REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410242326
Andrey Dos Santos Duarte
Betânia Portilho Miranda
Eduardo Gaia Leão
Maria Belmira Brito Moura
Maria Benedita Furtado
Odilene Novaes Dos Santos
Orientadora: Prof.ª Derlane Gaia Barroso Nascimento
RESUMO
O Novo Coronavírus SARS-CoV-2 é o causador da COVID-19, que é uma doença infectocontagiosa com quadro clínico variável abrangendo desde casos assintomáticos até casos sintomáticos graves. Este trabalho tem como objetivo geral: identificar os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem e como objetivos específicos: Conhecer os motivos que impactaram a saúde mental dos acadêmicos de enfermagem; Descrever o perfil dos discentes de enfermagem como: idade, sexo, semestre de estudo; Avaliar de que forma os acadêmicos buscaram superar tais problemáticas; O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a partir de fontes secundárias, a fim de agrupar e sintetizar informações disponíveis em bases de dados eletrônicos, para esclarecimento de lacunas sobre o tema. Com essa pesquisa identificou-se que muitos foram os impactos como medo, insônia, dor não identificada, ansiedade, depressão e tristeza. A covid-19 desencadeou problemáticas sérias de saúde mental na população acadêmica de enfermagem, tem-se a perspectiva que o isolamento social foi o fator principal para tais adoecimentos dos discentes no ensino superior.
Palavra-Chave: Pandemia da Covid-19; Estudantes de enfermagem; Impactos na saúde; Saúde Mental.
ABSTRACT
The New Coronavírus SARS-CoV-2 is the cause of COVID-19, which is an infectious disease with a variable clinical picture ranging from asymptomatic cases to severe symptomatic cases. This work has the general objective: to identify the impacts of the Covid-19 pandemic on the mental health of nursing students and the specific objectives: To know the reasons that impacted the mental health of nursing students; Describe the profile of nursing students such as: age, gender, semester of study; Evaluate how academics sought to overcome such problems; The present study is an integrative review of the literature, based on secondary sources, in order to group and synthesize information available in electronic databases, to clarify gaps on the topic. With this research, it was identified that there were many impacts such as fear, insomnia, unidentified pain, anxiety, depression and sadness. Covid-19 triggered serious mental health problems in the academic nursing population, it is believed that social isolation was the main factor in such illnesses among students in higher education.
Keyword: Covid-19 Pandemic; Nursing students; Health impacts; mental health.
1 INTRODUÇÃO
- Tema em estudo
O Coronavírus é um vírus zoonótico, um RNA vírus da ordem Nidovirales, da família Coronaviridae. Sobre esta, que é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, os quais foram isolados pela primeira vez em 1937 e descritos como tal em 1965 os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são: alfa coronavírus HCoV-229E e alfa coronavírus HCoV-NL63, beta coronavírus HCoV-OC43 e beta coronavírus HCoV-HKU1, SARS-CoV (causador da síndrome respiratória aguda grave ou SARS), MERS-CoV (causador da síndrome respiratória do Oriente Médio ou MERS) e SARSCoV-2, um novo coronavírus descrito no final de 2019 após casos registrados na china. Este provoca a doença chamada de COVID-19 (Lima, 2020).
O Novo Coronavírus SARS-CoV-2 é o causador da COVID-19, que é uma doença infectocontagiosa com quadro clínico variável abrangendo desde casos assintomáticos até casos sintomáticos graves, apresentando comprometimento da função respiratória, podendo levar ao óbito. O início da pandemia foi detectado na china, porém com várias teorias sobre origem do vírus que segundo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), até o dia 02 de setembro de 2023, a Covid- 19 acometeu 770.084.949 pessoas e 6.956.160 óbitos no mundo já no Brasil foram 37.717.062 casos e 704.659 óbitos. Sendo considerada uma das maiores pandemias do século XXI (Lima, 2020).
A pandemia da Covid-19, desde março de 2020, trouxe impactos respiratórios de sintomas mais comuns que incluem febre, tosse, falta de ar e dor de garganta, fadiga, dor muscular e perda de paladar ou olfato. A casos graves de insuficiência respiratória necessitando de hospitalização, e as vezes de cuidados intensivos. Os impactos da pandemia percorreram a economia causando uma desaceleração econômica global, levando ao desemprego e desafios econômicos para indivíduos e empresas. O que acarretou impacto significativo na saúde mental das pessoas, devido ao medo, isolamento social, perda de entes queridos e incertezas econômicas (Barbosa, 2020).
Para o diagnóstico da Covid-19 foi preciso pautar informações de forma “[…] clínica-epidemiológica + exames RT-PCR e/ou sorologia quando disponíveis bem como testes rápidos […]”. No tratamento eram é considerado os sinais e sintomas durante o ciclo da doença com a adaptação terapêutica para cada paciente, haja vista que não tem um protocolo medicamentoso específico comprovado cientificamente para o tratamento definitivo da Covid-19 (Dias, 2020, p. 2).
Nessa perspectiva, vale ressaltar que enfermagem desempenhou um papel fundamental durante a pandemia da COVID-19 no sistema de saúde em todo o mundo, no atendimento direto ao paciente, trabalho em condições desafiadoras, durante a vacinação em massa e na educação em saúde. Neste sentido, as vacinas para COVID-19 foram desenvolvidas e lançadas em um período sem precedentes devido à urgência da pandemia, Astrazeneca-Oxford com aprovação no Reino Unido no dia 30 de dezembro de 2020, Johnson & Johnson (Janssen) com aprovação de uso emergencial nos EUA no dia 27 de fevereiro de 2021, Sinovac (CoronaVac, China) uso autorizado em vários países em 2020 (Barbosa, 2020).
No cenário educacional a pandemia teve repercussão entre os universitários principalmente na saúde mental. Correlacionado com as medidas de contenção, como lockdowns, distanciamento social e transição para o ensino à distância. Tais mudanças abruptas na rotina tiveram um impacto profundo na vida dos estudantes, que precisaram se ajustar rapidamente a novas formas de aprendizado e enfrentar desafios emocionais e acadêmicos únicos. Principalmente após a pandemia, ou seja, no retorno as aulas presenciais (Dias, 2021).
Nesse sentido, é importante destacar que os estudantes do curso de enfermagem, também passaram por desafios na formação acadêmica, uma vez os fatores como as exigências por uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva exigem do discente uma visão holística e tomadas de decisão importantes no cuidado ao paciente. A satisfação acadêmica influencia diretamente no desempenho acadêmico, podendo afetar na formação profissional, nas interações sociais, bem como o possível desejo de desistência do curso (Preto et al., 2016).
Mormente, é durante o ensino clínico que se manifesta nos acadêmicos o sentimento de insegurança e medo, uma vez que os mesmos são cobrados quanto a manter a postura profissional adequada, ter conhecimentos e habilidades para avançar no curso escolhido e assim alcançar o diploma tão esperado. Neste sentido, é relevante identificar os impactos da pandemia da covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem, com existência marcante no panorama epidemiológico, associado a vários comportamentos relacionados à saúde (Barros, 2017).
1.2 Justificativa
O interesse em pesquisar essa temática surgiu devido experiencias acadêmicas compartilhadas no período de retorno as aulas presenciais por alguns acadêmicos de enfermagem, e com a necessidade da equipe reunir informações teóricas e práticas que identifique as mudanças e adoecimento por sintomas depressivos após pandemia da covid-19 aos alunos de enfermagem. Nessa perspectiva, nos dispomos a esse desafio dentro da pesquisa científica.
Nesse sentido, vivências em universidades podem ser promotoras ou não de uma boa qualidade de vida, foi o que mostrou um estudo em acadêmicos de enfermagem de uma instituição privada, pois o meio onde vive, como vive e com quem vive, geralmente são somados com os problemas inevitáveis do cotidiano, com a pressão gerada pela experiência acadêmica, e podem direta e/ou indiretamente influenciar a saúde mental. O relacionamento interpessoal entre os discentes também é um fator associado à sua ocorrência e deve ter atenção direcionada (Sousa, 2012). Na reta final da faculdade a dificuldade foi grande para escolha do tema, porém,
após ter o contato teórico com os conteúdos ministrados em sala de aula, a curiosidade tomou conta, e nesse contexto identificamos a importância de tratar de um assunto na qual tem muito a ser estudado e devemos expor sobre, havendo uma necessidade de voltar um olhar humanizador por se tratar de acadêmicos de enfermagem que serão futuros enfermeiros.
Considerando que o Enfermeiro é o responsável pela vida de outras pessoas na assistência, deve-se buscar identificar os impactos ocorridos na vida dos acadêmicos e até que ponto fez influência para impactar no futuro profissional desse indivíduo. Para nós acadêmicos de enfermagem é muito valioso valorizar nossa classe e exaltar as diversas funções que o enfermeiro exerce em meio aos desafios da profissão e o apoio incondicional que ele desenvolve com o paciente e sua família.
1.3 Problemática e Questão Norteadora
Com os adventos da pandemia da covid-19 houve o crescimento de sofrimento e transtornos mentais, devido a mudança de hábitos bruscos, principalmente na população acadêmica. O aumento da incidência de suicídio cresce em todo mundo de forma contínua, nesse contexto, os casos de suicídio não param de crescer no Pará e no mundo. No ano passado foram registradas 331 notificações no estado, o que corresponde à média de uma pessoa tirando a própria vida a cada 25 horas. Este número chega a ser 37,3% superior ao total de casos registrados (Brasil, 2020).
Diante disso, evidencia-se o modo de ingresso de um jovem ao ensino superior que pode ser cheio de conflitos e dúvidas pessoais, ao adicionar o ingresso em um período pandêmico na qual surgiram inúmeros problemas e saúde e transtornos mentais pelo medo da perda da vida, ainda, trazendo consigo mazelas vividas ao longo da educação básica, e especialmente no ensino médio: dificuldades de leitura, escrita, produção textual, raciocínio lógico, resolução de cálculos básicos, enfim, o baixo desempenho escolar evidenciado nos índices das avaliações nacionais (Lima, 2017).
Nesse sentido, relata-se as situações estressantes que aumentam progressivamente, uma vez que a cada etapa do curso de graduação surgem novas exigências que requerem o desenvolvimento de habilidades e competências por parte dos acadêmicos (Sousa, 2012). Outros fatores também contribuem para o surgimento de episódios depressivos, como a intensificação do nervosismo e estresse em período de prova, trabalhos, estágios e outras atividades, os desafios do amadurecimento profissional, a dificuldade na gestão do tempo de estudo e lazer, as próprias inseguranças e medos decorrente da cobrança dos pais, professores e familiares, o convívio com os colegas, professores e pacientes, as relações amorosas, as dificuldades financeiras entre tantos outros fatores (Lima, 2017).
A pandemia trouxe impactos importantes para a vida acadêmica do aluno, com isso, surgiu assim, a questão norteadora: Quais os impactos da pandemia da covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem?
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Identificar os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem.
2.2 Objetivos Específicos
- Conhecer os motivos que impactaram a saúde mental dos acadêmicos de enfermagem;
- Descrever o perfil dos discentes de enfermagem como: idade, sexo, renda e semestre de estudo;
- Avaliar de que forma os acadêmicos buscaram superar tais problemáticas;
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A PANDEMIA DA COVID-19
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o surto da COVID-19 iniciou-se no dia 31 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, apresentando casos de pneumonia, suspeita de ser provocada por uma nova cepa de Coronavírus. Uma semana depois, as autoridades chinesas confirmaram se tratar de um novo tipo do vírus, recebendo o nome de SARS-CoV-2. No dia 30 de janeiro de 2020, a OMS emite alerta de emergência de Saúde Pública de importância internacional devido à velocidade com a qual se espalhava entre os continentes (Souza, 2020).
No Brasil, o primeiro caso da doença foi notificado em 25 de fevereiro de 2020, em onze de março, a situação é classificada, oficialmente, como uma pandemia, embora já tenha se disseminado por diversos locais e populações. Naquele momento, autoridades sanitárias e governamentais do Brasil, assim como a maioria da população, já acompanhavam os avanços e os impactos da pandemia em outros países. Com o avanço do surto pandêmico acentuou-se ainda mais os problemas sociais, econômicos, financeiros, científicos e psicológicos da população mundial (Barros et al., 2020).
O impacto no sistema de saúde ocorreu com a mesma velocidade que a Covid- 19 se espalhou e gerou pacientes graves, ocasionando as lotações nas unidades de terapia intensiva (UTIs) e a falta de leitos para alguns indivíduos. Entre 80 e 85% dos casos da Covid-19 são leves, não necessitando de hospitalização. Entre os casos que precisam de internação, cerca de 15% ficarão fora da UTI e menos de 5% precisam de suporte intensivo. Levando em consideração tal afirmação, tanto os pacientes que ficaram sob internação, como os indivíduos que permaneceram em isolamento social em suas casas, precisam de um suporte de apoio (Brasil, 2020).
A preocupação com a rápida disseminação do vírus, e a falta de estrutura dos hospitais para tratamento de casos graves, levaram os gestores de estado a tomarem medidas restritivas como quarentena, isolamento e distanciamento social. Assim como, as pessoas adotaram o uso de máscaras, a utilização do álcool 70°, a lavagem das mãos e demais cuidados higiênicos. Esse novo cenário de medo inerente e cuidados excessivos provoca sintomas psicológicos negativos nos indivíduos, impactando a saúde mental da humanidade (Maia, 2020).
3.2 ALUNOS UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE ENFERMAGEM E A COVID-19
O ingresso de um aluno na universidade marca um período de transição na qual os estudantes passam por um processo de adaptação. Frente às diversas transformações exigidas pela academia, o indivíduo pode encontrar dificuldades para lidar com as várias demandas que surgem ao longo do curso. No contexto acadêmico, alguns aspectos podem ocasionar sofrimento psicológico significativo nos estudantes, tais como: adaptação à nova rotina acadêmica, nível de satisfação com o curso, preocupação com o futuro, além de demandas relacionadas à produtividade acadêmica e pressões contemporâneas para permanecer estudando (Fernandes et al, 2018).
Nessa proporção, o novo vírus conhecido como Sars-Cov (COVID-19) diante das medidas de segurança adotadas para conter a propagação do vírus, o distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais, impactaram diretamente o contexto acadêmico; as universidades começaram a elaborar planos para um retorno seguro às aulas. Nessa perspectiva, os estudantes iniciaram com sentimentos como insegurança, desmotivação, preocupação, ansiedade e medo foram bastante presentes ao se ponderar o retorno das atividades acadêmicas, isto, somado as preocupações relacionadas à doença potencializam os impactos psicológicos, afetando as relações interpessoais e o bem-estar do estudante (Maia, 2020).
Sobretudo, os universitários de enfermagem desempenharam um papel essencial durante a pandemia de Covid-19, mostrando um compromisso exemplar com a saúde pública. Em meio à crise de saúde global, esses estudantes enfrentaram desafios extraordinários, adaptando-se rapidamente para atender às necessidades emergentes. Um dos principais papéis desempenhados por esses futuros profissionais de saúde foi a participação ativa na linha de frente, auxiliando os profissionais de enfermagem experientes e oferecendo cuidados diretos aos pacientes afetados pelo vírus (Lima, et al., 2020).
Os universitários de enfermagem se tornaram embaixadores da informação, compartilhando conhecimento atualizado sobre a prevenção, sintomas e tratamento da doença com suas comunidades. Isso desempenhou um papel crítico na redução da disseminação do vírus e no empoderamento das pessoas para tomar medidas preventivas (Souza et al., 2021).
Outra contribuição notável dos universitários de enfermagem foi o apoio psicológico aos pacientes e suas famílias. Eles foram relevantes no fornecimento de apoio emocional, ajudando a aliviar o medo e a ansiedade associados à Covid-19. Essa dimensão do cuidado foi essencial para garantir o bem-estar integral dos pacientes. Os estudantes também foram valiosos na coleta de dados e no rastreamento de contatos, contribuindo para o controle da pandemia. Sua capacidade de trabalhar em equipe e adotar protocolos rigorosos ajudou a conter surtos e a melhorar a compreensão da disseminação do vírus (Dias, 2021).
Contudo, muitas universidades de enfermagem tiveram que adaptar seus currículos e métodos de ensino para acomodar as restrições impostas pela pandemia. Isso incluiu a transição para o ensino online, a suspensão de estágios clínicos e a reorganização das aulas práticas. Essas mudanças afetaram a qualidade da formação e a experiência de aprendizado dos estudantes. Os estudantes de enfermagem que continuaram seus estágios e treinamento prático durante a pandemia ficaram expostos ao risco de contrair o vírus. Isso gerou ansiedade e preocupação com sua própria saúde e a de seus familiares (Lima, et al., 2020).
Com a sobrecarga do sistema de saúde devido à pandemia, os estudantes de enfermagem que participaram da linha de frente enfrentaram uma carga de trabalho intensificada. Isso incluiu longas jornadas de trabalho, aumento da pressão e responsabilidade na prestação de cuidados. A pandemia gerou altos níveis de estresse e ansiedade entre os estudantes de enfermagem devido à incerteza, à exposição ao vírus e às demandas acadêmicas e clínicas. Muitos enfrentaram sintomas de Burnout e esgotamento emocional e até desenvolvimento de transtornos mentais (Brasil, 2021).
Assim, identifica-se impactos significativos na vida de um acadêmico de enfermagem, principalmente sobre a saúde mental na qual tais alunos tiveram que se adaptar nos estudos e enquanto sociedade e seu modo de sobrevivência em um período delicado como a pandemia da Covid-19 como também em contribuir com a saúde pública sem ter habilidade de enfrentamento com a doença recém chegada, com os medos, com as crises e com os óbitos repentinos que a pandemia garantiu o lugar de maior e mais rápido número de óbitos no mundo (Lima, et al., 2020).
3.3 OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA SAÚDE MENTAL DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Os impactos à saúde mental diante da pandemia de COVID-19 repercutiram nas pessoas em todo o mundo. Em primeiro lugar, o isolamento social e as medidas de distanciamento físico impostas para conter a propagação do vírus levaram a um aumento da solidão e do isolamento, afetando negativamente a saúde mental. Muitas pessoas enfrentaram sentimentos de solidão, ansiedade e depressão devido à falta de interação social e ao afastamento de amigos e familiares. (Lima, et al., 2020).
O estresse é outro fator causado pela incerteza econômica e pelo medo do vírus também teve um impacto significativo na saúde mental. Muitas pessoas perderam seus empregos ou enfrentaram cortes de renda, o que aumentou a ansiedade em relação às suas finanças e futuro. A preocupação constante com a própria saúde e a saúde de entes queridos também gerou níveis elevados de estresse e ansiedade. Outro aspecto importante a ser considerado é o aumento no consumo de substâncias como álcool e drogas como forma de enfrentar o estresse e a ansiedade relacionados à pandemia. Isso agravou os problemas de saúde mental e criou novos desafios para o tratamento de vícios (Mendes et al., 2021).
Além disso, a interrupção dos serviços de saúde mental devido à pandemia também teve um impacto negativo. Muitas pessoas tiveram dificuldade em acessar tratamento psicológico e psiquiátrico, o que agravou os problemas de saúde mental existentes. Outro fator impactante decorrente da Covid-19 e das medidas de isolamento social, ainda que esperados, precisam ser compreendidos especialmente entre as populações mais vulneráveis, representada principalmente por idosos, imunossuprimidos, pessoas com comorbidades crônicas e com histórico cirúrgico (Brasil, 2021).
Além do medo de contrair a doença, existe a sensação de insegurança em todos os aspectos da vida, até as modificações nas relações socioeconômicas tem efeito significativamente na saúde mental dos indivíduos, uma vez que provoca mudanças bruscas no cotidiano. Logo, o impacto psicológico acontece quando se instala o sentimento de adoecer ou morrer, de desamparo, estigma proporcionado pela infecção e a incerteza quanto ao futuro exacerbada com mitos e informações inverídicas (Souza et al., 2021).
4. MÉTODOS
4.1 TIPO DE ESTUDO
Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e análise descritiva, com recorte temporal entre 2020 a 2023. A pesquisa bibliográfica, de acordo com Gil (2002), é desenvolvida a partir de material já elaborado, construído preferencialmente de livros e artigos científicos. A vantagem da pesquisa bibliográfica é conhecer o tema sob a ótica de vários autores tendo uma percepção da importância de compreender os impactos da covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem durante a pandemia.
4.2 FONTE DE DADOS E CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
A seleção da literatura ocorreu no período de janeiro de 2024 a março de 2024 de forma sistemática nas bases de dados, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e acadêmica. Edu. Os artigos e literaturas deverão ser na língua portuguesa, com os seguintes termos (palavras-chaves e delimitadores) e combinações dos mesmos: 1) Pandemia da COvid-19; 2) Estudantes de Enfermagem; 3) Impactos na saúde; 4) Saúde Mental, publicados no período de março de 2020 a 2023.
Foram critério de inclusão os artigos de revisão de literatura com idioma em português, publicados na base de dados selecionada, que estão do período de 2020 à 2023. Bem como foram critério de exclusão os artigos de revisão de literatura com idioma diferente do português, que não estavam publicado na base de dados selecionada, fora do período de março de 2020 a 2023, textos incompletos, qualidade metodológica baixa ou não clara, falta de embasamento teórico, data da publicação antes de março de 2019 e artigos repetidos e cujo os títulos e resumos não correspondam a questão da pesquisa.
4.3 SELEÇÃO DE LEITURA
Para a elaboração desse trabalho foram realizadas as cinco etapas de uma revisão integrativa. A primeira caracterizada pela elaboração da pergunta norteadora, sendo a fase mais importante, pois é a partir dessa que foram incluídos os melhores estudos, baseados nas informações coletadas e nos meios escolhidos para a
identificação dessas pesquisas. Posteriormente, foi realizará a busca avançada utilizando o conectivo “and” em bases de dados na literatura (Scielo, BVS, Acad. Edu). Essa fase é essencial para demonstrar resultados fidedignos, correlacionando-os com a pergunta norteadora. A terceira fase consiste na análise crítica dos estudos, em que ocorreu a organização rigorosa das informações. A quarta fase é composta pela discussão dos resultados, com identificação das lacunas de conhecimento. A última fase compreende a apresentação da revisão.
4.4 ANÁLISE E SÍNTESE DA LITERATURA
No processo de análise e síntese do material selecionado utilizamos a mesma técnica de Pilatti (2014), a qual consiste em realizar o mapeamento das produções científicas com o auxílio de uma tabela constituída com variáveis: ano de publicação, ideia central do texto e tipo de estudo. Após isso, iniciamos a análise do conteúdo, que contou com três etapas: exploração do conteúdo, interpretação dos resultados e síntese das ideias. Desse modo, foi possível realizar uma leitura fluente e produzir fichamentos (ficha documental e de extração de dados), possibilitando uma visão abrangente do conteúdo.
4.5 RISCOS E BENEFÍCIOS DA PESQUISA
A tipificação e gradação do risco na diferente metodologia de pesquisa é definida em norma própria, pelo Conselho Nacional de Saúde. Sendo considerado de baixo risco estudos que empreguem técnicas e métodos de pesquisa em que não se realiza nenhuma intervenção ou modificação intencional nas variáveis fisiológicas ou psicológicas e sociais dos indivíduos que participam no estudo que é o caso da pesquisa em questão (Araújo, 2003).
Em relação aos benefícios da pesquisa, pode-se considerar a contribuição na sinalização de fatores que interferem na identificação e prevenção impactos da pandemia da covid19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem: revisão de literatura, possibilitando a promoção de qualidade digna de vida. Portanto, os benefícios se sobressaem em relação ao baixo risco da pesquisa.
4.6 ASPECTOS ÉTICOS
Como a pesquisa é basicamente uma revisão de dados, sem pesquisa de campo ou entrevistas, não há envolvimento de pacientes, a pesquisa, portanto, não tem a necessidade de passar por um comitê de ética. Contudo, respeitando a integridade das informações dos autores, respeitando as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou um documento que teve como objetivo criar parâmetros éticos para as pesquisas na área da saúde, a Resolução CNS 01 (1988). Posteriormente, esse documento foi substituído pela resolução CNS 196 (1996).
Segundo Araújo (2014), a Resolução CNS 196 (1996) define pesquisa com seres humanos como aquela “que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais”. Levando isso em conta, o presente estudo respeitará as diretrizes e critérios estabelecidos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), mesmo sendo de revisão, os preceitos éticos estabelecidos no que se refere a zelar pela legitimidade das informações, privacidade e sigilo das informações, quando necessárias, tornando os resultados desta pesquisa públicos, estão sendo considerados em todo o processo de construção do trabalho.
Contudo, como este trabalho trata-se de uma revisão integrativa permite a criação de novos conhecimentos científicos a partir da análise e síntese de estudos publicados e não precisa ser submetida ao comitê de ética (Souza, 2010).
5 RESULTADOS
No processo de levantamento de dados, foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Assim segue abaixo os resultados encontrados.
Gráfico 1: Resultado das etapas seguidas
Fonte: Autoral, 2024.
Encontrou-se um total de 91 artigos, com isso avaliou-se os mesmo a partir dos seguintes critérios de Inclusão e Exclusão: 1 – Artigos que componham em língua portuguesa, 2 – Artigos sem duplicidade 3 – Apenas artigos científicos completos (rejeitando resumos, resenhas, dissertações, teses, livros, manuais…). Ao final, saiu- se de 91 artigos para 07 artigos, sendo 05 da Scielo, BVS 02, Acadêmico.edu 00 como consta na tabela abaixo:
Gráfico 2: Resultado para análise
Fonte: Autoral, 2024
Tabela 1: Descrição dos artigos
AUTOR/ANO | TÍTULO | OBJETIVOS | METODOLOGIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Araújo et al., 2021 | Saúde mental dos estudantes de enfermagem durante a pandemia covid-16 | Explorar e descrever as implicações da suspensão do estágio, durante a pandemia COVID-19, na saúde mental dos estudantes de enfermagem desenvolveu-se um estudo qualitativo. | Os dados foram recolhidos durante os meses de abril e maio de 2020, recurso questionário. Os dados foram analisados com recurso à técnica de análise de conteúdo de Bardin. | O acompanhamento e apoio emocional nestas situações são fundamentais para os estudantes ultrapassarem as emoções potenciadoras de elevados níveis de ansiedade. |
Balieiro et al., 2023 | Covid-19 e os impactos no cotidiano acadêmico e na saúde mental de discentes de enfermagem | A presente pesquisa objetiva verificar o grau de saúde mental dos acadêmicos de enfermagem de uma instituição do ensino superior (IES) e a realização do ensino a distância durante a pandemia da Covid- 19. | Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, realizado na modalidade remota, com acadêmicos do curso de Enfermagem de uma IES do Amapá, sendo realizada no período de janeiro a julho de 2022. | Durante o período de isolamento social, os estudantes acabaram por somatizar algum grau de ansiedade, estresse e/ou depressão. acometem o âmbito mental são em sua maioria, multifatoriais. |
Lemos et al., 2023 | Aspectos sociodemográficos e hábitos de vida de acadêmicos de enfermagem na pandemia de Covid-19 | descrever o perfil sociodemográfico, hábitos de vida, vida acadêmica e questões relacionadas à crise de saúde global dos estudantes de enfermagem de universidade federal, durante a pandemia de covid-19. | estudo epidemiológico descritivo de desenho seccional. População foi composta por 187 acadêmicos de enfermagem, foi realizado cálculo amostral. Aplicado formulário disponibilizado de forma remota. Foi realizada análise descritiva dos dados. Pesquisa aprovada pelo comité de ética sob o parecer 4.249.624. | consequências e adversidades as quais poderiam ser prejudiciais à saúde dos acadêmicos. Dessa forma, sugerem-se mais estudos para entender as mudanças ocorridas nesse período, para subsidiar medidas para manter o bem-estar dos estudantes. |
Oliveira et al., 2023 | Covid-19 e isolamento social: as implicações na saúde mental de estudantes de enfermagem. | avaliar as repercussões da COVID-19 e do isolamento social durante a pandemia na saúde mental de estudantes de graduação em enfermagem. | estudo descritivo transversal, realizado no Ceará, Brasil, com 347 estudantes. Os dados foram coletados por meio de questionário para obtenção de dados sociodemográficas e informações sobre aspectos relacionados à pandemia. | os estudantes tiveram a saúde mental afetada pela pandemia de COVID-19 e o isolamento social, com maior impacto para as mulheres. Assim, instituições de ensino precisam desenvolver estratégias para monitorar e promover a saúde mental desta população no retorno às aulas no período pós-pandemia. |
Ribeiro et al., 2021 | Efeitos da pandemia de Covid-19 na saúde mental de uma comunidade acadêmica | Identificar os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde mental da comunidade acadêmica de uma universidade federal. Métodos: Estudo transversal | Estudo transversal com 586 indivíduos da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. | A pandemia de COVID-19 exerceu efeitos na saúde mental da comunidade acadêmica, reforçando a necessidade de instituir protocolos de intervenção psicológica na pandemia. |
Silva et al., 2023 | Saúde mental dos acadêmicos de enfermagem do 9º e 10º período de uma Universidade no Tocantins durante a pandemia do Covid-19. | informar a experiência de isolamento social e as formas de apresentação de sofrimento dos acadêmicos de enfermagem do 9º e 10º períodos durante a pandemia do novo coronavírus (COVID 19). | Considera-se esta pesquisa como bibliográfica, e de pesquisa de campo, exploratória e descritiva possuindo dessa forma caráter quantiqualitativo. | As autoras concluem que o debate acerca do problema de pesquisa foi alcançado com êxito através da coleta de dados via ‘’Google Forms’’ contendo onze perguntas. A pesquisa traz informações relevantes e descreve ações e sugestões para a promoção da saúde mental dos discentes. Palavras-chave: enfermagem; isolamento social; pandemia; saúde mental. |
Fonte: Autorial, 2024.
Ao discutirmos sobre o tema proposto: os impactos da Covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem inseriram-se alguns teóricos para ampliar a visão e perspectiva do assunto acerca dos objetivos desta pesquisa. Assim o primeiro objetivo específico é conhecer os motivos que impactaram a saúde mental dos acadêmicos de enfermagem com isso, Araújo et al., 2021 destaca:
A pandemia COVID-19 teve um impacto negativo na saúde mental dos estudantes de enfermagem. Destacamos os sentimentos e emoções vivenciadas durante a primeira vaga. As narrativas dos estudantes refletem ansiedade, incerteza e impotência perante a situação em que se encontravam como emoções mais significativas (Araújo et al., 2021, p. 9).
O ser humano enquanto indivíduo social é, por sua vez, capaz de se adaptar as diversas mudanças que ocorrem no meio social ao qual está inserido, embora quando são retiradas algumas de suas liberdades o mesmo torna-se muitas vezes incapaz de seguir determinadas regras. Com isso, os impactos ocorridos na saúde mental dos estudantes de enfermagem trouxeram mudanças significativamente em relação a suas emoções Oliveira et al., 2023 afirma:
O isolamento social e a pandemia de COVID-19 provocaram incertezas e preocupações para os estudantes de graduação em enfermagem do estado do Ceará, trazendo repercussões na saúde mental, com maior repercussão entre as mulheres. Este panorama coloca como desafio a oferta de cuidados em saúde mental, tanto em termos de política institucional nas Universidades como em políticas públicas no estado (Oliveira et al., 2023, p. 9).
Na pandemia os impactos sociais foram devastadores, além de interferir diretamente na vida dos acadêmicos de enfermagem, o isolamento social trouxe mudanças de hábitos, mudanças de rotina e alterações psicológicas colocando a vida dos indivíduos em risco. Para os acadêmicos de enfermagem esse impacto pode ter sido maior, visto que estudos pré-pandêmicos já indicavam enfrentamento de situações prejudiciais à saúde mental dos mesmos (Balieiro et al., 2023).
O isolamento social foi o principal motivo das mudanças e alterações na saúde dos acadêmicos de enfermagem. Silva et al., afirma que o isolamento social desfrutou em “[…] mudanças na rotina desencadeiam efeitos adversos nos sincronizadores do ritmo circadiano, que é de suma importância para o funcionamento diário do organismo […]” (Silva et al., 2023, p. 64).
O segundo objetivo desta pesquisa é busca descrever o perfil dos discentes de enfermagem como: idade, sexo, renda e semestre de estudo. No levantamento pesquisa identificou-se que a média da idade dos acadêmicos de enfermagem está entre os “[…] 17-23, 24-30, 31-38 […]” e “[…] sexo feminino e masculino […]” estão presentes nas características dos acadêmicos (Balieiro et al., 2023, p. 5).
Além do sexo e idade tem a renda e o semestre de estudo, quanto a renda não se encontrou estudos que trouxessem esta estatística, no que tange ao semestre a demanda foi maior nos alunos do 5º ao 10º semestre pela necessidade em se formar. A maior preocupação desses acadêmicos se dá sob o atraso para a finalização do curso que prolonga mais ainda seus planos sobre a conquista de um emprego (Lemos et al., 2023).
No terceiro objetivo deste estudo busca-se analisar de que forma os acadêmicos buscaram superar tais problemáticas. Balieiro et al, 2023 destaca que:
Consequentemente, os impactos para a saúde mental tomaram proporções sem precedentes, um adoecimento mental de uma expressiva parcela populacional, que evidenciou o aumento na busca por acompanhamento com o profissional psicólogo desde o início do surto global da COVID-19 (Balieiro et al., 2023, p. 9).
A busca por ajuda durante a covid-19 foi a escolha assertiva dos acadêmicos durante a pandemia. Em segundo escolha esta a prática religiosa que o fato de os indivíduos possuírem alguma religião mostra-se como fator de proteção para os sentimentos de desamparo e de desesperança frente à pandemia de COVID-19.
De acordo com Ribeiro et al., (2021):
As práticas espirituais, incluindo as práticas religiosas, servem de suporte e enfrentamento de situações dolorosas. Isso ocorre, porque a religião é vista como processo de significação e ressignificação dos acontecimentos) o que auxilia a superar a realidade pandêmica e desperta sentimento de solidariedade e compaixão. Assim, na comunidade acadêmica, a religião e a espiritualidade têm exercido influência positiva no enfrentamento à COVID- 19, conforme mostram os resultados (Ribeiro et al., 2021, p. 6).
Compreendendo as escolhas dos acadêmicos para encontrar ajuda significativa que fez diferença na vida deles, resultando em satisfação com a vida com menor prevalência de ansiedade (Defante; Portilho; Martins, 2022).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista, que o objetivo geral deste trabalho é identificar os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem. Acredita-se que o objetivo foi alcançado com pontos positivos. Como relatado na discussão deste texto, muitos foram os impactos como medo, insônia, dor não identificada, ansiedade, depressão e tristeza. A covid-19 desencadeou problemáticas sérias de saúde mental na população acadêmica de enfermagem, tem-se a perspectiva que o isolamento social foi o fator principal para tais adoecimentos dos discentes no ensino superior.
Destaca-se que os artigos utilizados trouxeram resultados mais objetivos e qualitativos em relação a comparação de fatores e causas que perpassam os estudantes de enfermagem. Por terem uma escrita mais direta, a extração de conhecimento teve que ser mais profunda, uma vez que o que está em maior evidência são os resultados para definir causas e consequências importantes na saúde mental dos acadêmicos de enfermagem durante a covid-19.
Por fim, conclui-se que a covid-19, além de ser uma doença incapacitante fisiologicamente e com um histórico devastador a nível mundial, também é capaz de alterar desde a rotina dos acadêmicos até desestabilizar a saúde mental, uma vez que, durante a pandemia criou-se uma dependência direta com as emoções, causando conflitos na sua saúde mental. Por isso, cabe às universidades capacitarem seus docentes e levarem em consideração os aspectos sociais e econômicos de cada estudante, de forma a minimizar os efeitos psicológicos causados pela pandemia e isolamento social.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Á. C.; NETO, F. L. A Nova Classificação Americana Para os Transtornos Mentais – o DSM-5. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 16, n. 01, p. 67-82, 2014.
ARAÚJO, O.; NOVAIS, R.; MARTINS, F.; BRAGA, F. Saúde mental dos estudantes de enfermagem durante a pandemia COVID-19. Revista Recien – Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 11, n. 36, p. 03–11, 2021. DOI: 10.24276/rrecien2021.11.36.3-11. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/486. Acesso em: 23 mar.2024.
BALIEIRO, M. A., Fonseca L. C. P. dá, Santos M. G. N. dos Santos S. O. G. dos Santos G. G. dos Maciel C. C. L., S., Costa G. P. V., Mata N. D. S. da, & Menezes R.
A. de O. (2023). Covid-19 e os impactos no cotidiano acadêmico e na saúde mental de discentes de enfermagem. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(9), e13746. https://doi.org/10.25248/reas.e13746.2023.
BARROS, M. B. A; et al. Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros – PNS 2013. Revista de Saúde Pública, p. 1-11, 2017 Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051000084. Acesso em: 20 mar. 2024.
BARBOSA, S. P.; SILVA, A. V. F. G. A Prática da Atenção Primária à Saúde no Combate da Covid-19. APS em Revista, v. 2, n. 1, p.17-19. 2020. Disponível em:https://apsemrevista.org/aps/article/view/62/43. Acesso em: 01 de fev. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agenda de ações estratégicas para a vigilância e prevenção do suicídio e promoção da saúde no Brasil: 2017 a 2020. Brasília: Ministério da Saúde, p. 34, 2020.
DEFANTE, A. A., Portilho, M., & Martins, W. (2022). OS IMPACTOS NA SAÚDE DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar – ISSN 2675-6218, 3(12), e3122348. https://doi.org/10.47820/recima21.v3i12.2348.
Dias, V. M. C. H., Carneiro, M., Vidal, C. F. L., Corradi, M. F. D. B., Brandão, D., Cunha, C. A., … & Rocha, J. (2020). Orientações sobre diagnóstico, tratamento e isolamento de pacientes com COVID-19. J Infect Control, 9(2), 56-75.
FERNANDES, M. A.; et al. Prevalência de sintomas ansiosos e depressivos em universitários de uma instituição pública. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(5), 2169–2175. 2018. doi:10.1590/0034-7167-2017-0752.
FIORAMONTE, A.; et al. Cuidado à pessoa com transtorno mental e sua família: atuação do enfermeiro na ESF. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 12, n. 2, p. 315- 322, 2013.
GIL AC. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo. Atlas, 2002.
GUNDIM, V. A.; et al. Saúde mental de estudantes universitários durante a pandemia de covid-19. Revista baiana enfermagem, 35, pp.1-14, 2021.
LEMOS, G., Lima da Silva, J. L., Messias, C. M., Antunes Cortez, E., & Belz dos reis,
L. (2023). ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS E HÁBITOS DE VIDA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA DE COVID-19. Cadernos De Pesquisa, 30(3), 299–314. Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/208 37.
LIMA, T. O. A premência do desenvolvimento de competências socioemocionais na formação do enfermeiro: estudo sociopoético. 2017. 70f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Cuidado em Saúde) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2017.
LIMA, S. O.; et al. Impactos no comportamento e na saúde mental de grupos vulneráveis em época de enfrentamento da infecção COVID-19: revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 46, ed. 4006, p. 1-8, 2020
MAIA, B. R., & DIAS, P. C. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: O impacto da Covid-19. Estudos de Psicologia, 37, 2020. doi:10.1590/1982-0275202037e200067.
MENDES, T. C.; et al. Impacto psicológico e fatores associados à pandemia da COVID-19 e ao distanciamento social em Minas Gerais, Brasil: Estudo transversal. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p. 1-12, 2021.
MESQUITA DA SILVA, K. M., Sousa Nogueira do Nascimento, J., Moura Coelho, S.., Silva Araújo, M. do S., Sarmiento Gener, M. E., & Mesquita Martins, K. (2023).
Saúde mental dos acadêmicos de Enfermagem do 9º e 10º períodos de uma Universidade privada no Tocantins durante a pandemia do Covid-19. Revista Cientifica Do ITPAC, 16(Edição Especial n. 1). Recuperado de https://revista.unitpac.com.br/itpac/article/view/65.
OLIVEIRA EN, Vasconcelos MIO, de Almeida PC, Pereira PJ de A, Ximenes Neto FRG, Aragão JMN, Costa MSA. COVID-19 e isolamento social: as implicações na saúde mental de estudantes de enfermagem. Rev. Eletr. Enferm. [Internet]. 4º de setembro de 2023 [citado 23º de março de 2024]; 25:74440. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/view/74440.
PILATTI, Luiz Alberto; pedroso, Bruno; gutierrez, Gustavo Luis. Propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação: um debate necessário. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 3, n. 1, p. 81-91, jan./abr. 2010. https://doi.org/10.3895/S1982-873X2010000100005
PRETO, V. A. et al. Relação do perfil sociodemográfico com o risco de adoecimento por transtornos mentais comum em alunos do curso de enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE online, Recife, v. 10, n. 12, p. 4501-4508, 2016.
SILVA, I. M. D. M.; et al. Qualidade de vida relacionada à saúde e sintomas. depressivos de estudantes do curso de graduação em Enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 20, n. 4, p. 1-8, 2023
SOUSA, M. B. Depressão. Revista HCPA, v. 32, n. 4, p. 520-521, 2012. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/hcpa. Acesso em: 28 fev 2014.
SOUZA, N. V. D. D. O.; et al. Trabalho de enfermagem na pandemia da covid-19 e repercussões para a saúde mental dos trabalhadores. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, p. 1-6, 2021.
SOUZA, D. O. A pandemia de COVID-19 para além das Ciências da Saúde: reflexões sobre sua determinação social. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, ed.1,2 pag. 469-2477, 2020.
RIBEIRO, L. da S., Bragé, É. G., Ramos, D. B., Fialho, I. R., Vinholes, D. B., & Lacchini, A. J. B. (2021). Efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde mental de uma comunidade acadêmica. Acta Paulista De Enfermagem, 34, eAPE03423. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO03423.