OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DOR CRÔNICA NEURALGIA DO TRIGÊMEO, DEPRESSÃO E O CUIDADO DA ENFERMAGEM

NURSING CARE FOR PATIENTS WITCH CHRONIC PAIN

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10050670


Jéssica Abadio do Nascimento¹
Mylenna Evelyn Lopes da Rocha²
Vanessa Driely da Nóbrega Lima³
José Willian de Aguiar⁴


Resumo

A dor é uma compreensão comum na área da saúde, a sua percepção é subjetiva e varia de pessoa para pessoa. A cronificação da dor ocorre quando a dor persiste por um longo período, muitas vezes além do tempo esperado de recuperação do tecido ou lesão inicial. Essa condição pode afetar a saúde física e mental do paciente, impactando sua qualidade de vida. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo destacar os cuidados de enfermagem essenciais no tratamento dessa patologia abordando-a com atenção especial, utilizando e explorando as técnicas e tecnologias atuais em busca de amenizar ou eliminar todos os seus sintomas.Método: Para levantamento bibliográfico, utilizou-se as seguintes bases de dados: Google, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Resultado: Foi constatado que, nos dias atuais, a assistência aos pacientes com dor crônica necessita de uma atenção especial. Conclusão: Com base nos artigos estudados, os cuidados de enfermagem são essenciais para proporcionar ao paciente conforto e uma vida dentro da normalidade de acordo com a sua realidade.

Palavras-chave: Dor Crônica. Cuidados de enfermagem. Técnicas

Abstract: Pain is a common understanding in the health area, its perception is subjective and varies from person to person. Pain chronification occurs when pain persists for a long period, often beyond the expected time of tissue recovery or initial injury. This condition can affect the patient’s physical and mental health, impacting their quality of life. Objective:This work has aims to highlight essential nursing care in the treatment of this pathology, approaching it with special attention, using and exploring current techniques and technologies in an attempt to alleviate or eliminate all its symptoms. Method: For bibliographic survey, the following databases were used: Google, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Organização Mundial da Saúde (OMS) and Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).Result: It was found that, nowadays, care for patients with chronic pain requires special attention.Conclusion: Based on the articles studied, nursing care is essential to provide the patient with comfort and a normal life according to their reality.

Keywords: Chronic Pain. Nursing care. Techniques

1 INTRODUÇÃO

A dor é conceituada como uma experiência sensorial e emocional desagradável e descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende e utiliza este termo a partir de suas experiências. (SILVA, 2011)

A neuralgia trigeminal é uma doença na qual consiste em episódios recorrentes de dor facial paroxística intensa, descrita pelos pacientes como uma dor lancinante em forma de “choque elétrico” que se desencadeia por simples atos, como: falar, escovar os dentes, mastigar ou pentear o cabelo. Ao realizar esses atos são estimulados áreas da face que são zona de gatilho para desencadear a dor. (Nunes e Marrone, 2002) Essa sensibilidade é frequentemente observada em apenas um lado do rosto, com casos bilaterais sendo uma ocorrência rara.

Segundo TÜRP & GOBETTI31 (1966), o mecanismo seria a conjunção de processos degenerativos do envelhecimento associados à compressão vascular, agindo durante vários anos, sobre a raiz posterior do nervo trigêmeo. A neuralgia trigeminal pode ainda estar relacionada tardiamente à terapêutica incorreta em traumatismos maxilofaciais, como por esmagamento ou fraturas dos ossos da face, destacando-se as fraturas do complexo zigomático-maxilar, principalmente quando envolvido o soalho da órbita, lesando o feixe vásculo-nervoso infra-orbitário. (FRIZZO, 2004)

Deve-se ressaltar que esta patologia, condição clínica de freqüência e gravidade consideráveis, foi investigada exaustivamente, à procura de uma etiologia definida para o quadro clínico. Diante da evolução clínica, deve-se tentar o tratamento conservador inicialmente com medicações e somente após totalmente esgotadas as possibilidades, pode-se pensar na indicação cirúrgica (FRIZZO, 2004)

Conhecida como dor do suicídio, a neuralgia do trigêmeo por não ser tão comum, inicialmente pode ser diagnosticada como ATM ou DTM, causando retardo tanto no diagnóstico correto, quanto no tratamento. Com a qualidade de vida completamente afetada pela doença, pessoas se privam de uma vida social, entrando em depressão que por sua vez entrou no rol da OMS como uma doença crônica, que é considerada uma das piores dores do mundo, gerando até mesmo casos de suicído.

Após a conclusão do diagnóstico, as contribuições de enfermagem para a melhoria da qualidade de vida a esses pacientes inclui a gestão e controle dos sintomas, suporte emocional, espiritual e prestação de cuidados humanizados e personalizados.

Com isso, o objetivo do nosso estudo é evidenciar a doença, para que assim possamos contribuir com a melhora da qualidade de vida desses pacientes e também, valorizar os cuidados de Enfermagem ao paciente com dor crônica.

2 MATERIAL(IS) E MÉTODOS

Neste estudo optamos por utilizar uma revisão bibliográfica, abordando o conhecimento científico já existente sobre a Neuralgia do trigêmeo e dores crônicas em geral. Buscamos aprofundar a literatura no intuito de salientar e enaltecer a importância dos cuidados de enfermagem aos pacientes portadores dessa doença, já que, nos dias atuais essa patologia ainda não é tão conhecida.

Para obter êxito, exatidão e conhecimento qualificado, utilizamos para essa pesquisa as seguintes bases de dados: Google, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Os descritores de saúde (DECS) utilizados foram: doenças crônicas, neuralgia do trigêmeo, cuidados e atenção ao suicídio, atendimento humanizado, tecnicas e controle da dor, cuidados de enfermagem, papel da enfermagem ao paciente com neuralgia do trigêmeo.

Nas bases de dados mencionados acima, selecionamos artigos e pesquisas de acordo com os critérios estabelecidos. Buscamos encontrar estudos que, contribuíssem com a melhoria da qualidade de vida dos pacientes diagnosticados e/ou em processo de conclusão de diagnóstico, como já citado anteriormente, por se tratar de uma doença conhecida como ‘’A doença do suicído’’, buscamos nos aprofundar também na prevenção ao suicídio. Optamos também em dar preferência aos artigos mais recentes, independente do país publicado mas que, disponíveis na língua portuguesa.

Realizamos também, uma tabela de exclusão, utilizando como critério: artigos incompletos ou que não apresentem conteúdos relevantes relacionados à proposta do presente estudo.

3 DESENVOLVIMENTO

Para obter uma compreensão clara e objetiva desse estudo, o desenvolvimento desse trabalho está organizado em 3 (três) eixos, os quais serão detalhados abaixo:

3.1 Anatomia da face, tipo de indivíduos e protocolos de escala de dor

A face humana é composta por 12 pares cranianos, sendo o trigêmeo o maior e o 5º par de nervos. O nervo do trigêmeo é misto por uma parte sensitiva e motora,possui 3 divisões, sendo eles: ramo oftálmico (amarelo), ramo maxilar (alaranjado) e o ramo mandibular (vermelho). Suas fibras extremamente sensíveis transportam os estímulos dolorosos que irradiam por toda face interna do indivíduo.

A maioria destas fibras se originam de células do gânglio trigeminal e projetam para o núcleo do trigêmeo no tronco encefálico. A parte motora menor, nasce do núcleo motor do trigêmeo no tronco encefálico e inerva os músculos da mastigação. (CENTRALX ATLAS)

Figura 1 – Ilustração com cores da anatomia dos nervos do trigêmeo

(Fonte: Atlas do corpo humano 2023)

A neuralgia do trigêmeo é mais comumente observada em indivíduos com idade acima dos 50 anos, e sua ocorrência tende a aumentar em idades mais avançadas, embora seja uma condição que pode ocorrer em pacientes de qualquer faixa etária, sendo extremamente rara na infância. A taxa de novos casos anuais, é de cerca de 12 em cada 100.000 pacientes por ano, sendo relativamente mais observada em mulheres do que em homens.

Figura 2 – Diagrama mostrando as idades de maior incidência da neuralgia trigeminal em vermelho)

(Fonte:Neuralgia do trigêmeo – Erich Fonoff )

Atualmente, para melhor tratamento aos pacientes acometidos a essa patologia são utilizados protocolos de dor, onde são mensurados seus níveis para que seja traçado um plano terapêutico eficaz de acordo com a necessidade de cada paciente.

Escalas de avaliação da dor são usadas como instrumento para julgar a necessidade ou não de alterar a analgesia escolhida. A seleção da escala que deverá ser utilizada para mensuração do score de dor deve ser feita pelo enfermeiro.(HCOR).

Inicialmente quando o paciente apresenta manifestações de dor, sendo ela já diagnosticada como crônica ou não, a equipe de enfermagem deve identificá-la conforme figura abaixo:

Figura 3: Aspectos a serem avaliados na dor

(Fonte: Protocolo de dor HCOR)

Já o paciente que já possui um diagnóstico definido, durante as consultas de rotina para controle da dor ou até mesmo em situações de crise. Utilizamos também uma tabela comportamental específica para dor crônica, onde são observados níveis de incômodo, ansiedade e interação, expressão facial, posição corporal e vocalização. Devido a patologia escolhida para ser enfatizada neste estudo ser exclusivamente em adultos, não utilizamos as tabelas criadas diretamente ao público infantil.

Figura 4: Escala comportamental de dor crônica para adultos

(Fonte: Como medir a intensidade da dor crônica.)

No intuito de obter rapidez e alcançar melhora no excesso da dor, a mesma foi criada para que mesmo em momentos de extrema crise, seja possível identificar o nível do incômodo do paciente. Vale ressaltar que, a enfermagem tem um papel de suma importância, pois os nossos cuidados podem garantir o conforto necessário promovendo uma vida seguida nos padrões de normalidade, evitando episódios de crises depressivas e também, ações suicidas.

3.2 A correlação de pacientes com neuralgia do trigêmeo e a depressão

Enfatiza-se que a neuralgia do trigêmeo afeta execução diária de atividades dos indivíduos e sua qualidade de vida, isso ocorre porque a dor causa impactos no bem-estar, no sono, no humor e no estado geral de saúde do indivíduo, a exemplo, ataques graves de dor podem resultar na incapacidade de falar ou comer. Sendo assim, a neuralgia do trigêmeo interfere no estado psicológico do indivíduo, pois existe o medo constante de que a dor possa retornar a qualquer momento, logo a depressão acaba sendo comum entre os doentes (OBERMANN, 2019).

Portanto, pode-se assim dizer que, a dor e suas consequências, até mesmo ao se tratados mecanismos para seu alívio, decorrente da neuralgia do trigêmeo implica diretamente a vida e no bem-estar dessas pessoas, sendo infelizmente a depressão e a ansiedade interferências psicológicas mais comuns nesses pacientes, tornando-os assim ainda mais vulneráveis (DE OLIVEIRA BASTOS; SAMPAIO; ROSINOL, 2021).

É entendida como uma das algias mais graves, tendendo a manifestação insuportável, quando descrita pela medicina, podendo inclusive , levar ao suícidio. Tem como característica, a presença de episódios recorrentes de dor facial paroxística (com início repentino, com curta duração) de nível intenso, sendo descrita como algia latejante, em queimação ou em forma de choque elétrico, agulhada ou facada (DOMINGUES; KUSTER; AQUINO, 2007).

Com esse diagnóstico delicado, os pacientes acometidos sofrem uma grande frustação, pois não é fácil para quem convive com a doença, em ter conhecimento que suas atividades diárias estão comprometidas, e que não se obterá a mesma qualidade de vida que se conduzia antes. A partir da instalação dessa dor acaba acometendo o psicológico dessa pessoa, uma vez que interfere no bem-estar, no sono, no humor, pois inibe a realização daquelas atividades que geravam prazer, disposição e felicidade (DE OLIVEIRA BASTOS; SAMPAIO; ROSINOL, 2021). Ocorre então, a exclusão por parte dos próprios portadores da doença, do convívio social, e dando lugar a um quadro de depressão profunda e pensamentos suicidas. É tão pouco realizado estudos e pesquisas tratando do assunto em questão, pois uma doença com um número que vem crescendo a cada ano, com estatística de quatro a cada cem mil pessoas, malefício esse que leva portadores ao desejo de ceifar a própria vida.

Figura 5: Pesquisa quantitativa em pacientes depressivos

(Fonte: Hcor)

3.3 Contribuição do enfermeiro em possibilitar uma melhora de vida ao paciente

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica extremamente dolorosa que requer uma abordagem multidisciplinar para o alívio dos sintomas e melhoria da qualidade de vida do paciente. Neste contexto, o enfermeiro desempenha um papel fundamental na identificação dos problemas e na elaboração de diagnósticos de enfermagem, traçando um planejamento de enfermagem para um cuidado individual do paciente

Cada etapa do processo de enfermagem é fundamental para traçar um planejamento estratégico de cuidado de qualidade a longo prazo para os pacientes portadores dessa doença. Portanto, utiliza-se o NANDA(2023) (North American Nursing Diagnosis Association) e NOC (Nursing Outcomes Classification) para as etapas de coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e a avaliação.

Inicialmente, emprega-se a coleta de dados como parte do processo investigativo. Nessa fase, busca-se reunir todas as informações disponíveis sobre o paciente, sua história familiar, situação socioeconômica, bem como detalhes sobre o tipo, localização e intensidade da dor.

Em seguida, realiza-se o diagnóstico de enfermagem, no qual se utiliza a taxonomia da NANDA(2023) para identificar todos os possíveis diagnósticos relacionados ao caso clínico do paciente. O diagnóstico de enfermagem desempenha um papel crucial na elaboração de um plano de cuidados e na tomada de decisões clínicas.

Posteriormente, procede-se com a elaboração do planejamento de enfermagem, que envolve a participação ativa do paciente. Nessa etapa, estabelecem-se metas e objetivos específicos, visando à melhoria da qualidade de vida e à redução da dor. O enfermeiro pode considerar abordagens multidisciplinares, como terapia física, psicológica e farmacológica, a fim de desenvolver um plano de cuidados personalizado

A quarta etapa, conhecida como implementação, coloca em prática todo o planejamento de enfermagem, visando aprimorar o quadro de dor e a qualidade de vida do paciente. Durante esta fase, são realizadas atividades como administração de medicamentos, orientações sobre o controle da dor e a gestão da dor.

Após a implementação, a última etapa do processo de enfermagem é a avaliação. Nesse estágio, o enfermeiro revisa todas as medidas tomadas, verifica se as metas foram alcançadas e determina se é necessário efetuar algum ajuste.

Figura 6: Processo de Enfermagem – SAE

(Fonte:https://bibliotecaicfuc.blogspot.com/2017/06/sae-e-pe.html?m=1)

Paciente K.L.R, 43 anos, diagnosticada há 10 anos com neuralgia do trigêmeo, faz uso de morfina todos os dias para diminuir as dores, porém muitas vezes sem sucesso. Tem histórico de depressão e já teve algumas tentativas de suicidio quando esteve em crises de dores, chegando a ficar hospitalizada na UTI. Relata que a dor é alucinante, e que atos simples como: mastigar, escovar os dentes ou comer, são gatilhos para desencadear a crise de dor.

Quadro 1 – Diagnóstico e Planejamento de Enfermagem

Diagnóstico de enfermagemPlanejamento de enfermagem
Domínio 1 – Promoção de saúde Classe 1 – Diminuição do envolvimento de atividades diversivas 
Participação reduzida em atividades recreativas relacionada a dor– Explicar ao paciente sobre a importância de atividades e do lazer -Buscar atividades que minimizem os gatilhos da dor
Dominio 2 – Nutrição Classe 1 – Ingestão 
Nutrição desequilibrada: Insuficiência da ingestão de nutrientes relacionada ao enfraquecimento dos músculos necessários para mastigação-Conversar com o profissional de nutrição para a mudança do cardápio do paciente para alimentos mais sólidos e líquidos
Classe 4 – Metabolismo 
Risco de função hepática relacionada ao uso de substâncias (medicação diária, medicação para dor e opióide)-Monitorar os exames para saber sobre a função hepática -Explicar sobre o uso adequado da medicação prescrita e alertar sobre os possíveis efeitos colaterais
Dominio 3 – Eliminação e troca Classe 2 – O processo de absorção e excreção do final produtos da digestão 
Constipação: Evacuação infrequente relacionado ao uso indevido de substâncias (opioide)-Recomendar ao paciente uma dieta rica em fibras -Sugerir o uso de probióticos para melhorar a saúde intestinal – Discutir com a equipe médica a possibilidade de ajustar a medicação para dor.
Domínio 4 – Atividade e Repouso Classe 1 – Sono e Repouso 
Insônia relacionada ao desconforto facial– Orientar sobre a importância de um ambiente tranquilo, escuro. -Encaminhar o paciente para um especialista do sono para avaliação e sugestões.
Classe 4 – Respostas cardiovasculares 
Risco de pressão arterial instável relacionada a mudança hormonal (devido às crises de dor)-Monitorar as escalas de dor -Monitorar a pressão arterial regularmente -Ensinar técnicas de respiração para o alívio da dor
Domínio 5 – Percepção/Cognição Classe 5 – Autocuidado 
Controle emocional instável relacionada a sofrimento devido a dor crônica– Orientar o paciente a buscar grupos de apoio -Orientar ao paciente a buscar tratamento psicológico
Domínio 11 Segurança/proteção Classe 1 – Infecção 
Risco de infecção de sítio cirúrgico relacionado a procedimento cirúrgicoObservar sintomas flogísticosRealizar higiene das mãos
Classe 3 – Violência 
Risco de comportamento suicida relacionado a dor crônicaanda
Domínio 12 – Conforto Classe 1 – Conforto Físico 
Conforto prejudicado relacionado a desconforto da situação-Discutir com o paciente medidas para prevenir os gatilhos para dor -Orientar o paciente com a importância do autocuidado -Orientar sobre técnicas para o alívio das dores, como compressa fria e acupuntura
Dor crônica relacionada a compressão do nervo do trigêmeo-Aplicar medicação de acordo com as queixas de dores do paciente -Aplicar escala de dor -Orientar o paciente sobre medidas para prevenir os gatilhos que possam desencadear a dor.

Fonte: Mylenna, 2023

O objetivo final do processo de enfermagem para o paciente portador de neuralgia trigeminal é conseguir alcançar uma melhora significativa minimizando a dor do paciente e oferecendo um bem estar maior no seu no seu dia a dia.

Além das cinco etapas do processo de enfermagem, é importante destacar que a empatia, a comunicação e o suporte psicossocial desempenham um papel de suma importância na assistência ao paciente com dor crônica. Os enfermeiros devem se esforçar para compreender o sofrimento do paciente e proporcionar um ambiente de cuidado que promova a confiança e o respeito entre paciente-profissional.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste estudo, evidenciamos a importância dos cuidados da equipe de enfermagem em conjunto com a equipe multidisciplinar na prestação de um atendimento de qualidade e humanizado aos pacientes com dor crônica, mais especificamente os diagnosticados com neuralgia do trigêmeo.

O enfermeiro desempenha um papel fundamental sendo um bom avaliador dos sintomas e grau da dor, na otimização dos cuidados e prevenção do avanço depressivo, atuando de acordo com a necessidade e individualidade apresentada por cada paciente.

Consideramos que, pelo fato de ser uma patologia que inicialmente pode ser reconhecida como uma forte enxaqueca por exemplo, seria válido apresentar um estudo completo e mais aprofundado no intuito de contribuir e agregar o conhecimento de enfermeiros e acadêmicos, abrindo um olhar mais crítico e cuidadoso a esses pacientes.

Esperamos que esse estudo abra portas para novas discussões sobre o tema proposto e estimule novas pesquisas para aprimoramento desses cuidados tão necessários que fazem extrema diferença na vida dos pacientes portadores de neuralgia trigeminal. Reconhece-se que nesse campo ainda há muito a ser feito e que os cuidados devem ser prestados tanto aos paciente, quanto aos familiares para que aprendam a viver com a dor de modo controlado sem que afete suas vidas de forma tão drástica como acontece nos dias atuais.

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¹ Acadêmica de Enfermagem- Centro universitário UNILS

² Acadêmica de Enfermagem- Centro universitário UNILS

³ Acadêmica de Enfermagem- Centro universitário UNILS

⁴ Professor orientador – Pós-graduado em Oncologia, Gestão e Planejamento de Saúde e Docência do Ensino Superior.