THE IMPACTS CAUSED BY THE LACK OF WATERPROOFING IN RESIDENCE BUILDINGS IN THE MUNICIPALITY OF TERESINA – PI
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505311942
Rivaldo da Silva Sousa1
Ulisses Eduardo da Silva Pereira2
Orientador: Dr. Linardy de Moura Sousa3
RESUMO
Este estudo teve como objetivo analisar os impactos causados pela ausência de impermeabilização em edificações residenciais no município de Teresina-PI. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa e descritiva, desenvolvido por meio de visitas técnicas a cinco residências previamente selecionadas, associadas a uma revisão integrativa da literatura. Durante as análises in loco, foram identificadas patologias construtivas recorrentes, como infiltrações ascendentes por capilaridade, eflorescências salinas, desagregação de revestimentos e presença de mofo, comprometendo a habitabilidade e a durabilidade das edificações. Observou-se que tais manifestações patológicas estão relacionadas à ausência de sistemas de impermeabilização adequados, falhas na drenagem pluvial, ausência de proteção nas fundações e cobertura, além de má execução dos serviços durante a construção. Os resultados obtidos apontam para a necessidade de maior rigor técnico na execução de obras e manutenção preventiva, destacando a impermeabilização como etapa indispensável para a qualidade e desempenho das construções residenciais. A pesquisa conclui que intervenções corretivas e o cumprimento das normas técnicas podem mitigar significativamente os danos e preservar a vida útil das edificações.
Palavras-chaves: Impermeabilização. Patologias construtivas. Edificações residenciais. Infiltração. Manutenção preventiva.
ABSTRACT
This study aimed to analyze the impacts caused by the lack of waterproofing in residential buildings in the city of Teresina-PI. This is a case study with a qualitative and descriptive approach, developed through technical visits to five previously selected residences, associated with an integrative literature review. During the on-site analyses, recurrent construction pathologies were identified, such as ascending infiltration by capillarity, saline efflorescence, disintegration of coatings and presence of mold, compromising the habitability and durability of the buildings. It was observed that such pathological manifestations are related to the lack of adequate waterproofing systems, failures in rainwater drainage, lack of protection in foundations and roofing, in addition to poor execution of services during construction. The results obtained point to the need for greater technical rigor in the execution of works and preventive maintenance, highlighting waterproofing as an indispensable step for the quality and performance of residential constructions. The research concludes that corrective interventions and compliance with technical standards can significantly mitigate damage and preserve the useful life of buildings.
Keywords: Waterproofing. Construction pathologies. Residential buildings. Infiltration. Preventive maintenance.
1. INTRODUÇÃO
A impermeabilização é uma etapa fundamental no processo de construção civil, voltada para a proteção das edificações contra a ação da água e da umidade. Sua correta aplicação contribui significativamente para a preservação dos elementos estruturais e para a manutenção do desempenho das construções ao longo do tempo. Mesmo sendo um sistema técnico essencial, a impermeabilização ainda é negligenciada em muitas obras, especialmente nas residências de pequeno e médio porte, o que favorece o surgimento de patologias construtivas que comprometem tanto a estrutura quanto o conforto e a segurança dos usuários (Dias; Oliveira, 2018).
Entre os elementos mais suscetíveis à ação da umidade, destacam-se as fundações e os pisos, que, quando não protegidos de forma adequada, tornam-se pontos críticos na degradação prematura das edificações. A umidade ascendente pode afetar diretamente as fundações, ocasionando processos de corrosão das armaduras, deterioração do concreto e desagregação de argamassas. Nos pisos, a ausência de impermeabilização pode gerar infiltrações, deslocamento de revestimentos, surgimento de mofo e comprometimento do acabamento superficial, além de impactar negativamente na salubridade dos ambientes internos (Silva Júnior; Rodrigues; Andrade, 2023).
Esse cenário torna-se ainda mais preocupante quando se considera o contexto climático do município de Teresina, localizado na região Nordeste do Brasil. A cidade apresenta um clima tropical semiúmido, com temperaturas elevadas durante quase todo o ano e períodos de chuvas intensas e concentradas. Essa combinação de fatores climáticos potencializa os danos causados pela umidade em edificações que não possuem sistemas de impermeabilização eficazes, acelerando o desgaste das estruturas e exigindo intervenções corretivas frequentes (Sousa et al., 2023).
Além das questões técnicas, a negligência da impermeabilização em fundações e pisos pode estar relacionada à falta de conhecimento técnico por parte de construtores informais, limitações financeiras dos proprietários ou à percepção equivocada de que essa etapa não é prioritária. Muitas vezes, prioriza-se o acabamento estético das edificações em detrimento da adoção de soluções que garantam a durabilidade e o desempenho da obra, o que contribui para a recorrência de falhas construtivas evitáveis (Berti; Silva Júnior; Akasaki, 2019).
Nesse contexto, torna-se indispensável aprofundar a discussão sobre a relevância da impermeabilização como medida preventiva, especialmente em regiões com características climáticas adversas como Teresina. Compreender as causas da negligência dessa etapa, bem como seus impactos técnicos, sociais e econômicos, é fundamental para fomentar uma cultura construtiva mais consciente, orientada pela durabilidade, funcionalidade e segurança das edificações residenciais.
1.1 TEMA
Os impactos causados pela falta de impermeabilização nas edificações residências no município de Teresina – PI.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
A durabilidade e o desempenho das edificações residenciais dependem, entre outros fatores, da adoção de sistemas construtivos que protejam a estrutura contra agentes externos, em especial a ação da água. A ausência de impermeabilização, ou sua execução inadequada, compromete não apenas os elementos estruturais, mas também os componentes de vedação e acabamento, favorecendo o surgimento de patologias que reduzem a vida útil da edificação e geram custos elevados de manutenção ao longo do tempo (Carneiro; Oliveira, 2020).
Em regiões de clima tropical, como o município de Teresina – PI. Tal realidade evidencia a necessidade de abordagens técnicas que considerem as particularidades locais no planejamento e na execução de soluções impermeabilizantes, especialmente em fundações e pisos, áreas frequentemente expostas à umidade ascendente e à percolação da água do solo.
Apesar dos avanços em tecnologia de materiais e da normatização existente, observa-se que a impermeabilização ainda é tratada como etapa secundária em muitas obras residenciais. A insuficiência de mão de obra qualificada, a limitação de recursos financeiros e a falta de conhecimento técnico tanto por parte de construtores quanto de proprietários contribuem para a reincidência de falhas nesse processo. Essas lacunas impactam diretamente a qualidade das construções e reforçam a necessidade de investigação sistemática sobre os efeitos dessa negligência (Carneiro; Oliveira, 2020).
Diante disso, propõe-se a seguinte questão norteadora: quais são os impactos estruturais, físicos e financeiros ocasionados pela ausência de impermeabilização em fundações e pisos de edificações residenciais no município de Teresina, considerando as especificidades climáticas e os desafios técnicos enfrentados na execução adequada dessa etapa construtiva?
1.3 HIPÓTESES
Parte-se da premissa de que a ausência ou inadequação de sistemas de impermeabilização em edificações residenciais de pequeno e médio porte no município de Teresina – PI são um fator determinante para o surgimento de patologias construtivas, tais como infiltrações, fissuras, eflorescências e corrosão de armaduras. Tais manifestações comprometem a durabilidade das estruturas e acarretam elevados custos de manutenção corretiva ao longo do tempo.
Adicionalmente, pressupõe-se que a baixa conscientização técnica dos profissionais da construção civil, aliada à subestimação da importância da impermeabilização por parte dos proprietários, contribui para a adoção de soluções paliativas ineficazes, agravando os problemas estruturais e estéticos das edificações.
Assim, considera-se que a implementação de técnicas corretas de impermeabilização, adaptadas às particularidades climáticas da região, associada à capacitação dos profissionais e à orientação dos usuários, pode mitigar significativamente os danos construtivos, reduzir os custos de manutenção e prolongar a vida útil das edificações residenciais.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
Investigar os impactos estruturais e financeiros da ausência de impermeabilização em edificações residenciais em Teresina – PI.
1.4.2 Objetivos Específicos
Identificar as principais patologias construtivas associadas à ausência de impermeabilização em edificações residenciais de pequeno e médio porte em Teresina – PI;
Avaliar os impactos financeiros decorrentes dessas patologias, considerando os custos de manutenção e reparo ao longo do tempo;
Propor soluções técnicas de impermeabilização compatíveis com o clima local, visando à prevenção e correção dos danos estruturais identificados.
1.5 JUSTIFICATIVA
A ausência de impermeabilização adequada nas edificações é amplamente reconhecida como uma das principais causas de manifestações patológicas que comprometem o desempenho e a durabilidade das construções. De acordo com Medeiros e Helene (2009), a infiltração de água é um dos agentes mais agressivos às estruturas de concreto armado, sendo responsável por processos de degradação como eflorescência, corrosão de armaduras, desprendimento de revestimentos e proliferação de fungos e mofo. Essas patologias afetam não apenas a segurança e o conforto dos usuários, mas também acarretam elevados custos com manutenções corretivas e podem reduzir significativamente a vida útil das edificações.
A escolha deste tema justifica-se pela necessidade de compreender os impactos técnicos e econômicos decorrentes da negligência em relação à impermeabilização, especialmente em contextos urbanos como o do município de Teresina – PI, caracterizado por variações climáticas que potencializam os danos relacionados à umidade. Conforme Souza (2016), problemas resultantes da má execução ou ausência de sistemas de impermeabilização são recorrentes em construções de pequeno e médio porte, frequentemente executadas sem o devido acompanhamento técnico ou com mão de obra despreparada.
Observações empíricas realizadas em áreas urbanas de Teresina revelam a prevalência de edificações residenciais construídas com métodos construtivos obsoletos e sem a devida aplicação de técnicas de impermeabilização. Essas práticas resultam em danos visíveis, como rachaduras, trincas em revestimentos cerâmicos, manchas de umidade e infiltrações, comprometendo tanto a estética quanto a integridade das estruturas. Como destaca Souza Filho, Miranda e Oliveira (2012), a umidade por infiltração é causada pelo contato direto da água no interior das construções pelas paredes, sendo uma das principais responsáveis por patologias em edificações.
Diante desse cenário, torna-se urgente fomentar o debate técnico sobre a importância da impermeabilização preventiva, bem como promover a adoção de soluções viáveis e acessíveis aos diversos contextos construtivos. Este estudo, portanto, busca contribuir para a conscientização de profissionais, proprietários e órgãos públicos, além de subsidiar futuras intervenções com base em evidências técnicas e na realidade climática e construtiva local.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
As edificações residenciais são projetadas para fins habitacionais, abrangendo desde unidades unifamiliares até complexos multifamiliares. A qualidade e a segurança dessas construções dependem de diversos fatores, incluindo a seleção criteriosa de materiais, a precisão na execução das etapas construtivas e a conformidade com as normas técnicas vigentes, como a ABNT NBR 15575/2013, que estabelece os requisitos de desempenho para edificações habitacionais (ABNT, 2013).
A integração entre os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico e hidrossanitário é fundamental para assegurar a estabilidade e a funcionalidade da edificação ao longo de sua vida útil. Essa coordenação multidisciplinar contribui para a prevenção de patologias construtivas e otimiza os recursos empregados. A escolha de materiais e técnicas construtivas adequadas às condições climáticas e geotécnicas locais influencia diretamente na eficiência térmica, hídrica e energética do imóvel, além de impactar nos custos de manutenção futuros (Sousa Júnior; Maia; Azevedo, 2014).
Um aspecto crítico no planejamento de edificações residenciais é a distinção entre áreas secas e molhadas. As áreas molhadas, como banheiros, cozinhas, lavanderias e áreas de serviço, estão constantemente expostas à água e à umidade, exigindo atenção especial quanto à impermeabilização. A ausência ou inadequação desse sistema pode resultar em infiltrações, eflorescências, bolor e mofo nos revestimentos, comprometendo a salubridade dos ambientes e a integridade estrutural da construção (Paças et al., 2017).
Para mitigar tais problemas, é imprescindível a aplicação de sistemas de impermeabilização eficientes em pontos críticos, como lajes de cobertura, pisos e paredes de áreas molhadas, rodapés, fundações e subsolos. A impermeabilização eficaz atua como uma barreira contra a penetração de umidade, protegendo os elementos construtivos e prolongando a durabilidade da edificação. Negligenciar essa etapa pode acarretar manifestações patológicas que comprometem não apenas o desempenho técnico da construção, mas também o conforto e a saúde dos ocupantes (Montecielo; Edler, 2016).
2.2 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
A impermeabilização é uma etapa essencial no processo construtivo, especialmente em edificações residenciais, pois visa proteger os elementos estruturais e não estruturais contra a ação da água e da umidade. Sua correta aplicação contribui significativamente para o aumento da durabilidade das construções, evitando o surgimento de patologias. A ausência ou falha nesse sistema acarreta não apenas prejuízos estéticos, mas também sérios riscos à saúde dos ocupantes, devido à proliferação de fungos e bactérias em ambientes úmidos (Oliveira; Castro; Souza, 2024).
As vantagens da impermeabilização vão além da proteção estrutural, incluindo a valorização do imóvel, a melhoria do conforto térmico e a redução de custos com manutenções corretivas. Contudo, quando mal projetada ou executada de forma inadequada, pode gerar desvantagens como retrabalho, elevação de custos na obra e comprometimento de outras etapas da construção. Entre os principais tipos de impermeabilização utilizados em edificações residenciais estão às mantas asfálticas, membranas acrílicas, sistemas cimentícia e emulsões poliméricas, cuja escolha depende da área a ser aplicada, das condições climáticas e da natureza da estrutura (Silva; Próspero, 2023).
As normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulam os critérios de desempenho e aplicação da impermeabilização. A ABNT NBR 9575/2010 estabelece os requisitos mínimos para projetos e execução de sistemas de impermeabilização, enquanto a NBR 9574/2008 trata especificamente da execução desses sistemas. Já a NBR 15885/2010 dispõe sobre os requisitos para mantas asfálticas, um dos sistemas mais empregados em lajes e coberturas. Essas diretrizes normativas são fundamentais para garantir a eficácia e a durabilidade do sistema impermeabilizante (Kano; Souza, 2021).
No que se refere ao projeto, a impermeabilização deve ser considerada desde a fase inicial do planejamento da edificação, com a definição das áreas críticas – como banheiros, cozinhas, áreas de serviço, lajes, coberturas e fundações. A integração entre os projetos arquitetônico, estrutural e de impermeabilização é indispensável para garantir compatibilidade entre os sistemas e evitar falhas construtivas futuras. Essa compatibilização deve prever soluções técnicas que atendam às particularidades do terreno, do clima local e dos materiais utilizados (Rosa, 2021).
A execução da impermeabilização exige mão de obra qualificada, materiais de qualidade e o rigoroso cumprimento das especificações técnicas. O processo deve seguir etapas bem definidas: preparação da superfície, aplicação da camada primária, instalação do sistema impermeabilizante, realização de testes de estanqueidade e proteção mecânica. O não cumprimento dessas etapas, ou sua realização de forma inadequada, compromete a eficiência do sistema e expõe a edificação a patologias precoces. Assim, o investimento em uma impermeabilização adequada deve ser visto não como um custo adicional, mas como uma medida preventiva indispensável à sustentabilidade e durabilidade das construções (Rohenkohl, 2023).
2.3 PATOLOGIAS
As patologias construtivas compreendem manifestações anômalas que ocorrem nas edificações, resultantes de falhas no desempenho dos sistemas construtivos ao longo do tempo. Essas manifestações podem ser provocadas por causas diversas, como erros de projeto, deficiências na execução da obra, escolha inadequada de materiais, ações de agentes externos e falta de manutenção preventiva (Silva et al., 2018).
De acordo com Helene e Pereira (2015), as patologias podem comprometer não apenas a estética da edificação, mas também seu conforto, durabilidade e segurança estrutural. A correta identificação e análise dessas falhas são fundamentais para o planejamento de ações corretivas e preventivas, além de possibilitar a redução de custos e o aumento da vida útil da edificação.
2.3.1 Umidade e Percolação
Dentre as patologias mais recorrentes em edificações residenciais, destaca-se a umidade, que pode se apresentar sob diferentes formas: umidade por capilaridade (ou ascendente), por condensação, higroscópica, por infiltração direta e por percolação. A umidade por capilaridade ocorre quando a água presente no solo ascende pelas paredes devido à falta ou falha na impermeabilização das fundações. Já a percolação diz respeito à penetração da água através de elementos porosos do solo ou da estrutura, o que permite a migração da umidade para o interior da edificação (Silva, 2022).
Esses mecanismos de transporte da água causam patologias visíveis, como eflorescência salina, destacamento de pinturas e rebocos, formação de manchas escuras, surgimento de bolores e mofo, degradação de componentes de madeira, além de contribuir para o processo de carbonatação do concreto e corrosão das armaduras metálicas (Silva, 2022).
A Figura 1 e 2 apresenta a representação esquemática da ação da umidade ascendente por capilaridade nas paredes de alvenaria.
Figura 1: imagem ilustrando a umidade ascendente por capilaridade em paredes, destacando a deterioração do reboco e da pintura nas regiões inferiores.

A figura 1 ilustra de forma clara a manifestação patológica ocasionada pela umidade ascendente por capilaridade em edificações, fenômeno comum em construções com ausência ou falhas nos sistemas de impermeabilização na interface entre a fundação e a alvenaria. É possível observar a presença de umidade que migra do solo através da viga baldrame para os elementos verticais da alvenaria, promovendo a degradação progressiva dos materiais construtivos, especialmente nas regiões inferiores das paredes. Essa umidade ascendente resulta na perda de aderência do revestimento, provocando o deslocamento da pintura e do reboco, além de favorecer o surgimento de manchas, eflorescências salinas e proliferação de mofo. Tais manifestações comprometem tanto o desempenho técnico da edificação quanto o conforto e a salubridade do ambiente interno. A imagem contribui para a compreensão visual e técnica dos mecanismos de deterioração relacionados à ausência de impermeabilização eficaz na base das estruturas verticais (Morotta et al., 2023).
Figura 2: imagem demonstrando a degradação do reboco devido à umidade ascendente, com destaque para as áreas afetadas na base da parede.

A Figura 2 demonstra uma abordagem técnica adequada para prevenir a degradação do reboco causada pela umidade ascendente, destacando a correta aplicação de sistemas de impermeabilização desde a fundação até os elementos verticais da edificação. Observa-se o uso de pintura com tinta betuminosa sobre a viga baldrame, formando uma barreira protetora contra a umidade proveniente do solo. Na alvenaria, são aplicadas argamassas de assentamento e revestimento com aditivos impermeabilizantes, que aumentam a resistência à penetração de água por capilaridade. Essa solução construtiva visa impedir que a umidade atinja as camadas superiores da parede, evitando as manifestações patológicas como bolores, eflorescências, destacamento de pintura e degradação do reboco. A imagem reforça a importância da adoção de medidas preventivas no início da obra para garantir a durabilidade e a integridade das edificações frente às ações da umidade (Brauwers; Bandeira; Rodrigues, 2017).
2.3.2 Causas e Consequências
As causas mais comuns da presença de umidade nas edificações estão relacionadas à inexistência de impermeabilização nas fundações, falhas na execução de elementos de vedação, uso de materiais de baixa qualidade e ausência de juntas de dilatação ou alívio de pressão. Além disso, a exposição prolongada a intempéries sem proteção adequada contribui significativamente para o agravamento das manifestações patológicas (Costa et al., 2020).
As consequências da umidade em ambientes construídos vão além dos danos materiais. Ela interfere diretamente nas condições do espaço, podendo causar problemas respiratórios em seus ocupantes devido à proliferação de fungos e ácaros. Também há impactos estruturais relevantes, como a perda da aderência entre os elementos construtivos, deterioração de argamassas e comprometimento do cobrimento das armaduras (Duarte, 2022).
Além disso, a umidade favorece reações químicas deletérias, como a reação álcali-agregada em concretos, além de acelerar o processo de carbonatação e, por consequência, a corrosão de armaduras, podendo levar ao colapso de elementos estruturais em casos extremos (Duarte, 2022).
2.3.3 Formas de Reparo
Diniz e Couto (2019) afirmam que a escolha do método de reparo adequado deve considerar o tipo de manifestação patológica, sua origem, extensão, e o grau de comprometimento estrutural envolvido. Em casos de umidade ascendente por capilaridade, os métodos mais empregados incluem:
- Barreiras químicas horizontais: aplicação de produtos hidrofugantes por injeção nas bases das paredes, criando uma barreira contra a ascensão da água;
- Impermeabilização com manta asfáltica ou argamassas poliméricas nas fundações, quando possível realizar escavações para intervenção externa;
- Substituição de revestimentos contaminados (reboco e pintura), com posterior aplicação de reboco técnico com aditivos impermeabilizantes.
Outras técnicas podem ser utilizadas, como o sistema de eletro-ósmose passiva, que inverte a polaridade da parede para repelir a água, embora esse método ainda tenha aplicação limitada no Brasil devido ao custo elevado e à escassez de mão de obra especializada (Diniz; Couto, 2019) .
2.4 IMPACTOS FINANCEIROS
Os impactos financeiros relacionados à ausência ou falha na impermeabilização são expressivos e vão muito além dos custos aparentes de reparo. De acordo com Fonseca, Costa e Dia (2025), a adoção de sistemas eficientes de impermeabilização contribui significativamente para a valorização dos imóveis, além de aumentar sua vida útil e reduzir custos operacionais ao longo do tempo. Assim, a impermeabilização deve ser considerada um investimento estratégico e não apenas um custo adicional da obra.
A literatura técnica aponta que o custo da impermeabilização representa, em média, 3% a 5% do custo total de uma construção. No entanto, quando esse sistema é negligenciado ou executado de forma inadequada, os custos com reparos corretivos podem atingir até 15% do valor da edificação. Esses gastos são justificados pela necessidade de intervenções que envolvem a remoção de acabamentos, substituição de revestimentos, demolições localizadas, reexecução de impermeabilizações, uso de mão de obra especializada e tempo de inatividade da estrutura (Aragão, 2022).
Aragão (2022) ainda afirma que além dos custos diretos com a intervenção física, há os custos indiretos, como:
- Desocupação temporária do imóvel, no caso de reparos em áreas internas habitadas;
- Prejuízos à saúde dos ocupantes, devido ao mofo e proliferação de fungos, especialmente em ambientes mal ventilados (ABNT NBR 15575/2013);
- Perda de valor comercial do imóvel, quando há evidências visíveis de patologias;
- Comprometimento da estética e conforto ambiental, que pode levar à desvalorização e dificuldade de locação ou venda;
- Riscos jurídicos, especialmente em imóveis alugados ou comercializados com vícios construtivos não sanados.
Silva Júnior, Rodrigues e Andrada (2023) reforçam que a detecção tardia de patologias, como infiltrações e eflorescências, potencializam os danos estruturais, gerando reparos complexos que demandam tempo e recursos financeiros substanciais. Segundo um levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), cerca de 50% das manifestações patológicas em edificações estão relacionadas à umidade e falhas de impermeabilização, evidenciando a urgência da adoção de boas práticas preventivas.
A manutenção preventiva e o uso de materiais adequados desde as etapas iniciais da obra são medidas eficazes para mitigar os riscos. Materiais como mantas asfálticas, argamassas poliméricas e membranas líquidas, embora possuam custo inicial mais elevado, proporcionam maior durabilidade e proteção contra agentes agressivos. O não investimento nesses recursos compromete a sustentabilidade financeira e a segurança da edificação (Hanauer et al., 2021).
Dito isso, é fundamental que o orçamento da obra contemple não apenas a instalação do sistema de impermeabilização, mas também uma reserva técnica para futuras manutenções e inspeções periódicas, que garantam o desempenho contínuo da solução adotada.
3. METODOLOGIA
A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo qualitativo, exploratório e descritivo, fundamentado na metodologia de estudo de caso múltiplo, associado à revisão integrativa da literatura. O objetivo do trabalho é investigar os impactos estruturais e financeiros da ausência de impermeabilização em edificações residenciais em Teresina – PI, propondo soluções técnicas preventivas e corretivas adequadas ao contexto climático e construtivo local.
O presente estudo delimita-se à análise dos impactos decorrentes da ausência de sistemas de impermeabilização em edificações residenciais localizadas no município de Teresina, estado do Piauí. A pesquisa terá como foco principal as patologias construtivas associadas à infiltração de água, com ênfase nas consequências estruturais e nos prejuízos econômicos relacionados à manutenção e aos reparos. Serão observadas manifestações como a degradação de elementos estruturais, presença de mofo, eflorescências e o comprometimento de revestimentos em fundações e pisos.
A investigação será direcionada a edificações de pequeno e médio porte, construídas nos últimos 20 anos, visando compreender as falhas mais recorrentes associadas à ausência de impermeabilização adequada. Além disso, serão analisadas as técnicas de impermeabilização mais indicadas para o clima tropical semiúmido de Teresina, bem como os desafios enfrentados pelos profissionais da construção civil na aplicação eficiente dessas soluções.
A presente pesquisa adota uma abordagem metodológica que integra diferentes estratégias de investigação, cada uma com características específicas, em que a pesquisa qualitativa busca compreender fenômenos em profundidade, explorando significados e contextos sem a utilização de dados estatísticos (Rodrigues; Oliveira; Santos, 2021). Além disso, a pesquisa descritiva que objetiva descrever características de determinado fenômeno ou população, fornecendo uma visão detalhada sem, necessariamente, investigar as causas (Pedroso; Silva; Santos, 2018). Por fim, a pesquisa integrativa da literatura: método que possibilita a síntese de conhecimentos prévios sobre um tema específico, integrando resultados de estudos independentes (Hassunuma et al., 2010).
A combinação dessas abordagens permite uma análise robusta dos impactos causados pela ausência de impermeabilização em edificações residenciais no município de Teresina-PI, articulando dados empíricos obtidos por meio de visitas técnicas com o conhecimento técnico-científico disponível na literatura da área.
A etapa empírica consistiu na realização de visitas técnicas em cinco edificações residenciais que apresentavam manifestações patológicas associadas à falta de impermeabilização. A seleção das residências foi realizada por conveniência, com base na acessibilidade e na permissão concedida pelos moradores. Durante as visitas, foram feitas observações diretas das áreas afetadas, com registro fotográfico e anotações técnicas das condições estruturais observadas.
Dito isso, é importante ressaltar que não houve coleta de dados pessoais nem realização de entrevistas, limitando-se o contato com os moradores apenas à solicitação de autorização para acesso ao imóvel. Não foram registradas informações que identificassem os residentes ou os imóveis, tampouco dados sensíveis de qualquer natureza. Considerando que esta pesquisa tem caráter técnico e não envolve seres humanos como sujeitos de pesquisa, não se aplica a exigência de submissão ao Comitê de Ética, estando em conformidade com os princípios éticos da produção científica na área da engenharia.
A análise das edificações focou na identificação de patologias recorrentes decorrentes da ausência ou falha nos sistemas de impermeabilização, como infiltrações ascendentes e descendentes, eflorescência, desplacamento de revestimentos, manchas de umidade, mofo e comprometimentos estruturais visíveis. Os dados foram organizados de forma sistematizada para possibilitar a comparação entre os casos observados e, posteriormente, subsidiar a discussão à luz da literatura especializada.
A segunda etapa da pesquisa corresponde à realização de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de reunir e analisar estudos científicos que abordam os efeitos da ausência de impermeabilização, as patologias mais comuns, as consequências técnicas e os possíveis métodos preventivos ou corretivos.
As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: ASCE Library, Compendex (Engineering Village), Scopus, ScienceDirect e IEEE Xplore Digital Library. Utilizaram-se os seguintes descritores, combinados por operadores booleanos: “impermeabilização”, “patologias em edificações”, “infiltração”, “umidade”, “danos estruturais”, “construção civil” e “edificações residenciais”. O recorte temporal adotado foi de dez anos, incluindo publicações entre 2014 e 2024, considerando a atualidade dos métodos construtivos e a evolução das técnicas de impermeabilização nesse período.
Foram incluídos na revisão artigos completos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, com acesso gratuito ou institucional, que tratassem de forma direta sobre os efeitos da impermeabilização (ou sua ausência) em edificações, com ênfase em construções residenciais. Excluíram-se artigos duplicados, estudos focados exclusivamente em edificações industriais ou comerciais, textos opinativos, resumos sem publicações completas e materiais sem revisão por pares.
A seleção dos artigos foi realizada manualmente, com leitura integral dos textos e organização das informações de acordo com os objetivos propostos na presente pesquisa. A triangulação entre os dados observados nas residências e os estudos levantados permitiu o aprofundamento da análise e a construção de uma base crítica sólida para discussão dos resultados.
Foram observadas patologias como desplacamento de pintura, infiltração por capilaridade e presença de mofo nas edificações analisadas. Para corrigir essas falhas, foram sugeridas soluções técnicas baseadas em normas da ABNT e boas práticas construtivas.
Após as visitas técnicas, foi realizado o levantamento orçamentário das soluções indicadas, utilizando como base de dados os preços médios praticados no comércio local de materiais de construção em Teresina (PI), além de consultas à Tabela SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), disponibilizada pela Caixa Econômica Federal.
O orçamento foi feito a partir da estimativa da quantidade de materiais necessários e da mão de obra envolvida em cada intervenção, considerando as condições específicas de cada edificação observada.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A presença de umidade em edificações residenciais é um fator crítico que desencadeia diversas manifestações patológicas, comprometendo a integridade estrutural, a estética e a salubridade dos ambientes. As inspeções realizadas nas cinco residências em Teresina – PI evidenciaram patologias específicas associadas à umidade, cada uma com causas e implicações distintas.
Na Residência 1, representada pela Figura 3, mostra a detecção de bolor (mofo) nos cantos superiores das paredes internas indica elevada umidade relativa do ar e ventilação inadequada. Ambientes com umidade são propícios ao crescimento de fungos, que deterioram os materiais de construção e representam riscos à saúde dos ocupantes, podendo causar doenças respiratórias e alérgicas.
Figura 3 e 4: Fotografia de identificação do bolor (mofo) na residência 01.

A Residência 2, representada pela figura 4, apresentou desplacamento da pintura e manchas de umidade nas paredes externas próximas à base da edificação, indicando falhas na proteção contra a umidade ascendente. A ausência de impermeabilização adequada na fundação permite que a água do solo seja absorvida pela estrutura, facilitando a infiltração e provocando danos como desplacamento do revestimento e degradação do substrato. Essa deficiência não apenas compromete a durabilidade da construção, mas também pode ocasionar patologias mais graves, como o surgimento de mofos e o enfraquecimento dos elementos estruturais, comprometendo a segurança e a estética da edificação.
Figura 4: Fotografia de identificação do deslocamento de pintura sobre o reboco na residência 02.

Na Residência 3, caracterizada pela figura 5, foram observadas infiltrações por capilaridade nas paredes próximas ao rodapé, caracterizadas por manchas de umidade ascendentes e eflorescências salinas.
Figura 5: Fotografia de identificação de infiltração por capilaridade na residência 03.

Ainda representando a figura 5, a ausência de uma barreira de impermeabilização horizontal na base das paredes permite que a água do solo seja absorvida pela alvenaria, resultando nessas manifestações. A umidade ascendente pode levar ao comprometimento da resistência mecânica dos materiais e à corrosão de elementos metálicos incorporados, afetando a estabilidade estrutural.

A Residência 4, representada pela figura 6, apresentou deslocamento de pintura em áreas internas sujeitas a alta umidade, como cozinha e banheiro. A ventilação inadequada nesses ambientes favorece a condensação do vapor d’água nas superfícies, causando o destacamento da pintura. Além disso, a umidade constante pode deteriorar revestimentos e favorecer o crescimento de microrganismos, impactando negativamente a higiene e o conforto dos usuários.
Figura 6: Fotografia de identificação do deslocamento de pintura sobre o reboco na residência 04.

Por fim, a Residência 5, representada pela figura 7, exibiu deslocamento de pintura sobre o reboco em áreas externas e internas da área de serviço, além de fissuras no revestimento. A exposição direta às intempéries, sem a devida proteção, permite a penetração de água através das fissuras, resultando no desplacamento da pintura e na degradação do reboco. Essas fissuras podem ainda servir como pontos de entrada para agentes agressivos, acelerando processos de deterioração.
Figura 7: Fotografia de identificação do deslocamento de pintura sobre o reboco na residência 05.

Leitão Neto (2022) afirma que as análises das manifestações patológicas evidencia a importância de medidas preventivas e corretivas específicas para cada caso:
- Proteção das Superfícies Externas: aplicar revestimentos hidrofugantes que impeçam a penetração de água nas superfícies externas.
- Impermeabilização de Fundações: Incluir barreiras de impermeabilização horizontal na base das paredes durante a construção, prevenindo a ascensão capilar da umidade. Em edificações existentes, técnicas como injeção de resinas hidrofóbicas podem ser empregadas para criar uma barreira contra a umidade ascendente.
- Manutenção de Revestimentos: Utilizar materiais de revestimento adequados às condições de uso de cada ambiente e realizar inspeções periódicas para identificar e reparar fissuras ou descolamentos precocemente.
A implementação dessas estratégias contribui significativamente para a durabilidade das edificações, preservação da estética, conforto e saúde dos ocupantes, além de reduzir custos associados a reparos emergenciais. A conscientização sobre a importância da impermeabilização e manutenção preventiva é fundamental para assegurar a qualidade e a longevidade das construções residenciais (Villanueva, 2015).
Diante dessas análises, pode-se observar que todas as residências apresentavam uma patologia em comum: deslocamento de pintura sobre o reboco. As demais apresentavam patologias distintas.
Foram identificadas patologias como bolor, desplacamento de pintura e infiltração por capilaridade. Esses achados corroboram estudos que apontam a umidade como um agente degradante significativo nas construções.
O bolor: observado na primeira residência é resultado direto da elevada umidade e ventilação inadequada, criando um ambiente propício para o crescimento de fungos. Segundo Paixão e Amario (2022) e Santana (2022), ambientes úmidos favorecem a proliferação de fungos e bolores, que deterioram materiais de construção e podem afetar a saúde dos ocupantes. Além disso, a presença de bolor indica possíveis falhas nos sistemas de impermeabilização ou ventilação, que permitem a retenção de umidade nas superfícies internas.
O desplacamento de pintura: identificado nas residências dois, quatro e cinco está frequentemente associado à infiltração de água nas superfícies pintadas. A umidade pode penetrar nas paredes devido a falhas na impermeabilização, fissuras ou ausência de proteção adequada contra intempéries. De acordo com Fonseca, Costa e Dias (2025), a infiltração de água nas superfícies pode levar ao desplacamento da pintura, comprometendo a estética e a proteção das edificações. Essa manifestação patológica não apenas afeta a aparência da construção, mas também expõe os materiais subjacentes a danos adicionais.
A infiltração por capilaridade: observada na terceira residência é um fenômeno em que a água do solo é absorvida pelas paredes devido à porosidade dos materiais de construção. Essa umidade ascendente pode resultar em manchas, eflorescências e deterioração dos revestimentos. Alfano et al. (2006) destacam que a umidade por capilaridade é uma das principais causas de deterioração dos materiais de alvenaria, podendo, em conjunto com sais solúveis, provocar eflorescências e comprometer a integridade estrutural. A ausência de barreiras de impermeabilização adequadas nas fundações é um fator que contribui significativamente para essa patologia.
A literatura enfatiza a importância de medidas preventivas para evitar tais patologias. A implementação de sistemas de impermeabilização eficazes, a utilização de materiais adequados e a realização de manutenções periódicas são essenciais para prevenir a infiltração de umidade. Paixão e Amario (2022) ressaltam que a falta de impermeabilização adequada e falhas na vedação são as principais causas das patologias relacionadas à umidade em edificações. Portanto, a atenção a esses aspectos durante o projeto e a execução das obras é fundamental para garantir a durabilidade e a segurança das construções.
Além disso, a ventilação adequada dos ambientes internos desempenha um papel crucial na prevenção do bolor e do mofo. Ambientes com circulação de ar insuficiente tendem a reter umidade, criando condições favoráveis para o crescimento de fungos. A promoção de uma ventilação eficaz, aliada ao controle da umidade interna, contribui significativamente para a manutenção da qualidade do ar e a conservação dos materiais de construção.
A identificação e o tratamento precoces das manifestações patológicas são essenciais para evitar danos mais graves e onerosos. A negligência em relação aos sinais iniciais de umidade pode levar a comprometimentos estruturais significativos, aumentando os custos de reparo e reduzindo a vida útil da edificação. Portanto, inspeções regulares e intervenções oportunas são práticas recomendadas para a manutenção da integridade das construções.
A umidade também pode ocasionar problemas de saúde aos ocupantes das edificações afetadas. Ambientes úmidos e com presença de mofo estão associados ao aumento de doenças respiratórias, alergias e outros problemas de saúde. Vaz (2019) destaca que a presença de mofo e bolor dentro das edificações pode causar sérios danos à saúde dos usuários, além de comprometer a estrutura da construção. Assim, além das medidas construtivas, é fundamental considerar o bem-estar dos moradores ao planejar estratégias de prevenção e correção das patologias relacionadas à umidade.
A escolha de materiais de construção adequados é outro aspecto relevante na prevenção de patologias por umidade. Materiais porosos, como tijolos cerâmicos e argamassas de baixa qualidade, podem facilitar a absorção de água e a propagação da umidade nas estruturas. Gomes (2022) enfatiza que a utilização de materiais de construção adequados e a execução correta dos processos construtivos são fundamentais para evitar a ocorrência de manifestações patológicas relacionadas à umidade. Portanto, a especificação criteriosa de materiais e técnicas construtivas é essencial para a durabilidade e o desempenho das edificações.
As patologias decorrentes da umidade, como bolor, desplacamento de pintura e infiltração por capilaridade, representam desafios significativos para a construção civil. A adoção de práticas construtivas adequadas, a escolha criteriosa de materiais, a implementação de sistemas de impermeabilização eficientes e a manutenção preventiva são estratégias fundamentais para mitigar os efeitos nocivos da umidade nas edificações. A conscientização sobre a importância dessas medidas é crucial para assegurar a qualidade, a durabilidade e a segurança das construções residenciais.
Os valores orçados foram organizados para análise e, posteriormente, discutidos e apresentados junto aos resultados obtidos na pesquisa, subsidiando as reflexões técnicas e econômicas propostas.
No caso da infiltração por capilaridade (Imagem 8), a aplicação de barreiras hidrofugantes, como silicatos ou silanos, resolve o problema, com custo de R$ 166,76.
Imagem 8. Infiltração por capilaridade.

O desplacamento da pintura exige a remoção da camada danificada e a aplicação de argamassa impermeável, seguida de tinta acrílica com propriedades impermeabilizantes, com custo entre R$ 108,2 (Imagem 9).
Imagem 9. Desplacamento de pintura sobre reboco.

Para o mofo, a eliminação da umidade e o uso de fungicidas são essenciais, seguidos da aplicação de revestimentos antimofo, com custo estimado de R$ 83,30 por metro quadrado (Imagem 10).
Imagem 10. Mofo e manchas.

Por fim, para proteger as fundações e rodapés, a impermeabilização com argamassa polimérica ou membranas líquidas, dependendo da gravidade, varia de R$ 70,67por metro quadrado.
Imagem 11. Proteção de rodapés e fundações

O Quadro 1 apresenta um resumo das composições de custos estimados e o planejamento orçamentário. Ressalta-se que este orçamento é apenas indicativo e pode variar conforme o padrão construtivo da edificação, localização do imóvel e mão de obra especializada disponível no mercado local. A estimativa visa demonstrar a viabilidade de intervenções técnicas eficazes frente aos danos identificados, além de subsidiar futuras tomadas de decisão por parte dos moradores e profissionais da construção civil.
Quadro 1. Soluções técnicas e estimativas de custo para as patologias identificadas nas residências analisadas
Patologia Identificada | Solução Técnica Recomendada | Estimativa de Custo (R$/m²) |
Mofo e manchas de umidade | Eliminação da fonte de umidade, limpeza com solução fungicida, aplicação de tinta antimofo/acrílica com aditivo fungicida | R$ 83,30 |
Infiltração por capilaridade | Injeção de barreira química (silanos/siloxanos), tratamento da base com argamassa impermeável ou polimérica | R$ 166,76 |
Desplacamento de pintura sobre reboco | Remoção da pintura e reboco deteriorados, recomposição com argamassa para áreas úmidas, aplicação de tinta impermeabilizante respirável | R$ 108,2 |
Proteção de rodapés e fundações | Impermeabilização com argamassa polimérica bicomponente, manta asfáltica ou membrana líquida (poliuretano) | R$ 70,67 |
No orçamento apresentado, foram detalhadas as etapas fundamentais para a execução de cada intervenção, garantindo maior transparência na composição dos custos. No caso do desplacamento de pintura e presença de mofo, o processo inclui a raspagem do reboco danificado para remover o material comprometido, seguida da aplicação de fungicida para eliminar os agentes biológicos. Em seguida, realiza-se o reparo do reboco com argamassa impermeável, aplicação de selador para aumentar a aderência e proteção, finalizando com a aplicação da massa niveladora e pintura impermeabilizante acrílica. Essas etapas são essenciais para garantir a eficácia do tratamento e a durabilidade da intervenção, refletindo nos valores apresentados no orçamento. Procedimentos similares foram considerados para as demais patologias, adequando materiais e técnicas conforme a especificidade do problema.
Assim, confrontando os valores orçados com os custos encontrados na literatura especializada, é possível verificar que as estimativas realizadas estão em conformidade com os padrões técnicos e econômicos vigentes para intervenções similares. Essa comparação permite validar a viabilidade financeira das soluções propostas, além de subsidiar a tomada de decisão tanto por profissionais da construção quanto por moradores. A aproximação entre os valores orçados e os parâmetros bibliográficos reforça a confiabilidade do estudo e aponta para a necessidade de considerar tais custos nas fases iniciais do planejamento e execução das obras, a fim de evitar patologias futuras decorrentes da ausência ou falhas nos sistemas de impermeabilização.
5. CONCLUSÃO
A ausência ou falha nos sistemas de impermeabilização em edificações residenciais no município de Teresina – PI tem resultado em diversas manifestações patológicas que comprometem a integridade estrutural, a estética e o conforto das construções. Durante as visitas técnicas realizadas, foram identificadas patologias como infiltrações, descolamento de revestimentos, eflorescências e mofo, evidenciando a prevalência de problemas relacionados à umidade. Esses achados estão alinhados com estudos que apontam a umidade como uma das principais causas de deterioração em edificações.
Contudo, a realização de uma revisão integrativa sobre o tema revelou uma significativa limitação: a escassez de artigos específicos disponíveis em bases de dados online que abordam os impactos da falta de impermeabilização em edificações residenciais em Teresina. Essa carência de literatura científica dificulta a contextualização e comparação dos dados locais com outras regiões, ressaltando a necessidade de mais pesquisas focadas nessa temática no contexto regional.
Os achados das visitas técnicas corroboram a importância de sistemas de impermeabilização adequados. A ausência ou execução inadequada desses sistemas tem levado a infiltrações que resultam no descolamento de revestimentos e pinturas, além de favorecer o surgimento de mofo e eflorescências, comprometendo não apenas a durabilidade das edificações, mas também a saúde dos ocupantes.
Diante desse cenário, é imperativo que profissionais da construção civil em Teresina adotem medidas preventivas e corretivas eficazes. A implementação de sistemas de impermeabilização eficientes, a escolha criteriosa de materiais e técnicas construtivas adequadas, aliadas a manutenções periódicas, são essenciais para mitigar os impactos negativos da umidade nas edificações residenciais.
Por fim, a falta de impermeabilização adequada em edificações residenciais em Teresina – PI tem causado diversas manifestações patológicas que comprometem a qualidade e a segurança das construções. A escassez de literatura específica sobre o tema na região destaca a necessidade de mais estudos locais para embasar práticas construtivas mais eficientes e adaptadas às particularidades climáticas e geográficas no referido município.
Para trabalhos futuros, recomenda-se a realização de estudos mais aprofundados que explorem metodologias específicas de impermeabilização adaptadas às condições climáticas e ao tipo de solo de Teresina – PI, além da análise dos impactos socioeconômicos das patologias causadas pela umidade nas edificações residenciais. Investigações que utilizem técnicas de monitoramento contínuo da umidade e avaliações comparativas entre diferentes materiais e sistemas impermeabilizantes também seriam valiosas para aprimorar as práticas construtivas locais. Ademais, é importante fomentar pesquisas interdisciplinares que envolvam engenheiros civis, arquitetos e profissionais da saúde, com o intuito de desenvolver soluções integradas que promovam a sustentabilidade, a durabilidade das edificações e a qualidade de vida dos moradores.
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1Acadêmico do curso de Engenharia Civil pelo Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA.
2Acadêmico do curso de Engenharia Civil pelo Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA.
3Engenheiro pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Doutor e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista. Docente do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA.