OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM CATETERES VENOSOS DE LONGA PERMANÊNCIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

NURSING CARE WITH LONG-TERM VENOUS CATHETERS IN ONCOLOGICAL PATIENTS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505151302


Bianca Zanluca1
Gabrieli Guimarães Siqueiras1
Pâmela Danieli Mundt1
Pedro Henrique Joaquim1
Patrícia Farias2


Resumo 

Objetivo: Delimitar os principais cuidados de enfermagem no manejo de cateteres de longa permanência em pacientes oncológicos. Explorar os tipos de cateteres venosos de longa permanência mais utilizados nesse contexto e identificar as possíveis complicações associadas ao seu uso. Além disso, analisar os cuidados de enfermagem essenciais para garantir a manutenção adequada desses dispositivos. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida nas bases de estudos Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) ,Biblioteca da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (BUERJ), Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences (BJIHS), Research, Society And Development (RDS Journal), EBSCO e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Enfermagem oncológica, Cateteres Venosos Centrais,  Câncer, PICC e Oncologia. Resultado: Os estudos revisados fornecem diretrizes sobre os cuidados de enfermagem necessários para o manejo de cateteres, além de ampliar o entendimento sobre as possíveis complicações que podem afetar os pacientes. Destaca-se que os cuidados de enfermagem são fundamentais para o bom funcionamento desses cateteres. Conclusão: A atuação do enfermeiro é essencial para prevenir e reduzir as complicações potenciais associadas ao uso de cateteres de longa permanência. Sua avaliação cuidadosa e o manejo adequado do cateter são fundamentais para garantir o bom funcionamento dos dispositivos, assegurando a segurança e o conforto do paciente durante o tratamento. 

Palavras-chave: PICC. Portocath. Enfermeiro, Cuidados de Enfermagem. 

1. INTRODUÇÃO 

O câncer, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é determinado como o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos e órgãos subjacentes e engloba cerca de 100 diferentes tipos de doenças malignas. No Brasil, a alta incidência da doença a posiciona como uma das principais causas de mortalidade, com estimativa de 700 mil novos casos da doença nos anos de 2024 e 2025, se apresentando como uma incidência elevada e um desafio de saúde pública. (INCA, 2022) 

O papel da enfermagem na oncologia é indispensável, envolvendo tanto a parte psicológica do paciente, quanto física. A enfermagem é voltada ao princípio do cuidar integralmente e de forma humanizada. (IBERSS & MARTINS, 2022)  Tratado ambulatorialmente, o plano terapêutico do câncer dita a necessidade de punção venosa periférica frequentemente para a administração de medicamentos. Inicialmente, são utilizados cateteres venosos periféricos, porém, o uso da quimioterapia pode comprometer a integridade vascular, bem como causar uma disfunção do endotélio, conforme abordado no estudo de RAMOS et al. 2023, causando difícil acesso venoso (DAV), onde são realizadas mais de duas tentativas de punção sem sucesso. (TONINI et al. 2023) 

Diante desse cenário, torna-se necessário a adoção de outras tecnologias de alcance da via intravenosa, sendo o enfermeiro habilitado a realização da passagem do cateter central de inserção periférica (PICC) segundo a Resolução COFEN nº 258/2001 e a punção do cateter totalmente implantável (portocath) conforme o parecer COREN-SP nº 060/2013, visto que ambos os cateteres reduzem a frequência de punções sequenciadas, minimizando o desconforto dos pacientes e os riscos relacionados à infecção (RAMOS et al. 2023). 

Porém, mesmo tendo vantagens em relação à via periférica (FAGUNDES & FARIA, 2020), concordando com RAMOS et al. 2023, o uso dos dispositivos de longa permanência demanda cuidados especializados da equipe de enfermagem, considerando a vulnerabilidade dos pacientes oncológicos às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). 

Este estudo tem como objetivo geral definir os principais cuidados de enfermagem com os cateteres de longa permanência em pacientes oncológicos, e, especificamente, abordar quais os cateteres venosos de longa permanência são utilizados em pacientes oncológicos, Identificar as complicações mais comuns associadas ao uso de cateteres venosos de longa permanência e analisar quais os cuidados de enfermagem são imprescindíveis para a manutenção de cateteres venosos de longa permanência em pacientes oncológicos. 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA 

Tabela 1 – Relação da literatura utilizada na revisão integrativa.

Autor/ano  Título Principais achados 
A01 Graciano et al. (2024)   A experiência com o cateter central de inserção periférica em pacientes oncológicos ambulatoriais.  Relato de experiência ocorrido no Ambulatório de Oncologia do HC-UNICAMP. PICC como a melhor alternativa para a administração de quimioterapia. 
uuik mi Martins et al. (2025) Papel da enfermagem perante aos cuidados paliativos de pacientes oncológicos.  Revisão integrativa da literatura que reforça as falhas de comunicação, práticas e éticas  da enfermagem no tratamento de pacientes oncológicos em cuidados paliativos. 
A03 Santos et al. (2020)  O cuidado de enfermagem e o  Port-a-Cath ou cateter totalmente Implantado em pacientes oncológicos: Uma revisão da literatura.  Revisão da literatura, reforça  importância e vantagens do uso do portocath em pacientes oncológicos. 
A04 Camargo et al. (2023) Estimated Cancer Incidence in Brazil, 2023-2025 Estudo realizado através do Registros de Câncer de Base Populacional e também do  Sistema de Informação sobre Mortalidade. Conclui-se alta taxa de incidência e mortalidade de câncer no país. 
A05 Graças et al. (2024)  Assistência de Enfermagem a Pacientes Oncológicos com Cateter Venoso Central Totalmente Implantado: uma revisão integrativa  Revisão integrativa: Com foco no bem estar do paciente, põe em pauta boas práticas de enfermagem no cuidado com cateteres centrais em pacientes oncológicos.  
A06 Ramos et al. (2023) Assistência de Enfermagem frente à pacientes oncológicos. Uma revisão integrativa que traz a importância crucial da educação continuada com os colaboradores que prestam assistência para os pacientes em fase de tratamento oncológico , visto que para o prognóstico do mesmo é necessário um conhecimento técnico específico na área, sendo indispensável um aprimoramento constante. 
A07 Aparecido et al. (2021)  Responsabilidades do enfermeiro no manuseio e cuidados com cateter em pacientes oncológicos: uma revisão integrativa.  Apresenta uma revisão integrativa com o objetivo de elucidar a notória função da Sistematização da enfermagem (SAE) frente a complexidade dos cuidados com os cateteres de longa duração entre eles o  PICC (Cateter Central de Inserção Periférica), Cateter Venoso Central de Longa Permanência, CVC (Cateter Venoso Central). 
A08 Cabral et al. (2024)  Cuidados de enfermagem com cateteres venosos em pacientes oncológicos. A revisão integrativa analisou o proveito dos dispositivos de longa permanência demonstrando seu maior custo-benefício, sua rápida via de administração no qual evita punções excessivas. Mas por outro lado retrata o alto risco de mortalidade devido a infecções associadas ao cateter venoso central. 
A09 Tonini et al. (2023)  Fatores relacionados à dificuldade de cateterismo periférico em pacientes oncológicos adultos: revisão integrativa de literatura.  Uma revisão integrativa que analisa as evidências científicas baseadas na literatura, a respeito (DAV) ‘Difícil Acesso Venoso’ no  tratamento de terapias antineoplásicas. 
A10 Araújo et al. (2022)    Classificação do nível de complexidade assistencial dos pacientes em hospital oncológico. Um estudo realizado por 3 meses de maneira observacional e quantitativa, em um hospital de referência no tratamento de oncologia clínica e cirúrgica, onde foram encontradas altas incidências de câncer no sistema gastrointestinal e sistema reprodutor feminino. 
A11 Fagundes et al. (2020) Extravasamento de quimioterápicos: o papel do enfermeiro na emergência oncológica. Revisão integrativa: Aborda a negligência e a carência de conhecimento dos enfermeiros no extravasamento de quimioterapia na via periférica. 
A12Diniz et al. (2023)Extravasamento por antraciclinas: Uma emergência oncológica.Artigo de reflexão no qual expõe fatores de risco relacionados ao manejo de extravasamento de antraciclinas, mostrando como se portar frente ao tratamento e cuidados necessários, além de estratégias de prevenção das complicações derivadas dessa emergência oncológica.
A13Pereira et al. (2023)Fatores associados à punção venosa periférica difícil em adultos submetidos à quimioterapia antineoplásica.Analisa por meio de um estudo analítico, transversal e observacional, avaliando os fatores e associações de adultos com difícil acesso venoso quando submetidos à quimioterapia Resultando em veias não palpáveis e visíveis como a maior chance de uma punção venosa periférica dificultada.
A14Bezerra et al.(2019)Protocolo de cuidados com cateter venoso totalmente implantado: Uma construção coletiva.Apresenta um estudo convergente assistencial, com duração de 4 meses 
desenvolvido em um hospital oncológico, organizando um protocolo para aprimorar a assistência de enfermagem com os cuidados com o 
Portocath.
A15Silva et al.
(2024)
Contribuições do cateter venoso central de inserção periférica para pacientes oncológicos.Uma revisão integrativa e descritiva no qual analisa as vantagens e desvantagens do PICC como alternativa dos acessos venosos periféricos. Sendo findada a eficácia do uso desse dispositivo ao manejo com pacientes em tratamento oncológico.
A16Reis et al.
(2021)
Uso do cateter central de inserção periférica em pacientes adultos: uma perspectiva para a enfermagem oncológica.Um estudo de revisão integrativa baseada em evidências científicas, no qual objetivou analisar as 
perspectivas da utilização de 
PICCs pela enfermagem oncológica em pacientes adultos, podendo ser concluído o avanço proporcionado pela inserção do mesmo.
A17Einstein et al.(2023)Acompanhamento da utilidade e valor do cateter de quimioterapia totalmente implantável em 233 pacientes brasileiros que receberam quimioterapia para tratar o câncer.Estudo retrospectivo avaliando prontuários de 233 indivíduos com diagnóstico de câncer que realizaram tratamento quimioterápico por acesso venoso por portocath entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019.

Fonte: Elaborado pelos autores. 

3. METODOLOGIA  

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguindo as seguintes etapas de desenvolvimento da pesquisa: escolha da temática, elaboração de questão norteadora; pesquisa nas bases de dados; coleta de dados dos estudos; avaliação dos estudos selecionados; análise e discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. 

Os estudos selecionados para a elaboração da revisão são procedentes da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) ,Biblioteca da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (BUERJ), Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences (BJIHS), Research, Society And Development (RDS Journal), EBSCO e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): Enfermagem oncológica, Cateteres Venosos Centrais,  Câncer, PICC e Oncologia. 

Foram analisados 33 estudos sobre o tema, onde apenas 17 foram selecionados. 

Os critérios de inclusão aplicados foram: estudos publicados na íntegra nas bases de dados nacionais e internacionais, publicados nos anos de 2019 a 2025. E, como critério de exclusão aplicou-se: estudos que não atendem ao tema definido, duplicados, ou que não estão no período de tempo definido. 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS 

Na inserção de cateteres em pacientes oncológicos, destaca-se a importância de considerar a fragilidade venosa, Ramos et al. (2023) ressalta a necessidade de uma avaliação criteriosa do estado venoso para prevenir complicações. Nesse sentido, Fonseca et al.(2019) defende que, a fim de minimizar riscos, a equipe de enfermagem deve atuar com cuidados específicos como a escolha correta da veia, do cateter e o uso de técnica asséptica. 

Com a evolução da tecnologia, a introdução de cateteres com revestimentos especiais e sistemas de inserção segura representa um avanço na prática clínica, podemos relacionar isso com a própria fragilidade venosa que ainda persiste em pacientes oncológicos, mas pode ser contornada com as demais ferramentas como, por exemplo, a escala Difficult Intravenous Access Score (DIVA Score). De acordo com Costa et al. (2021), “a introdução do DIVA Score representa um avanço significativo na prática clínica, promovendo uma abordagem mais focada e individualizada ao manejo do acesso venoso”. 

A experiência do paciente exerce grande influência no sucesso do tratamento oncológico. Pacientes que utilizam dispositivos que minimizem tentativas de punção venosa reportam menos ansiedade e uma melhor qualidade de vida. Damacena et al. (2020) ressalta a importância de incluir a voz do paciente nas decisões sobre o tipo de cateter a ser utilizado, por mais que não tenham o conhecimento técnico, pode contribuir positivamente para a adesão ao tratamento e a satisfação com o cuidado recebido. 

Os cateteres venosos de longa duração, como o Cateter de Inserção Central Periférica (PICC) e o Portocath, são amplamente utilizados em pacientes oncológicos devido à exigência de administração contínua de quimioterápicos e à coleta frequente de amostras de sangue para análise. 

De acordo com Pereira et al. (2021), a utilização do PICC tem se mostrado essencial para o tratamento oncológico, proporcionando uma alternativa segura que diminui o risco de complicações, como pneumotórax, e assegura conforto ao paciente. Já na visão dos autores Camargo et al. (2023), o portocath é preferido para períodos prolongados de tratamento. 

As complicações mais comuns associadas ao uso desses cateteres incluem infecções, tromboses e o mau funcionamento do dispositivo. Dentre as complicações, a infecção é uma preocupação predominante (Silva et al.,2024), com dados indicando que pacientes com cateteres de longa permanência apresentam um risco elevado de complicações infecciosas. 

Portanto, a implementação de cuidados rigorosos para a prevenção de infecções é crucial. Como salientado por Araújo et al. (2022), os protocolos de higiene, como a adequada lavagem das mãos e o uso de luvas estéreis durante os procedimentos de manuseio dos cateteres, são fundamentais para mitigar esses riscos. 

Sob a ótica da análise de custo-efetividade, Lopes et al. (2021) destacam que o PICC, além de ser um acesso seguro e duradouro, contribui para a diminuição de complicações que poderiam levar a hospitalizações, concordando com os apontamentos de Araújo et al (2022). 

Por conta disso, os cuidados com cada tipo de cateter, como o PICC e o Portocath, demandam especificidades. O PICC, por exemplo, deve ser constantemente avaliado quanto à sua integridade e funcionalidade e mantido com técnicas que evitem trombose, conforme mencionado por Fagundes et al. (2020). A troca de curativos e a manutenção adequada deste cateter são aspectos críticos a serem discutidos nos treinamentos e na rotina dos enfermeiros, garantindo que os pacientes oncológicos tenham acesso seguro e eficiente ao seu tratamento.  

Entretanto, a eficácia do PICC não se limita apenas à escolha do dispositivo, como mencionado por Lopes et al. (2021), a competência da equipe de enfermagem é fundamental para a inserção e manutenção adequadas do cateter. 

É dever do enfermeiro buscar o treinamento contínuo, vital para promover a segurança e a eficácia do uso do PICC, uma vez que as complicações, como infecções e tromboses, já anteriormente citadas, podem ser mitigadas através de um manejo cuidadoso.  

O manual de cuidados de enfermagem, que incorpora conteúdos do NOC (Nursing Outcomes Classification), ressalta os riscos associados à ausência de cuidados apropriados. A falta de monitoramento pode resultar em cateteres obstruídos ou deslocados, conforme enfatiza Bezerra et al. (2019), que relatam que a negligência sistemática pode ocasionar sérias complicações, como a necessidade de inserir novamente o dispositivo.  

Por conta disso, os protocolos e diretrizes de cuidados constituem outro pilar essencial na segurança do manejo de cateteres. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2021, frisa que a adesão a essas diretrizes baseadas em evidências pode reduzir significativamente o risco de complicações.  

A implementação de práticas clínicas padronizadas assegura que a equipe de enfermagem tenha clareza nas orientações sobre os cuidados e assegura o paciente em sua segurança física e emocional, permitindo uma intervenção segura e eficiente durante a administração de terapias oncológicas, conforme o Protocolo Nacional de Segurança do Paciente. 

Apesar do PICC e Portocath serem cateteres venosos de longa permanência, onde os autores APARECIDO et. al 2021  e REIS et. al  concordam que ambos são escolhas viáveis para administração de quimioterápicos. Porém, possuem cuidados diferentes, que serão discutidos a seguir.

4.1 PORTH-A-CATH 

A inserção do portocath é realizada privativamente pelo médico de forma cirúrgica conforme Resolução CFM nº 1.582/1999. Já a punção do dispositivo, é realizada privativamente por enfermeiro capacitado conforme PARECER Nº 03/2017/CTA/COREN-ES do COREN. 

Conforme DAMACENA et al., 2020, a punção deve ser realizada após antissepsia adequada, com solução alcoólica de  clorexidina a 2%, agulha Huber, sendo perpendicularmente introduzida até alcançar o fundo do reservatório.  

Tais normas para a punção aumentam a durabilidade do dispositivo, concordando com os autores CÉSAR & LAGE & WAINSTEIN, 2023. que salientam que as melhores técnicas previnem infecções e trocas frequentes de dispositivos, onde novamente avalia-se o custo efetividade e os cuidados de enfermagem apresentados anteriormente por LOPES et al., 2021 

4.2 PICC 

Conforme o INCA, em artigo publicado em 2016, observou-se a infecção como principal complicação, da introdução e manuseio do PICC, sendo resolutivo a educação em saúde para a enfermagem, visando adequar um cuidado seguro e de qualidade. Foi destacado o papel do enfermeiro, pois é o profissional que manipula com mais frequência o cateter. 

Tal artigo liga-se diretamente com o  parecer técnico  nº 22/2023, publicado pelo COREN/PR (2023), que discute aspectos relevantes sobre a prática da enfermagem e estabelece diretrizes para a atuação profissional.  

O enfermeiro deve definir melhor técnica para inserir e retirar o PICC, avaliar diariamente o paciente em uso do do dispositivo, determinar a necessidade de troca de curativo, avaliar local de inserção, coletar amostras para exames laboratoriais e realizar controle hídrico do paciente com PICC. 

5. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O estudo analisado destaca a relevância dos cuidados com cateteres de longa permanência em pacientes oncológicos, evidenciando que, acima de tudo, o paciente é o maior interessado. Sua fragilidade, emoções, contentamento, estado físico e mental estão profundamente expostos a essas situações, tornando-o vulnerável. Nesse contexto, o paciente depende da dedicação e do cuidado de outros para preservar sua saúde e garantir sua qualidade de vida durante o tratamento. 

Embora esses cateteres sejam amplamente utilizados para minimizar o sofrimento, é importante reconhecer que também apresentam riscos e possíveis complicações. Entre os riscos mais frequentemente citados, destaca-se a infecção, seguida pela trombose e outras complicações, como o pneumotórax. Essas questões reforçam a necessidade de cuidados rigorosos e acompanhamento constante para garantir a segurança do paciente. 

Dessa forma, é de extrema importância que o enfermeiro e toda a equipe de enfermagem possuam competência técnica e teórica na execução dos cuidados relacionados a esses cateteres. Ressalta-se que existem ferramentas valiosas, como a escala DIVA e os protocolos assistenciais, que auxiliam diretamente no manejo desses dispositivos. Tais recursos proporcionam não apenas eficácia e eficiência nos cuidados, mas também aprimoram o conhecimento e a aptidão da equipe, garantindo um atendimento de qualidade e seguro para os pacientes 

REFERÊNCIAS 

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1Discentes do Curso Superior de Enfermagem do Instituto UNISOCIESC Campus Park Shopping. E-mail: biancazanluca@gmail.com, gabiguimaraessiqueiras@gmail.com, pamelamundt21@gmail.com, pedrohjoaquim@gmail.com
2Docente do Curso Superior de Enfermagem do Instituto UNiSOCIESC Campus Park Shopping. Mestre em
Tecnologia e Inovação em Saúde (UFPR). E-mail: farias.patricia@unisociesc.com.br