ et al. (2018), ao avaliarem a capacidade funcional de 90 idosos subdivididos em ativos (46 integrantes) e inativos (44 indivíduos), constataram a importância da atividade física na independência da população idosa. Como resultado, os autores indicaram que dos 46 idosos ativos, 37 indicaram um score equivalente à independência total e, nesse mesmo grupo, nenhum integrante da pesquisa apontou dependência severa (score = 0) segundo a Escala de Lawton. Em contrapartida, dos idosos inativos, 4 apresentaram um grau de dependência severa, enquanto apenas 24 apontaram independência.

4.3 Avaliação do grau de depressão

Existem pontos cruciais que devem ser avaliados afim de descrever fatores agravantes para quadros depressivos, dentre tais condições, é essencial avaliar o papel social que o paciente possui, como a ocupação profissional ou atividades diárias, que promovem pôr fim a prevenção da depressão e da ansiedade, além de aumentar a sociabilidade de tais indivíduos. O engajamento em atividades pode proporcionar um senso de propósito e significado na vida do idoso, o que resulta em uma melhora significativa no bem-estar emocional. Diante desse fato, 46,6% do público estudado indicou ainda desempenhar ocupações profissionais, como no magistério e na agricultura, enquanto 46,5% apontou a prática diária de exercícios físicos (Tabela 3).

Tabela 3: Circunstâncias agravadoras de síndromes depressivas (%) por intermédio do questionário sociodemográfico

Como consequência da pandemia da COVID-19, a avaliação dos casos relatados da doença tornou-se um fator a ser considerado para validar os quadros de depressão. Dos 103 idosos participantes da pesquisa, 67 relataram ter contraído a COVID-19 durante os anos de 2020 e 2021, correspondendo a 65% do público total. Além disso, é importante ressaltar que 53,4% dos participantes perderam algum ente querido ou pessoa próxima durante a crise de saúde (Tabela 3). Como resultado da COVID-19 e do isolamento social proveniente da doença, a prática contribuiu para a manifestação do sentimento de solidão. Esse fato foi evidenciado, considerando que 77,7% da população estudada relatou ter convivido com a sensação de abandono, ansiedade e tristeza durante a pandemia. Além disso, 54,4% da amostra apontou que observaram alterações na saúde mental após o período pandêmico (Tabela 3).

Um fato importante observado durante a aplicação do questionário sociodemográfico foi que 84,5% dos idosos alegaram possuir acompanhamento psiquiátrico ou psicológico e 46,6% indicaram utilizar medicamentos psicofarmácos (Tabela 3). Tal circunstância torna-se de extrema relevância, considerando o estigma e a aceitação, principalmente pelo público idoso, acerca das síndromes mentais, em especial a depressão.

A aplicação da Escala de Depressão (GDS) indicou que a taxa de prevalência de depressão entre os idosos foi relativamente baixa. A escala consiste em um exame preliminar de rastreamento de quadros indicativos de depressão em idosos, que são posteriormente indicados a profissionais da saúde mental para realização do diagnóstico final. Dos participantes, 75,73% tiveram pontuações normais, indicando ausência de sintomas depressivos, e 24,27% apresentaram depressões leves, com pontuações de 6 a 10, como pode ser observado na Figura 6.

Figura 7: Resultado da aplicação da escala de Depressão Geriátrica (GDS)

Fonte: autores, 2023.

Pontuação: 0-5: normal; 6-10: depressão leve; 11-15: depressão severa.

5 CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo forneceram informações importantes sobre o perfil sociodemográfico dos idosos frequentadores do CIS-UNINOVAFAPI e as circunstâncias agravadoras de síndromes depressivas entre eles. O impacto negativo da pandemia da COVID-19 na saúde mental dos idosos foi evidente, com uma alta proporção relatando sentimentos de solidão, abandono, ansiedade e tristeza durante o período. No entanto, a taxa de prevalência de depressão entre os idosos foi relativamente baixa, o que pode ser atribuído ao acompanhamento psiquiátrico ou psicológico adequado recebido pela maioria do público analisado. Diante disso, os achados desse estudo enfatizam a importância de se investir em políticas públicas e ações direcionadas à saúde mental dos idosos, especialmente em momentos de crise, como durante a pandemia da COVID-19, para prevenir e tratar problemas de saúde mental em grupos vulneráveis, como os idosos

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APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ECLARECIDO

Prezado participante,

O (a) senhor (a) está sendo convidado (a) a participar dessa pesquisa com o titulo ‘’ o impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos idosos’’ que está sendo desenvolvida como trabalho de conclusão de curso de medicina do Centro Universitário Uninovafapi dos pesquisadores Laio Santana Passos, Andressa Vieira Magalhães, Isadora Carvalho Marques e Anna Victória Leal Pinheiro Mendes

O trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da pandemia e do consequente isolamento social na saúde mental da população idosa, principalmente, em relação a quadros depressivos.

O convite a sua participação se deve á colaboração para responder um questionário sociodemográfico que irá envolver uma amostra representativa de pessoas a partir de 60 anos que estejam neste momento numa instituição sobre o determinado tema. O tempo de duração da entrevista é de aproximadamente trinta (30) minutos e do questionário aproximadamente vinte (20) minutos.

A entrevista será realizada em uma sala privativa durante a espera pelo atendimento, para que assim não tenha seu tempo despendido e não tenha prejuízos em sua consulta. Na ocasião, o acompanhante também será convidado a participar.

Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas pelos pesquisadores responsáveis. Qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da pesquisa.

Os benefícios desse estudo serão de averiguação e intervenção médica com a população idosa, de forma que possibilite o reconhecimento da patologia psiquiátrica, identificando suas causas e possíveis formas de resolução. Além de contribuir com a base de dados atual relacionada com os impactos ocasionados pela pandemia de Covid-19 nos idosos.

Os riscos dessa pesquisa são de ordem psicológica, como desconforto e constrangimento que os pacientes podem sentir ao responder os questionários e medo de divulgação de qualquer dado que possa identifica-lo. Para minimizar esses riscos, o pesquisador oferecerá orientações e esclarecimento de possíveis duvidas utilizando o dialogo como recurso e fará a identificação dos questionários por números. Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador. O (a) senhor (a) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.

Ressalta-se que os participantes da pesquisa, que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do direito a assistência integral, tem direito a indenização, conforme itens III.2.0,IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12.

Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.

Os pesquisadores estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em qualquer etapa da pesquisa, através dos contatos: Laio Santana Passos- endereço: Quadra 3, bloco 8, apartamento 102, bairro Tancredo Neves, Teresina-PI; CEP 64076-085; telefone: (86) 999902281; e-mail: laiosp18@gmail.com; Centro Universitário Uninovafapi- Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123, Uruguai, Teresina-PI; CEP 64073-505. Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 – Teresina – Piauí, Tel – (086) 2106-0738, e-mail: cep@uninovafapi.edu.br. O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade.

O presente documento será assinado pelos pesquisadores e pelo participante em 02 (duas) vias, sendo uma delas do participante e a outra dos pesquisadores. Todas as páginas do presente termo serão rubricadas pelos pesquisadores e pelo participante.

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi uma via deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo.

Declaro que li e concordoo com os termos acima,

Teresina, _________ de  _____________ de ____________

_________________________________________.

Assinatura do participante ou responsável legal

APÊNDICE B

QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DOS PESQUISADORES

ANEXO B

MINIEXAME DE ENSAIO MENTAL

ANEXO C

ESCALA DE KATZ

ANEXO D

ESCALA DE LAWTON

ANEXO E

ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA (Geriatric Depression Scale – GDS 15)


¹Discente do curso Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI.
²Orientador.
³Co-orientador.