OS EFEITOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO EM PACIENTES PÓS-COVID-19 COM SEQUELAS CARDIORESPIRATÓRIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10841618


Manoel José de Oliveira Neto¹,
Flávia de Araújo Berenguer Santana²


RESUMO

Introdução: A pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 emergiu como uma crise global sem precedentes, impactando a saúde pública e causando sequelas cardiorrespiratórias em pacientes recuperados. Dentre as complicações mais comuns se destacam as disfunções pulmonares e cardíacas. Objetivo: Este estudo realizou um levantamento do papel da fisioterapia no tratamento das sequelas cardiorrespiratórias em pacientes pós-COVID-19, examinando seus efeitos e abordagens terapêuticas. Materiais e Métodos: Uma revisão integrativa foi conduzida usando bases de dados como SciELO, PubMed, MEDLINE, PEDro e LILACS. Foram selecionados 13 estudos relevantes que atenderam aos critérios estabelecidos, focando nas intervenções fisioterapêuticas para tratamento das sequelas. Resultados: Os estudos demonstraram a importância da reabilitação pulmonar e cardiovascular para melhorar a capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes pós-COVID-19. O treinamento respiratório, recondicionamento e exercícios personalizados foram eficazes na redução da dispneia persistente e na melhoria do bem-estar físico e mental. A abordagem individualizada e contínua da reabilitação foi enfatizada para otimizar resultados positivos. Considerações Finais: A fisioterapia emerge como recurso crucial no tratamento das sequelas cardiorrespiratórias pós-COVID19, oferecendo uma abordagem multidisciplinar e personalizada. A reabilitação pulmonar e cardiovascular promove melhoria na capacidade funcional, inflamação e sintomas, contribuindo para a recuperação global do paciente. Futuras pesquisas devem continuar a explorar essas intervenções para um tratamento mais eficaz das repercussões da COVID-19.

Palavras-chave: COVID-19. fisioterapia respiratória. Sequelas. intervenção fisioterapêutica.

ABSTRACT

Introduction: The coronavirus SARS-CoV-2 pandemic emerged as an unprecedented global crisis, impacting public health and causing cardiopulmonary sequelae in recovered patients. Among the most common complications are pulmonary and cardiac dysfunctions. Objective: This study conducted a survey of the role of physiotherapy in the treatment of cardiorespiratory sequelae in post-COVID-19 patients, examining its effects and therapeutic approaches. Materials and Methods: An integrative review was conducted using databases such as SciELO, PubMed, MEDLINE, PEDro and LILACS. Thirteen relevant studies were selected that met the established criteria, focusing on physiotherapeutic interventions for treatment of sequelae. Results: The studies demonstrated the importance of pulmonary and cardiovascular rehabilitation to improve functional capacity and quality of life of postCOVID-19 patients. Respiratory training, reconditioning and personalized exercises were effective in reducing persistent dyspnea and improving physical and mental well-being. The individualized and continuous approach of rehabilitation was emphasized to optimize positive outcomes. Final Considerations: Physiotherapy emerges as a crucial resource in the treatment of cardiopulmonary sequelae post-COVID-19, offering a multidisciplinary and personalized approach. Pulmonary and cardiovascular rehabilitation promotes improvement in functional capacity, inflammation and symptoms, contributing to the overall recovery of the patient. Future research should continue to explore these interventions for a more effective treatment of the repercussions of COVID-19.

Keywords: COVID-19. respiratory physiotherapy. Sequelae. physiotherapy intervention.

1 INTRODUÇÃO

A pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 se tornou uma das maiores crises globais da história, afetando a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo, e tem causado um grande impacto na saúde pública.1 

O vírus SARS-CoV-2 teve sua primeira identificação registrada na cidade de Wuhan, na China, durante o mês de dezembro de 2019, e experimentou uma disseminação global de rápida propagação, alcançando a condição de pandemia em março de 2020. O vírus se espalha principalmente por gotículas respiratórias, apresentando uma taxa de mortalidade significativa entre idosos e indivíduos com comorbidades. A necessidade de medidas de distanciamento social e outras intervenções, foram rapidamente abordadas como uma forma de reduzir a propagação do vírus, enquanto dados sólidos e mais ensaios clínicos fossem concluídos para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas.2

A infecção por SARS-CoV-2 manifesta-se em um espectro clínico que varia de assintomática a crítica, de acordo com diretrizes de classificação fundamentais para a gestão do paciente.3 Após a recuperação, muitos pacientes apresentam sequelas a longo prazo, predominantemente relacionadas ao sistema cardiorrespiratório. Essas complicações podem durar semanas, meses ou até mesmo anos após a infecção inicial.4

Essas complicações podem afetar a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias. Os danos ao sistema respiratório incluem as vias aéreas superiores e inferiores, bem como o parênquima pulmonar. Pacientes que se recuperam da doença podem apresentar uma variedade de complicações pulmonares, incluindo fibrose pulmonar, pneumonia intersticial, insuficiência respiratória e tromboembolismo pulmonar.5 Alguns pacientes também podem desenvolver síndrome da angústia respiratória aguda (SARA), que pode ser fatal em casos graves.6

Além das complicações respiratórias, esses pacientes também podem apresentar sequelas cardiovasculares, como alterações na função cardíaca e no sistema circulatório.7 “O acometimento cardiovascular resulta em lesão cardíaca aguda, miocardite, inflamação vascular e arritmias cardíacas, enquanto as disfunções olfativas e gustativas pertinentes ao sistema neurológico são amplamente relatadas”.8 Estudos mostram que o SARS-CoV-2 pode causar danos diretos ao músculo cardíaco, disfunção ventricular esquerda e direita.9 O aumento do risco de coagulação sanguínea também pode levar a trombose arterial e venosa, incluindo acidente vascular cerebral e trombose venosa profunda.10 

A fisioterapia tem sido amplamente utilizada no tratamento de pacientes com doenças respiratórias agudas e crônicas, bem como em casos de internação em UTI.  Ela é fundamental para ajudar os pacientes a recuperarem a função pulmonar e cardíaca.11 A fisioterapia respiratória inclui técnicas como a reexpansão pulmonar, exercícios respiratórios, tosse assistida e drenagem postural.12 Já a fisioterapia cardiovascular pode envolver exercícios de treinamento de resistência, treinamento de força e condicionamento físico.13

Estudos mostram que os pacientes que realizam fisioterapia após a infecção pelo vírus apresentam uma melhora significativa na dispneia, na capacidade de realizar atividades cotidianas e na qualidade de vida, bem como na prevenção de complicações como pneumonias, trombose venosa profunda e doenças cardíacas.14

A reabilitação pulmonar emerge como uma abordagem terapêutica de destaque para pacientes pós-COVID-19, sendo recomendada tanto durante a hospitalização quanto após a alta hospitalar.15 O design de protocolos de reabilitação é fundamentado na avaliação individualizada das necessidades do paciente, levando em consideração aspectos físicos, funcionais e possíveis comorbidades .16 A prescrição de exercícios deve ser cuidadosamente adaptada para abranger uma variedade de modalidades, como caminhada, corrida, bicicleta ergométrica e natação, garantindo a segurança e conforto do paciente.17

A técnica de Respiração com Pressão Positiva Intermitente (RPPI) se destaca como uma opção eficaz na reabilitação respiratória, ao usar pressão positiva para aumentar a capacidade vital e o volume pulmonar, resultando na melhora da ventilação alveolar e da troca gasosa.18 É vital salientar que a aplicação do RPPI deve ser supervisionada por fisioterapeutas especializados para evitar potenciais efeitos adversos, como pneumotórax e desconforto respiratório.19 

Além dos aspectos respiratórios, a intervenção fisioterapêutica compreende uma abordagem abrangente, incluindo exercícios físicos, treinamento muscular respiratório e mobilização precoce, promovendo melhorias significativas na saúde física dos pacientes. A reabilitação pós-COVID-19 transcende os cuidados respiratórios, envolvendo aspectos cardiovasculares, metabólicos e neuromusculares.20

Estudos têm destacado a melhoria da função respiratória, resistência ao exercício e autocuidado nas atividades diárias como resultados da reabilitação.21 E, revisões sistemáticas têm enfatizado os efeitos positivos do exercício multicomponente, abrangendo tanto aspectos respiratórios quanto saúde mental, observando melhorias em fadiga, dispneia, ansiedade e qualidade de vida.22

Diante do mencionado, a revisão integrativa da literatura proposta fez um levantamento, informando de que forma a fisioterapia tem ajudado no tratamento das sequelas cardiorrespiratórias em pacientes que tiveram COVID-19 e quais são os efeitos da fisioterapia nesses pacientes.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Na Revisão integrativa da literatura foi adotado como critério para a seleção dos artigos um levantamento nas bases de dados: SciELO, PubMed, MEDLINE, PEDro e LILACS, empregando como descritores as palavras-chaves “COVID-19”,

“fisioterapia respiratória”, “sequelas”, “intervenção fisioterapêutica”. além de seus respectivos descritores na língua inglesa “COVID-19”, “respiratory physiotherapy”, “sequelae”, “physiotherapy intervention”. A busca resultou em um total de 5584 estudos identificados, onde após uma análise rigorosa, foram escolhidos 13 estudos científicos altamente relevantes que atenderam aos critérios predefinidos. 

Estes critérios incluíram a necessidade de os artigos selecionados abordarem a temática proposta e fornecerem evidências de intervenções fisioterapêuticas para o tratamento das sequelas cardiorrespiratórias em pacientes pós-COVID-19. A janela de tempo para a seleção abrangeu o período de 2019 a 2023. Durante o processo de exclusão, foram excluídos estudos que não se encaixavam nos critérios estabelecidos, como aqueles publicados antes de 2019, artigos em idiomas diferentes de inglês e português, estudos duplicados, bem como aqueles que não trataram diretamente do tema proposto ou não forneceram dados pertinentes. Essa abordagem seletiva e rigorosa ressalta a robustez metodológica empregada neste estudo, visando  fornecer informações sólidas para orientar as práticas clínicas e terapêuticas futuras.

3 RESULTADOS

A partir das bases de dados pré-definidas e empregando-se as palavras chaves acima descritas, foram selecionados um total de 5584 artigos SciELO (1987), PubMed (3033), MEDLINE (430), PEDro (117) e LILACS (17). Entre esses, foram excluídos aqueles que não incluíam informações relevantes ou extraíveis dentro dos critérios de inclusão e inclusão supracitados, por fim, ao final treze artigos foram selecionados com conteúdo potencialmente relevantes a revisão, que seguem apresentados por meio de fluxograma e da tabela a seguir:

Referência
(Autor/ano)
Tipo de
Estudo
ObjetivoMetodologiaResultados
Gloeckl R, Leitl D, Jarosch I, Schneeber ger T, Nell C, Stenzel N et al.
(2021).
Estudo de coorte retrospectiva.Investigar a eficácia,
viabilidade e segurança da reabilitação
pulmonar em pacientes com COVID-19.
233 pacientes com COVID-19 hospitalizados entre janeiro e fevereiro de 2020 foram analisados. Foram selecionados 98 pacientes que completaram acompanhamentos de 2 semanas e 6 meses. Destes, 27 realizaram pelo menos cinco sessões de reabilitação pulmonar (RP) durante os 6 meses de convalescença e foram designados para o grupo de RP, enquanto os demais compuseram o grupo controle.O estudo destaca a eficácia, segurança e viabilidade da reabilitação pulmonar como uma intervenção terapêutica promissora para os pacientes. Os achados enfatizam que a reabilitação pulmonar melhora a capacidade de exercício, a qualidade de vida, os sintomas respiratórios e a função pulmonar desses pacientes. E, recomenda que os pacientes com
COVID-19 sejam encaminhados para programas de reabilitação pulmonar durante e após a alta hospitalar.
Sun J, Liu J, Li H,
Shang C, Li T, Ji W et al. (2021).
Ensaio clínico prospectivo.Investigar         o papel da RP nos pacientes internados com COVID-19 grave.31 pacientes passaram por um programa de reabilitação pulmonar (PR) de 3 semanas. Foram coletados dados demográficos, informações dos prontuários médicos, sintomas, resultados de exames laboratoriais e tomografias computadorizadas (TC) torácicas no início do estudo. O efeito da RP foi avaliado por meio de questionários realizados antes do início do PR e depois de 2 e 3 semanas de participação no programa.Os resultados mostraram que a RP foi eficaz em melhorar todos esses parâmetros, incluindo redução da inflamação, melhora da função pulmonar e alívio dos sintomas respiratórios. A reabilitação pulmonar deve ser oferecida de maneira contínua ao longo de todo o processo de manejo da doença, independentemente da localização do paciente, seja no ambiente hospitalar ou domiciliar.
Dun Y, Liu
C, Ripley-
Gonzalez
JW, Liu P,
Zhou N, Gong X et al. (2021).
Estudo retrospectivo.Investigar as mudanças e os efeitos da
reabilitação pulmonar (RP) na capacidade de exercício e na imunologia seis meses após          a internação por COVID-19
Foram revisados os registros de 233 pacientes com COVID-19 hospitalizados de 17 de janeiro de 2020 a 29 de fevereiro de 2020.
Desses, 98 pacientes completaram acompanhamentos e testes de 2 semanas e 6 meses. Entre esses 98 pacientes, 27 participaram de pelo menos cinco sessões de reabilitação pulmonar (RP) no Primeiro Hospital de Changsha, China, durante o período de convalescença de 6 meses, sendo alocados para o grupo de RP. Os pacientes que não realizaram RP foram designados para o grupo controle
Os resultados mostraram que a reabilitação pulmonar aumenta significativamente a distância percorrida em 6 minutos, um indicador da capacidade de exercício, em comparação com o cuidado usual. O estudo também mostra que a reabilitação pulmonar não afeta os parâmetros imunológicos e bioquímicos dos pacientes. 
Pinto R, Pires ML, Borges M, Pinto ML,
Sousa Guerreiro
C, Miguel S et   al.
(2021).
Estudo observa cional longitudi nalAvaliar os níveis de atividade física
(AF) após a conclusão de um programa de RC digital domiciliar.
A amostra do estudo incluiu 116 pacientes com DCV, com idades médias de 62,6 anos, sendo a maioria homens. Foram avaliados diversos parâmetros no início do estudo e após 3 meses de participação no programa digital de RC domiciliar, incluindo a autorreferência da AF, comportamento sedentário, adesão ao programa online, sintomas cardiovasculares e não cardiovasculares, impacto da pandemia, hábitos alimentares, controle de fatores de risco, segurança e eventos adversos.Após três meses, os pacientes apresentaram um aumento na AF moderada a vigorosa e uma diminuição no tempo sedentário, o que indica uma melhora na saúde cardiovascular. Nenhum evento adverso grave foi relatado e apenas um evento menor ocorreu durante o programa de RC domiciliar. Isso mostrou que o programa de reabilitação cardíaca (RC) domiciliar foi eficaz para melhorar os níveis de AF moderada a vigorosa em pacientes com DCV durante a pandemia.
Tozato C, Fernandes
B, Ferreira C, Pereira Dalavina J, Molinari C, Lúcia V et al. (2021).
Relato de casos.Demonstrar a experiência em pacientes com diferentes
perfis de gravidade que realizaram um programa de RCP por 3 meses pós-
COVID-19.
Foi realizado o acompanhado  da reabilitação de 4 pacientes com COVID-19, cada um apresentando diferentes graus de acometimento e evolução ao longo da infecção. Os pacientes foram submetidos a um protocolo de reabilitação.O programa de exercícios físicos baseado em princípios da reabilitação cardiovascular e pulmonar apresentou impacto positivo nos casos acompanhados, com melhora da capacidade funcional, mesmo com a variabilidade da gravidade dos casos pós-COVID-19.
Palau P,
Domínguez E, Gonzalez C,
Bondía E,
Albiach C,
Sastre C, et al. (2022)
Ensaio clínicoAvaliar os efeitos de um programa de
Treinamento
Muscular
Inspiratório (TMI) domiciliar na capacidade funcional de pacientes com COVID longa, que foram previamente internados devido a pneumonia por SARS-CoV-2.
O estudo foi unicêntrico, randomizado e controlado. 26 pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo que realizou o TMI em casa por 12 semanas e um grupo que recebeu apenas cuidados habituais. O end point primário foi a mudança no pico de consumo de oxigênio (picoVO2). Desfechos secundários incluíram alterações na qualidade de vida (QV), eficiência ventilatória e resposta cronotrópica durante o exercício. Os pacientes que realizaram o TMI domiciliar apresentaram uma melhora significativa no pico de consumo de oxigênio em comparação com o grupo de cuidados habituais. O Estudo sugere que o TMI domiciliar pode ser uma intervenção eficaz para pacientes com COVID longa que enfrentam problemas de capacidade funcional.
Do Amaral VT,    Viana AA,
Heubel AD,
Linares SN,
Martinelli B,
Witzler PH, et al. (2022)
Ensaio clínico
randomizado.
Avaliar a eficácia do treinamento físico domiciliar telesupervisionado na melhoria dos parâmetros cardiovascular es, respiratórios e funcionais em pacientes recuperando-se da COVID19 após a alta hospitalar.Foram incluídos 32 participantes, aleatoriamente divididos em dois grupos: um grupo de exercício (12 participantes) e um grupo de controle (20 participantes). Diversos parâmetros foram avaliados no início do estudo, 3045 dias após a alta hospitalar, e após 12 semanas de acompanhamento. As avaliações incluíram medidas antropométricas, hemodinâmicas, vasculares, ventilatórias e funcionais.Ambos os grupos apresentaram melhorias semelhantes na capacidade vital forçada, no volume expiratório forçado no primeiro segundo e na força de preensão manual ao longo do período de acompanhamento.
Sugerindo que o treinamento físico domiciliar tele-
supervisionado pode ser uma terapia adjuvante eficaz na reabilitação de indivíduos hospitalizados devido à COVID-19.
JimenoAlmazán A,
Franco‐López F,
Buendía‐Romero Á, Martínez‐Cava A,
Sánchez Agar JA,
Martínez BJ, et al.
(2022)
Ensaio clínico
randomizado
Comparar os resultados de pacientes pósCOVID-19 submetidos a uma intervenção de exercício supervisionado com aqueles que seguiram as diretrizes de reabilitação da OMS.O estudo incluiu 39 participantes com condição pós-COVID-19 que apresentaram sintomas crônicos por mais de 12 semanas. Os pacientes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: um grupo recebeu um programa de exercícios multicomponentes personalizado baseado em treinamento simultâneo por 8 semanas (incluindo treinamento de resistência e aeróbico de intensidade variável moderada), enquanto o outro grupo seguiu as diretrizes da OMS para reabilitação após a COVID-19. Diversos parâmetros, como aptidão cardiorrespiratória, força muscular e sintomas relatados pelo paciente, foram avaliados.Após o período de acompanhamento, ambos os grupos apresentaram melhorias nos resultados físicos, porém, o grupo que realizou exercícios supervisionados obteve
melhorias significativamente maiores em marcadores cardiovasculares e de força, incluindo um aumento de 5,7% no VO2 máx, uma diminuição de 22,7% no tempo para realizar a tarefa de sentar e levantar, e melhorias nos perfis de carga-
velocidade nos exercícios de supino e meio agachamento.
Dellavechia de
Carvalho C,
Bertucci DR,
Ribeiro FA,
Costa GP,
Toro DM,
Camacho Cardenosa M,            et al. (2022)
Ensaio clínico
randomizado controlado
Avaliar se a exposição à hipóxia
durante o
treinamento físico pode beneficiar a
ACR e os
parâmetros
hematológicos
em pessoas
recuperadas de COVID-19.
O estudo incluiu 43 participantes com idades entre 30 e 69 anos, que foram divididos em três grupos: grupo controle (GC), grupo de normóxia (GN), e grupo de hipóxia (GH). Todos os grupos participaram de um programa de treinamento físico de intensidade moderada por 8 semanas em bicicletas ergométricas. O GH treinou em condições hipóxicas normobáricas, onde a fração inspirada de oxigênio (FiO2) era de 13,5%. Antes e após a intervenção, os participantes foram avaliados quanto ao limiar de lactato 2 (L2), pico de consumo de oxigênio (VO2pico), e amostras de sangue foram coletadas em repouso para avaliação dos parâmetros hematológicos.Após 8 semanas de treinamento, tanto o GH quanto o GN
experimentaram melhorias significativas na aptidão cardiorrespiratória
(ACR), com aumentos semelhantes no limiar de lactato 2 (L2) e no pico de consumo de oxigênio
(VO2pico). O protocolo de exercícios utilizado neste estudo pode ser considerado para a reabilitação de pessoas que se recuperaram da COVID-19 e ainda têm baixa ACR.
Nopp S,
Moik F,
Klok FA,
Gattinger D, Petrovic M,
Vonbank K et al.
(2022).
Estudo de coorte
observa cional prospect ivo.
Quantificar o efeito da reabilitação
pulmonar em pacientes com sintomas
persistentes
após COVID-19.
Foram avaliados 64 pacientes, com desfechos de mudança na distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (DTC6) após participarem de um programa de reabilitação pulmonar individualizado com duração de 6 semanas. Os desfechos secundários incluíram mudanças na Escala de Estado Funcional Pós-COVID-19 (PCFS), Escala de Dispneia de Borg, Escala de Avaliação de Fadiga e qualidade de vida. Além disso, foram exploradas alterações nos testes de função pulmonar.Dos 64 pacientes em reabilitação, 58 pacientes foram incluídos na análise por protocolo. Os pacientes com COVID longo tiveram melhorias significativas na capacidade de exercício, estado funcional, dispneia, fadiga e qualidade de vida após 6 semanas de reabilitação pulmonar interdisciplinar personalizada.
De Souza AS,
Macedo JB,
Pinto TF,
Gonzaga LR,
Pereira MA, Bittencourt MI (2023).
Série de 4 casosVerificar os efeitos da reabilitação cardiopulmonar e metabólica
(RCPM) em pacientes que tiveram COVID-19.
4 Pacientes foram submetidos por várias avaliações, incluindo espirometria, teste de força da musculatura inspiratória, testes de caminhada e musculação, e responderam a questionários de qualidade de vida. Os pacientes foram submetidos a um protocolo de treinamento, incluindo treinamento da musculatura inspiratória e exercícios resistidos.A RCPM apresentou efeitos positivos, com incremento da capacidade funcional e melhora da QV (qualidade de vida), além da redução dos sintomas durante o esforço, particularmente nos pacientes submetidos ao
TIAI.
Rodriguez Blanco C, Bernal-Utrera C, Anarte-Lazo E,
Gonzalez Gerez JJ,
Saavedra Hernandez
M. (2023)
Ensaio clínico
randomizado
Testar a eficácia de um programa de
telerreabilitaçã o de 14 dias, envolvendo exercícios
respiratórios e de força, em pessoas com condições pósCOVID-19 não hospitalizadas.
Foram analisados dados de 48 pacientes por randomização dos participantes em dois grupos: um grupo experimental que seguiu o programa de tele reabilitação de 14 dias e um grupo controle que não recebeu intervenção. Diversas medidas de resultado, como Escala Visual Analógica de
Fadiga (VAFS), Teste de Caminhada de Seis Minutos
(TC6), Teste de Sentar e Levantar de Trinta Segundos (30STST),
Dispneia Multidimensional-12 (MD12) e Escala de Borg modificada de esforço percebido (BS), foram coletadas no início e após a intervenção.
Os resultados do estudo indicaram que o grupo experimental, que participou do programa de tele reabilitação, obteve melhorias significativas em todas as medidas de resultado em comparação com o grupo controle, que não demonstrou melhorias significativas em nenhuma das medidas. Esses resultados sugerem que a reabilitação desempenha um papel relevante no tratamento desses pacientes.
Vallier JM,
Simon C,
Bronstein A, Dumont M,
Jobic A,
Paleiron N, et al. (2023)
Ensaio clínico
randomizado
Investigar se a reabilitação domiciliar produz efeitos semelhantes
em variáveis físicas e
respiratórias em comparação
com a
reabilitação hospitalar em pacientes que se recuperaram da COVID-19.
17 pacientes pós-COVID-19 foram aleatoriamente divididos em dois grupos, um submetido à reabilitação pulmonar hospitalar (IPR) e o outro à reabilitação pulmonar domiciliar (HPR). Os pesquisadores avaliaram os pacientes por meio de questionários, testes físicos e medições de parâmetros respiratórios. Uma análise de variância de dois fatores com medidas repetidas foi realizada para avaliar os efeitos do tempo (antes e depois da reabilitação), grupo (IPR vs. HPR) e sua interação em relação a todas as variáveis.O estudo constatou que a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (DTC6) melhorou significativamente em ambos os grupos após o programa de reabilitação (aumento de 95 metros no grupo IPR e aumento de 72 metros no grupo HPR, P <0,001). sugere-se que a reabilitação pulmonar domiciliar é tão eficaz quanto a reabilitação hospitalar na redução das sequelas físicas em pacientes pós-COVID-19. 
Tabela 1 – Estudos selecionados para esta revisão.

4 DISCUSSÃO

A análise abrangente dos estudos científicos apresentados oferece insights valiosos sobre a importância e os benefícios da reabilitação em pacientes pós-COVID19. Cada estudo contribui para uma compreensão mais completa dos efeitos do vírus no sistema respiratório e na capacidade funcional. Vários estudos, evidenciaram que a reabilitação pulmonar não apenas impacta positivamente na inflamação, função pulmonar e sintomas, mas também influencia na saúde cardiovascular e qualidade de vida de pacientes pós-COVID-19, mesmo meses depois da infecção inicial. Esses estudos observaram melhorias na capacidade funcional, distância percorrida em 6 minutos, função pulmonar e bem-estar físico e mental em pacientes com COVID-19 que receberam tratamento de reabilitação pulmonar. Além disso, essas intervenções foram consideradas seguras e recomendadas para incorporação ao cuidado abrangente. 23-25

Além disso, estudos enfatizaram os benefícios da reabilitação cardiovascular, indicando melhorias na atividade física e na saúde cardiovascular de 116 pacientes.26 Um relato de quatro casos demonstrou a eficácia dos programas baseados em princípios de reabilitação cardiovascular e pulmonar na melhoria da capacidade funcional, mesmo em pacientes pós-COVID-19 com gravidades variáveis.27

A eficácia de intervenções domiciliares foi comprovada através de ensaios clínicos que enfatizaram programas de treinamento específicos, como o treinamento muscular inspiratório domiciliar e o exercício supervisionado na melhoria da capacidade de exercício e da qualidade de vida em pacientes com COVID-19 de longa duração. Esses estudos também destacaram a segurança dessas intervenções.28-30

Além disso, ensaios clínicos com 43 pacientes exploraram os efeitos do treinamento de intensidade moderada sob hipóxia cíclica, revelando melhorias na aptidão cardiorrespiratória e estimulação hematológica em pessoas recuperadas de COVID-19.31 Um estudo realizado com 64 participantes submetidos a um programa de reabilitação pulmonar individualizado de seis semanas, mostrou melhorias significativas na capacidade de exercício, estado funcional, dispneia, fadiga e qualidade de vida após a reabilitação pulmonar.32 Os resultados de uma série de quatro casos enfatizou a eficácia da reabilitação cardiopulmonar monitorada, especialmente com uma abordagem intervalada de alta intensidade, na otimização da capacidade funcional e alívio de sintomas em pacientes pós-COVID-19.33

Finalmente, um ensaio clinico analisou a eficácia de um protocolo de tele reabilitação de exercícios respiratórios e de força por 14 dias em 48 pacientes pós-COVID-19 que não foram hospitalizados, os resultados deste ensaio clínico foram bastante promissores e indicaram que a tele reabilitação pode ser uma abordagem eficaz na melhoria da função física e respiratória nesse grupo de pacientes.34 A importância da reabilitação também foi ampliada em um ensaio clinico com 17 pacientes que destacou a eficácia da reabilitação pulmonar domiciliar na redução das sequelas físicas em pacientes pós-COVID-19, sugerindo que essa abordagem pode ser igualmente eficaz em comparação com a reabilitação hospitalar, dependendo das necessidades individuais dos pacientes.35

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Todo o conteúdo aqui discutido compreende uma análise aprofundada concernente à saliente relevância da reabilitação no contexto de pacientes acometidos pela COVID-19. Estes estudos, em seu conjunto, contribuem substancialmente para a ampla compreensão das ramificações do vírus no sistema respiratório e na funcionalidade orgânica, enfatizando de maneira coerente os efeitos benéficos intrínsecos às intervenções reabilitativas. A constante manifestação de dispneia, disfunção funcional e a limitada tolerância ao esforço após a convalescença da COVID-19 emerge de maneira consensual nas investigações.

Apesar das significativas complicações e mortalidade associadas à COVID-19, os avanços na área da fisioterapia cardiorrespiratória têm demonstrado ser uma contribuição valiosa para a melhoria do prognóstico e qualidade de vida dos pacientes afetados por essa doença. A abordagem terapêutica abrangente da fisioterapia, envolvendo técnicas de reabilitação pulmonar, treinamento muscular respiratório e exercícios físicos personalizados, tem sido crucial para mitigar os efeitos das sequelas cardiorrespiratórias após a infecção por SARS-CoV-2.

A partir dos achados obtidos, é lícito inferir que a fisioterapia respiratória se configura como um recurso terapêutico de relevo no tratamento das sequelas cardiorrespiratórias em indivíduos pós-COVID-19. No entanto, urge a necessidade de um delineamento de intervenção específico para cada paciente, de modo a contemplar as particularidades inerentes a cada caso. A personalização desses protocolos, sob a supervisão de profissionais especializados, emerge como um recurso promissor para promover a recuperação funcional e a reintegração desses pacientes à sociedade.

Assim, reforça-se a importância da reabilitação como um pilar fundamental na facilitação da recuperação e na melhoria da qualidade de vida em indivíduos que sofreram com a COVID-19. Isso implica na adoção de uma abordagem interdisciplinar e personalizada, tornando-se uma estratégia essencial para enfrentar os desafios decorrentes da pandemia e promover uma recuperação mais rápida. É crucial que futuras pesquisas se concentrem empiricamente nas sequelas deixadas pela COVID19, fornecendo uma base sólida para o tratamento das consequências cardiorrespiratórias desses pacientes.

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¹Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Maurício de Nassau
manoeljonetofisio@gmail.com
²Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Maurício de Nassau