OS EFEITOS ERGOGÊNICOS DO ENXAGUE BUCAL EM ATLETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA  

THE ERGOGENIC EFFECTS OF MOUTHWASH IN ATHLETES: A LITERATURE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202506111108


Guilherme Curvelo Bernardes Silva¹; Lucas Fonseca Moysés¹; Isabela Barboza Magnan  Magalhães¹; Nicolle Barbosa Matolla de Alencar¹; Juliana Yoshie Hara Gomes¹; Julia  Coelho da Silva¹; Arthur Xavier Raphael¹; Vinicius Moreira Paladino²


Resumo 

Recentemente, a pesquisa em fisiologia do exercício concentrou-se na otimização do desempenho atlético, enfatizando a importância da suplementação alimentar e da gestão  nutricional. Uma estratégia notável que ganha destaque é o enxágue bucal com soluções  contendo carboidratos, cafeína e outras substâncias, uma abordagem simples que evita  complicações gastrointestinais e psicológicas associadas à ingestão líquida. Embora  evidências preliminares sugiram benefícios, como aumento da resistência e redução da  fadiga em atletas de elite, há uma notável discrepância entre estudos que relatam eficácia,  gerando lacunas na literatura. Esta revisão integrativa buscou investigar os efeitos do  enxágue bucal em atletas, abrangendo diversas modalidades esportivas e fornecendo  insights práticos para atletas, treinadores e profissionais de saúde. A metodologia incluiu  uma busca extensiva em bases de dados específicas, resultando em 20 estudos  selecionados para discussão. Os resultados destacaram que o enxágue bucal com  carboidratos pode aprimorar o desempenho em exercícios de resistência, enquanto o  enxágue bucal com cafeína demonstrou efeitos positivos, especialmente em atividades de  alta intensidade e curta duração. A revisão ressaltou a influência de diferentes protocolos,  substâncias, tipos de exercícios e critérios de avaliação na heterogeneidade dos  resultados. Apesar da variabilidade, a compreensão aprofundada dessas intervenções  oferece potencial para estratégias personalizadas e eficazes no aprimoramento do  desempenho atlético. A conclusão destaca a necessidade de mais pesquisas para elucidar  completamente os efeitos e mecanismos dessas intervenções, abordando perspectivas  futuras nesse campo dinâmico.

Palavras-Chave: Enxaguante bucal; Atletas; Carboidratos; Mentol; Performance  Esportiva 

Abstract 

Recently, exercise physiology research has focused on optimizing athletic performance,  emphasizing the importance of dietary supplementation and nutritional management. A  notable strategy gaining prominence is mouth rinsing with solutions containing  carbohydrates, caffeine, and other substances, a simple approach that avoids  gastrointestinal and psychological complications associated with liquid ingestion. While  preliminary evidence suggests benefits such as increased endurance and reduced fatigue  in elite athletes, there is a notable discrepancy between studies reporting efficacy, creating  gaps in the literature. This integrative review sought to investigate the effects of mouth  rinsing in athletes, spanning various sports modalities and providing practical insights for  athletes, coaches, and healthcare professionals. The methodology included an extensive  search in specific databases, resulting in 20 selected studies for discussion. The results  highlighted that mouth rinsing with carbohydrates can enhance performance in endurance  exercises, while mouth rinsing with caffeine showed positive effects, especially in high intensity and short-duration activities. The review emphasized the influence of different  protocols, substances used, types of exercises, and assessment criteria on the  heterogeneity of results. Despite variability, a thorough understanding of these  interventions holds potential for personalized and effective strategies in enhancing  athletic performance. The conclusion underscores the need for further research to fully  elucidate the effects and mechanisms of these interventions, addressing future  perspectives in this dynamic field. 

Keywords: Mouthwash; Athletes; Caffeine; Carbohydrates; Menthol; Sports Performance

Introdução 

Nos últimos anos, a pesquisa em fisiologia do exercício tem se voltado para a  otimização do desempenho atlético, buscando estratégias que possam proporcionar  vantagens competitivas significativas. Dentre essas estratégias, a suplementação  alimentar e a gestão da nutrição desempenham um papel crucial na busca por melhorias  no desempenho esportivo.¹ 

Uma abordagem particularmente interessante que tem ganhado destaque é o  enxágue bucal com soluções contendo carboidratos, cafeína e outras substâncias.² Este  método, aparentemente simples, envolve a aplicação de uma solução líquida na cavidade  bucal, sem a ingestão real do líquido, reduzindo assim complicações associadas ao parelho gastrointestinal e até mesmo psicológicas como insônia e nervosismo.³ 

A evidência preliminar sugere que esse procedimento pode influenciar  positivamente o desempenho, aumentando a resistência e reduzindo a percepção de fadiga  em atletas de alta performance.4 Existem ainda, evidências que mostram que esta técnica  pode trazer não só resultados físicos, como até mesmo resultados cognitivos para esse  público.5 

No entanto, é alarmante o alto número de trabalhos que trazem informações em  que essa técnica não seria de fato efetiva na prática como vemos na teoria, seja por vieses apresentados nesses trabalhos ou até mesmo uma formulação ruim dos mesmos, deixando  assim uma lacuna na literatura em relação as evidências e consensos dessa prática. O  objetivo geral deste artigo é investigar e sintetizar a literatura científica atual sobre os  efeitos do enxágue bucal com soluções de carboidratos e cafeína em diferentes tipos de  atletas em diferentes modalidades e não apenas compreender os mecanismos subjacentes  a esses efeitos, mas também oferecer “insights” valiosos para atletas, treinadores e  profissionais da área da saúde sobre a aplicabilidade dessa estratégia em diferentes  modalidades esportivas, fornecendo diretrizes para atletas e treinadores interessados em aplicar essa estratégia em seu treinamento e competições. Finalmente, concluiremos com  uma síntese das descobertas e uma discussão sobre as perspectivas futuras para a pesquisa  nesse campo emocionante e em constante evolução. 

Metodologia 

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, retrospectiva e transversal  executado por meio de uma revisão integrativa da literatura. Para isso, realizou-se uma  busca, na base de dados National Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores “Mouthwash” e “Athletes” e o operador  booleano “AND”. A revisão de literatura foi realizada seguindo as seguintes etapas:  estabelecimento do tema; definição dos parâmetros de elegibilidade; definição dos  critérios de inclusão e exclusão; verificação das publicações nas bases de dados; exame  das informações encontradas; análise dos estudos encontrados e exposição dos resultados. 

Foram incluídos no estudo artigos publicados nos últimos 5 anos (2018-2023); artigos  cujos estudos eram do tipo ensaio clínico controlado ou estudo observacional. Foram  excluídos os artigos que não tinham definição clara de embasamento teórico e temático  afinado aos objetos do estudo, que não trabalhavam a relação dos ergogênicos com os  efeitos na performance esportiva e artigos fora do tema abordado.  

Resultados 

A busca resultou em um total de 190 trabalhos científicos, sendo 178 na base de  dados PubMed e 12 artigos na BVS. Estes, foram lidos e selecionados com base nos  critérios de inclusão e exclusão. Desse modo, 170 trabalhos foram excluídos, pois fugiam  ao tema proposto ou não conseguiram ser acessados para revisão, resultando em 20  trabalhos para a discussão, conforme ilustrado na Figura 1.

Figura 1. Fluxograma dos artigos selecionados nas bases de dados PubMed e BVS.

Fonte: Autores (2023)

As revisões sistemáticas e estudos individuais analisados neste contexto indicam  que o enxágue bucal com carboidratos pode potencialmente melhorar o desempenho em  exercícios de resistência, enquanto o enxágue bucal com cafeína demonstrou efeitos  positivos, especialmente em atividades de alta intensidade e curta duração. No entanto,  os resultados são variáveis e dependem da natureza do exercício, genótipo individual e  outras variáveis. A pesquisa ressalta a necessidade de mais estudos para esclarecer  completamente os efeitos e mecanismos subjacentes do enxágue bucal com substâncias  ergogênicas na performance esportiva. Dessa maneira, os estudos foram organizados em  uma tabela com os principais resultados de cada artigo analisado, a fim de facilitar a  análise, conforme ilustrado no Quadro 1. 

Quadro 1. Caracterização dos artigos conforme os autores, o ano de publicação, título  do artigo, tipo de estudo, e as principais conclusões

Fonte: Autores (2023) 
Legenda: CMR (caffeine mouth rinse), CHO (Carboidratos), LCRM (low dose),  HCRM (high dose), HR (heart rate), RPE (perceived exertion) , MVC (maximum  voluntary contraction), sMVC (sustained maximum voluntary contraction), CAF  (caffeine), placebo (PLA), FFM (fat free mass), IMC (índice de massa corporal), WAT  (cold water), DWL (drinking to replace all weight loss), DAL (drinking “ad libitum”) 

DISCUSSÃO  

A revisão abrangente de 20 estudos sobre o enxágue bucal com substâncias  ergogênicas revelou uma gama variada de resultados, indicando complexidades  significativas nesse campo de pesquisa.6,8,9,10 

Dentre esses estudos, 7 não apresentaram efeitos consistentemente positivos ao adotar  diferentes protocolos de enxágue, que variaram de 5 a 20 segundos. As substâncias  utilizadas para o enxágue incluíram carboidrato à 6%, cafeína (com uma resposta dose dependente observada), L-mentol e sal, cada uma com diferentes propósitos e  mecanismos de ação. Essas substâncias foram aplicadas em diversas modalidades de  exercícios, abrangendo treino resistido, corrida, ciclismo e HIIT. Os critérios de avaliação  também divergiram entre os estudos, incluindo frequência cardíaca, força máxima,  resistência, nível percebido de esforço, tempo contra-relógio, consumo de O2, potência  média, velocidade, perda de peso, ativação muscular e até mesmo alterações metabólicas.  A heterogeneidade foi observada não apenas nos procedimentos experimentais, mas  também nos estados alimentares e de hidratação dos participantes, o que pode ter influenciado nas respostas. Além disso, uma consideração importante foi a minimização  de efeitos colaterais, como desconforto gastrointestinal e insônia, que variaram em sua  incidência.12,14,15,18,19,22,23 

Dos trabalhos analisados, 5 estudos focaram principalmente na substância cafeína,  trazendo informações concretas sobre seu uso no desempenho desportivo. No contexto  da cafeína, sua eficácia foi relacionada à ligação aos receptores de adenosina na boca,  resultando no aumento da liberação de neurotransmissores e da unidade motora em taxas  de disparo. Em segundo lugar, os receptores de sabor amargo na cavidade oral foram  identificados como tendo uma conexão direta com as regiões cerebrais responsáveis pelo  processamento de informações e recompensa. Quando expostos à cafeína, esses  receptores são ativados, ampliando o estado de alerta mental através da transmissão de  dopamina. Os mecanismos de ação foram explorados em maior profundidade, destacando  que a principal causa de fadiga durante exercícios de resistência máxima está associada à  redução do impulso neural.A atividade elétrica muscular, por sua vez, pode aumentar até  certo ponto para superar a fadiga durante sessões de resistência muscular de carga  moderada. Além disso, esses estudos mostraram que a técnica de enxague com a cafeína  tem efeitos principalmente na frequência cardíaca, redução de insônia e efeitos colaterais  no aparelho gastrointestinal.6,7,15,16,22 

Seguindo esse contexto, 4 estudos focaram nos efeitos do carboidrato. O mecanismo de  ação do enxágue bucal com essa substância em atletas ainda é pouco elucidado, e traz  divergências maiores nas literaturas pesquisadas, porém a maior parte desses estudos  relatam que a ativação de receptores sensoriais na boca podem desencadear sinais neurais  que modulam a percepção da fadiga e, potencialmente, melhorar o desempenho. Embora  não haja ingestão real, a presença do carboidrato na cavidade oral pode influenciar  respostas neurais e metabólicas, proporcionando benefícios percebidos no rendimento durante a atividade física. Adicionalmente, foi observado que o nível de desidratação pode  modular o efeito da percepção cerebral na presença de carboidrato.11,13,17,25 

Além disso, o uso de mentol em enxágue bucal tem sido investigado como uma estratégia  para melhorar o desempenho durante atividades físicas em condições de calor. Esses  estudos, demonstraram que o enxágue bucal com mentol mantém a produção de potência  relativa durante um desempenho máximo em condições de calor, quando comparado com  enxágue bucal de água fria e placebo21,24. Esses resultados sugerem que o mentol pode  desempenhar um papel na regulação térmica e na percepção subjetiva de esforço durante  o exercício em ambientes quentes, mesmo em face do aumento da temperatura corporal  média.20 Essas descobertas sugerem que o mentol pode ter efeitos benéficos na  capacidade de manter o desempenho físico em condições térmicas desafiadoras.  Adicionalmente, os estudos destacam o impacto da temperatura central elevada na  cognição em ambientes quentes, evidenciando a relevância de estratégias que possam  modular esses efeitos, como o uso de mentol em enxágue bucal, para otimizar o  desempenho durante atividades físicas nessas condições específicas.19 

Conclusões 

Em conclusão, a análise abrangente dos estudos investigando o uso de enxágue bucal com  substâncias como carboidrato, cafeína e mentol revela uma variabilidade significativa nos  resultados. Embora sete dos vinte estudos revisados não tenham apresentado resultados  positivos para o método de enxágue bucal, evidenciando a complexidade e a dependência  de diversos fatores. Notavelmente, diferentes substâncias, como carboidrato, cafeína, L mentol e sal, foram empregadas em protocolos distintos, visando diversas finalidades e  operando por mecanismos de ação diversos. A heterogeneidade nos desenhos  experimentais, critérios de avaliação, tipos de exercícios e estados fisiológicos dos  participantes contribui para a diversidade de resultados observados. Contudo, a compreensão dos mecanismos subjacentes destas intervenções é crucial. Enquanto o  carboidrato pode modular a fadiga durante exercícios de resistência máxima, a cafeína  atua nos receptores de adenosina, influenciando a liberação de neurotransmissores e a  unidade motora. O mentol, por sua vez, destaca-se por manter a produção de potência  relativa em condições térmicas desafiadoras. Conclui-se, portanto, que embora os  resultados sejam variados, o enriquecimento contínuo da compreensão dessas  intervenções pode proporcionar estratégias personalizadas e mais eficazes para otimizar  o desempenho atlético em diferentes contextos e modalidades esportivas. 

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1Discente do curso de graduação em medicina, Universidade de vassouras, Vassouras,  Rio de Janeiro, Brasil;
1Autor correspondente: Email: Guilhermecurvelo2011@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0009-0003- 5595-205X
2Docente do curso de graduação em medicina, Universidade de  vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil